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vi em vários artigos que o tabaco altera a microbiota...marquei alternativa B.
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Gabarito errado. Segundo o gabarito oficial da FCC a resposta correta é a letra B.
Segundo Lindle (nos capítulos 12 e 20):
Efeitos do fumo:
1. Diminuição da migração e passagem de neutrófilos para o periodonto (defesa imediata - primeira linha de
defesa). Diminuição do número de linfócitos T auxiliares e B (defesa mediata). Diminuição da
quimiotaxia e fagocitose.
2. O fumo altera a função molecular
do endotélio e não a função celular.
Alteram-se as moléculas de adesão para polimorfonucleares que permitem a passagem
da microvascularização aos tecidos periodontais. A clássica série de eventos,
que inclui capturar, rolar no endotélio, aderir firmemente ao endotélio e transmigrar
através da parede do vaso para o tecido conjuntivo e epitélio juncional no
sulco / bolsa gengival, pode estar prejudicada por defeitos nos ligantes
funcionais (moléculas de adesão).
3. Os fumantes apresentam mais espécies bacterianas associadas com a
periodontite, principalmente espécies do complexo vermelho e laranja.
4. Alteração na microcirculação periférica pela secreção de epinefrina induzida pela nicotina levando à
vasoconstrição nos tecidos gengivais.
5. O fumo não provoca alteração na atividade das metaloproteinases da
matriz (MMP) e sim na atividade dos neutrófilos. A principal MMP é a colagenase produzida por neutrófilos,
que é encontrada em maior concentração na gengiva inflamada.
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Estudos que compararam a microbiota subgengival de fumantes e não fumantes chegaram a resultados conflitantes (Socransky ,Haffajee, 2005), isto em parte é resultado das diversas variações de amostrars e técnicas. Diversos estudos relataram que não há diferença entre fumantes e não fumantes na prevalência de ( Darby, Hodge, Riggio , Kinane,2000; Preber, Bergström ,Linder,1992) acúmulo de bactérias (Stoltenberg, Osborn, Pihlstrom, Herzberg , Aeppli,1993),porcentagem de pessoas infectadas com bactérias subgengivais específicas associadas a periodontite ( Bostrom, Bergström,Dahlen , Linder, 2001). Entretanto, no estudo Erie Country uma quantidade elevada de fumantes comparados a não fumantes foi posivita para Actinobacillus actinomycetemcomitans, Porphyromonas gingivalis e Tannerella forsythia ( Zambon, Grossi, Machtei, Dunford, Genco, 1996). Entretanto, um estudo que usou a mucosa oral e amostras das bactérias contidas na saliva tiradas de fumantes e não fumantes diagnosticados com periodontite crônica, mostrou que houve uma pequena, mas não estatisticamente significante, diferença entre as proporções de bactérias entre fumantes e não fumantes (Haffajee e Socransky, 2001). Alguns estudos demonstraram também que o fumo tem pouco efeito na microbiota subgengival ( Lie et al, 1998).
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Além disso, ao fumar, a temperatura da cavidade oral atinge 42ºC. Nesta temperatura inicia-se uma desnaturação das proteínas e quebra dos nucleotídeos, levando a uma eventual morte celular. O calor do cigarro também irrita o epitélio da gengiva e pode podruzir hiperqueratoses, os quais afetam outros mecanismos de defesa do organismo, entre eles,a camada epitelial.
O tabaco é altamente citotóxico.