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Fonte: Prof. Fernando Graeff - Ponto dos Concursos
A teoria agente-principal diz respeito à dificuldade do principal, que é o indivíduo que emprega o agente para atingir um objetivo, de controlar as ações desse agente, que é o indivíduo empregado por um principal para atingir os objetivos deste.
Isso ocorre, pois na presença de informações imperfeitas, acompanhar todas as ações dos agentes para que o objetivo do principal seja alcançado pode ser dispendioso e ineficaz. A implementação de regulação tarifária deve, de fato, buscar o equilíbrio entre os interesses dos consumidores e dos investidores por meio de uma tarifa justa, de acordo com os custos para produzir o serviço. Contudo, essa tarifa justa encontra obstáculo justamente pela assimetria de informações existente entre o regulador (principal) e o regulado (agente). Portanto, é justamente o contrário do que afirma o enunciado, a teoria do agente principal dificulta a aplicação de uma regulação tarifária justa.
Gabarito: E
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Achei bem bacana esse exemplo sobre a Teoria do agente principal.Â
"Para que a teoria agente-principal fique mais clara, veja-se um exemplo do dia-a-dia. Mário é um estudante universitário e está fazendo um trabalho para ser entregue no dia seguinte. Tendo feito apenas metade do trabalho descobre que acabaram as folhas de papel para impressão. Sem tempo para ir comprar ele mesmo, pede ao seu irmão caçula, Manuel, que vá comprar folhas de papel. Para isso, Mario entrega a Manuel 10 reais. E como compensação pelo esforço, Mario diz ao seu irmão que com o troco ele pode comprar um picolé, mas apenas um. Feliz, Manuel vai comprar as folhas para impressão, que custaram 7 reais. Voltando para casa Manuel vai comprar o seu picolé. Cada um custa 1 real. Manuel compra um e rapidamente o devora. Ainda não satisfeito, pensa �ora o meu irmão não sabe quanto custam as folhas nem o picolé, só eu sei, porque vim comprar. Se eu disser para ele que as folhas custaram 7,50 reais e o picolé 1,50 reais, então posso comprar mais um picolé e ele não vai ficar sabendo�. Assim, Manuel compra mais um picolé. Ao chegar em casa entrega a Mario as folhas e 1 real de troco, justificando os preços como tinha planejado. Como os preços eram razoáveis, Mario acha que está tudo certo, agradece o irmão e volta a fazer o seu trabalho.
Neste exemplo Mario era o principal e Manuel o agente. A assimetria de informações consiste no fato de Manuel saber os preços exatamente, enquanto Mario tinha apenas uma noção. Se aproveitando disso, Manuel procura maximizar a sua função utilidade comprando mais de um picolé. De fato, para Manuel quanto mais picolés melhor. Esse mesmo raciocÃnio se aplica na relação entre donos de empresas privadas e seus administradores, assim como entre a sociedade e os diretores de empresas públicas. Os administradores/diretores é que acompanham o dia-a-dia da empresa e todos os problemas que surgem. Conhecem detalhes que o dono/sociedade muitas vezes ignora ou sobre os quais tem uma vaga noção. Assim, da mesma forma que o Manuel, os administradores/diretores podem se aproveitar dessa assimetria de informações para maximizar as suas funções utilidade (pegando dinheiro por fora, trabalhando menos do que poderiam, etc.)."
Fonte:Â https://jus.com.br/artigos/29048/relacoes-entre-estado-e-economia/3
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Teoria do PRINCIPAL(Regulador) AGENTE (Regulado) >>
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A Teoria da Agência ou Teoria do Agente-Principal foi desenvolvida por Jensen e Meckling (1976) e tem sua raiz no utilitarismo econômico (Ross, 1973). Essa teoria tem como premissa básica a existência de um mercado regido por contratos firmados entre os agentes econômicos, quer sejam empresas, governo ou pessoas físicas. Portanto, toda a atividade econômica reduzir-se-ia a uma série de contratos bilaterais que poderiam ser firmados ou rompidos a qualquer momento por qualquer uma das partes.
