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ID
1371016
Banca
FCC
Órgão
TRT - 13ª Região (PB)
Ano
2014
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Um idoso, com antecedente de osteoporose, apresentou queda da escada ocasionando fratura exposta de fêmur direito. Após 36 horas da queda iniciou quadro de agitação, irritabilidade, dispneia, dor precordial e petéquias em conjuntiva e tórax. Os sinais e sintomas apresentados são indicativos de

Alternativas
Comentários
  • A embolia gordurosa (EG) é um tipo de embolia que geralmente tem origem em fraturas de ossos longos, como por exemplo nas fraturas de fêmur e tíbia ou da bacia, e nas artroplastias do joelho e quadril.

    Com o rompimento de vasos, há mistura da medula óssea com sangue, que é levado ao pulmão e, se o atravessar, chega ao cérebro, rim e coração, obstruindo os vasos capilares. Geralmente o início é gradual, com hipóxia, sintomas neurológicos, febre e erupções cutâneas, com petéquias que surgem, tipicamente, de 12 a 36 horas após a injúria.

    Normalmente, a EG não causa danos aos órgãos atingidos, a menos que seja maciça. Em cerca de 1% dos casos de fraturas em ossos longos, a EG evolui para a “síndrome da embolia gordurosa” (SEG), a qual afeta principalmente os pulmões e o cérebro, embora qualquer órgão ou estrutura do organismo possa ser afetado.

  • D-SÍNDROME COMPARTIMENTAL:  há o aumento de pressão no interior de um compartimento confinado e pouco expansivo, prejudicando o aporte sanguíneo para as estruturas localizadas dentro do mesmo.Define-se um compartimento como um agrupamento de músculos, nervos e vasos sanguíneos em seus braços, pernas, mãos, pés e nádegas. A fáscia, membrana que envolve os músculos, não expande com facilidade. Quando há um inchaço ou sangramento dentro de um compartimento, a fáscia não consegue se expandir, resultando em um aumento de pressão sobre os vasos capilares, nervos e músculos do compartimento. Desta forma, o fluxo sanguíneo para as células musculares e nervosas é interrompido, ocasionando consequente dano às mesmas, podendo resultar em invalidez permanente do local afetado e necrose tecidual.A panturrilha é o local no qual é mais frequência a ocorrência desta desordem. Contudo, também pode afetar mãos, pés, braços, pernas e nádegas. As causas mais comuns são:Fratura;Compressão do membro por talas, gesso ou faixas;Trauma, esmagamento ou isquemia de reperfusão após uma lesão;Queimadura;Hemorragias;Infusão de medicação ou punção arterial.Esta síndrome pode ser de dois tipos:Aguda: trata-se de uma emergência médica. Tipicamente é decorrente de uma grave lesão. Seu não tratamento pode resultar em lesões musculares permanentes, em decorrência da necrose muscular e destruição neurológica.Crônica: também chamada de síndrome do compartimento de esforço, normalmente não é uma emergência médica. Normalmente é decorrente do copioso esforço realizado por atletas.O quadro clínico inclui:Aumento de pressão intracompartimental;Dor progressiva do compartimento, especialmente quando o músculo afetado é estirado;Câimbras;Parestesia;Palidez;Paralisia;Inchado localizado.Como a síndrome compartimental aguda é uma emergência médica, assim que o paciente busca ajuda médica, o profissional deve medir a pressão compartimental, determinando se o indivíduo apresenta ou não a condição. Já no caso da síndrome compartimental crônica, primeiramente é necessário excluir outras condições que também podem levar a um quadro clínico semelhante, por meio de exame físico e exames de imagem. Para a confirmação desta condição, deve-se medir a pressão compartimental antes e após o exercício físico. Caso a pressão continue elevada após o exercício, indica que há a presença síndrome compartimental crônica.O tratamento da forma aguda é uma emergência médica, sendo necessário realizar imediatamente uma fasciotomia, permitindo o retorno da pressão ao normal. Em alguns casos, o inchaço pode ser tão grave que não é possível suturar a pele imediatamente, sendo reparada cirurgicamente a partir do momento em que houver redução do inchaço.No caso da forma crônica, o tratamento pode ser não cirúrgico, por meio de fisioterapia, uso de palmilhas e de anti-inflamatórios. Evitando-se a atividade causadora da condição, os sintomas costumam desaparecer. 
  • RESPOSTA C                 
    SINAL DE BATTLE: Sinal que leva à suspeita de ocorrência de fratura basilar de crânio, representado por presença de equimose em região temporal ou pré-auricular. 

  • A embolia gordurosa (EG) é a oclusão de pequenos vasos por gotículas de gordura, geralmente originadas nas fraturas do fêmur, tíbia e bacia, e nas artroplastias do joelho e quadril. Normalmente não causa danos aos órgãos atingidos, a menos que seja maciça.

     

    Em poucos casos a EG evolui para a “síndrome da embolia gordurosa” (SEG) a qual afeta principalmente os pulmões e o cérebro, embora qualquer órgão ou estrutura do organismo possa ser afetada. A gordura embolizada é hidrolizada pela lipase, originando os ácidos graxos livres (AGL) que agem toxicamente sobre o endotélio capilar e que intensificam a ação das integrinas as quais acentuam a adesividade dos neutrófilos às células endoteliais, facilitando a ação das enzimas proteolíticas dos lisossomas desses neutrófilos sobre o endótelio. O resultado dessas reações é a ruptura da rede capilar seguida de hemorragia e edema nos órgãos afetados.

     

    A SEG apresenta desde insuficiência respiratória e alterações neurológicas variadas até convulsões e coma profundo. O diagnóstico da SEG é puramente clínico, não existindo nenhum exame laboratorial que o confirme. Dentre os exames de imagens, apenas a ressonância magnética cerebral demonstra claramente as áreas do edema perivascular e dos infartos. O tratamento da EG com inúmeras drogas não apresentou resultados positivos; no entanto, a medida mais requisitada para a SEG é a assistência ventilatória.

     

    A mortalidade é quase de 100% nas formas fulminantes; aproximadamente de 20% nas formas sub-agudas e não há mortalidade na forma sub-clínica. Para prevenir a SEG é fundamental evitar o choque e a hipóxia desde a cena do acidente, e proceder à fixação precoce das fraturas, o que diminui a incidência de SARA e a mortalidade pós-trauma.

     

    Fonte: http://www.scielo.br/pdf/aob/v13n4/a10v13n4.pdf