GAB LETRA C (COMPLEMENTANDO A FUNDAMENTAÇÃO DO COLEGA MARCELO TIVERON)
I - Para atender às diferentes condições, os lubrificantes são formulados com diferentes tipos e/ou quantidades de aditivos. O código API divide em duas categorias os óleos de motor. Os motores a combustão interna que utilizam velas para gerar a combustão (nossos carros normais) devem ser lubrificados pelos óleos API S – onde o “S” vem do inglês spark (faísca). A classificação para motores de carros leva a letra S seguida de outra letra, que determina o “estágio de evolução” do óleo (de A a M, ou seja: SA, SB, SC, SE, SF, SG, SH, SJ, SL e SM). Esta classificação é de fácil entendimento já que a evolução das letras significa a evolução da qualidade dos óleos. Portanto, para a API, a especificação mais moderna é a SM, que normalmente é usada em veículos de alta performance, com características de resistência à oxidação e proteção contra depósitos. Portanto, quando é recomendado no manual do proprietário um óleo com classificação SJ por exemplo poderá ser usado um óleo SL, porém o contrário não é adequado.
II - Especificação de viscosidade – regulada pela SAE (Society of Automotive Engineers, em português algo como “Sociedade de Engenheiros Automotivos”), consiste num código para facilitar a identificação da viscosidade dos óleos de motor. Viscosidade é uma medida que indica a resistência de um determinado líquido ao escoamento (é só pensarmos no mel e na água. Quem é mais viscoso? O mel, que “se move” mais lentamente). Nessa classificação, há basicamente dois grupos: os monoviscosos (Por exemplo, “30” ou “30w “) e os multiviscosos (por exemplo “10w30”). Os monoviscosos são pouco utilizados em carros hoje em dia, devido à maior capacidade dos multiviscosos de apresentarem menor variação da viscosidade quando se varia a temperatura. Nesses foram introduzidos “aditivos” poliméricos que alteram as propriedades de viscosidade dependendo da temperatura que o óleo está. O primeiro número dos multiviscosos indica a viscosidade na partida com o motor frio (temperatura ambiente). Quanto mais baixo esse número, menor será o esforço do motor na hora de acioná-lo pela primeira vez no dia. Isso é particularmente importante em países onde a temperatura do ambiente fica abaixo de zero com freqüência. O óleo deve ser capaz de se manter fluido em baixas temperaturas (e principalmente não se solidificar), para garantir que o motor consiga girar corretamente na hora da partida. Na medida que o motor vai aquecendo, passará a valer a viscosidade indicada pelo segundo número. Esse, por sua vez, indica a viscosidade à temperatura operacional de 100ºC. Quanto maior esse número, maior é a viscosidade quando o óleo está em altas temperaturas. Uma outra forma de entender os óleos multiviscosos é pensar em 20W40 como se fosse um óleo monoviscoso 20 (na partida) que não se afinará mais do que um 40 quando aquecido pelo trabalho do motor.
A DIFICULDADE É PARA TODOS !!!