SóProvas


ID
1403695
Banca
FCC
Órgão
TCM-GO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A questão refere-se ao texto seguinte.

Pátrio poder

Pais que vivem em bairros violentos de São Paulo
chegam a comprometer 20% de sua renda para manter seus
filhos em escolas privadas. O investimento faz sentido? A
questão, por envolver múltiplas variáveis, é complexa, mas, se
fizermos questão de extrair uma resposta simples, ela é
"provavelmente sim". Uma série de estudos sugere que a
influência de pais sobre o comportamento dos filhos, ainda que
não chegue a ser nula, é menor do que a imaginada e se dá por
vias diferentes das esperadas. Quem primeiro levantou essa
hipótese foi a psicóloga Judith Harris no final dos anos 90.
Para Harris, os jovens vêm programados para ser
socializados não pelos pais, como pregam nossas instituições e
nossa cultura, mas pelos pares, isto é, pelas outras crianças
com as quais convivem. Um dos muitos argumentos que ela usa
para apoiar sua teoria é o fato de que filhos de imigrantes não
terminam falando com a pronúncia dos genitores, mas sim com
a dos jovens que os cercam.
As grandes aglomerações urbanas, porém, introduziram
um problema. Em nosso ambiente ancestral, formado por
bandos de no máximo 200 pessoas, o "cantinho" das crianças
era heterogêneo, reunindo meninos e meninas de várias idades.
Hoje, com escolas que reúnem centenas de alunos, o(a)
garoto(a) tende a socializar-se mais com coleguinhas do mesmo
sexo, idade e interesses. O resultado é formação de nichos com
a exacerbação de características mais marcantes. Meninas se
tornam hiperfemininas, e meninos, hiperativos. O mau aluno
encontra outros maus alunos, que constituirão uma subcultura
onde rejeitar a escola é percebido como algo positivo. O mesmo
vale para a violência e drogas. Na outra ponta, podem surgir
meios que valorizem a leitura e a aplicação nos estudos.
Nesse modelo, a melhor chance que os pais têm de
influir é determinando a vizinhança em que seu filho vai viver e
a escola que frequentará.
(Adaptado de: SCHWARTSMAN, Hélio. Folha de São Paulo,
7/12/2014)

Formam-se grupos de alunos nas escolas. O que determina esses grupos não é uma orientação formal; o que constitui esses grupos, o que traça os contornos desses grupos, são as afinidades individuais.

Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por

Alternativas
Comentários
  • Gab. D

    OBS: O "que" sempre atrai pronome átono para antes do verbo conjugado.
    Logo, Que determina que os determina; que constitui = que os constitui
    Que traça os controles = que lhes traça...

  • LETRA D.
    O que determina esses grupos não é uma orientação formal; (ESSES GRUPOS É OBJETO DIRETO no plural - logo será substituído por os) o pronome relativo "que" irá atrair o "os) - O QUE OS DETERMINA...
     o que constitui esses grupos, (o mesmo correr aqui- esses grupos é objeto direto que será substituído por "os" que será atraído para perto do pronome relativo "que").
    o que traça os contornos desses grupos, (DESSES GRUPOS - OBJETO INDIRETO que será substituído  por "LHES" que será atraído pelo pronome relativo "que")
     

  • Gabarito D

    São fatores de atração (F.A.): Próclise 

    Advérbios, pronomes indefinidos, pronomes relativos, conjunções integrantes, conjunções subordinativas. 

    Exemplo:

    - Jamais te acompanharei. (Jamais = advérbio = F.A), (te = pronome oblíquo = próclise) 

    - Não o vi. (Não =  advérbio de negação = F.A), (o = pronome oblíquo = próclise).

    Obs: Próclise = pronomes oblíquos átonos antes do verbo. 

    Dica: Próclise não inicia oração, período.

    Ex: Me mandaram o resultado (errado)

           Mandaram-me o resultado (certo)

         Te amo (errado)

          Amo-te ou Eu te amo (certo)

  • Com uma noção de colocação pronominal é possível resolver a questão:

    Quando o termo a ser substituído for Objeto Direto trocamos pelos pronomes (O,A,OS,AS).Quando o termo a ser substituído for Objeto Indireto trocamos pelos pronomes (LHE, LHES)
    GABARITO LETRA D
  • Acertei a questão!!!

    ''d''

  • Pronome relativo atrai a próclise.


  • o verbo "traçar" nao é transitivo direto? entao nao seria errado dizer "lhes traça..."? já que "lhe" só acompanha verbos transitivos indiretos? 

