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ID
1307863
Banca
FCC
Órgão
MPE-SE
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Conta-se que o rei grego Drácon, na Antiguidade, exatamente por não dispor de nada ainda mais grave, mandava punir indistintamente todos os criminosos com a pena de morte. Daí, portanto, o adjetivo draconiano a um direito penal assim severo. À vista disso, já com o repertório da modernidade penal, poderíamos criticar Drácon por não observar a ideia de

Alternativas
Comentários
  • Princípio da proporcionalidade

    1) Modalidade indicadora de que a severidade da sanção deve corresponder a maior ou menor gravidade da infração penal. Quanto mais grave o ilícito, mais severa deve ser a pena. A idéia foi defendida por Beccaria em seu livro Dos Delitos e das Penas e é aceita pelos sectários das teorias relativas quanto aos fins e fundamentos da pena.

    2) O princípio da proporcionalidade tem o objetivo de coibir excessos desarrazoados, por meio da aferição da compatibilidade entre os meios e os fins da atuação administrativa, para evitar restrições desnecessárias ou abusivas. Por força deste princípio, não é lícito à Administração Pública valer-se de medidas restritivas ou formular exigências aos particulares além daquilo que for estritamente necessário para a realização da finalidade pública almejada. Visa-se, com isso, a adequação entre os meios e os fins, vedando-se a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público.


    Fonte:http://www.jusbrasil.com.br/topicos/292978/principio-da-proporcionalidade

  • Nos termos atuais, fere:

    Individualização ("todos os criminosos") e proporcionalidade ("indistintamente")

  • Pessoalidade: a pena não passará da pessoa do condenado. No caso, ele punia indistintamente, não se avaliava a pessoa do condenado, sequer a pena a ele aplicado. Feria mais a proporcinalidade antes de tudo.

  • QUESTÃO INTERESSANTE, COBRA DIREITO ENSINANDO A HISTÓRIA.

    TRABALHE E CONFIE.
  • De forma subsidiária, ofendia também o princípio da Pessoalidade, já que "indistintamente" executava os presos. Interessante questão.

  • Questão foi anulada? Letra E tb é totalmente cabível!
  • Propocionalidade=  individualização da pena.

    Pessoalidade = a pena não  passará da pessoa do condenado.

     

    Gabarito "b"

  • Em que pese o entendimento da resposta correta ser a letra "b", a questão no momento que elenca "modernidade penal", não estaria possibilitando suscitar o princípio da  legalidade, visto previsão constitucional da impossibilidade de pena de morte? 

    Acredito que muita das vezes pelo início de estudo e o raciocínio das exceções e possibilidades prejudique o discernimento de questões fáceis. obrigado!

  • Nada é fácil , tudo se conquista!

  • Nesta questão eu entendi que o princípio da fragmentariedade surge como uma consequência da ideia de proporcionalidade. Se Drácon observasse os ideais de proporcionalidade o próximo passo seria a fragmentariedade das condutas ilícitas de maneira a nivelá-las das mais gravosas para as menos gravosas.

  • Não pode ser pessoalidade porque a questão diz "todos os criminosos" e não pessoas alheias ao fato criminoso. Então se é criminoso, a pena não está passando da pessoa do condenado. O princípio mais aplicável é o da proporcionalidade, por dizer que as penas eram aplicadas "indistintamente".

  • Princípio da pessoalidade = Princípio da intranscendência = A pena não passará da pessoa do condenado.

  • PRINCIPIO DA PROPORCIONALIDADE/ PROIBIÇÃO DOS EXCESSOS

    No escolio de Fabio Roque Araujo, a proporcionalidade surge vinculada a concepção de limitação do poder estatal, tendo em vista a tutela dos interesses individuais ( AZEVEDO, SALIM, DIREITO PENAL, 2017, pag 70)

  • no fim das contas, essa questão foi mais de interpretação, acompanhe:

     

    "Conta-se que o rei grego Drácon, na Antiguidade, exatamente por não dispor de nada ainda mais grave, mandava punir indistintamente todos os criminosos com a pena de morte. Daí, portanto, o adjetivo draconiano a um direito penal assim severo. À vista disso, já com o repertório da modernidade penal, poderíamos criticar Drácon por não observar a ideia de" (achei  que o termo vinha do Conde Drácula, por sua maldade em sugar sangue ahahhah)

     

    onde está a ideia de proprção? Se alguém roubou uma galinha? Pena de morte! De acordo com o grifado, o princípio da proporcionalidade é o que mais se aproxima do enunciado. Contudo, poder-se-ia pensar também na ideia de legalidade: a ideia de não haver previsão típica permite igualmente um direito penal irrestrito e severo, mas...

     

    A mais correta sempre vence.

    valeu, força na batalha!

     

     

     

  • A pena será proporcional à gravidade do fato.

  • Deve ser feito um juízo de ponderação sobre o que o agente fez e a pena que cumprirá, para que a resposta penal seja JUSTA.

    Duplo espectro: proteção contra o excesso e vedação da proteção penal deficiente.

  • À época a pena de morte era legal, porém desproporcional! Resposta correta B

    O que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. 1 João 5:4

    Que venha a aprovação, nomeação, posse e exercício.

  • Princípio da proporcionalidade.

  • Questão sem sentido, fere os dois princípios tanto a ideia de pessoalidade como o princípio da proporcionalidade!

  • COMENTÁRIO: O enunciado narra uma situação na qual a pena é a mesma para todos os criminosos. Em outras palavras, é dito que todos são punidos da mesma forma, sem levar em consideração as peculiaridades do caso concreto.

