CERTO.
Peru e Equador demonstram a todo o mundo,
hoje, que o que distingue a América do Sul é
o fato de ser uma região de paz. É o fato de
ser uma região que elege a diplomacia e o
direito internacional como estilo para supe-
rar divergências, que escolhe a boa convi-
vência como passaporte para a modernidade.
Essas palavras do Presidente Fernando Henrique Cardoso por ocasião da assinatura do Acordo Global e Definitivo de Paz, no Palácio Itamaraty, em Brasília, em 26 de outubro de 1998, evocam o sentido maior daquela cerimônia histórica, que marcou um dos maiores feitos diplomáticos dos oito anos de sua gestão. Pôs-se fim a um conflito que, pelas dimensões e localização estratégica da vasta área geográfica contestada, representara foco secular e latente de instabilidade subregional e de tensão continental. Provocado por um dos mais graves enfrentamentos bélicos na América do Sul em meio século, o exercício de mediação desencadeado pelos Países Garantes do Protocolo do Rio de Janeiro de 1942 (Argentina, Brasil, Chile e Estados Unidos) a partir de janeiro de 1995 mobilizou, durante quatro anos, esforços diplomáticos em escala sem precedentes na região e determinou a criação da primeira efetiva operação de paz multilateral no continente sul-americano.
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