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Questões de Brasil e relações com países e organizações internacionais da América.


ID
31138
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

As relações do Brasil com alguns dos seus principais parceiros
passaram por ajustes a partir da década de noventa do século
passado. Acerca desse assunto, julgue (C ou E) os itens abaixo.

Apesar de ainda apresentarem aspectos a serem aperfeiçoados, as relações entre Brasil e Estados Unidos da América têm-se caracterizado, a partir de meados da década citada, pelo esforço de ambos os países no desenvolvimento de uma agenda bilateral positiva.

Alternativas
Comentários
  • Agora não entendi: já nos primeiros anos da década Brasil e EUA se aproximavam em diversas áreas, como evidenciam o Acordo do Jardim de Rosas de 1991, o processo de renegociação da dívida brasileira no âambito do Plano Brandy concluído em 1994 e a diminiução de atritos em várias áreas (no campo comercial, com o fim do contencioso da informática em 1991 e em vários outros com a aceleração do processo de renovação de credenciais pelo Brasil nas áreas ambiental, militar e de direitos humanos). Por que, então, está certa uma questão que diz que essa "construção de uma agenda bilateral positiva" só começa em meados da década?
  • Em nenhum momento ele fala "só".
  • Essa é uma questão à qual o candidato que sabe mais detalhes sobre o tema acaba errando porque passa uma impressão que antes de meados da década não houve esforços, o que não é verdade. 

  • Eu acabei errando, porque falar de "esforço de ambos os países"... não sei se os EUA faz um esforço tão grande assim não

  • Errei a questão justamente porque considerei errado o trecho que passa a ideia que ...."a partir de meados da década de citada (90) que começou a ter uma agenda bilateral entre os dois países positiva", já que se sabe que os dois países mantinham acordos e parcerias comerciais positiva antes. Principalmente no período da Guerra Fria em que os EUA utilizaram políticas externas de aproximação com os países da América Latina.

  • Isadora Mattos, 

    concordo plenamente contigo.

    1. Segundo Pecequilo, não houve, na década de 90, uma reciprocidade ou retorno proporcionais ao esforço feito pelo governo brasileiro na tentativa de enquadrar-se ao Consenso de Washigton: " A despeito do engajamento, o Brasil recebeu poucos benefícios." ( Manual do Cadidato, tópico 3.2 p7(?) na versão e-pub).

    " E ainda: " Na política externa, Franco teve Fernando Henrique Cardoso (1992/1993) e Celso Amorim (1993/1994) no MRE e retomou a tradição global multilateral, investindo em parcerias Sul-Sul com outras potências em desenvolvimento." ( Manual do Cadidato, tópico 3.2 p8(?) na versão e-pub)

     

    2. E tem mais: Pensemos na questão atualizada, à luz da recente visita do vice presidente ao nosso país. Cara, na moral...antigamente o presidente gringo vinha, balançava a mão do presidente brasileiro, emprestava um monte de dinheiro...isso sim era esforço bilateral para reforçar alinça historica.

     

    "RECURSO" pra dentro....rsss

     

    Não vindo aqui pessoalmente Trump reforçou o recado: America First! Eles são mutio importantes para nossa pauta de exportações mas nós não somos tão importantes assim. Ainda assim, por sermos uma potência regional poderia haver maior reverência. Entretanto, a gestão Trump está mais interessada num Muro que a separe dos latinos enquanto os investimentos da China só crescem. Aplica-se aí o que Ian Bremmer chamou de "vácuo de poder".

    E muitos de nós, inclusive, celebram esse afastamento norte-americano de nossa casa.

     

  • Atualização para 2020:

    Brasil déficit de US$ 370 milhões em 2019 - é ruim para Brasil, mas "ajuda" a ter uma boa relação com Trump.

    Saldo negativo desde 2009, com exceção de 2017

    EUA grande investidor de IED no Brasil - US$68 bi estoque

    Segundo MRE, Bolsonaro trouxe "adensamento das relações" com "parceria para a prosperidade"

    Resultados viagem 2019:

    isenção visto turista EUA

    salvaguarda tecnológica para lançamento da base de Alcântara

    Acordo Nasa para monitorar clima

    Apoio ingresso Brasil OCDE

    Brasil aliado extra-OTAN (*Só comparação: Colombia ingresso OCDE em 2020 e parceiro global OTAN desde 2018)

    2020:

    Criação do Diálogo de Parceria Estratégica EUA-Brasil

    Participação conjunta no Processo de Varsóvia (para discutir imigrantes, refugiados e questões imigratórias)

    Aliança de Promoção da Liberdade Religiosa


ID
31147
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

As relações do Brasil com alguns dos seus principais parceiros
passaram por ajustes a partir da década de noventa do século
passado. Acerca desse assunto, julgue (C ou E) os itens abaixo.

Na década de noventa do século XX, o processo de integração regional começou por iniciativa do Uruguai e do Paraguai, aos quais se juntaram o Brasil e a Argentina, para constituir o MERCOSUL.

Alternativas
Comentários
  • A iniciativa para a constituição do MERCOSUL partiu de Brasil e Argentina, que iniciaram as conversações ainda nos governos de Sarney e Alfonsin. O item está errado.
  • Até 1990 as conversações eram bilaterais e envolviam Brasil e Argentina. Nesse ano houve a inclusão do Paraguai e do Uruguai, que tiveram que aceitar as condições negociadas, anteriormente, pelos vizinhos maiores.
  • Gabarito: Errado

     

    Outra questão para embasar o entendimento:

     

    Ano: 2003 Banca: CESPE Órgão: Instituto Rio Branco Prova: Diplomata

     

    No Cone Sul, o processo de integração que levaria ao Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) teve sua origem na aproximação argentino-brasileira, em meados da década de 80 do século XX, conduzida pelos presidentes Raúl Alfonsín e José Sarney. Naquela conjuntura de crise econômica, ambos os Estados viviam os primeiros passos da experiência de recomposição da democracia após cerca de duas décadas de regime autoritário, sob o comando de militares. CERTO

  • Declaração do Iguaçu foi um tratado celebrado em 30 de novembro de 1985[1] em Foz do Iguaçu, Brasil, pelos presidentes de Argentina e Brasil, respectivamente, Raúl Alfonsín e José Sarney, com o qual se lançou a ideia da integração econômica e política do Cone Sul. Ambos os países acabavam de sair de um período ditadorial e enfrentavam a necessidade de reorientar suas economias.


ID
31150
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Considerando a trajetória recente e a atual agenda das relações entre Brasil e América Central, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Discordo da amiga cujo comentário foi um pouco infeliz. De fato a IIRSA visa uma maior integração, pricipalmente de cunho social, entre os países da América. Só que a IIRSA, iniciada em 2000, é formada pelos 12 países da América do SUL. A IIRSA agora está encorporada ao conselho social da UNASUL, que também contra com países da América do sul tendo apenas o México e o Panamá como observadores.

    Como exemplo da aproximação entre o Brasil e os países centro-americanos, podemos destacar a intensificação dos diálogos da CELAC (comunidade dos estados latino-americanos e caribenhos), a intensificação do política sul-sul que engloba tais países, a abertura de embaixadas em TODOS os países da região em tel, crescimento dos investimentos brasileiros em Cuba, etc.

ID
31162
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A Índia destaca-se como parceira de crescente importância
política e econômica para o Brasil. Considerando o atual estágio
e a agenda das relações bilaterais, julgue (C ou E) os itens abaixo.

Nos últimos anos, observa-se forte incremento do intercâmbio comercial entre Brasil e Índia, o que tem estimulado a expansão do Acordo MERCOSUL-Índia, instrumento que ampara o comércio bilateral.

Alternativas
Comentários
  • "Por ocasião da visita presidencial a Nova Delhi em 25 de janeiro de 2004, foi assinado o Acordo de Comércio Preferencial entre MERCOSUL e Índia - Acordo-Quadro, que prevê uma primeira etapa de concessões de preferências tarifárias fixas, como um passo inicial rumo à criação de uma Área de Livre Comércio entre os países."

    O Acordo de Preferências Tarifárias Fixas entre o Mercosul e a Índia, composto de uma parte normativa, listas de oferta do Mercosul e da Índia, regras de origem, medidas de salvaguardas e solução de controvérsias. Aguarda-se então o processo de internalização do Acordo, para sua entrada em vigênciahttp://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=1405&refr=405 .

  • Em primeiro lugar, o incremento comerical observado, desde 2003, entre Índia e países do Mercosul (especialmente com o Brasil) não pode, de maneira alguma, ser considerado forte. O incremento tem sido lento e gradual. Há um potencial comercial muito grande ainda para ser explorado.

