SóProvas


ID
1333411
Banca
FCC
Órgão
TRT - 13ª Região (PB)
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      

Em 1973, um livro afirmou que as plantas são seres sencientes que têm emoções, preferem música clássica a rock'n'roll e podem reagir a pensamentos não expressos verbalmente de seres humanos a centenas de quilômetros de distância. Entrou para a lista de best-sellers do New York Times, na categoria não ficção.
      A Vida Secreta das Plantas, de Peter Tompkins e Christopher Bird, apresentou uma fascinante miscelânea de ciência botânica autêntica, experimentos fajutos e culto místico da natureza, que arrebatou a imaginação do público numa época em que o ideário new age começava a ser assimilado pela cultura dominante. As passagens mais memoráveis descreviam os experimentos de Cleve Backster, um ex-agente da CIA especialista em detectores de mentiras. Em 1966, porque lhe deu na veneta, Bakster ligou um galvanômetro - medidor de correntes elétricas - à folha de uma dracena plantada num vaso do seu escritório. Ficou pasmo ao constatar que, quando ele imaginava a dracena pegando fogo, a agulha do polígrafo se mexia, registrando um surto de atividade elétrica indicador de que a planta sentia estresse. “A planta leu a mente dele?", indagam os autores. Backster teve vontade de sair pelas ruas gritando: “As plantas pensam!"
      Nos anos seguintes, vários botânicos sérios tentaram em vão reproduzir o “efeito Backster". Boa parte da ciência em A Vida Secreta das Plantas caiu em descrédito. Mas o livro deixou sua marca na cultura. Norte-americanos começaram a conversar com plantas e a tocar Mozart para elas, e sem dúvida muitos ainda o fazem. Isso pode parecer inofensivo - provavelmente sempre haverá uma veia sentimentalista a influenciar nosso modo de ver as plantas -, mas, na opinião de muitos botânicos, esse livro causou danos duradouros a sua área de estudo. Segundo o biólogo Daniel Chamovitz, Tompkins e Bird foram responsáveis por emperrar “importantes pesquisas  sobre o comportamento das plantas, pois os cientistas passaram a desconfiar de qualquer estudo que sugerisse paralelos entre sentidos dos animais e sentidos dos vegetais”.

(POLLAN, Michael. “A Planta Inteligente", In: Piauí, maio de 2014. p. 63-64)

Mantendo-se a correção e, em linhas gerais, o sentido original do texto, pode-se substituir

Alternativas
Comentários
  • à folha: uma folha definida.

    a folhas: qualquer folha, ou ainda várias folhas.

    Não mudou o sentido?

  • Só eu que nao entendo essa FCC?

  • Não entendi nada! :( 

    Alguém poderia me explicar?!

    Fiquei na dúvida entre duas alternativas e, na verdade, era outra. 

    Que banca!

  • Alguém sabe explicar o porquê de não ser a letra "a" a alternativa correta, uma vez que tanto a quanto para são preposições?

  • Pessoal, entendi assim:

    A - ERRADA - modifica o sentido - sentido original: "...sempre haverá uma veia sentimentalista a influenciar..." (sempre haverá uma veia sentimentalista e ela influenciará) / sentido modificado: "...sempre haverá uma veia sentimentalista para influenciar..."(finalidade: sempre haverá uma veia sentimentalista que terá a finalidade de influenciar)

    B - ERRADA - ausência de crase - incorreção

    C - CERTA - quanto à correção: ok / quanto ao sentido, a banca explorou seu enunciado: "em linhas gerais"

    D - ERRADA - crase indevida - incorreção

    E - ERRADA - ausência de crase - incorreção


  • Claudio Gonçalves e demais, concordo que muda sutilmente o sentido (especificado no original "à folha", e generalizado na mudança proposta "a folhas").

    Mas é como o Nilson falou : algumas questões da FCC estão trazendo esse enunciado que diz "mantendo-se, em linhas gerais, o sentido original do texto", e entendi que isso quer dizer uma mudança leve mesmo no sentido; mudança discreta mas que não muda TODO o sentido da frase. Foi assim que analisei.

  • Complementando o comentário da Mônica, tenho notado que toda atenção ao enunciado é pouca, quando se trata da FCC. Não quero aqui desmerecer a banca, pelo contrário, apenas quero destacar uma característica dela, a qual aplica pegadinhas tanto nas respostas quanto nos enunciados.


    "Traga a sua memória aquilo que te dá esperança"
  • Não acho que muda sutilmente o sentido, muda completamente ... afff 

    Pra mim é difícil entender a filosofia da FCC :(
  • à folha: uma folha definida. (CRASE DELIMITOU, DEFINIU QUAL FOLHA)

    a folhas: qualquer folha, ou ainda várias folhas. (SENTIDO AMPLO)

    You ta de brincation uite me, cara??? Putz, não compreendo essa banca. Como podesssss. 


  • Eu ia marcar a C em função da crase ser facultativa, mas no meu entendimento mudaria o sentido original do texto como descrito pelo amigo abaixo. Vai entender...

  • Olá, bom dia a todos!

    Ótima questão!!!

    Tinha ficado MUITO em dúvida nas letras B e C.

    Acabei marcando B, pois percebi que ele trocou o verbo constatar pelo nome constatação, e este, por exigir complemento nominal, passou a apresentar a preposição "de" de forma correta.

    Ficou pasmo ao constatar que a agulha se mexia.

    Ficou pasmo face a constatação de que a agulha se mexia.

    Lembrando que ele pede: "Mantendo-se a correção e, em linhas gerais, o sentido original do texto".

    Contudo, percebi – após pesquisar – a grande jogada da FCC:

    “O correto, segundo os estudiosos do nosso idioma, é EM FACE DE, que significa diante de / por causa de. Não existe, ainda que muito usada, a locução FACE A.”

    Veja: http://www.recantodasletras.com.br/gramatica/2628327

    Já na C, ao pôr no plural "folhas" ele retira o artigo e mantém a preposição exigida pelo verbo ligar, que é no caso VTDI. 

    Como o verbo seguinte tem como sujeito dracena, ele pode continuar no singular.

    Bakster ligou um galvanômetro à folha de uma dracena plantada num vaso do seu escritório.

    Bakster ligou um galvanômetro a folhas de uma dracena plantada num vaso do seu escritório.

    Muito obrigada e bons estudos, Natália!
  • Não entendi o porque da letra A estar errada, ai fui ver o vídeo e o professor é completamente vago, o argumento que ele usou não faz nenhum sentido. Na hora de justificar a letra C, o professor não explica a mudança de sentido em razão da retirada da crase.


    Enfim, uma questão muito da cretina.

  • NOSSA mas que lixo de questão ... É apelação de mais , preciso do wts do examinador, pra dar uma perguntada na hora da prova pk , só o cara q fez essa cagada pra explicar isso 

  • Professor Alexandre Soares é péssimo. 

    Nunca faz uma explicação decente e clara, além de sempre passar suas explicações em um tom um tanto quanto arrogante. Como se a resposta correta estivesse nítida para qualquer um ver.