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ID
1355266
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2010
Provas
Disciplina
Administração Pública
Assuntos

O modelo de administração pública que preconiza o uso do Estado como bem particular do gestor público denomina-se

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B: No entendimento de Bresser-Pereira (2001), patrimonialismo significa “a incapacidade ou a relutância de o príncipe distinguir entre o patrimônio público e seus bens privados”.

    No patrimonialismo não existiam carreiras organizadas no serviço público e nem se estabeleceu a divisão do trabalho. Os cargos eram todos de livre nomeação do soberano, que os direcionava a parentes diretos e demais amigos da família, concedendo-lhes parcelas de poder diferenciadas, de acordo com os seus critérios pessoais de confiança. Prática frequente era a troca de favores por cargos públicos (neste caso não se tratava de parentes e amigos, mas de interesses políticos ou econômicos). Regra geral, quem detinha um cargo público o considerava como um bem próprio de caráter hereditário (passava de geração para geração). Não havia divisão do trabalho; os cargos denominavam-se prebendas ou sinecuras, e quem os exercia gozava de status da nobreza real.

    Nesse modelo de administração, o soberano era tratado “como um deus”. Segundo Hobbies (apud Norberto Bobbio, 1981) “o soberano é juiz da conduta de seu súdito, mas a conduta do soberano é julgada por ele próprio”... “se o soberano não observar as leis naturais, ninguém poderá constrangê-lo à obediência; ninguém poderá puni-lo”.

  • SIm, características essas do Patrimonialismo bem assemelhadas, muitas das vezes, ao próprio conceito de Monarquia, onde o poder era concentrado nas mãos de quem detinha a maior patente política.

    GABARITO: LETRA B

  • O estado representa a extensão do soberano. No caso, mesmo havendo a substituição por outros termos, o uso do estado como bem do gestor caracteriza-se como patrimonialismo.

  • Gabarito B

    A assertiva se refere ao Patrimonialismo, cuja característica marcante é o uso do Estado como bem particular do Gestor, ou seja, um modelo de administração onde há confusão entre a coisa pública e a coisa privada e gestor não diferencia o seu próprio patrimônio, do patrimônio público.