    Em segundo lugar, o Acordo de Preferências Tarifária Mercosul-Índia é de 2004, fruto da visita de Lula à Índia em 2003. No entanto, esse acordo só entra em vigor em 2009. Portanto, o incremento comercial que houve entre a Índia e países do Mercosul entre 2003-2009 não é devido ao APT Mercosul-Índia (2004).

    observação: vale a pena lembrar que:
         * o APT Mercosul-Índia (vigor em 2009) foi o 1º acordo de preferências tarifárias com país de fora da ALADI;
         * o ALC Mercosul-Israel (vigor em 2010) foi o 1º acordo de livre comércio com país de fora da ALADI;
         * o APT Mercosul-SACU (-) ainda não está vigente, pois está em processo de ratificação no CN;
         * o ALC Mercosul-Egito (-) ainda não está não vigente, pois está em processo de ratificação no CN;
  • E mesmo que não houvesse todos esses erros, poderíamos dizer que o comércio bilateral Brasil-índia é AMPARADO pelo acordo comercial do MERCOSUL-Índia?
  • Qual é o erro exatamente?

  • Atualizando o comentário do Giovanni Basso...

    *O APT MERCOSUL-SACU entrou em vigor em 2016

    *O ALC MERCOSUL-Egito ainda não está vigente. Já foi aprovado pelo Brasil (DL 216/15), e se encontra em fase de internalização com os demais membros do Mercosul.

  • Acredito que a questão esteja desatualizada. O comércio entre Brasil e Índia cresceu fortemente no sec XXI. Além disso, a expansão do APT foi tema recente, conforme o site do Itamaraty expõe:

    "O tema da ampliação do ACP MERCOSUL -Índia foi tratado durante a III Reunião de Administração Conjunta do Acordo, realizada em Brasília, em 29/9/2016. Durante a reunião, foram definidos cronograma e metodologia para levar adiante a expansão da cobertura do ACP, que prevê a inclusão de novos produtos no escopo do Acordo. A Presidência Pro Tempore do Mercosul, a cargo do Brasil no segundo semestre de 2017, objetiva concluir a primeira rodada negociadora para a expansão do acordo com a Índia. "

    Essa expansão certamente tem relação com a aproximação dos 2 países (ainda mais considerando que a presidência Pro Tempore brasileira já declarou o foco em fortalecer esses laços comerciais), em consequência ao foco nas cooperações Sul-Sul do Brasil.

  • Realmente a questão está desatualizada. Ela é de 2008 e o ACP mercosul-india foi assindo em 01.06.09...

  • Pra quem não tá entendendo as siglas que os colegas referem nos comentários:
    APT = Acordo de Preferências Tarifárias

    ACP = Acordo de Comércio Preferencial


ID
31660
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Os atentados de 11 de setembro de 2001 recolocaram as questões relativas à segurança no topo da agenda internacional e suscitaram
reações e percepções diferenciadas acerca da forma de enfrentar o terrorismo internacional. Acerca desse tópico, julgue (C ou E) os
itens subseqüentes.

O Brasil solidarizou-se com os EUA e abriu-se à participação efetiva no combate global ao terrorismo, defendendo o fortalecimento das instituições multilaterais como medida válida para tal fim.

Alternativas
Comentários
  • O Brasil chegou inclusive a invocar o Tiar. 

  • Complementando a boa lembrança do W. Wilson.

    Numa decisão unânime, os ministros das relações exteriores das Américas aprovaram proposta do Brasil de invocar o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR). A decisão foi um gesto político da solidariedade do continente ao povo e ao governo dos Estados Unidos, diante dos devastadores ataques terroristas contra o World Trade Center e o Pentágono.

    http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,oea-invoca-tratado-de-47-para-dar-apoio-aos-eua,20010921p27214


ID
31663
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Os atentados de 11 de setembro de 2001 recolocaram as questões relativas à segurança no topo da agenda internacional e suscitaram
reações e percepções diferenciadas acerca da forma de enfrentar o terrorismo internacional. Acerca desse tópico, julgue (C ou E) os
itens subseqüentes.

Ao se opor às ações militares deflagradas pelos EUA no Afeganistão e no Iraque, o Brasil restringiu seu engajamento no combate ao terrorismo internacional ao que determinam a Organização dos Estados Americanos (OEA) e o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR).

Alternativas
Comentários
  • O que invalida a questão não é a inexistência ou não de menção ao terrorismo na carta da OEA ou do TIAR.
    O incorreto é dizer que o Brasil restringiu seu engajamento à determinação de tais órgãos. Embora o Brasil tenha convocado o TIAR no 11/09, o país adota uma perspectiva humanista, pautando-se nos esforços multilaterais para combater o terrorismo e opondo-se aos abusos dos direitos humanos em nome da luta ao terror. Ademais, apesar da clara oposição brasileira à ação militar americana no Iraque, não se observou a mesma postura em relação ao Afeganistão (não oficialmente, pelo menos!).
  • O Brasil se pauta em esforços multilaterais para o combate ao terrorismo.

ID
31669
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Os atentados de 11 de setembro de 2001 recolocaram as questões relativas à segurança no topo da agenda internacional e suscitaram
reações e percepções diferenciadas acerca da forma de enfrentar o terrorismo internacional. Acerca desse tópico, julgue (C ou E) os
itens subseqüentes.

Ao enfatizar a necessidade de se fortalecerem os mecanismos multilaterais globais e regionais para o enfrentamento do terrorismo global, o Brasil não se opôs aprioristicamente a intensificar e aprofundar a cooperação com os EUA.

Alternativas
Comentários
  • Jesus! Manda recolher a criatura!
  • Meu pai do céu....
    ô filhinho, eu ia recomendar que fosses estudar, mas realmente, vá se benzer porque parece que o negócio aí é grave mesmo...
  • Correta,

    O principal ponto que poderia sucitar dúvida seria em relação à palavra aprioristicamente.

    Aprioristicamente vem de apriorismo que seria: sistema de utiliza seus princípios antes da experiência.

  • Correta, lembrando que repúdio ao terrorismo consiste em objetivo fundamental da republica (CF).
  • Significado de Apriorístico

    adj. Relacionado com o apriorismo, com a doutrina que confere importância aos conhecimentos, conceitos ou pensamentos "a priori", os que independem da experiência ou da prática.
    (Etm. apriorista + ico)

  • Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:

    VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo.

     

    Não é objetivo como dito alhures e sim PRINCÍPIO NAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS.


ID
31678
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A respeito da política externa argentina na primeira década do século XXI, julgue (C ou E) os itens seguintes.

No plano regional, é prioridade para a Argentina a consolidação do MERCOSUL. Isso se manifesta no decidido apoio argentino às iniciativas de se solucionarem os litígios mantidos com os demais membros do bloco.

Alternativas
Comentários
  • Segundo a banca: 
    "Houve erro material ao inserir-se na prova uma versão não-finalizada do item que, por essa razão, era passível de questionamentos. Assim, fez-se 
    necessária a anulação do item."

ID
31681
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A respeito da política externa argentina na primeira década do século XXI, julgue (C ou E) os itens seguintes.

Alinhados ideologicamente, Brasil e Argentina tratam, de forma convergente, de temas globais, como o enfrentamento do terrorismo internacional e a reforma do Conselho de Segurança da ONU.

Alternativas
Comentários
  • Brasil e Argentina possuem divergências acerca da reforma do CSNU, pois ambos querem um assento permanente.
  • Não é pleito da Argentina - não de forma sistemática - assento no CS.O principal é que a Argentina faz campanha contra a entrada do Brasil no CS:Paquistão, Itália, Coréia do Sul e Argentina formam um grupo conhecido com Coffee Club, por não apoiarem a entrada de seus vizinhos no conselho de Segurança da ONU.Outro nome para o grupo é Unidos Pelo Consenso - difícil imaginar um grupo chamado unidos pelo dissenso.Do site da BBC-Brasil:"Ao que tudo indica, o "Unidos pelo Consenso" não conta com apoio significativo entre os países da ONU.Porém, segundo um diplomata do G4, é possível que o grupo tente bombardear a proposta do G4 durante o debate – usando artifícios como a introdução de emendas que desfigurem a resolução ou pedidos de adiamento do processo decisório da Assembléia Geral."
  • Errada. Em relação a reforma do CSNU , o Brasil integra o G4 - BR,JP, IN, AL e  a Argentina está no Grupo do United for Consensus ou Coffe Club que é contra a proposta do G4.
  • ver os comentáios


ID
36790
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Considerando os interesses e as perspectivas brasileiras em
relação ao MERCOSUL e a evolução recente desse bloco, julgue
(C ou E) os itens a seguir.

