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Ola pessoal, acertei a questão, mais não compreendi bem, alguém pode ajudar com explicações?
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Rosa,
Alguns autores relatam que as expressões da questão social é visto como natural – faz parte
da sociedade e deve ser diminuído e não eliminado - e/ou culpabiliza o indivíduo (moral), onde é
por incompetência deste a sua realidade. O estigma do assistencialismo se dá
quando o Capital entende que o Estado não deve garantir os direitos sociais
conquistados, mediante a implementação de políticas e serviços fragmentados,
seletivos – atendendo somente aquele que necessitar – com visão paternalista da
ajuda e não como garantia de direitos, conforme a constituição entre outras
legislações vigentes.
Iamamoto relata isso. Não lembro com exatidão, mas acredito que relações
sociais e serviço social aborde esse tema.
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Texto Política Social de Boschetti:
" Ao lado disso, tem-se a tendência de uma redefinição do próprio trabalho profissional, reduzido ao plantão de emergência, à ambulância que tenta salvar as vítimas do ajuste e ao monitoramento da terceirização do trabalho desprofissionalizado, realizado junto aos usuários por ONGs e congêneres. Não há tempo assegurado para estudar e refletir, para desenvolver projetos de grupalização e organização junto aos usuários. Na verdade, não se faz necessário um assistente social que pensa, cria, negocia demandas na arena pública, articula e elabora um projeto de intervenção, e cujo produto é o atendimento de necessidades individuais e também coletivas e/ou a formação da consciência. O que este redirecionamento pretende é mobilizar profissionais que operam o projeto de gestão da pobreza (e não do seu combate ou erradicação) que vem de cima, que o reitera junto a indivíduos e famílias – para as quais se transfere cada vez mais responsabilidades de reprodução e cujo produto é o acesso “feliz” a políticas minimalistas e medíocres, a exemplo das políticas de transferência de renda em curso no Brasil que estão à anos luz de propiciar qualquer processo redistributivo, embora tenham impacto imediato importante na vida das populações pobres, propiciando inclusive bases de legitimidade para o projeto em curso.
Trata-se de propiciar um perfil profissional adequado aos novos requisitos das políticas minimalistas em tempos neoliberais. O que se pretende é colocar no mercado profissionais sem formação crítica e produzidos em massa especialmente nos cursos de graduação privados e a distância, cujo crescimento recente é inconteste, mas com implicações para a universidade pública, para integrarem as populações e serem gestores da pobreza, realizando a vigilância dos pobres".
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Eu particularmente descordo deste gabarito. Pois afirmar que o profissional de Serviço Social tem se voltado ao trabalho de cunho "assistencialista" é de encontro ao Projeto Ético Político, este que combate totalmente essa perspectiva. Os A.S até podem operar políticas focalizadas, a exemplo do programa Bolsa Família, mas, a atuação profissional não tem cunho assistencial nem muito menos o próprio programa.
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Chamo atenção para tres detalhes da questao:
1º refere-se claramente ao projeto neoliberal, quando cita a reestruração produtiva, que é umas das palavres chaves do neoliberalismo, assim ja me situo no contexto, no qual a reestruturação produtiva é o processo de consolidação do modelo flexível do trabalho industrial. A Reestruturação Produtiva – também chamada de capitalismo flexível – é um processo que se iniciou na segunda metade do século XX e que correspondeu ao processo de flexibilização do trabalho na cadeia produtiva.
2º a exponenciação da questao social e aumento da pobreza também sao caracteristicas do neoliberalismo.
3º o deslocamento da atenção à pobreza da esfera pública dos direitos para a dimensão privada é outra caracteristica do neoliberalismo.
E se analisamos as alternativas A, B, D e E, vem de encontro ao projeto neoliberal, ou seja ao contrario do que prega o neoliberalismo, entao ficamos apenas com alternativa C que é justamente o aprofundamento do traço histórico assistencialista, ou seja, quando retiramos as politicas sociais do Estado e transferimos para o setor privado, corremos o risco de nos apegar em traços assistencialistas, em forma de voluntariado.
#serviçosocialpermanente.
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Uma das consequ ncias, para o Serviço Social, do deslocamento da atenção à pobreza da esfera pública dos direitos para a dimensão privada do dever moral, é:
- o aprofundamento do traço histórico assistencialista
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A atuação do assistente social acaba sendo assistencialista ao passo que o profissional acaba atuando na gestão da pobreza.