SóProvas


ID
1412926
Banca
IBAM
Órgão
Prefeitura de Praia Grande - SP
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

CHEGA DE PRECONCEITO CONTRA O LUCRO

Instituições sem fins lucrativos são criadas para aproveitar oportunidades de captação de recursos ou isenções de impostos, geralmente para alcançar uma causa social não atendida pelo Poder Público.

A causa ê nobre, seja ela o assistencialismo, a educação ou os serviços a comunidades carentes. Com o crescimento desse setor, aumentam as solicitações para que a sociedade colabore com seus projetos de forma não remunerada, pois “não há fins lucrativos”

Há uma grave distorção nessa expectativa. Entidades sem fins lucrativos esperam que empresas forneçam seus produtos sem custo, assim como esperam que famílias sem dificuldades financeiras deixem de cuidar de seu futuro para amparar os fragilizados. Estamos criando uma insustentável cultura de tirar dos bem- sucedidos para assistir os desafortunados, como se o papel do lucro fosse ser distribuído à sociedade.

Empresas que geram resultados não deveriam dividi-los com os incapazes de erguer um negócio. Isso premia a incompetência. Somente quando os negócios produzem retornos maiores que o esperado (fruto do nvestimento em qualidade e tecnologia), os lucros excedentes podem virar filantropia.

Não é papel das empresas prestar serviços sem remuneração. O papel das empresas é prestar bons serviços, lucrar e investir seus lucros para que esses serviços sejam melhorados, mais empregos sejam gerados e mais impostos sejam pagos - essa é a ideia. Se o Estado é incapaz de fornecer a educação que ensine a pescar, cabe a ele usar sua arrecadação para sanar os problemas.

Quanto mais as famílias abrem mão de poupar para o futuro e praticam o assistencialismo, mais dependerão do governo para custear seu futuro. É um círculo perigosamente vicioso.

Quando me pedem para prestar um serviço sem fins lucrativos, subentendo que querem que eu trabalhe sem remuneração. Não faz sentido. Tenho fins lucrativos, com orgulho. Se meu trabalho cria valor, paguem o que ele vale. Quem não tem fins lucrativos é a instituição que contrata o serviço, não quem o presta.

Não ter fins lucrativos não deve credenciar ninguém a ser incompetente na captação de recursos. Prestar serviços para uma empresa sem fins lucrativos não deve ser uma caridade forçada. Lucrar, ou produzir resultados excedentes, é essencial para o crescimento de qualquer atividade. Devemos esperar das instituições competência técnica e gerencial para levantar fundos, administrar custos e pagar suas atividades sem corroer a capacidade produtiva da sociedade. Elas deveriam gerar resultados e reinvesti-los para que o atendimento a sua causa possa crescer. É tempo de lutar por mais profissionalismo nas causas sociais.

Gustavo Cerbasi, Publicado originalmente na Revista Época em 13/04/2013 disponível no site [maisdinheiro.com.br], consultado em 12/8/2013

O trecho abaixo será utilizado para a resolução das questões de 3 a 7. “

Estamos criando uma insustentável cultura de tirar dos bem-sucedidos para assistir os desafor­tunados, como se o papel do lucro fosse ser distribuído à sociedade"

Observe as sentenças seguintes.

I. Precisamos assistir esse espetáculo, dizem que é maravilhoso!

II. Desde muito jovem habituou-se a assistir os mais necessitados, fornecendo remé­ dios e mantimentos.

III. Não assistimos o jogo porque seria televisionado muito tarde da noite e precisáva­ mos acordar cedo no dia seguinte.

O uso do verbo assistir deu-se em consonância com a norma padrão, tal qual no trecho posto para análise, na(s) sentença(s) presente(s) em:

Alternativas
Comentários
  • Letra A


    O verbo ASSISTIR será Transitivo direto quando tiver significado de ajudar, auxiliar, prestar assistência, socorrer. Portanto, sem preposição!   Ex. O médico assistiu o paciente.

    O verbo ASSISTIR será Transitivo indireto quando tiver significado de presenciar, comparecer, ver, estar presente, testemunhar. Portanto, a preposição “a” será obrigatória! Ex. João assistiu ao jogo.

  • Letra A

    Só corrigindo o comentário anterior. No primeiro exemplo, segundo Bechara, o verbo assistir no sentido de "assistência" -  "ajudar", pede INDIFERENTEMENTE objeto direto ou complemento preposicionado:

    O médico assistiu o doente. (obj.direto)

    O médico assistiu ao doente. (obj. indireto)

    AS DUAS CONSTRUÇÕES ESTÃO CORRETAS!

    Quanto ao segundo exemplo,o verbo assistir no sentido de "presenciar", "ver"...  a construção com a preposição "a" é obrigatória, conforme citado no comentário anterior.

    João assistiu ao filme. (obj. indireto)

  • I. Precisamos assistir (a) esse espetáculo, dizem que é maravilhoso!

    II. Desde muito jovem habituou-se a assistir os mais necessitados, fornecendo remé­dios e mantimentos.

    III. Não assistimos (a)o jogo porque seria televisionado muito tarde da noite e precisáva­mos acordar cedo no dia seguinte. ASSISTIR

    O verbo assistir pode ser transitivo indireto, transitivo direto e intransitivo.



    Transitivo indireto: quando significa “ver”, “presenciar”, “caber”, “pertencer” e exige complemento com a preposição “a”.

    - Assisti a um filme. (ver)
    - Ele assistiu ao jogo.
    - Este direito assiste aos alunos. (caber)

    Transitivo direto: quando significa “socorrer”, “ajudar” e exige complemento sem preposição.

    - O médico assiste o ferido. (cuida)

    Obs: Nesse caso o verbo “assistir” pode ser usado com a preposição “a”.

    - Assistir ao paciente.

    Intransitivo: quando significa “morar” exige a preposição “em”.

    - O papa assiste no Vaticano. (no: em + o)
    - Eu assisto no Rio de Janeiro.

    “No Vaticano” e “no Rio de Janeiro” são adjuntos adverbiais de lugar.

  • o verbo ASSISTIR, pede a preposição A

  • Show mesmo. Aprendi isso com o professor Elias Santana, do Gran Cursos.

    51% da população já haviam manifestado.

    51% da população seria o sujeito, que teria como núcleo "51%".

    "Da população" seria o especificante do núcleo.

    Como 51% é uma expressão partitiva, é caso de concordância facultativa. Ou seja, pode-se concordar com o núcleo do sujeito (51%) ou com o especificante do núcleo (da população).