LETRA D
1º Prêmio: Pax
Vencedor: Archimedes Memória
Estilo: Beaux-Arts com características Art Déco
2º Prêmio: Minerva
Vencedor: Rafael Galvão e Mário Fertin
Estilo: monumentalidade clássica com preceitos modernos
3º Prêmio: Alfa
Vencedor:Gérson Pompeu Pinheiro
Estilo: ortodoxia racionalista
Os projetos premiados não correspondiam aos anseios do ministro Gustavo Capanema, de modo que os prêmios foram pagos porém Lúcio Costa é quem foi convidado para fazer um novo projeto. Além de Lúcio Costa faziam parte da equipe Carlos Leão, Affonso Reidy, Jorge Moreira, Ernani Vasconcellos e Oscar Niemeyer.
"A decisão, inicialmente marcada para 1º de outubro, foi adiada para 12 de dezembro, e o prêmio, numa solução de compromisso, coube a Archimedes Memória. O plano Memória era estilo marajoara, derivado dos índios da ilha de Marajó. Esse estilo desempenhara papel menor na revivescência indigenista da fase nacionalista brasileira, mas, na qualidade de diretor da Escola Nacional de Belas-Artes em 1935, Archimedes ainda empunhava a bandeira do nacionalismo na arte. Não se tratava dos pujantes mosaicos de Juan O'Gorman na biblioteca da Universidade do México, mas sim de uma sutil ornamentação geométrica nos capitéis das colunas de entrada. A decoração deu um ritmo staccato ao bloco neoclássico, de que definia os limites prescritos ao edifício. A planta térrea e a entrada inspirava-se no melhor da Escola de Belas-Artes. O plano simétrico criava uma força direcional com escadas no corredor centra e salas dispostas ao redor de pátios internos. A dupla Mário Fertin e Raphael Galvão, que obteve o segundo lugar, produziu um desenho inatacável, mais neoclássico que moderno. O terceiro colocado, Gerson Pinheiro, antigo chefe de Affonso Eduardo Reidy, defendia o funcionalismo racional e apresentou o desenho mais limpo dos três projetos vencedores, com planta aberta e estrutura de concreto armado sustentada por pilotis. (HARRIS, E.D. Le Corbusier Riscos Brasileiros. Nobel, 1987, p.62)