Segundo Abreu; Gomes (2009), historicamente a função pedagógica dos Assistentes
Sociais é demandada pelas classes dominantes na busca de controle e consentimento da
sociedade ao contexto de produção e reprodução social no marco da exploração econômica
e dominação político – ideológica sobre o trabalho. Em contrapartida, nas três últimas
décadas, emergem na profissão práticas pedagógicas vinculadas ao interesse das classes
subalternas, “fundadas nas conquistas emancipatórias da classe trabalhadora e de toda a
humanidade – base do projeto ético-político profissional alternativo do Serviço Social,
consolidado, nos anos de 1980 e 1990” (ABREU; CARDOSO, 2009:1).
Resposta Errada: A tese da função pedagógica do(a) Assistente Social tem a autoria de Marina Maciel Abreu
No lapso das duas últimas décadas, a fecunda literatura profissional no âmbito da renovação crítica do Serviço Social voltada aos fundamentos do Serviço Social tratou, sob diferentes ângulos, a natureza particular da profissão na divisão social e técnica do trabalho.
A literatura especializada centrou sua análise no Serviço Social, enquanto trabalho concreto (útil) dotado de qualidade determinada, abordado sob focos distintos:
a tese do sincretismo da prática indiferenciada (NETTO, 1991, 1992, 1996);
a tese da identidade alienada (MARTINELLI, 1989);
a tese da correlação de forças (FALEIROS, 1980, 1981, 1987, 1999a 1999b);
a tese da assistência social (SANTOS, 1982; YAZBEK, 1993, 1999);
a tese da proteção social (COSTA, 1995a, 1995b) e
a tese da função pedagógica do assistente social (ABREU, 2002).
Esses diferentes recortes temáticos na abordagem do Serviço Social e de seu exercício atestam a riqueza da produção acadêmica dessa área, alertando para questões que ora se complementam, ora de distanciam na totalização da leitura das particularidades da profissão e de seus agentes, enquanto trabalho útil que responde às necessidades sociais historicamente circunscritas.