O Serviço
Social surgiu a partir dos anos 1930, quando se iniciou o processo de
industrialização e urbanização no país. A emergência da profissão
encontra-se relacionada à articulação dos poderes dominantes (burguesia
industrial, oligarquias cafeeiras, Igreja Católica e Estado varguista) à
época, com o objetivo de controlar as insatisfações populares e frear
qualquer possibilidade de avanço do comunismo no país. O ensino de
Serviço Social foi reconhecido em 1953 e a profissão foi regulamentada
em 1957 com a lei 3252.
A
profissão manteve um viés conservador, de controle da classe
trabalhadora, desde seu surgimento até a década de 1970. Com as lutas
contra a ditadura e pelo acesso a melhores condições de vida da classe
trabalhadora, no final dos anos 1970 e ao longo dos anos de 1980, o
Serviço Social também experimentou novas influências: a partir de então,
a profissão vem negando seu histórico de conservadorismo e afirma um
projeto profissional comprometido com a democracia e com o acesso
universal aos direitos sociais, civis e políticos (cf., dentre outros,
Iamamoto e Carvalho, 1995; Netto, 1996; Pereira, 2008).
A história do Serviço Social no Brasil surgiu na década de 1930. Nesse período, o país passava por um período turbulento, com diversas manifestações da classe trabalhadora, que reivindicava por melhores condições de trabalho e justiça social. Com a pressão, o governo decide controlá-la através da criação de organismos normatizadores e disciplinares das relações de trabalho, como o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio.
A Perspectiva Modernizadora tem seu ápice por meio de documentos fundamentais: os seminários de Araxá (1967) e Teresópolis (1970) organizados pelo CBCISS (Centro Brasileiro de Cooperação e Intercâmbio de Serviço Social).