SóProvas


ID
1265542
Banca
FUMARC
Órgão
PC-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1: Leia com atenção o texto a seguir, para resolver a questão.

O ato de ler e sua importância: vivências e exigências
Anderson Fávero


      Saber ler é, além de uma exigência da sociedade moderna, uma dinâmica experiência existencial. Contudo, há uma importante diferença entre saber ler e a prática efetiva da leitura: a efetiva leitura vai além do texto verbal e começa - na palavra-mundo - antes mesmo do contato com ele.
      Referindo-nos tão somente ao texto verbal, o ato de ler está invariavelmente relacionado ao processo de escrita, e o leitor, na maioria das vezes, é visto como um mero agente “decodifcador” de letras, num gesto simples e puramente mecânico de decifração de sinais e códigos. Porém, esse posicionamento submisso frente à decifração de signos linguísticos e à desenfreada recepção de informações não confere, a quem quer que seja, a qualidade e a competência de leitor, tal como hoje as entendemos ou o entendemos. Ao contrário, uma patente passividade leitora vem fazendo com que muitos assumam, cada vez mais, uma postura suscetível e vulnerável a quaisquer práticas ou intenções de dominação e/ou manipulação.
      Para que ocorra, então, uma prática concreta de libertação, a compreensão das mais diversas linguagens, expressões e formas simbólicas, configuradas quer por palavras, quer por imagens, exige de qualquer leitor, hoje, um caráter reflexivo e um papel mais do que ativo. Essa constante “atuação” se faz necessária para que haja a produção de múltiplas possibilidades de leitura e para que essas se multipliquem e se tornem novas a cada experiência de “confronto” e de interação textual, levando em consideração a surpreendente diversidade de fenômenos que podem, enfim, ser chamados de texto. Assim, apreciações interpretativas, críticas e sensíveis por parte dos leitores tornam-se, cada vez mais, componentes ativos na (e para a) consolidação de qualquer leitura.
      Sendo assim, abdicar de posições e posturas “inertes” é uma das características que permitem ao leitor proficiente ser levado em conta como parte integrante não só do ato da leitura, mas também dos textos. Uma leitura eficiente pressupõe sucessivos instantes de construção e de desconstrução de significados, ou seja, momentos de preenchimento de espaços vazios ou em branco dos textos, abertos a várias
interpretações. Além disso, essa eficaz leitura deve ser entendida como um momento de apropriação e incorporação de saberes, bem como de participação afetiva e efetiva numa realidade (quase sempre) alheia. 
      A predisposição e a empatia do leitor para entregar-se ao universo apresentado no texto, para mergulhar e se aprofundar nas entrelinhas e nos subentendidos são, também, fundamentais para uma leitura polivalente, multidirecional e aberta à flexibilidade. Todo texto é plural, assim como os sentidos e os significados desse texto. Basta que o leitor esteja atento a todas as peculiaridades textuais e que associe ou atribua a elas significância por meio do que está explícito e, principalmente, implícito. Nenhuma leitura deve ser compreendida como um processo e/ou um ato estático; deve, sim, ser enxergada através de diversos ângulos, como uma atividade instigante e doadora de significação. [...]
      A formação de um leitor deve valer-se de vivências sistemáticas de leitura, carregadas de significados e de sentidos que contribuam para o ser/estar no mundo, numa perspectiva de interação entre o mundo do leitor e o do autor do texto (ou da obra); deve envolver práticas sociais em que o indivíduo sinta a necessidade de ler. E deve, ainda, fazer do ato de ler um momento de apropriação de saberes, de conhecimento de
si e do mundo e, sempre que possível, um momento de puro prazer.


Disponível em: http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia/453769/o-ato-de-ler-e-sua-importancia-vivencias-e-exigencias Acesso em: dez./2013. 

Todo texto é plural, assim como os sentidos e os signifcados desse texto.” (Linha 34)
A articulação das orações do período expressa uma ideia de

Alternativas
Comentários
  • b) Comparação.

  • Comparativas: introduzem uma oração que expressa ideia de comparação com referência à oração principal. São elas: como, assim como, tal como, como se, (tão)... como, tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que (combinado com menos ou mais),etc.

  • Conjunção Coordenativa Comparativa.

    Conjunções Coordenativas, basta substituir o termo por uma das palavras abaixo:

    a) Causal - Já que;

    b) Comparativa - Como;

    c) Conformativa - Conforme;

    d) Condicional - Caso;

    e) Consecutiva - Embora;

    f)  Final - A fim de que;

    g) Proporcional - a medida que;

    i) Temporal - Quando;

  • as formas da utilizaçãp do COMO :

     

    - Causal  = JÁ QUE

    - Comparação = IGUAL A

    - Conformidade = CONFORME

     

  • Todo texto é plural, assim como os sentidos e os signifcados desse texto também são plurais : comparação.

  • Conjunções subordinativas comparativas > como, igual a, tal qual, tanto quanto, mais (do) que, menos (do) que, maior (do) que
  • Podemos analisar também fazendo uma referência semântica. Identificando o pronome demonstrativo "desse", onde o mesmo expressa uma ideia para o leitor que na primeiro oração fala em um contexto genérico relacionado a comparação a um objeto especifico no tempo e no espaço.

  • Todo texto é plural, assim como os sentidos e os signifcados desse texto.”

    ORAÇÃO SUBORDINATIVA ADVERBIAL COMPARATIVA.

    Primeiramente é importante identificar que trata-se de ORAÇÃO SUBORDINADA (e não coordenada).

    Conjunções coordenadas: Ligam orações independentes, orações compostas com sentido completo.

    São conjunções coordenadas apenas 5:

    1) Aditivas (e, não só, bem como, nem...)

    2) Adversativas (mas, porém, não obstante, contrariamente...)

    3) Alternativa (ou, ou...ou, ora...ora)

    4) Conclusivas (logo, pois, portanto, assim, dessa forma...)

    5) Explicativas (que, porque, porquanto, tal como...)

    Conjunções subordinadas: Ligam a oração subordinada à oração principal, ou seja, completa o sentido da

    oração principal. (DICA! A oração subordinada é sempre aquela que "carrega" a conjunção!)

    As conjunções subordinadas podem ser INTEGRANTES (que, se) ou ADVERBIAIS.

    As conjunções subordinadas adverbiais são as seguintes:

    1) Causal (que, visto que, já que, uma vez que, como)

    2) Condicional (se, caso, desde que, exceto se...)

    3) Comparativa (é a resposta da questão) (assim como, tal como, similarmente...)

    4) Concessiva (embora, apesar de, posto que, ainda...)

    5) Conformativa (ideia de anterioridade: (...) conforme fulano de tal; Segundo a pesquisa...)

    6) Consecutiva (consequência) (de sorte que, de modo que, por conseguinte...)

    7) Final (finalidade) (a fim de, para que, como objetivo de...)

    8) Temporal (quando, enquanto, agora, logo que, assim que...)

    9) Proporcional (à proporção que, à medida que...)

    Espero ter ajudado! =)