Com o propósito de agilizar e desburocratizar o intercâmbio comercial no âmbito do MERCOSUL, o Brasil concebeu e implantou, em conjunto com a Argentina, mecanismo de pagamento em moeda local, o qual pode ser ampliado para os demais países do bloco.

Alternativas
Comentários
  • CORRETA.Se chama Sistema de Pagamento em Moeda Local (SML).O SML é um sistema informatizado que permite que as exportações e importações entre os dois países sejam realizadas em moeda local, sem a utilização do dólar.Mas atenção ainda não há moeda comum para o Mercosul do estilo do EURO
  • O Sistema de Pagamentos em Moeda Local (SML) foi criado em 3 de outubro de 2008, ele permite que as transações (ordens de pagamento) sejam efetuadas em moeda local. Inicialmente, o SML tem sido usado somente nas transações de comércio de bens envolvendo o Brasil e a Argentina, mas recentemente o sistema esta sendo expandido para outros países como Uruguai (já firmamos no dia 23 de outubro de 2009 uma Carta de Intenções) e Paraguai. Outros países como Rússia, Índia e China já demonstraram interesse em adotar o sistema no comércio bilateral com o Brasil. 
  • Atualizando,

    Em 2012, já foi firmado um Acordo de Mecanismo de Pagamento em Moeda Local com o Uruguai.
  • O Sistema de Pagamentos em Moeda Local-SML é um sistema de pagamentos informatizado que permite a remetentes e destinatários, nos países que integram o sistema, para operações de até 360 (trezentos e sessenta dias), fazerem e receberem pagamentos referentes a transações comerciais ou benefícios em suas respectivas moedas.

    Consequentemente, não há a necessidade de se realizar as operações de câmbio moeda local-dólar e dólar-moeda local nos pagamentos e recebimentos. A taxa SML será, teoricamente, mais favorável aos agentes, uma vez que é formada pelas taxas interbancárias, utilizadas em operações de alto valor. Também são simplificados os procedimentos realizados por remetentes e destinatários em relação a sua necessidade de operacionalização com o dólar americano. Dessa forma, espera-se a redução do custo das transações, tanto financeiros como administrativos. Finalmente, registra-se que, entre os objetivos do SML, também se encontra aumentar o nível de acesso dos pequenos e médios agentes ao comércio transfronteiriço.

    No momento, existem três convênios SML firmados pelo Banco Central do Brasil (BCB): o primeiro com o Banco Central da República da Argentina (BCRA), o segundo com o Banco Central do Uruguai (BCU) e o terceiro com o Banco Central do Paraguai (BCP) em fase de Regulamentação

    Características:

    -Utilização voluntária;

    -Inexistência de contrato de câmbio;

    -A documentação necessária é a mesma exigida para operações de comércio exterior;

    -Integração ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e aos sistemas de pagamentos dos países integrantes do SML.

    Responsáveis pela execução:

    -Bancos Centrais dos respectivos países;

    -Instituições Financeiras participantes do sistema.

  • Informando também que, conforme consta no site da CAMEX, a implantação do convênio com o Paraquai está em fase de implantação.

    Bons estudos!


ID
83734
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

É a partir de 1968 (II U n c t ad ) q u e o Brasil passou a expressar
apoio mais denso aos foros multilaterais, movido pela convicção
de ser essa atitude o " meio de neutralizar ou reduzir o
considerável p o d er de coerção das superpotências e grandes
poderes nas relações i n t ernacionais", como assinalou Antonio
Augusto Cançado Trindade. Já para Clodoaldo Bueno, a
continuidade seria o elemento definidor da política multilateral
brasileira, a expressar o reconhecido grau de profissi onalismo do
I t amaraty. Para ele, a diplomacia brasileira teve tradicionalmente
na ONU uma participação constante e cooperativa, fazendo do
tema do desenvolvimento uma de suas preocupações cen trais.
A par t i r dessas informações, julgue os itens que se seguem,
relativos à inserção internacional do Brasil.

A aproximação en t re Argentina - governo Alfonsín - e Bras i l - governo Sarney -, em meados dos anos 80 do século XX, foi o passo i n icial para a constituição do futuro Mercado Comum d o Sul (MERCOSUL) e se deu em um contexto de crise econômica nos dois países, recém-saídos de ditaduras militares.

Alternativas
Comentários
  • O diálogo estabelecido pelos governos Sarney e Alfonsín materializou-se, em 1985, na assinatura da Declaração do Iguaçu, na qual se firmam as bases para o processo de integração que conduzirá ao Mercosul. A Declaração do Iguaçu expressa, entre outras coisas, a firme vontade política de Brasil e Argentina de acelerar o processo de integração bilateral, em harmonia com os esforços de cooperação e desenvolvimento regional, e a firme convicção de que esta tarefa deve ser aprofundada pelos Governos com a indispensável participação de todos os setores de suas comunidades nacionais, aos quais convocaram a unir-se a este esforço, já que lhes cabe também explorar novos caminhos na busca de espaço econômico regional latino- americano. 
  • certo


ID
83737
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

É a partir de 1968 (II U n c t ad ) q u e o Brasil passou a expressar
apoio mais denso aos foros multilaterais, movido pela convicção
de ser essa atitude o " meio de neutralizar ou reduzir o
considerável p o d er de coerção das superpotências e grandes
poderes nas relações i n t ernacionais", como assinalou Antonio
Augusto Cançado Trindade. Já para Clodoaldo Bueno, a
continuidade seria o elemento definidor da política multilateral
brasileira, a expressar o reconhecido grau de profissi onalismo do
I t amaraty. Para ele, a diplomacia brasileira teve tradicionalmente
na ONU uma participação constante e cooperativa, fazendo do
tema do desenvolvimento uma de suas preocupações cen trais.
A par t i r dessas informações, julgue os itens que se seguem,
relativos à inserção internacional do Brasil.

Ao se afastar, em 2003, das tratativas em torno da implantação da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) , ab r indo mão de co-presidir - com os EUA - a comissão negociadora do megabloco contin en t al, o Brasil emitiu sinais claro s d e repulsa às práticas norte-americanas de subsídios, nomeadamente aquelas em vigor n a área agrícola.

Alternativas
Comentários
  • O Brasil não se afastou em 2003 das negociações da ALCA. Tal fato ocorreu em 2005 ou 2006 (a confirmar). O Brasil aceitou co-presidir com os EUA a comissão negociadora da ALCA, embora não tenha aceitado a criação do megabloco.


ID
86803
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Nas últimas décadas do século XX e até a crise financeira
de 1977, o leste asiático foi o espaço mais dinâmico da economia
capitalista, aumentando de forma geométrica sua participação na
riqueza mundial. Naquela região do mundo, entretanto, a maior
parte dos Estados nasceu no século XX, sobre bases territoriais,
sociais e culturais milenares.

Na Europa, a unificação é, sem dúvida, o fenômeno
contemporâneo que mais instiga o imaginário e estimula a crença
no fim dos Estados nacionais. Afinal, foi ali que eles nasceram,
nos séculos XV e XVI, junto com a própria idéia de soberania,
mas não há nada que corrobore essa crença, no processo de
unificação européia, porque ninguém ali está se propondo
dissolver em uma globalidade abstrata e cosmopolita. Se há
algum lugar no mundo - além da dramática decomposição de
alguns quase-países africanos - onde se pode falar de Estados
fracos ou fragilizados pelo processo de globalização financeira é
no território dos chamados mercados emergentes, em particular
na América Latina.

José Luís Fiori. 60 lições dos 90: uma década de liberalismo.
Rio de Janeiro: Record, 2001, p. 39-40 (com adaptações).

A partir da análise contida no texto acima e também considerando
os múltiplos aspectos da ordem política e econômica do mundo
contemporâneo, julgue os itens seguintes.

No Cone Sul, o processo de integração que levaria ao Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) teve sua origem na aproximação argentino-brasileira, em meados da década de 80 do século XX, conduzida pelos presidentes Raúl Alfonsín e José Sarney. Naquela conjuntura de crise econômica, ambos os Estados viviam os primeiros passos da experiência de recomposição da democracia após cerca de duas décadas de regime autoritário, sob o comando de militares.

Alternativas
Comentários
  • Essa questao deveria ter sido anulada. A Argentina nao teve cerca de duas decadas de regime militar. Tanto é verdade que Peron foi eleito na decada de 1970, tendo sido Isabelita derrubada em 1976. 
  • No entanto, a Argentina teve regime militar também nos anos 1960. O período 1973-76 foi apenas um interregno democrático entre dois períodos militares (a ditadura militar anterior foi de 1966 a 1973, isso sem contar as instabilidades e golpes desde o derrocamento de Frondizi, em 1962), que juntos. Ou seja, embora não contínuos, os anos de regime autocrático na Argentina duraram cerca de duas décadas também. Portanto, tudo certo com a questão.
  • O embrião do  MERCOSUL foi a Declaração de Iguaçu, assinado em 1985 entre Brasil e Argentina.

