A questão de formação do educador e da educação continuada está posta em debate nacional desde as Conferências de Educação anteriores ao regime republicano, mas é na década dos anos 80 que ela assume caráter de luta pela reformulação dos cursos de formação, seguindo o debate até os dias atuais. Sobre essa problemática, julgue os itens a seguir:
I. O significado e as exigências da formação de profissional da educação supõem o entendimento do que seja profissão e do que seja a formação para e na atuação profissional. Segundo M. Marques (em Educação / interíocução, aprendizagem / reconstrução de saberes. Rio Grande do Sul: Unijuí Editora, 1996), a profissão exige que o potencial cognitivo-instrumental desenvolvido pelas ciências específicas passe efetivamente à prática educativa cotidiana dos profissionais da educação entre si e com os interlocutores. Assim, a comunidade profissional constrói e reconstrói seus saberes na intersubjetividade da comunicação em seu interior e com a comunidade ampla.
II. A reconstrução curricular dos programas de formação dos educadores pressupõe uma prática social complexa, que interrelacione as dimensões epistêmicas, metodológicas, culturais e organizativas da educação e as redefine na unidade de seu locus de atuação integrada no nível de pesquisa, da docência, das ações nos campos do desenvolvimento social e do exercício das competências profissionais (M. Marques, in Educação / interíocução, aprendizagem / reconstrução de saberes. Ijuí, RS. Unijuí Editora, 1992).
III. Quanto ao desenvolvimento profissional, Nóvoa (Em Os professores e sua formação, Lisboa: Don Quixote, 1992) tem avançado o debate sobre a formação de professores, direcionando-o para o campo da profissão docente, em substituição às perspectivas centradas no mundo acadêmico. Para ele, uma nova profissionalidade docente requer uma formação menos crítica, concebendo a formação como um processo interativo e estático. Por isso, faz-se necessário compreender a formação de professores como um espaço de configuração profissional, estas que passam também pela compreensão de que a profissão docente é um construto neutro, fixo e universal.
É correto o que se afirma em: