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ID
133210
Banca
FCC
Órgão
TRF - 4ª REGIÃO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Algumas doenças, quando não são tratadas e acompanhadas devidamente, podem levar o indivíduo adulto ao Acidente Vascular Encefálico - AVE. A descrição clássica "a pior dor de cabeça da minha vida", com início súbito, alerta o enfermeiro para

Alternativas
Comentários
  • Alerta o enfermeiro para AVE hemorrágico, com hemorragia subaracnoidea, tendo como causa mais comum um aneurisma.
    Este tipo é mais grave e de pior prognóstico. Por sorte responde pela minoria dos casos - cerca de 20% deles. É mais comum em jovens e pode vir acompanhado de uma forte dor de cabeça, náuseas e vômitos. 

     


    Sabe-se que alguns hábitos, como fumar, usar contraceptivos orais (principalmente os que têm muito estrógeno) e o abuso de álcool e drogas favorecem esse tipo de ataque. Há duas formas dessas hemorragias:

     

    1. Sub-aracnóide - um vaso da superfície se rompe, derramando sangue no espaço entre o cérebro e o crânio. A causa mais comum é o rompimento de um aneurisma, as dilatações nas artérias que ficam cheias de sangue como um balão. Em geral o gatilho para esse estouro é a pressão alta.

    2. Hemorragia intra-cerebral - o derramamento de sangue é no meio da massa cinzenta, normalmente por causa do envelhecimento dos vasos ou da hipertensão crônica. Só 10% dos AVC se enquadram aqui. 
  • A dor de cabeça intensa e súbita é o sintoma inicial mais frequente do AVCH, que também se manifesta pelo clássico deficit neurológico, além de náuseas, vômitos, tonturas e sinais de irritação meningea.

    É importante salientar que a área de penumbra NÃO representa uma privação TOTAL de irrigação sanguínea, mas sim uma região com fluxo sanguíneo reduzido, porém temporariamente suficiente para manter a viabilidade celular.

    Fonte:  livro Emergências Clínicas - Abordagem Prática 8a edicao

  • O Acidente Vascular Encefálico tipo isquêmico é um déficit do fluxo sanguíneo para uma determinada área cerebral devido à obstrução de uma artéria. Essa obstrução dos vasos cerebrais pode ocorrer devido a uma trombose (formação de placas numa artéria principal do cérebro) ou embolia (quando um trombo ou uma placa de gordura originária de outra parte do corpo se solta e pela rede sanguínea chega aos vasos cerebrais). Ataques isquêmicos transitórios, como o próprio nome indica, corresponde a obstruções temporárias do sangue a uma determinada área do cérebro. Geralmente, originada do acúmulo de plaquetas agregadas em placas nas paredes dos vasos ou formação de coágulos no coração.

    Hemorragia Intraparenquimatosa habitualmente, o quadro clínico da HIP consiste de déficit neurológico focal de início súbito, com alguma piora progressiva do quadro em poucas horas, associado à cefaleia intensa, náuseas e vômitos, redução do nível de consciência e grandes elevações pressóricas arteriais. Porém, em cerca de um terço dos pacientes o auge dos sintomas pode ocorrer logo no início do quadro. Os demais sintomas, apesar de consideravelmente mais frequentes na HIP do que no AVC isquêmico, não raramente podem se manifestar neste.

    A Hemorragia Subaracnóidea Espontânea (HSAe) é uma emergência médica com elevadíssimas taxas de morbimortalidade. A causa mais comum é a ruptura de um aneurisma cerebral. Classicamente, ela se manifesta com cefaleia aguda, de início abrupto, súbito, explosivo, e de forte intensidade desde o início, vômitos, rigidez de nuca e alteração do nível de consciência. O quadro clínico, habitualmente, é muito exuberante não criando maiores dificuldades para se considerar a hipótese diagnóstica.  A forma mais segura para se ter uma maior sensibilidade diagnóstica consiste em uma boa história do episódio de cefaleia, com especial atenção a sua forma de instalação (súbita) e a sua intensidade (com grande frequência é referida como a cefaleia mais intensa da vida).

    Logo, a descrição clássica "a pior dor de cabeça da minha vida", com início súbito, alerta o enfermeiro para AVE hemorrágico, com hemorragia subaracnoidea, tendo como causa mais comum um aneurisma.

    Resposta B

    Bibliografia


    Brunner e Suddarth. Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica, Guanabara Koogan, 12 edição, Rio de Janeiro, 2011.

    http://conitec.gov.br/images/Protocolos/pcdt-cuida...