    Declaração do Iguaçu

    Declaração do Iguaçu foi um tratado celebrado em 30 de novembro de 1985[1] em Foz do Iguaçu, Brasil, pelos presidentes de Argentina e Brasil, respectivamente, Raúl Alfonsín e José Sarney, com o qual se lançou a ideia da integração econômica e política do Cone Sul. Ambos os países acabavam de sair de um período ditadorial e enfrentavam a necessidade de reorientar suas economias.


ID
99946
Banca
FCC
Órgão
DPE-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Brasil e Bolívia, em dezembro deste ano, chegaram a um acordo para aumentar a receita boliviana com a exportação de gás natural. No início das negociações, os bolivianos exigiam um reajuste de US$ 4,20 para US$ 5 por milhão de BTU importado pelo Brasil. Porém, esse aumento era considerado, pelos negociadores brasileiros, pouco factível e sem base técnica e econômica. Contudo, a Bolívia queria de qualquer forma aumentar a receita com a exportação de gás.

(Adaptado de http://ueba.com.br/forum/index.php?showtopic=85030) A solução encontrada pelos dois países foi

Alternativas

ID
100054
Banca
FCC
Órgão
DPE-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Brasil e Bolívia, em dezembro deste ano, chegaram a um acordo para aumentar a receita boliviana com a expor- tação de gás natural. No início das negociações, os bo- livianos exigiam um reajuste de US$ 4,20 para US$ 5 por milhão de BTU importado pelo Brasil. Porém, esse au- mento era considerado, pelos negociadores brasileiros, pouco factível e sem base técnica e econômica. Contudo, a Bolívia queria de qualquer forma aumentar a receita com a exportação de gás.
(Adaptado de http://ueba.com.br/forum/index.php?showtopic=85030)

A solução encontrada pelos dois países foi

Alternativas
Comentários
  • Questão para psicólogo da Defensoria Pública? 

    Então tô doido...

  • atualidades kkkk


ID
102991
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Em maio de 2008, foi realizada, em Brasília, a Reunião
Extraordinária de Cúpula de Chefes de Estado e de Governo que
resultou na criação da União de Nações Sul-Americanas
(UNASUL). Sobre esse tema, julgue C ou E.

Constitui meta da UNASUL gerar condições políticas propícias para que os países sul-americanos atuem de forma uníssona em foros multilaterais, tais como a Assembléia-Geral, o Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) e a Organização Mundial do Comércio (OMC).

Alternativas
Comentários
  • Incorreta pelo fato do Conselho de Segurança da ONU. Já há o grupo G4 que é Alemanha, Japão, Brasil e India que é exclusivamente para reforma do CSNU. O United for Consensus que são países regiões aos supracitados são contra ao tipo de reforma que estes sugerem.
  • Inclusive a Argentina não apoioa a candidatura do Brasil a membro permanente do Conselho de Segurança.
  • Não entendi... O fato de BRA e ARG não compartilharem atualmente a mesma posição em relação ao CS não quer dizer que não seja meta da UNASUL criar condições políticas para que isso, futuramente, aconteça. Alguém poderia explicar melhor???
    Um abraço a todos!
  • Apenas como complemento:  o "United for Consensus", também conhecido como "Unidos pelo Consenso" e "Coffee Club" é formado pelos seguintes países (oponentes à candidatura do G-4):
    Argentina (em oposição direta ao Brasil);
    Coréia do Sul (em oposição ao Japão);
    Espanha (opondo-se à candidatura da Alemanha);
    Paquistão (à candidatura da Indía);
    e Itália (também contra a Alemanha).
  • a minha opiniao sobre a questao é que o csnu nao e foro multilateral que reuna condicoes para que os membros da unasul possam harmonizar opinioes. nenhum é parte do p5 , o brasil é membro não permanente. tal foro contrasta com os outros dois citados - omc e agnu - que reunem condicoes para uma conceeretacao

  • Não há meta nesse sentido e com esse nível de especificidade; há, sim, o objetivo de fortalecimento do diálogo político entre os Estados Membros  que assegure um espaço de concertação para reforçar a integração sul-americana e a participação da UNASUL no cenário internacional.
  • Critério de Curiosidade. 

    A promulgação do Tratado de Constitutivo da UNASUL só ocorreu, recentemente, em 11 de janeiro de 2012.
    • N° 7.667, de 11 de janeiro de 2012, que promulga o Tratado Constitutivo da União de Nações Sul-Americanas, firmado em Brasília, em 23 de maio de 2008.

  • TRATADO CONSTITUTIVO DA UNASUL
    A República Argentina, a República da Bolívia, a República Federativa do Brasil, a República do Chile, a República da Colômbia, a República do Equador, a República Cooperativista da Guiana, a República do Paraguai, a República do Peru, a República do Suriname, a República Oriental do Uruguai e a República Bolivariana da Venezuela,
     
    PREÂMBULO
    APOIADAS na história compartilhada e solidária de nossas nações, multiétnicas, plurilíngües e multiculturais, que lutaram pela emancipação e unidade sul-americanas, honrando o pensamento daqueles que forjaram nossa independência e liberdade em favor dessa união e da construção de um futuro comum;
     
    INSPIRADAS nas Declarações de Cusco (8 de dezembro de 2004), Brasília (30 de setembro de 2005) e Cochabamba (9 de dezembro de 2006);
     
    AFIRMANDO sua determinação de construir uma identidade e cidadania sul-americanas e desenvolver um espaço regional integrado no âmbito político, econômico, social, cultural, ambiental, energético e de infra-estrutura, para contribuir para o fortalecimento da unidade da América Latina e Caribe;
     
    CONVENCIDAS de que a integração e a união sulamericanas são necessárias para avançar rumo ao desenvolvimento sustentável e o bem-estar de nossos povos, assim como para contribuir para resolver os problemas que ainda afetam a região, como a pobreza, a exclusão e a desigualdade social persistentes;  
     
    SEGURAS de que a integração é um passo decisivo rumo ao fortalecimento do multilateralismo e à vigência do direito nas relações internacionais para alcançar um mundo multipolar, equilibrado e justo no qual prevaleça a igualdade soberana dos Estados e uma cultura de paz em um mundo livre de armas nucleares e de destruição em massa;
     
    RATIFICANDO que ... continue lendo  
    http://araoalves.blogspot.com.br/2012/07/tratado-constitutivo-da-unasul.html
  • Gabarito: errado.

    Temos que pensar na diversidade entre os países da UNASUL e nas divergências políticas, sociais e econômicas entre eles.

    Não há possibilidade de países com opiniões políticas e econômicas tão distintas, como a Venezuela e o Brasil, sustentarem a mesma bandeira em foros multilaterais. Não há convergência neste sentido, de modo que é impossível afirmar que "atuar de forma uníssona em foros multilaterais" seja objetivo da UNASUL.


ID
103042
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

O Brasil considera prioritários a estabilidade política e o
fortalecimento institucional da integração na América do Sul.
Acerca desse assunto, julgue C ou E.

Tradicionalmente, os peronistas são favoráveis à integração da Argentina com o Brasil, tema que constitui uma das prioridades de Estado na Argentina, mantendo sua continuidade apesar das diferenças de ênfase e de estilo dos governos de Carlos Menem, Eduardo Duhalde, Néstor Kirchner e Cristina Kirchner, presidentes que se incluem na tradição peronista.

Alternativas
Comentários
  • O Movimento Nacional Justicialista, também conhecido como Peronismo, é o movimento político argentino criado e liderado a partir do pensamento de Juan Domingo Perón, militar e estadista argentino, presidente daquele país, eleito em 1946, 1951 e 1973.

    Em 1951, Perón, então presidente da Argentina, tenta reeditar o Pacto ABC (Argentina, Brasil e Chile). Tal tentativa foi frustrada por desinteresse brasileiro, além de ter gerado desconfianças no Brasil, que suspeitava das tendências expansionistas e proselitistas de Perón. No entanto, continuou como um dos fundamentos do peronismo a busca de uma integração Brasil-Argentina.

    Durante os períodos democráticos, o peronismo esteve fora da presidência na Argentina apenas em raras ocasiões. Uma delas foi a eleição de De la Rúa em 1999, que representa uma derrota do peronismo. No entanto, os quatro presidentes citados no item (Carlos Menem, Eduardo Duhalde, Néstor Kirchner e Cristina Kirchner) fazem parte da tradição política peronista.