O foco principal dessa teoria está no relacionamento entre agente e principal, no qual o agente dispõe de informações privilegiadas e suas ações afetam o bem-estar entre as partes, sendo dificilmente observáveis pelo principal. Este tipo de relação coloca em cena o problema de assimetria de informações entre o agente e o principal (Jensen e Meckling, 1976; Eisenhardt, 1989), que beneficia o primeiro em detrimento
do segundo. A teoria analisa, então, como um ator econômico (principal) estabelece um sistema de compensação (contrato) que motive o outro ator (agente) a agir de acordo com o interesse do primeiro.
http://www.bcb.gov.br/pre/microFinancas/coopcar/pdf/artConflitoAgencia.pdf
A questão primordial é a dificuldade de monitorar o esforço dos atores econômicos envolvidos em uma transação, o que torna ainda mais complexa a elaboração dos contratos. Por esta razão, são incluídos esquemas de incentivos baseados na performance observada. Na elaboração de um esquema de incentivos, as partes envolvidas enfrentam o trade off entre incentivos ótimos e repartição de riscos ótima (Jensen & Meckling, 1976). Da análise dos contratos surgem dois conceitos básicos dessa teoria, a saber: a seleção adversa e o risco moral.
A seleção adversa deriva do custo de acesso à informação e consiste no fato de que a seleção do produto a ser demandado ocorre de forma ineficiente, portanto, adversa, em função da assimetria de informação entre os ofertantes e demandantes (Carvalho et alli, 2000). O exemplo clássico de seleção adversa existente na literatura é o do mercado de automóveis usados nos Estados Unidos (Akerlof, 1970).
Já o risco moral se baseia nas ações dos agentes, que podem acabar influenciando esse risco após a transação ser efetivada (Carvalho et alli, 2000). Um exemplo de risco moral ocorre na indústria de seguros, onde diferentes consumidores que contrataram o seguro vão ter distintos comportamentos quanto ao cuidado com o bem segurado, fato que vai modificar a probabilidade de ocorrência de sinistro entre eles.
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a teoria do agente principal dificulta a aplicação de uma regulação tarifária justa.
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Acredito que a relação agente x princpipal também não precise ser implementada. Ela apenas existe.
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Teoria do Agente-Principal
Normalmente, o seu chefe (principal) não sabe ou não tem pleno domínio do que você (agente) está fazendo. Surgindo assim uma assimetria de informação fazendo com que você tenha mais domínio e controle da informação.
Este tipo de exemplo no qual mostra o principal como "prejudicado" é o mais recorrente nos livros. Entretanto, podemos ter um outro ponto de vista quando o agente tem o seu trabalho "desvalorizado" com esta mesma falha de informação.
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Vide comentário da Serena Alves, de 2016.
Vlw, serena!
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Um colega colocou abaixo sobre essa teoria, vou transcrever com as devidas correções para facilitar a leitura.
"Para que a teoria agente-principal fique mais clara, veja-se um exemplo do dia-a-dia. Mario é um estudante universitário e está fazendo um trabalho para ser entregue no dia seguinte. Tendo feito apenas metade do trabalho descobre que acabaram as folhas de papel para impressão. Sem tempo para ir comprar ele mesmo, pede ao seu irmão caçula, Manuel, que vá comprar folhas de papel. Para isso, Mario entrega a Manuel 10 reais. E como compensação pelo esforço Mario diz ao seu irmão que com o troco ele pode comprar um picolé, mas apenas um. Feliz, Manuel vai comprar as folhas para impressão, que custaram 7 reais. Voltando para casa Manuel vai comprar o seu picolé. Cada um custa 1 real. Manuel compra um e rapidamente o devora. Ainda nãoo satisfeito, pensa: ora, se o meu irmão não sabe quanto custam as folhas nem o picolé, só eu sei, porque vim comprar. Se eu disser para ele que as folhas custaram 7,50 reais e o picolé 1,50 reais, então posso comprar mais um picolé , ele não vai ficar sabendo. Assim, Manuel compra mais um picolé. Ao chegar em casa entrega a Mario as folhas e 1 real de troco, justificando os preços como tinha planejado. Como os preços eram razoáveis Mario acha que está tudo certo, agradece o irmão e volta a fazer o seu trabalho.
Neste exemplo Mario era o principal e Manuel o agente. A assimetria de informações consiste no fato de Manuel saber os preços exatamente, enquanto Mario tinha apenas uma noção. Se aproveitando disso, Manuel procura maximizar a sua função utilidade comprando mais de um picolé. De fato, para Manuel quanto mais picoles melhor. Esse mesmo raciocinio se aplica na relação entre donos de empresas privadas e seus administradores, assim como entre a sociedade e os diretores de empresas públicas. Os administradores/diretores são os que acompanham o dia-a-dia da empresa e todos os problemas que surgem. Conhecem detalhes que o dono/sociedade muitas vezes ignora ou sobre os quais tem uma vaga noção. Assim, da mesma forma que o Manuel, os administradores/diretores podem se aproveitar dessa assimetria de informações para maximizar as suas funçoes utilidade (pegando dinheiro por fora, trabalhando menos do que poderiam, etc.)."
Fonte:Â https://jus.com.br/artigos/29048/relacoes-entre-estado-e-economia/3