    Temos, portanto, uma violação ao princípio da proporcionalidade, que protege excessos (garantismo negativo) e a proteção deficiente (garantismo positivo).

    LETRA A: Errado, pois a o princípio da legalidade nos diz que não há crime em lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. Poder-se-ia dizer que como Drácon punia indistintamente todos os criminosos, essa pena não decorria da lei. Esse raciocínio é correto. No entanto, me parece que o princípio da proporcionalidade se encaixa melhor no enunciado.

    LETRA C: Na verdade, pelo princípio da fragmentariedade, o Direito Penal só deve tutelar os bens jurídicos mais importantes e os ataques mais intoleráveis a esses bens.

    Questão errada.

    LETRA D: Incorreto. Pelo princípio da irretroatividade, a lei penal não poderá retroagir, salvo para beneficiar o réu.

    Art. 5º, XL CF - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;

    LETRA E: O princípio da pessoalidade nos ensina que a pena não pode passar da pessoa do condenado.

    Art. 5º, XLV da CF: nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;

    Portanto, incorreta a assertiva.

  • Não vejo nada de pessoalidade aí não hem! Esta, aliás, tem uma ligação com o princípio da intranscendência!

    Princípio da proporcionalidade, letra B!

    Abraços!

  • Na verdade essa questão fere o candidato

  • Princípio da proporcionalidade! A pena deve ser proporcional ao crime, devendo haver distinções na pena dos indivíduos, a depender do delito cometido, além das circunstâncias na qual ele se deu.

    Gabarito: B

  • A própria banca não demonstrou conhecimento jurídico, posto que Drácon foi um legislador na Grécia, sendo conhecido por elaborar uma legislação rígida e desproporcional quanto às cominações das penas.

     

  • GAB B- proporcionalidade.

    O enunciado narra uma situação na qual a pena é a mesma para todos os criminosos. Em outras palavras, é dito que todos são punidos da mesma forma, sem levar em consideração as peculiaridades do caso concreto.

    Temos, portanto, uma violação ao princípio da proporcionalidade, que protege excessos (garantismo negativo) e a proteção deficiente (garantismo positivo).

  • A questão versa sobre os princípios que norteiam o Direito Penal.


    Vamos ao exame de cada uma das proposições, objetivando apontar a que está correta.

     

    A) Incorreta. A legalidade consiste efetivamente em um dos princípios que norteiam a criação da norma penal, bem como a sua interpretação e a sua aplicação. É com base no princípio da legalidade que se afirma que uma infração penal somente pode ser prevista em lei, a qual deve estar em vigor antes da prática da conduta para ter aplicação ao caso concreto. Ademais, decorre do princípio da legalidade a impossibilidade de aplicação retroativa da lei penal mais gravosa para o réu, a impossibilidade de criação de tipos penais com base em costumes e, ainda, a taxatividade, ou seja, a necessidade de que os tipos penais tenham descrição certa e determinada. A situação concreta narrada não se mostra em desacordo com o Direito Penal moderno em função deste princípio.

     

    B) Correta. Uma vez que, no caso concreto, o rei grego Drácon, mandava aplicar indistintamente a todos os criminosos a pena de morte, não observava o princípio da proporcionalidade. A ideia da proporcionalidade entre crime e pena data das teorias absolutas ou retributivas da pena, cujo mérito consistiu justamente em estabelecer a noção de proporcionalidade entre o castigo e o delito praticado. É com base neste princípio que a doutrina moderna defende a proibição do excesso e a proibição da proteção deficiente.

     

    C) Incorreta. O princípio da fragmentariedade é também um dos princípios norteadores do Direito Penal. Com base nele, se afirma que o Direito Penal não tutela toda e qualquer situação, nem protege todo bem jurídico, mas somente as situações mais graves e os bens jurídicos mais relevantes. A situação narrada não importa em inobservância ao referido princípio.

     

    D) Incorreta. Conforme estabelece o artigo 5º, inciso XL, “a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu". O princípio da irretroatividade da lei é um corolário do princípio da legalidade. No caso concreto narrado, porém, não se revelam dados que demonstrem a inobservância ao princípio da irretroatividade da lei penal.

     

    E) Incorreta. O princípio da responsabilidade penal pessoal ou princípio da pessoalidade tem sede constitucional, estando previsto no artigo 5º, inciso XLV, da Constituição da República. É com base nele que se afirma que a responsabilidade penal é sempre pessoal, não havendo possibilidade de a pena ultrapassar a pessoa do criminoso. Os fatos narrados não revelam inobservância ao referido princípio.

     

    Gabarito do Professor: Letra B


  • Gab. B

    Princípio da Proporcionalidade

     

    As penas devem ser aplicadas de maneira proporcional a gravidade dos fatos.

  • A - legalidade.

     Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. 

    B - proporcionalidade.

    Proibição do excesso, proibição da proteção deficiente ou insuficiente de bens jurídicos.

    C - fragmentariedade.

    O direito Penal é a última etapa, é a última fase, é o último grau de proteção do bem jurídico.

    D irretroatividade.

    Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.

    E pessoalidade.

    Art. 5 - XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;

  • Ao meu ver, nunca seria proporcionalidade. A legalidade até entraria, haja vista que no ordenamento jurídico brasileiro não há pena de morte, com exceção em caso de guerra. Mas vc dizer que seria o princípio da proporcionalidade, significa que no caso de um agente que cometeu um homicídio, a proporcionalidade disso seria a pena de morte para ele, isso sim....