  • Sim, Menem foi Justicialista.
  • Menn, Duhalde, e os Kirchners são peronistas e, por isso, são a favor da integração Brasil e Argentina.
  • Questão realmente complicada. Realmente cada um tem um esilo. Mas o Menem, apesar de neoliberal, assinou junto com o Collor (outro neoliberal) o Tratado de Assunção, que originouo Mercosul. E realmente, o PJ, ou partido peronista argentino é um tanto contraditório (lembra muito nossso PMDB, muito grande e com muitas correntes e contradições).
  • Adicionalmente, o período militar argentino não favoreceu a aproximação para com o governo militar brasileiro.  Videla, Viola e Galtieri baseava na lógica do jogo de soma zero. 
    • 1946-1952:
    • 1952-1955:
    • 1973:
    • 1973-1974:
    • 1974-1976:
    • 1989-1995:
    • 1995-1999:
    • 2002-2003:
    • 2003-2007:
    • 2007-2011:
    • 2011-2015:
    • 2019-atualmente:

    Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Peronismo#Presid%C3%AAncias_do_peronismo


ID
234892
Banca
INSTITUTO CIDADES
Órgão
AGECOM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Acerca dos quase oito anos de mandato do presidente Luís Inácio Lula da Silva no Brasil, assinale a única alternativa incorreta:

Alternativas
Comentários
  • O Brasil não faz parte da Aliança Bolivariana.

     

    Atualmente a ALBA-TCP é composta por oito países, sendo que quatro deles possuem governos de cunho socialista. Além de Venezuela, Cuba, Bolívia, aderiram ao bloco: Nicarágua, Dominica, Equador, Antigua e Barbuda e São Vicente e Granadinas.

     

    "é uma plataforma de cooperação internacional baseada na ideia da integração social, política e econômica entre os países da América Latina e do Caribe.

    Fortemente influênciada por doutrinas de esquerda, e ao contrário de acordos de comércio livre como a Área de Livre Comércio das Américas (ou ALCA, uma proposta de mercado comum para as Américas que foi defendida pelos Estados Unidos durante a década de 1990), a ALBA-TCP representa uma tentativa de integração económica regional que não se baseia essencialmente na liberalização comercial, mas em uma visão de bem-estar social, troca e de mútuo auxílio econômico. Os países membros da ALBA-TCP discutem a introdução de uma nova moeda regional, o SUCRE.[2] Em 24 de junho de 2009, o bloco foi rebatizado para Aliança Bolivariana para as Américas, em substituição ao Alternativa original."

     

     

    fonte: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Aliança_Bolivariana_para_os_Povos_da_Nossa_América

     


ID
258562
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
MMA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Com relação à cooperação técnica internacional, julgue o próximo
item.

A cooperação técnica horizontal é a cooperação técnica entre o Brasil e outros países em desenvolvimento.

Alternativas
Comentários

ID
275530
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A integração política e econômica da América do Sul consiste em
uma das prioridades da política externa brasileira, o que pode ser
evidenciado pela

convergência política, técnica e macroeconômica entre o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), a Aliança Bolivariana para os Povos da América (ALBA) e a Comunidade Andina (CAN).

Alternativas
Comentários
  • União de Nações Sul-Americanas (UNASUL). Mercado Comum do Sul

    (MERCOSUL). Integração sul-americana. OTCA. Grupo do Rio. Relações

    com países sul-americanos (eixos temáticos): fluxos de comércio e

    investimento, saúde, educação, formação profissional, agricultura, pesca e

    aqüicultura, energia, ciência, tecnologia e inovação, cooperação esportiva,

    transportes, infra-estrutura, defesa)

    Resposta: ERRADO

  • O Brasil não faz parte da ALBA, que é composta por Bolívia, Cuba, Equador, Nicaragua, Venezuela, São Vicente e Granadinas, Dominica, Antígua e Barbuyda. Quanto a CAN, esta é composta apenas por Bolívia, Colômbia, Equador e Peru.
  • a ALBA não tem convergência econômica com o Mercosul e com a CAN, que defendem a liberalização do mercado.

  • O item está incorreto porque não há convergência macroeconômica entre esses blocos.


ID
275533
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A integração política e econômica da América do Sul consiste em
uma das prioridades da política externa brasileira, o que pode ser
evidenciado pela

convocação, em agosto e setembro de 2000, da primeira reunião de presidentes da América do Sul, em Brasília.

Alternativas
Comentários
  • Correto. A I Reunião de Presidentes da AS ocorreu em 31 de agosto e 1 de setembro de 2000 em Brasília. Nessa reunião foi criada a Iniciativa para  Integração da Infra-estrutura Regional  Sul-Americana (IIRSA), que tem como objetivo a integração física da região.  
    A II Reunião foi em Guaiaquil, Equador, nos dias 26 e 27 de julho de 2002. Nela foi reafirmada a importância da IIRSA e foi firmado o Consenso de Guaiaquil que renovou o compromisso dos países da região com os princípios democráticos e de direitos humanos.
     
    A III Reunião aconteceu em Cuzco, Peru, nos dias 7 e 9 de dezembro de 2005. Nesta iniciativa lancou-se a Comunidade Sul-Americana de Nações (CASA).

ID
275536
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A integração política e econômica da América do Sul consiste em
uma das prioridades da política externa brasileira, o que pode ser
evidenciado pela

indicação, no artigo 4.º, parágrafo único, da Constituição Federal (CF), de que o Brasil deve buscar a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América do Sul.

Alternativas
Comentários
  • De acordo com o oarágrafo único, do artigo 4o, da CF, a República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.

ID
275539
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A integração política e econômica da América do Sul consiste em
uma das prioridades da política externa brasileira, o que pode ser
evidenciado pela

criação do Programa de Substituição Competitiva de Exportações, por meio do qual se buscou impulsionar o comércio entre o Brasil e os países sul-americanos, substituindo, quando possível e de forma competitiva, importações brasileiras de terceiros mercados por importações provenientes de países da América do Sul.

Alternativas
Comentários
  • O referido programa é denominado PSCI - Programa de Substituição Competitiva de Importações, não de Exportações.
  • "O Programa de Substituição Competitiva de Importações (PSCI) foi criado em 2003, pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE), seguindo a diretriz do Presidente Luiz  Inácio Lula da Silva, que elegeu a América do Sul como prioridade de sua política externa. 
    O PSCI busca impulsionar o comércio entre o Brasil  e os países sul-americanos, substituindo, quando possível e de forma competitiva, importações brasileiras de terceiros mercados por importações provenientes de países da região."

    Fonte:

    http://www.itamaraty.gov.br/temas/balanco-de-politica-externa-2003-2010/8.1.1-promocao-comercial-programa-de-substituicoes-competitiva-de-importacoes
  • O gabarito está como correto, embora o nome do Programa esteja errado, já que o correto seria Programa de Substiuição Competitiva de Importações.
  • Fiz recurso por esse motivo, mas não foi aceito!
  • É simplesmente um abuso que esse gabarito não tenha sido anulado, sendo que, no nome do programa, trocaram uma palavra por seu *antônimo*. 

  • Absurdamente absurda! E o erro é reforçado pelas palavras seguintes à troca do termo... 

  • CERTO.

     

    O Programa de Substituição Competitiva de Importações (PSCI), que foi criado em 2003 pelo Governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tinha a premissa de fortalecer a integração política e socioeconômica da América do Sul. O objetivo do PSCI é impulsionar o comércio entre os países da região e o Brasil, substituindo, quando possível, as importações brasileiras de terceiros mercados por importações provenientes de países da região. Entre as principais ações já tomadas estão: assinatura de memorando que cria um grupo de trabalho (GET) com o objetivo de discutir os impasses, monitorar o comércio e facilitar as importações de produtos provenientes de outros países sul-americanos; o lançamento do guia “Como Exportar para o Brasil”; financiamento de pesquisa de mercado para produtos exportáveis dos países sul-americanos para o Brasil; Publicação da revista “América do Sul: Integração Competitiva”, Rodadas de negócio bilaterais e multilaterais; entre outros.

     

    "Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho."


ID
284233
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

O bom relacionamento com os países sul-americanos representa
dimensão prioritária da política externa brasileira, que tem o
MERCOSUL, desde os anos 90 do século XX, como um
instrumento privilegiado para a integração regional. Contudo, ao
longo da presente década, novas iniciativas de alcance regional
despontaram, alterando o panorama da política de integração na
América do Sul. A respeito desse assunto, julgue os itens
seguintes.

