SóProvas


ID
1322374
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
INCA
Ano
2010
Provas
Disciplina
Administração Pública
Assuntos

No que concerne à evolução da administração pública no Brasil, suas reformas administrativas e os modelos de gestão pública, julgue o item. 


O modelo patrimonialista de gestão pública baseia-se na discricionariedade do exercício do poder administrativo por uma pessoa, o qual se caracteriza por uma cultura patrimonialista, tendo como executores os profissionais capacitados e especializados que reconhecem o emprego público como uma fonte de renda para as clientelas.

Alternativas
Comentários
  • Aqui a banca fez uma salada de conceitos, digo, salada de frutas. Afirma que esses executores eram profissionais capacitados e especializados. 

    SEGUNDO PALUDO

    Mesmo de forma desorganizada, o patrimonialismo foi o primeiro modelo de administração do Estado. Nele não havia distinção entre a administração de bens públicos e bens particulares: tudo que existia nos limites territoriais de seu “reinado” era tido como domínio do soberano, que podia utilizar livremente os bens sem qualquer prestação de contas à sociedade. ***No patrimonialismo não existiam carreiras organizadas no serviço público e nem se estabeleceu a divisão do trabalho. Os cargos eram todos de livre nomeação do soberano, que os direcionava a  parentes diretos e demais amigos da família, concedendo-lhes parcelas de poder diferenciadas, de acordo com os seus critérios pessoais de confiança.

    SEGUNDO BRESSER PEREIRA

    No entendimento de Bresser-Pereira (2001), patrimonialismo significa “a incapacidade ou a relutância de o príncipe distinguir entre o patrimônio público e seus bens privados”. 


  • ERRADA

    O modelo patrimonialista de gestão pública baseia-se(possui sua fonte de  legitimidade)na dominação tradicional dos governantes e administradores públicos e dos detentores do poder político-administrativo.

    O exercício do poder administrativo não é executado por profissionais capacitados e especializados,como afirma o item.Capacitação e especialização são aspectos inerentes ao princípio da meritocracia,implementado somente na administração pública burocrática.

    A meritocracia foi totalmente ignorada pelo modelo patrimonialista.Os funcionários eram selecionados com base na confiança pessoal que o senhor depositava neles.Nenhuma divisão de trabalho entre eles era estabelecida. Esses“agentes”tratavam o trabalho administrativo,que executavam para o governante(e não para a sociedade),como um serviço pessoal,baseado em seu dever de obediência e respeito.

    Esses funcionários também não reconheciam o emprego blico como uma fonte e renda para as clientelas.Pelo contrário.No patrimonialismo,na maioria das vezes,os empregos públicos,considerados prebendas(ocupação rentável e de pouco trabalho)eram a única forma de sobrevivência.Era utilizado para obter renda e vantagens pessoais.

    RODRIGO RENÓ

  • Errado

     

    O modelo patrimonialista nunca foi direcionado para satisfazer os clientes, mas sim a necessidade dos próprios detentores do poder.

  • No modelo patrimonialista o acesso ao serviço público era através de Prebendas, que eram agrados para ingressar no Estado. Somente com a implantação do modelo burocrático que o ingresso passou a ser por Meritocracia com o surgimento do concurso público durante a Era Vargas ( a princípio era somente para o alto escalão).

    Espero ter conseguido ajudar.

  • GABARITO: ERRADO

    No modelo patrimonialista a administração é extensão do poder do governante, não havendo diferenciação entre a coisa pública e os bens e direitos particulares. Os executores não são profissionais especializados, mas pessoas de confiança do governante.

    Abraços.

  • Profissionais capacitados, treinados ou especializados são características do modelo burocrático, quando diz respeito ao profissionalização.

    QUESTÃO ERRADA

  • ERRADO

    Meritocracia - profissionais capacitados, treinados ou especializados - Burocracia

  • Gabarito- errada

    O modelo patrimonialista de gestão pública baseia-se na discricionariedade do exercício do poder administrativo por uma pessoa, o qual se caracteriza por uma cultura patrimonialista, tendo como executores os profissionais capacitados e especializados que reconhecem o emprego público como uma fonte de renda para as clientelas.

    Quando falamos em patrimonialismo, precisamos lembrar que neste modelo de administração pública os cargos eram ocupados por aqueles que tinham proximidade com o soberano e seus aliados. Não havia a preocupação com o perfil técnico!