Tudo errado: Mistura dois conceitos distintos.
As decisões realmente são pulverizadas, mas os encargos se concentram nas esferas estaduais e municipais e as receitas na esfera federal. A isso se chama desequilíbrio vertical. Por isso é preciso haver mecanismos de repasse, seja os que estão previstos na Constituição, através de convênios com a União ou por intermédio de fundos.
Já o modelo de Wizeman e Peacok fala sobre a translação: Em períodos de normalidade o crescimento das despesas fica limitado ao das receitas tributárias devido à resistência dos contribuintes. Porém, em períodos de perturbação econômica como depressões, guerras, etc, o Estado quebra a resistência dos contribuintes que concordam em pagar mais impostos por reconhecerem a necessidade da medida. No entanto, passado o período de turbulência, o nível de tributação não volta ao patamar anterior mesmo tendo sido reduzidas as despesas que motivaram seu aumento, ocorrendo um deslocamento relativo entre o nível da arrecadação e o nível dos gastos governamentais. Assim o governo pode aplicar a receita que agora está sobrando para atender às demandas insatisfeitas. (Efeito Translação).