  • A questão está desses grupos - de + esses - preposição - OI - lhes.

  • Verbo transitivo Direito // VTD // VB

  • Gente, não entendi o gabarito, pois o termo "traçar" é Verbo Transitivo Direto, sendo assim, de acordo com a gramática o pronome átono "lhe" só acompanha verbos cuja a regência seja VTI, portanto, não faz sentido a alternativa dada como certa. Tentei acessar a página da FCC, a fim de ter acesso a referida prova, mas para a minha surpresa o caderno não está disponível para consulta. Alguém que tem a prova, por favor, consegue confirmar se o gabarito aqui dado como certo coaduna com o da banca? Obrigada!

  • José Júnior, concordo com vc!!


     Eu " acertei" a referida questão, mas creio que o verbo TRAÇAR é VTD, portanto fica: "os traça"! Enfim...

  • são casos de próclise (atração do pronome do caso reto (o, a, os, as, lo, la, los, las, me,  te, se, nos, vos, lhe, lhes) para frente do verbo:

    N egativos - ex: nem, nunca, jamais, nenhum, ninguém - caso obrigatório de atração

    A dvérbios - SEM vírgula = obrigatório próclise ex: hoje, ainda, só, apenas, muito, já -  se tiver virgula = pref. ênclise.

    S subordinativas - conj. ex: que, SE, quando, caso. ex: Se se dispusesse a nos ajudar ficaria ótimo. (pode tbm ajudar-nos (infinitivo))

    G erundio - PRECEDIDO de EM. ex: Em se tratando de português.. Se tirar o EM = Tratando-se...

    R elativos - (atração obrigatória) - Ex: que, o qual, cujo, onde. Ex: a pessoa a que (pr. relativo) nos unimos era educada.

    I ndefinidos - Ex: Todos se manifestaram. "todos" com função substantiva. Ex: Tudo se transforma com o tempo.

    D emonstrativos - NÃO PODE TER TEMO INTERMEDIÁRIO = ex; Aquilo me pareceu uma injustiça.

    O ptativas - exprime desejo - ex: Que Deus nos abençoe. atrai o pronome para frente do verbo.

    I nterrogativa - Ex: Ela se manifestou?

    E xclamativas - Ex: Ela se manifestou! (típica da oralidade do discurso informal).

    famoso Nasg Rid Oie - casos de próclise!

  • Gente!

    Assim como o José Junior, não entendi o gabarito....pois o verbo traçar é VTD e não VTI, alguém poderia confirmar isso?


  • Estou tentando entender o gabarito. Fiquei um bom tempo analisando e o verbo traçar é sim VTD. Por que o uso do LHE então?

  • O pronome LHE também pode transmitir a ideia de posse. Ou seja, pode fazer referencia a DELE (o que traça os contornos DELES)...foi o unico jeito que encontrei de chegar ao gabarito.

  •  Basta gravar o Mnemônico abaixo.

    *Palavras que atraem pronome:

    1)Negativas : não, nunca, jamais  2)Advérbios: hoje, amanhã, sempre, agora.  3)Relativas: que, qual, cujo. 4)Indefinidos: tudo, nada, nenhum, algum, alguém    5)SujeitoSubordinadas: eu,tu,ele,nós,vós,eles/  mas,embora, conforme, a medida que    6)Demonstrativos: esse, essa, este, aquele

  • Traça os contornos... de quem?? Desses grupos..

  • me, te, lhe, nos, vos: quando colocado com verbos transitivos diretos (VTD), têm sentido possessivo, equivalendo a meu, teu, seu, dele, nosso, vosso. 

    Ex: Os anos roubaram-lhe  a esperança ( sua, dele, dela, possessivo)

  • O verbo traçar está como transitivo direto e indireto - traça os contornos(OD) a eles(OI, que pode ser substituído por lhes).

  • Acho que o "lhe" , nesse caso , é adjunto adnominal , indicando posse ! 


  • Para os que tiveram dúvidas em relação ao "lhe", penso que tanto a Jéssica quanto o Fábio estão corretos. O verbo "traçar" está pedindo objeto direto e indireto ("desses grupos" é o objeto indireto); ademais, "desses grupos" está também indicando posse (os controles pertencem a esses grupos). Ambas as formas justificam o uso do "lhe".


    Espero ter ajudado!
  • Rapaziada, assistam o vídeo da Professora Ana Figueiredo do atual concursos, no youtube, sobre colocação pronominal. 

