De acordo com a abordagem sociocultural, a motivação para a prática do crime tem sua origem em factores que são independentes da vontade do indivíduo. Uma das explicações clássicas é a apresentada por Robert Merton (1958). De acordo com ele, o crime, especialmente o crime contra o património, é consequência de uma contradição entre os objectivos relacionados com a influencia que a sociedade incute aos indivíduos em geral e as hipóteses reais, para alguns indivíduos em particular, de realização desses objectivos pelas vias consideradas legitimas. Por outras palavras, as pessoas mais obres, com poucos anos de escola e com dificuldades de encontrar um emprego com boa remuneração, teriam poucas oportunidades de corresponder às expectativas de consumo e de demonstração de “status” social elevado definidas pela sociedade. A “pressão social”, gerada pela expectativa social de afluência, faria com que os indivíduos procurassem, independentemente uma decisão deliberada, os objectivos culturalmente estabelecidos pelas vias ilegítimas do crime e da fraude.
Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa
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Gabarito: A