Os recorrentes conflitos comerciais com a Argentina e as divergências com o Paraguai e o Uruguai, relacionadas ao tratamento das assimetrias econômicas, resultaram em importante inflexão na política brasileira para a América do Sul, que deixou de privilegiar o MERCOSUL como núcleo articulador da integração regional em favor da Iniciativa de Integração da Infraestrutura da América do Sul, da Comunidade Sul-Americana de Nações e, mais recentemente, da UNASUL.

Alternativas
Comentários
  • De fato, o Brasil prioriza os países sulamericanos. Contudo, o faz baseado na complementariedade de acordo com a teoria dos círculos concêntricos, cujo núcleo e eixo prioritário é o MERCOSUL, seguido pela UNASUL e por fim CELAC.
  • QUESTÂO ERRADA. 

    Faço um Adendo ao comentário do colega PZS. 

    O Marechal Humberto Castello Branco, eleito pelo Congresso Nacional em Abril de 64, propõs aos formandos do Instituto Rio Branco a chamada teoria dos círculos concêntricos e diz que os interesses do Brasil estarão subordinados a uma ótica geográfica. Interessa para o novo governo, portanto, priorizar suas relações hemisféricas, ajudando os países da região a manter afastado o fantasma do comunismo. Seria esse, então, o primeiro círculo concêntrico, o das relações com a América Latina. 

    Embora atribuído pelo Estado de São Paulo ao Chanceler Vasco Leitão da Cunha (Cunha, 1994: 271), a teoria dos círculos concêntricos têm forte inspiração geopolítica. A ESG (Escola Superior de Guerra) advogava a importância do estudo geográfico para a atuação externa do país desde os anos 1950. De fato, uma série de ensaios e estudos sobre a matéria são reunidos no livro Geopolítica do Brasil lançado no mesmo ano. Seu autor era Golbery do Couto e Silva. Em obra mais recente acerca da matéria, o autor define como três os espaços de atuação brasileira, chamando-os de “império brasileiro”, “moldura continental” e “mundo além-mar” (Couto e Silva, 1981: 108). O “império brasileiro” corresponde a linha de ação do Brasil com seus vizinhos sul-americanos, o segundo espaço importante, “a moldura continental” expande a ação brasileira ao continente americano, coincidindo com o segundo círculo concêntrico. A terceira área coincide com o círculo concêntrico do mundo além do continente, ou “alémmar”, nas palavras de Golbery.

     


ID
284257
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A oferta de cooperação internacional desponta, no presente, como
importante vertente da política externa brasileira. Considerando
as prioridades, os objetivos e as ações da cooperação
internacional brasileira, julgue os itens que se seguem.

A América do Sul e os países lusófonos do continente africano são as regiões prioritárias para a política brasileira de cooperação internacional, estando as ações brasileiras concentradas nas áreas de ensino profissional, agricultura e saúde, em especial o combate à AIDS.

Alternativas
Comentários
  • Em se tratando de Oferta de cooperação os mencionados países são mesmo prioridades para o Brasil


ID
567493
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Julgue (C ou E) os seguintes itens, a respeito das relações entre Brasil e Estados Unidos da América (EUA).

As divergências entre Brasil e EUA, visíveis ao final da Segunda Guerra Mundial, aguçaram-se com o afastamento bilateral durante o período militar no Brasil, com as discordâncias em torno da constituição da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) e com os desentendimentos que prevaleceram, de parte a parte, durante o governo do presidente Lula.

Alternativas
Comentários
  • discordancia em relação a Alca foi no governo FHC
  • Creio que o erro não seja o apontado pelo caro colega acima, pois em momento algum na questão afirmou-se que as discordâncias em torno da constituição da ALCA referem-se ao governo Lula. Na realidade, a meu ver, o erro está no fato de dizer-se que as diferenças aguçaram-se com o afastamento bilateral durante o período militar, pois devemos lembrar que houve momentos durante esse período em que tentou-se uma aproximação com os Estados Unidos.
  • Acredito que o erro está na assertiva de que as divergências são "visíveis ao final da Segunda Guerra Mundial". Na verdade, no imediato pós-guerra, a política externa brasileira pautou-se de excessivo alinhamento com os EUA (Governo Gaspar Dutra), na ilusão de que se manteria o poder de barganha brasileiro adquirido no contexto do Estado Novo (pragmatismo equidistante). As divergências passaram a ser visíveis a partir do momento em que o foco dos EUA se transferia para a Europa e Japão, fato diretamente derivado do tema da ameaça do avanço e influência do comunismo. A América Latina passou a segundo plano, visto que a hegemonia nessa região estava naquele momento assegurada e livre de preocupações maiores. Daí a elaboração do Plano Marshall e tudo o que se seguiu e que se encontra nos primóridos da Guerra Fria.

    No contexto do TIAR (1947, ou seja, Governo Dutra), o tema ideológico do combate ao comunismo ainda encontra-se relativamente velado. Após a constatação do novo contexto da ordem mundial, que, repito, ainda não era totalmente visível ao final da Segunda Guerra, é que a PEB passará a adotar postura mais independente (vide a PEI) em virtude de uma maior percepção das divergências em sua relação com os EUA.
  • Complementando a resposta do colega acima, creio que há outro erro. Não penso que se possa falar em "desentendimentos que prevaleceram" no governo de Lula. Alguns autores chegam a comparar a boa relação que houve entre Lula e Bush àquela que havia entre Clinton e FHC. Então, se por um lado não se pode afirmar que houve completa sincronia, tampouco está correto falar em prevalência de desentendimentos. É importante lembrar, inclusive, que, em 2005, é estabelecida a parceria estratégica entre Brasil e Estados Unidos. Em 2007, verefica-se a cooperação energética (biocombustíveis) voltada à América Central e ao Caribe, posteriormente estendida para a África.
  • Não sei se alguém já mencionou, mas o governo Castello Branco foi de "correção de rumos" da PEI, ou seja, um alinhamento total aos EUA, então não se pode falar em distanciamento em todo o período militar

  • A questão generaliza períodos longos da PEB, que foram bem heterogêneos com relação aos EUA, temos aproximações e distanciamentos desde 1945. Aproximações maiores, por exemplo, com Dutra, Café Filho e Castelo Branco. Lembrem-se que foi durante o governo de Castelo Branco que Juracy Magalhões declarou que "o que é bom para os EUA, é bom para o BR". 

  • ERRADO.


    Para analisar o item, facilita o estudo dividir os períodos determinados sobre a relação bilateral Brasil-EUA.


    O primeiro período citado foi o final da Segunda Guerra, no qual o item está incorreto ao afirmar que houve afastamentos nas relações bilaterais. Segundo Monica Hirst, o período do pós-Segunda Guerra marca um importante alinhamento brasileiro à política levada a cabo em Washington. Os Estados Unidos continuaram, durante este período, sendo os maiores parceiros comerciais e fornecedores de investimentos no país.


    O segundo período, durante o governo militar, está igualmente incorreto, afinal, mesmo se houve uma prevalência da autonomia brasileira nas relações bilaterais entre EUA e Brasil e, consequentemente, um afastamento, este período não foi uniforme. Durante os anos de Castello Branco no poder (1964-67) ocorrerá o que Amado Cervo chamará de “passo fora da cadência”, ou o alinhamento brasileiro em relação aos Estados Unidos. A partir de 1967, há uma prevalência da autonomia brasileira e de uma política mais universalista.


    Sobre o terceiro período e as negociações na ALCA, houve discordâncias entre o Brasil e os Estados Unidos sobre temas de fundamental importância para o Brasil e outros países participantes, como a inclusão da legislação antidumping e subsídios agrícolas no acordo, o que acabou levando ao congelamento das negociações para uma Área de Livre Comércio nas Américas.


    Enfim, o último período, que ressalta a prevalência de desentendimentos durante o governo Lula entre Brasil e os Estados Unidos, pode ser qualificado (de acordo com outras provas do CESPE que tratam sobre o tema) como um período de esfriamento das relações, já que o Brasil divergiu dos EUA na grande maioria das votações na Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU). Segundo Cristina Pecequillo, em seu artigo intitulado “A New Strategic Dialogue: Brazil-US Relations in Lula’s Presidency (2003-2010)”, as relações entre Brasil e Estados Unidos no período são consequência da volta do multilateralismo como meta da política externa brasileira, além da nova inserção brasileira no contexto internacional.


    Fonte: 7.000 questões comentadas do CESPE.

  • primeiro período citado foi o final da Segunda Guerra, no qual o item está incorreto ao afirmar que houve afastamentos nas relações bilaterais. Segundo Monica Hirst, o período do pós-Segunda Guerra marca um importante alinhamento brasileiro à política levada a cabo em Washington. Os Estados Unidos continuaram, durante este período, sendo os maiores parceiros comerciais e fornecedores de investimentos no país.

    segundo período, durante o governo militar, está igualmente incorreto, afinal, mesmo se houve uma prevalência da autonomia brasileira nas relações bilaterais entre EUA e Brasil e, consequentemente, um afastamento, este período não foi uniforme. Durante os anos de Castello Branco no poder (1964-67) ocorrerá o que Amado Cervo chamará de “passo fora da cadência”, ou o alinhamento brasileiro em relação aos Estados Unidos. A partir de 1967, há uma prevalência da autonomia brasileira e de uma política mais universalista.

