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GABARITO CERTO
O presidente Carlos Menem adotou uma política externa baseada no alinhamento da Argentina com os Estados Unidos. A aproximação foi expressiva, resultando em maior engajamento econômico e na eliminação de conflitos. Contudo, houve vários pontos aquém das expectativas, devido a contradições comerciais e políticas entre os dois países.
A indústria da Argentina está vivendo uma "Brasil-dependência"? De diferentes formas, esse é o debate que começa a crescer no país vizinho, com uma vinculação cada vez mais nítida entre o aquecimento do consumo brasileiro e a expansão da indústria argentina, cujo nível de atividade subiu 12,4% no primeiro semestre. Menções ao Brasil e sua influência sobre o crescimento da Argentina aparecem com destaque, tanto nos boletins de conjuntura da União Industrial Argentina (UIA) quanto nos ultimos relatórios de inflação divulgados pelo Banco Central.
https://cartainternacional.abri.org.br/Carta/article/viewFile/284/246
http://www.pibernat.com.br/index.php/noticias/686-industria--argentina-teme-dependencia-de-exportacoes-para-o-brasil.html
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Muito legal, mas isso não é atualidades.
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Trata-se de uma questão que remete à cultura geral e que, a despeito de tratar de assunto ligado ao mandato do ex-presidente Menem, repercute até os dias de hoje, especialmente no que concerne aos rumos político-econômicos do MERCOSUL. Logo, a questão é, sim, da categoria de atualidades. A recente notícia confirma o que digo. Senão vejamos:
“Quando o Brasil espirra, a Argentina tem uma pneumonia”. A frase está instalada em Buenos Aires e é usada até mesmo pelo presidente argentino, Mauricio Macri, herdeiro de uma fortuna com estreitas ligações com o Brasil, por causa de seu envolvimento significativo no setor automobilístico. A crise brasileira estremece a economia do vizinho do sul e também a política, já que os argentinos vivem um ano eleitoral crucial, com uma recuperação incipiente e ainda fraca, que pode ser muito afetada pela instabilidade de seu grande parceiro comercial. Quando o Brasil está bem, representa 30% das exportações argentinas. Nos últimos tempos caíram, e só agora começavam a se recuperar timidamente. A crise brasileira é vivida na Argentina como se fosse um assunto da política local. Praticamente todas as emissoras de rádio e televisão prepararam programas especiais na noite da quarta-feira para tentar explicar o assunto e as consequências que isso pode acarretar para o país austral.
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Se é assim, não existe distinção entre História e Atualidades, já que tudo que acontece atualmente é resultado de eventos passados, sendo que nada surge do nada.
Faz sentido cobrar isso em uma prova de diplomata, que é contextualizada por natureza e que prevê em seu edital a disciplina de História. Em outra prova em que isso não esteja pré-definido é irrazoável tal exigência.
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A questão não é de Atualidades. É de Política Internacional (não existe a disciplina "atualidades" na prova do Instituto Rio Branco). Não cairia algo desse tipo numa prova que tem apenas o conteúdo de ATUALIDADES, mas poderia perfeitamente cair numa prova que tenha CONHECIMENTOS GERAIS, já que fala da política brasileira e regional.
Nesse caso o problema não é o CESPE. É só uma questão de especificidades de cada edital.
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Caso alguém possa responder realmente à questão e citar as fontes, nós agradecemos.
Abraço.
Em tempo: assertiva correta
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E alguém pode definir objetivamente o que é atualidades no concurso público?
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A assinatura do acordo entre a União Européia e o Mercosul, criou duas importantes expectativas na Argentina: a diminuição da chamada "Brasil-dependência" e a atração de mais investimentos.
"O acordo vai abrir as negociações para que os países do Mercosul possam colocar mais produtos na Europa", afirmou, em Madri, o ministro da Economia Domingo Cavallo.
"Também deverá acentuar os investimentos europeus em nossas países e isso significa a criação de novos empregos", completou.
A perspectiva de criação de uma zona de livre comércio entre os dois blocos econômicos surge em boa hora para a Argentina.
O acordo permite a abertura de novos mercados aos produtos argentinos. Espera-se, assim, que a condição de dependência ao mercado brasileiro -considerada arriscada- diminua.
Segundo previsões do Estudio MAM Broda, este ano deve fechar com 27,4% das exportações argentinas destinadas ao Brasil.
As vendas para o mercado brasileiro seriam, em boa parte, responsáveis pelos saldos positivos da balança comercial argentina desde abril. E também pelo superávit anual estimado em US$ 1,6 bilhão.
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O QConcursos classifica as questões de forma errada, aí depois nós não conseguimos filtrar as questões que queremos.
Não existe "atualidades do ano de 2017" no edital! Além disso, a questão trata dos anos 80-90, e não do ano de 2017.
Por favor, classifiquem conforme o edital: "A política externa argentina; a Argentina e o Brasil" (item 4 do edital de POLÍTICA INTERNACIONAL).
Colaborem aí!
Valeu!
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Quase todos os comentários que eu li abaixo confirmam a que a Argentina se alinhou com os EUA durante o governo de Carlos Menem (o que está correto), mas quando falam da "Brasil dependência" citam o contexto atual.
Percebam que pela forma como a assertiva foi escrita, a "Brasil dependência" teria que estar ocorrendo durante o governo de Carlos Menem para que ela fosse correta: "...sua política externa alinhou-se com as posições dos Estados Unidos da América no contexto internacional, enquanto surgiram críticas, de fontes oficiais e privadas, sobre uma “Brasil dependência” por parte da Argentina."
Não encontrei nenhum material que fale da dependência da Argentina em relação ao Brasil já durante o governo Menem. De acordo com dados do Ministério da economia, o Brasil tinha déficit comercial com o Mercosul no final do governo Menem e nos anos seguintes ao seu governo:
2003: -1.051.656.140,00
2002: -3.436.344.850,00
2001: -1.778.586.081,00
2000: -1.164.256.522,00
1999: -1.023.331.897,00
1998: -1.621.621.423,00
1997: -1.407.290.293,00
(valores FOB em US$)
Obs1: não encontrei dados mais antigos, mas os anos de 1997-1999 ainda correspondiam ao governo Menem.
Obs2: não encontrei dados apenas da balança comercial com a Argentina, os dados são para a totalidade do Bloco do Mercosul, mas como o déficit estava acima de 1 bilhão de dólares em todos esses anos e a Venezuela ainda não participava do grupo, significa que tinha que haver déficit com a Argentina também.
Eu teria recorrido dessa questão se tivesse feito a prova.
Bons estudos!