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A formação profissional do assistente social, no Brasil, apresenta quatro dimensões que refletem a dinâmica da profissão:
- um momento inicial que se volta para uma formação profissional eminentemente doutrinária e religiosa, fundamentando-se, principalmente, na filosofia neotomista; um
- momento essencialmente marcado pela busca do avanço técnico da profissão, norteado pela necessidade de uma ação eficaz voltada para o ajustamento do indivíduo a uma sociedade harmônica e justa, pautando-se, sobretudo, pela sociologia positivista;
- um momento de aliança do Serviço Social, ainda tecnicista e asséptico, com o desenvolvimento.
- Esboça-se, atualmente, uma tendência de capacitação do assistente social para uma visão estrutural e conjuntural da sociedade, em função de um projeto profissional capaz de deslocar o centro de compromisso da profissão da classe dominante para a classe oprimida, que, historicamente, tem constituído sua clientela.
SILVA E SILVA, M. O. Formação profissional do assistente social - inserção na realidade social e na dinâmica da profissão. São Paulo: Cortez, 1984.
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A literatura profissional acerca das protoformas do Serviço Social no Brasil revela que a gênese da profissão encontra-se na emergente sociedade urbano-industrial dos anos de 1930, numa conjuntura marcada por conflitos de classe, pelo aumento da classe operária urbana e pelas lutas em prol dos direitos sociais e de cidadania. A emergência do Serviço Social no país se inscreve no momento em que a questão social é colocada no centro das contradições que permeiam a sociedade. A formação técnica especializada para a prática da assistência vincula-se às especificidades daquela conjuntura, marcadas por transformações políticas e sociais e pela necessidade da classe burguesa intervir diretamente junto ao proletariado com vistas a integrá-lo e ajustá-lo ao seu projeto de dominação. Portanto, a formação profissional dos assistentes sociais no Brasil foi influenciada pela Doutrina Social da Igreja, orientada pelo ideário franco-belga, centrada numa perspectiva conservadora, na qual a ação profissional deveria incidir sobre os valores e o comportamento de seus clientes visando a integração desses nas relações sociais vigentes. As ações profissionais dos assistentes sociais se justificavam caso respondessem aos problemas de atraso do país, portanto, a formação desses profissionais era comprometida com as transformações estruturais ditadas pela ordem burguesa, buscando integrar os trabalhadores aos projetos de desenvolvimento capitalista.
RESPOSTA: E
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a) Errado: Doutrinário e religiosa
b) Errado: Filosofia Neotomista
c) Errado: Doutrinário e religiosa
d) Errado: Filosofia Neotomista para posterior sociologia positivista
e) Correto: A literatura profissional acerca das protoformas do Serviço Social no Brasil revela que a gênese da profissão encontra-se na emergente sociedade urbano-industrial dos anos de 1930, numa conjuntura marcada por conflitos de classe, pelo aumento da classe operária urbana e pelas lutas em prol dos direitos sociais e de cidadania. A emergência do Serviço Social no país se inscreve no momento em que a questão social é colocada no centro das contradições que permeiam a sociedade. A formação técnica especializada para a prática da assistência vincula-se às especificidades daquela conjuntura, marcadas por transformações políticas e sociais e pela necessidade da classe burguesa intervir diretamente junto ao proletariado com vistas a integrá-lo e ajustá-lo ao seu projeto de dominação. Portanto, a formação profissional dos assistentes sociais no Brasil foi influenciada pela Doutrina Social da Igreja, orientada pelo ideário franco-belga, centrada numa perspectiva conservadora, na qual a ação profissional deveria incidir sobre os valores e o comportamento de seus clientes visando a integração desses nas relações sociais vigentes. As ações profissionais dos assistentes sociais se justificavam caso respondessem aos problemas de atraso do país, portanto, a formação desses profissionais era comprometida com as transformações estruturais ditadas pela ordem burguesa, buscando integrar os trabalhadores aos projetos de desenvolvimento capitalista. ( Comentário – professora Victória Sabatine)
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A literatura profissional acerca das protoformas do Serviço Social no Brasil revela que a gênese da profissão encontra-se na emergente sociedade urbano-industrial dos anos de 1930, numa conjuntura marcada por conflitos de classe, pelo aumento da classe operária urbana e pelas lutas em prol dos direitos sociais e de cidadania. A emergência do Serviço Social no país se inscreve no momento em que a questão social é colocada no centro das contradições que permeiam a sociedade. A formação técnica especializada para a prática da assistência vincula-se às especificidades daquela conjuntura, marcadas por transformações políticas e sociais e pela necessidade da classe burguesa intervir diretamente junto ao proletariado com vistas a integrá-lo e ajustá-lo ao seu projeto de dominação. Portanto, a formação profissional dos assistentes sociais no Brasil foi influenciada pela Doutrina Social da Igreja, orientada pelo ideário franco-belga, centrada numa perspectiva conservadora, na qual a ação profissional deveria incidir sobre os valores e o comportamento de seus clientes visando a integração desses nas relações sociais vigentes. As ações profissionais dos assistentes sociais se justificavam caso respondessem aos problemas de atraso do país, portanto, a formação desses profissionais era comprometida com as transformações estruturais ditadas pela ordem burguesa, buscando integrar os trabalhadores aos projetos de desenvolvimento capitalista.
O processo de formação profissional dos(as) assistentes sociais foi constituído por um momento de aliança do Serviço Social ainda tecnicista e asséptico, com o desenvolvimento marcado, essencialmente, pela ideologia do crescimento econômico e da falsa participação popular.