    Sobre o terceiro período e as negociações na ALCA, houve discordâncias entre o Brasil e os Estados Unidos sobre temas de fundamental importância para o Brasil e outros países participantes, como a inclusão da legislação antidumping e subsídios agrícolas no acordo, o que acabou levando ao congelamento das negociações para uma Área de Livre Comércio nas Américas.

    Enfim, o último período, que ressalta a prevalência de desentendimentos durante o governo Lula entre Brasil e os Estados Unidos, pode ser qualificado (de acordo com outras provas do CESPE que tratam sobre o tema) como um período de esfriamento das relações, já que o Brasil divergiu dos EUA na grande maioria das votações na Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU). Segundo Cristina Pecequillo, em seu artigo intitulado “A New Strategic Dialogue: Brazil-US Relations in Lula’s Presidency (2003-2010)”, as relações entre Brasil e Estados Unidos no período são consequência da volta do multilateralismo como meta da política externa brasileira, além da nova inserção brasileira no contexto internacional.


ID
567496
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Julgue (C ou E) os seguintes itens, a respeito das relações entre Brasil e Estados Unidos da América (EUA).

A despeito das divergências existentes entre os dois países durante a presidência de George W. Bush, o Brasil apoiou os EUA na chamada guerra contra o terror, deflagrada após os atentados de 11 de setembro de 2001, e na intervenção no Iraque, em 2003.

Alternativas
Comentários
  • Como foi mesmo?

  • Um dos principais principios da Politica externa brasileira é o da não intervenção. Qualquer questão que diga que o Brasil a apoia estará errada.

  • "Em 2003, o Brasil opôs-se à invasão do Iraque por tropas da "Coalition of the Willing", pois não fora autorizada pelo Conselho de Segurança da ONU. Essa posição não decorreu de qualquer simpatia pelo regime baathista – mas, sim, da necessidade de respeito incondicional à Carta da ONU e ao Direito Internacional."

     

    Fonte: http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/ficha-pais/5251-republica-do-iraque

     

    Com relação ao comentário sobre o princípio da não-intervenção, é verdade que ele é forte no direcionamento da PEB, porém devemos lembrar uma exceção que ocorreu durante o governo de Castelo Branco, em que o BR apoiou e participou da intervenção na República Dominicana em 1965.

     

    Uma matéria para relembrar o assunto: http://acervo.oglobo.globo.com/fatos-historicos/em-1965-brasil-se-alinhava-aos-eua-em-intervencao-na-republica-dominicana-16227159

     

  • Alemanhã, França e Brasil se opuseram à intervenção norteamericana no Iraque. A intervenção sobre um terceiro país pode ocorrer sob o amparo da Carta da Nações Unidas quando se tratar de medida amparada pelo CSNU (ou UNSC, em inglês), trata-se do princípio da segurança coletiva.


ID
567499
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Julgue (C ou E) os seguintes itens, a respeito das relações entre Brasil e Estados Unidos da América (EUA).

No âmbito comercial, as medidas antidumping de caráter discricionário, a fixação de quotas, as tarifas altas e as barreiras técnicas impostas ao Brasil pelos EUA vêm afetando as exportações brasileiras; ao mesmo tempo, o Brasil enfrenta restrições para importar daquele país determinadas tecnologias necessárias para o desenvolvimento de setores econômicos não tradicionais.

Alternativas
Comentários
  • "De acordo com o Resumo Executivo de 2003-2010 publicado pelo Ministério das Relações Exteriores, a manutenção de um protecionismo seletivo a favor de setores como agricultura e manufaturas tradicionais, tanto nos cronogramas de redução tarifária como na recusa em negociar regionalmente subsídios agrícolas e práticas abusivas de antidumping é uma das discordâncias entre Brasil e Estados Unidos no campo comercial" Negreiros, Priscilla. Como Passar no Concurso da Diplomacia. PP174.

ID
567505
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A respeito das dificuldades verificadas no processo de integração sul-americana, julgue (C ou E) os itens que se seguem.

Não há consenso entre os países da região no que se refere à adoção de uma norma comum para seus sistemas de televisão digital, tendo Argentina e Uruguai, por exemplo, adotado a norma europeia, ao passo que Brasil e Paraguai optaram pelo modelo nipo-brasileiro.

Alternativas
Comentários
  • INCORRETA
    A norma nipo-brasileira (ISDB-T) de televisão digital serão utilizada pelos quatro países do Mercosul, situação que favorece a integração e aumenta o mercado para a produção de equipamentos.
  • O padrão japonês foi adotado por Brasil, Argentina, Paraguai, Chile. Já o Uruguai foi o primeiro país da América Latina a adotar o modelo europeu.
  • Na verdade, atualmente apenas a Colombia utiliza o sistema europeu de TV digital na América do Sul.
    Fonte: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=24682&sid=8
  • o Modelo nipo-brasileiro já é utilizado por 15 países. Uruguai, Argentina, Paraguai, Chile, Bolívia, Peru, Equador, Venezuela, Costa Rica, Botswana, Guatemala e Honduras também já optaram pelo ISDB-T, além de Brasil e Japão.

  • http://www.mc.gov.br/radio-e-tv/noticias-radio-e-tv/28864-filipinas-adota-padrao-nipo-brasileiro-de-tv-digital



  • Cara, que questão aleatória


ID
567562
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

No que concerne à dimensão sul-sul da atual política brasileira de cooperação internacional, julgue (C ou E) os itens seguintes.

Ao oferecer cooperação aos países em desenvolvimento, o Brasil objetiva conquistar assento permanente no Conselho de Segurança da ONU e expandir sua presença comercial na América Latina e na África.

Alternativas
Comentários
  • Errada. Não obstante o Brasil objetive um assento permanente no CS-ONU e uma expansão comercial na AL e na África, esses objetivos não são diretamente ligados ao oferecimento de cooperação aos países em desenvolvido como a questão tenta transmitir. Na questão africana, por exemplo, o próprio presidente Lula declarou que o estreitamento das relações com a A?frica constitui para o Brasil uma obrigac?a?o poli?tica, moral e histo?rica, o afasta por completo a tese defendida na assertiva.
  • ERRADA.

    O Brasil atua com base na lógica de reciprocidades difusas. A cooperação não deve ser vista como uma barganha direta por um assento no UNSC, mas é uma prova de que o país é capaz de assumir responsabilidades. A vaga permanente no UNSC pode ser conferida ao Brasil como uma consequência dessa atuação destacada no sistema internacional.
  • A cooperação realizada pelo Brasil é livre de condicionalidades e não está sujeita a qualquer tipo de contrapartida, diferentemente dos países do Norte, por exemplo. Naturalmente há ganhos políticos e econômicos, porém o principal objetivo é a cooperação em si mesma. No caso da África, vale a pena ressaltar a frase citada pelo ex-ministro Celso Amorim: "Para cada problema africano, há uma solução brasileira"'
    Deve-se levar em conta ainda que esse tipo de cooperação é atenta à realidade de cada país e comprometida com o desenvolvimento sustentável.
    Desse modo, a afirmativa é incorreta.
  • Não concordo que a questão esteja errada porque sua redação não deixa clara a hipótese de que a cooperação brasileira tenha como CONDIÇÃO conseguir qualquer coisa em contrapartida .

  • Essa questão é quase uma pegadinha para quem lê rápido. O Brasil realmente deseja isso que a questão afirma, porém não advindo da cooperação. A cooperação do Brasil é SEMPRE sem condicionalidades e contrapartidas.

  • Brasil atua no sentido da ideologia da não indiferença, ou seja, não pode fechar os olhos para aqueles que mais precisam. Não utiliza a cooperação para almejar posição hegemônica no cenário internacional, mas sim para preservar a paz e a harmonia entre nações.

     

    Além disso, mesmo amejando um melhor posicionamento na governança global, seria inconveniente associar cooperação a interesses próprios.

  • Tecnicamente, a questão está errada - afinal, não corresponde ao discurso oficial. Tecnicamente.

  • Claro que o Brasil visava a um assento no Conselho. Como não há renovação dos membros permanentes, a proposta brasileira era para uma das vagas não-permanentes. O erro da questão é só este. No mais, tudo certo. Vale salientar que o Brasil conseguiu o assento. Inclusive, houve uma votação em que o Brasil e outro país votaram contra os interesses americanos do norte..