    São três regras básicas, em relação aos pronomes oblíquos átonos:

    1) Não se inicia oração com pronome oblíquo átono.

    Ex: Empresta-me a caneta. (C)

          Me empresta a caneta. (E)

    2) Não se usa a ênclise após verbos no futuro.

    Ex: Darei-te o lápis. (E)

          Dar-te-ei o lápis (C) obs: Nessa caso a única forma correta é o uso da mesóclise. 

    3) Não se usa ênclise após verbos no particípio.

         Tinha dado-lhe um lápis. (E)

         Tinha lhe dado um lápis. (C)


    Exceção á regra geral:

    A) Havendo palavra invariável antes do verbo, usa-se próclise:

    Ex: Quem o ajudou?

    Obs: A palavra invariável, no caso, é quem. Ela não flexiona. Ela atrai o pronome para perto dela.

    B) Após infinitivo estará sempre certo o uso do pronome oblíquo átono, MESMO QUE HAJA PALAVRA ATRATIVA.


    Ex: Gritei para os alertar. (C) Obs: Para é uma palavra invariável, logo atrativa.

         Gritei para alertá-los. (C) Obs: Exceção à regra, mesmo que haja palavra atrativa, por estar o verbo que segue no infinitivo, poderá o pronome estar na forma de ênclise. 

    Obs Final: Logo, em havendo verbo no infinitivo, mesmo que haja palavra atrativa, que é a invariável, poderemos deixar o pronome em ênclise ou próclise.


    Grande abraço.

  • Tudo em razão da próclise atraída pelo "que".

  • O LHE não é objeto indireto, é adjunto adnominal, ou seja, TRAÇA OS SEUS CONTORNOS, pois indica posse.

  • O "que" resolve a questão. rsrssrs

  • Lhe(s): pode exercer função de objeto indireto, adjunto adnominal e complemento nominal.

    "Traçar": é verbo transitivo direto, exige complemento mas dispensa preposição. "quem traça, traça ALGUMA coisa".

    "desses": "de" (preposição) + "esses" (pronome demonstrativo).

    "contornos" é substantivo.

    É comum confundir o adjunto adnominal na forma de locução adjetiva com complemento nominal. Para evitar que isso ocorra, considere o seguinte:

    a) Somente os substantivos podem ser acompanhados de adjuntos adnominais; já os complementos nominais podem ligar-se a substantivos, adjetivos e advérbios. Assim, fica claro que o termo ligado por preposição a um adjetivo ou a um advérbio só pode ser complemento nominal. Quando não houver preposição ligando os termos, será um adjunto adnominal.

    b)  O complemento nominal equivale a um complemento verbal, ou seja, só se relaciona a substantivos cujos significados transitam. Portanto, seu valor é passivo, é sobre ele que recai a ação. O adjunto adnominal tem sempre valor ativo. Observe os exemplos:

    A expressão "desses grupos" classifica-se como complemento nominal, pois desses grupos é paciente de contornar, recebe a ação de contornar.

    "Formam-se grupos de alunos nas escolas."

    "Formam": verbo transitivo conjugado na 3ª pessoa do plural.

    "se": pronome apassivador.

    "grupos de alunos nas escolas": sujeito paciente.  

  • Pessoal que teve dúvidas em relação ao LHE, o professor explica no video da questão que é por causa da relação de posse, DESSES grupos, nesses casos devemos usar o LHE. Bons estudos!

  • 1.DETERMINA = VTD = OS

    2. CONSTITUI = VTD , deve ser evitada a ênclise por causa da vírgula

    3. TRAÇA = como é para substituir o DESSE, que é preposição usa o LHE

  • Sabendo-se os ''Atrativos'' ,que puxam os pronomes, matava-se a questão.
    N
    A
    R
    I
    S
    D
    negativas, advérbiais, relativos, integrantes, subordinativas, demonstrativas.
    *gerúndio e particípio não admitem ênclise. (não admitir, diferente de ''puxar'')

  • Fica melhor " NADIR'S "

  • Basta notar a presença do "queismo", a questão está resolvida.
  • GAB. D

  • Lhe, Lhes ------> sempre quando for OBJETO INDIRETO

  • gab. D

  • GAB [D] AOS NÃO ASSINANTES.

    #ESTABILIDADESIM.

    #NÃOÀREFORMAADMINISTRATIVA.

    ''NO FUTURO ,VOCÊ VAI SENTIR VERGONHA SE PODENDO TER FEITO ALGO ,CALOU-SE.''