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ID
1329811
Banca
VUNESP
Órgão
SAP-SP
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

               Como evitar que motoristas bêbados fiquem impunes e continuem a matar no trânsito

Rodrigo Cardoso, Paula Rocha, Michel Alecrim e Luciani Gomes

      O Brasil possui uma legislação que dificulta a redução do número de mortes em acidentes de trânsito.Nem mesmo a Lei n.º 11.705,a chamada Lei Seca, que entrou em vigor em meados de 2008 para frear o ímpeto de brasileiros que insistem em guiar sob o efeito do álcool, tem conseguido conter o avanço desse tipo de tragédia.É fácil identificar o porquê.Está disseminado no país o sentimento de que é possível combinar a bebida com a direção sem que haja punição.
      As garras do Judiciário, na maioria dos casos, não têm alcançado esses motoristas porque a lei é falha. O exame do bafômetro, necessário para que se detecte a quantidade de álcool ingerida passível de penalidade, pode ser recusado pelo infrator.Sem o teste, não há como se punir com rigor. Há pelo menos 170 projetos de lei propondo alterações na Lei Seca na Câmara dos Deputados. “Do jeito que está, não existe Lei Seca no País”, diz o advogado Maurício Januzzi.
      Os números mostram a ineficácia do atual Código de Trânsito.No ano seguinte à implantação da Lei Seca, quando a fiscalização marcava presença nas ruas e os veículos de comunicação a divulgavam, houve uma redução de 1,8% nas mortes de trânsito.
      Nos últimos meses,uma sequência de acidentes com vítimas fatais em ruas e avenidas tem chocado a opinião pública.
      Na última década, enquanto nos países da Europa as mortes no trânsito decresceram em 41%, no Brasil verificou-se um crescimento de 40%.
      Aumentar a punição de quem dirige embriagado é um dos caminhos para inibir as pessoas de dirigir depois de beber.
      Um dos maiores problemas da eficácia da Lei Seca é a fiscalização.O jurista Luiz Flávio Gomes acredita que o controle tem que ser implacável. “A fiscalização não pode ser flexibilizada, afrouxada”, afirma.
      Mostrar o caminho e reger o comportamento. É assim que campanhas de segurança no trânsito mundo afora tiveram sucesso.Se educar deve vir primeiro do que a repressão, rever socialmente o conceito que temos sobre o álcool, porém, não é fácil. O uso da bebida alcoólica está culturalmente presente na vida do brasileiro. É uma das poucas drogas consumidas – por ser lícita – com a família reunida. O álcool ganha poder de sedução por meio de propagandas direcionadas ao público jovem que o associa a situações de poder, conquista, de belas companhias, velocidade.
      Para dirigir, porém, não se deve beber.
                                                                                                                    

                                                                                                                    (ISTO É, nov. 2011. Adaptado)

Considere a frase:

No ano seguinte à implantação da Lei Seca, … (3.º parágrafo)

Substituindo-se a expressão destacada por outra, a alternativa que apresenta construção de acordo com a norma-padrão é:

Alternativas
Comentários
  • No momento (ideia temporal)

    Que (pronome relativo)

    Ideia temporal+ que(pronome relativo) = obrigatório a preposição  "em"

    Ficando :

    No momento em que

  • No ano seguinte não condiz com a expressão "no momento em que...."

  • A questão não pede a transposição da frase com o mesmo sentido,o enunciado pede para alterar a frase para uma outra(outra qualquer) mantendo a norma padrão.A chave da questão está na interpretação do texto do enunciado.

  • O correto seria: "Após a implantação da Lei Seca,..." Após o quê? Implantação. A implantação de quê? Da Lei Seca.

  • O certo é "no momento em que" e não "no momento que".

  • Assertiva C

    Após à implantação da Lei Seca,…

  • tem uns gabaritos sem pé e sem cabeça!
  • (...) À (A/prep + A/artigo) ==> Letra (B) (...) EM/preposição (...)

    Bons estudos.

  • Após é uma preposição, assim sendo, sua presença dispensa a preposição "a" da crase.

  • O enunciado não se refere ao sentido, mas tão somente à norma padrão.

    GABARITO B

  • Toda vez que for utilizado o pronome relativo QUE após uma IDEIA TEMPORAL é necessário utilizar o EM!

    Ex: no MOMENTO EM QUE eu cheguei da prova, sabia que tinha gabaritado!

    *Ótima explicação do professor Alexandre!