SóProvas


ID
1267645
Banca
FUNCAB
Órgão
PRODAM-AM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Internet e a importância da imprensa

Este artigo não é sobre a pornografia no mundo virtual nem tampouco sobre os riscos de as redes sociais empobrecerem o relacionamento humano. Trata de um dos aspectos mais festejados da internet: o empowerment (“em poderamento”, fortalecimento) do cidadão proporcionado pela grande rede.

É a primeira vez na História em que todos, ou quase todos, podem exercer a sua liberdade de expressão, escrevendo o que quiserem na internet. De forma instantânea, o que cada um publica está virtualmente acessível aos cinco continentes. Tal fato, inimaginável décadas atrás, vem modificando as relações sociais e políticas: diversos governos caíram em virtude da mobilização virtual, notícias antes censuradas são agora publicadas na rede, etc. Há um novo cenário democrático mais aberto, mais participativo,mais livre.

o que pode haver de negativo nisso tudo? A facilidade de conexão com outras pessoas tem provocado umnovo fenômeno social. Coma internet, não é mais necessário conviver (e conversar) com pessoas que pensam de forma diferente. Com enorme facilidade, posso encontrar indivíduos “iguais” a mim, por mais minoritária que seja a minha posição.

O risco está emque émuito fácil aderir ao seu “clube” e, por comodidade, quase sem perceber, ir se encerrando nele. Não é infrequente que dentro dos guetos, físicos ou virtuais, ocorra um processo que desemboca no fanatismo e no extremismo.

Em razão da ausência de diálogo entre posições diversas, o ativismo na internet nemsempre tem enriquecido o debate público. O em powerment digital é frequentemente utilizado apenas como um instrumento de pressão, o que é legítimo democraticamente, mas, não raras vezes, cruza a linha, para se configurar como intimidação, o que já não é tão legítimo assim...

A internet, como espaço de liberdade, não garante por si só a criação de consensos nem o estabelecimento de uma base comumpara o debate.

Evidencia-se, aqui, um ponto importante. A internet não substitui a imprensa. Pelo contrário, esse fenômeno dos novos guetos põe em destaque o papel da imprensa no jogo democrático. Ao selecionar o que se publica, ela acaba sendo um importante moderador do debate público. Aquilo que muitos poderiam ver como uma limitação é o que torna possível o diálogo, ao criar um espaço de discussão num contexto de civilidade democrática, no qual o outro lado tambémé ouvido.

A racionalidade não dialogada é estreita, já que todos nós temos muitos condicionantes, que configuram o nosso modo de ver o mundo. Sozinhos, nunca somos totalmente isentos, temos sempre um determinado viés. Numa época de incertezas sobre o futuro da mídia, aí está um dos grandes diferenciais de um jornal em relação ao que simplesmente é publicado na rede.

Imprensa e internet não são mundos paralelos: comunicam-se mutuamente, o que é benéfico a todos. No entanto, ser ia um empobrecimento democrático para um país se a primeira página de um jornal fosse simplesmente o reflexo da audiência virtual da noite anterior. Nunca foi tão necessária uma ponderação serena e coletiva do que serámanchete no dia seguinte.

O perigo da internet não está propriamente nela. O risco é considerarmos que, pelo seu sucesso, todos os outros âmbitos devam seguir a sua mesma lógica, predominantemente quantitativa. O mundo contemporâneo, cada vez mais intensamente marcado pelo virtual, necessita também de outros olhares, de outras cores. A internet, mesmo sendo plural, não tempor que se tornar um monopólio.

(CAVALCANTI, N. da Rocha. Jornal “O Estado de S. Paulo”, 12/05/14, com adaptações.)

“A internet, mesmo sendo plural, não tem POR QUE se tornar um monopólio.” (§ 10).

Na frase acima, o termo em destaque está corretamente grafado, com os elementos separados. Considerando-se que, de acordo com o contexto, o referido termo pode apresentar diferentes formas de grafia, pode-se afirmar que, das frases abaixo, a única correta é:

Alternativas
Comentários
  • Grafia correta:

    a) PORQUE - sinônimo de já que, pois, visto que;

    b)POR QUE - acrescenta-se  motivo ou razão após o termo, subtendendo uma pergunta.

    c)POR QUE - as palavras razão e motivo vem após o termo.

    d) Gabarito - Substitui o" porquê" em questão por: pelas quais;

    e)POR QUE.


  • Porque (junto) – usado para frases afirmativas (explicativas ou causais);

    Por que (separado) – em frases interrogativas ou quando pode ser substituído por “pelo qual” e suas variações;

    Por  quê (separado e com acento) – no final de frase interrogativa.

    Porquê (junto e com acento) – quando for uma palavra substantivada.

  •  

    A imprensa condenou o político por que este teria agido de forma antiética.

    correção: A imprensa condenou o político PORQUE este teria agido de forma antiética.  (POIS = CONJUNÇÃO)

    Já se sabe porquê a imprensa condenou o político.

    Correção: Já se sabe POR QUE a imprensa condenou o político. (O MOTIVO PELO QUAL)

    Por quê a imprensa condenou o político?

    Correção: POR QUE a imprensa ...? (INICIO DE FRASE INTERROGATIVA DIRETA)

    As razões por que a imprensa condenou o político não foram esclarecidas.

    ALTERNATIVA CORRETA : As razões PELAS QUAIS a imprensa ....

    É importante saber porque a imprensa condenou

    correção: É importante saber POR QUE a imprensa condenou (O MOTIVO PELO QUAL)

  • Por que - para perguntas ou quando puder ser substituído por "pelas quais e derivados" ou quando posteriormente puder ser adicionada a palavra "motivo" . Ex: Não sei por que (motivo) ele não veio.

    Porque - para respostas, explicações = pois

    Porquê - tem SEMPRE que ser precedido de artigo. Ex: Não sei o por quê você chorou.

    Por quê - deve anteceder um ponto. Ex: Vocês não fizeram o dever. Porquê?

  • a) porque = pois

    b) por que = por qual motivo

    c)por que

    d)por que = pela qual CORRETA.

    e)por que = por qual motivo.

  • por que separado e pergunta ?

    então por que a letra D estar correta ?

  • As razões pelas quais...