ID
567565
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

No que concerne à dimensão sul-sul da atual política brasileira de cooperação internacional, julgue (C ou E) os itens seguintes.

A partir de 2003, houve incremento da cooperação internacional prestada pelo Brasil e um alinhamento mais efetivo dessa cooperação aos objetivos e às prioridades da política externa do país, destacando-se a promoção da multipolaridade e o adensamento das relações com os países da América do Sul e da África.

Alternativas
Comentários
  • A partir de 2003, pois essa é uma das estratégias de política externa do governo Lula. 
  • Correto. E digo mais, não foi apenas o Governo Lula que deu um enfoque maior a essa política. O da sua sucessora Dilma também, conforme constatamos com matéria da Folha de São Paulo de 2013:

     

    "A renegociação de quase US$ 800 milhões (R$ 1,8 bi) em dívidas de nove países africanos, levada adiante pelo governo Dilma Rousseff neste ano, já tem rendido frutos para empresas brasileiras."

     

    Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2013/08/1324813-perdao-a-paises-africanos-impulsiona-empresas-brasileiras.shtml


ID
747310
Banca
ESAF
Órgão
CGU
Ano
2012
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Criado a partir do Tratado de Assunção, assinado em 1991, o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) visa primordialmente promover a integração dos quatro Estados Partes por meio da livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos, do estabelecimento de uma Tarifa Externa Comum (TEC), da adoção de uma política comercial comum, da coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais, e da harmonização de legislações nas áreas pertinentes. Mais recentemente, com o propósito de materializar esses objetivos, os Estados Partes criaram o Fundo para a Convergência Estrutural do MERCOSUL (FOCEM), a respeito do qual, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • O Fundo de Convergência Estrutural (FOCEM) foi criado, em 2006, com o objetivo de resolver as diferenças intrabloco beneficiando as economias menores do Mercosul. O Fundo financia projetos com o objetivo de promover a convergência estrutural; o desenvolvimento da competitividade; a promoção da coesão social. 

    O Fundo é formado por contribuições anuais dos Estados Partes que totalizam cem milhões de dólares. As contribuições foram estabelecidas com a seguinte proporção: Brasil 70%, Argentina 27%, Uruguai 2% e Paraguai 1%; e a distribuição dos recursos são inversamente proporcionais sendo: Paraguai 48%, Uruguai 32%, Argentina 10% e Brasil 10%. 

    Vale lembrar que o Fundo foi iniciativa brasileira o que demonstra o enorme interesse do país pelo sucesso do Mercosul. Na data de hoje ainda não havia sido definida a participação da Venezuela. 

    Resposta: C

ID
1042795
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2013
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A respeito das relações do Brasil com os demais países da América do Sul, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • O ministro brasileiro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, 58, disse nesta quinta-feira(em maio de 2012) que o Brasil apoia plenamente a soberania argentina sobre as Ilhas Malvinas. 

    "Apoiamos plenamente a soberania da Argentina nas Malvinas, e defendemos que seja seguido o que é previsto pela ONU no que diz respeito à descolonização. As Malvinas se enquadram nesse caso", afirmou ele, durante sabatina realizada nesta quinta-feira pela Folha em parceria com o UOL, na cidade de São Paulo.

    "Defendemos que haja um diálogo, o que não tem ocorrido. Aliás, não só o Brasil apoia, como posso dizer que toda a América Latina e o Caribe", acrescentou.

    Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1091733-brasil-apoia-soberania-argentina-sobre-malvinas-diz-patriota.shtml

  • Discordo do colega Edvando.
  • Como ficou a participação do Brasil no Peru x Equador (1995) e Argentina x Uruguai?

  • O Brasil mediou a celebração do tratado de paz que demarcou as fronteiras entre Peru e Equador. Em relação à crise das papeleras, o conflito foi levado à CIJ, e o Brasil não tomou posição.

  • A questão de Cenepa de 1995 foi mediada pelo Brasil, junto com EUA, Chile e Argentina, garantidores do Protocolo de Paz de 1942, assinado por Peru e Equador no Rio de Janeiro. O conflito se encerra definitivamente com a assinatura do Ato de Brasília, em 1998. O erro do item "d" está no fato de o Brasil ter mediado o conflito, que foi resolvido na CIJ. 

  • Alternativa "d"

     

    1833 – O Brasil reconhece o direito argentino sobre as ilhas Malvinas, ocupadas pelo Reino Unido;

     

    1982 – O Brasil se mantém neutro na Guerra das Malvinas, mas reconhece a soberania argentina sobre as ilhas


ID
1075666
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2013
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A respeito da política externa brasileira para a América do Sul, julgue os itens a seguir.

Por ocasião da assinatura do Protocolo de Ouro Preto, os países do MERCOSUL criaram o Fundo para a Convergência Estrutural do MERCOSUL, para financiar políticas de assistência social nas regiões mais pobres do bloco.

Alternativas
Comentários
  • Art. 1 - O Fundo para a Convergência Estrutural do MERCOSUL (FOCEM), criado pela Decisão CMC N° 45/04, está destinado a financiar programas para promover a convergência estrutural;desenvolver a competitividade; promover a coesão social, em particular das economias menores e regiões menos desenvolvidas, e apoiar o funcionamento da estrutura institucional e o fortalecimentodo processo de integração.

  • O POP é de 1994 e o FOCEM, de 2004. Aí está o erro da questão.

  • O Protocolo de Ouro Preto, a par de estabelecer a estrutura institucional para o MERCOSUL, ampliando a participação dos parlamentos nacionais e da sociedade civil, foi o instrumento que dotou o MERCOSUL de personalidade jurídica de direito internacional, possibilitando sua relação como bloco com outros países, blocos econômicos e organismos internacionais.

    Fonte: http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=538


  • O FOCEM foi criado na Cúpula de Ouro Preto de 2004. O Protocolo de Ouro Preto é de 1994... O objetivo do FOCEM não é "financiar políticas de assistência social", mas sim financiar projetos de infraestrutura e convergência estrutural nos países do bloco. Logo a questão tem dois erros. 

  • O FOCEM foi criado na Cúpula de Ouro Preto de 2004. O Protocolo de Ouro Preto é de 1994... O objetivo do FOCEM não é "financiar políticas de assistência social", mas sim financiar projetos de infraestrutura e convergência estrutural nos países do bloco. Logo a questão tem dois erros. 


ID
1075672
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2013
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A respeito da política externa brasileira para a América do Sul, julgue os itens a seguir.

No âmbito do Conselho de Defesa Sul-Americano, adotou-se um conjunto de medidas de intercâmbio de informações e transparência acerca de sistemas de defesa nacional e de seus respectivos gastos.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Certo

     

    "Os colombianos tiveram, quase sempre, apoio norte-americano, principalmente depois que governos de centro-esquerda assumiram o poder em diversos Estados sul-americanos. Em julho de 2009, foi revelado um tratado de cooperação militar que a Colômbia firmou com os Estados Unidos, que dava acesso a cerca de 800 militares e 600 civis americanos à base americana em solo colombiano. Isso afetou a criação do Conselho de Defesa Sul-Americano, já que quase todos os outros países do subcontinente expressaram seu descontentamento em relação a esse tratado. A justificativa colombiana, por sua vez, foi a de que a presença americana em seu território ajudaria no combate às plantações de coca, ao narcotráfico e ao terrorismo. Ficou acordado, então, no âmbito do CDS, que qualquer tratado bilateral de cunho militar que um dos países-membros assinasse, deveria ser submetido à análise do conselho. Além dessa questão com os Estados Unidos, a Colômbia iniciou hostilidades com a Venezuela, acusando-a de abrigar “terroristas” das FARC. Foram elaboradas, a partir dessa suspeita, cinco medidas para maior confiabilidade entre os países vizinhos: intercâmbio de informações e aumento da transparência sobre as defesas nacionais; notificação sobre qualquer atividade militar; cooperação em questões primordiais para o a região, tais como o tráfico de drogas e de armas; proibição do uso da força e de qualquer ameaça à estabilidade dos Estados; e, por último, a verificação do cumprimento das obrigações. A Colômbia, contudo, ainda continua isolada dos demais países da América do Sul, o que prejudica bastante a manutenção do conselho (ABDUL-HAK, 2013)."

     

    Fonte: O CONSELHO DE DEFESA SUL-AMERICANO NO PROCESSO DE INTEGRAÇÃO DA AMÉRICA DO SUL por ALICE LOPES DUARTE 


ID
1075675
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2013
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A respeito da política externa brasileira para a América do Sul, julgue os itens a seguir.

Assinado logo após o fim da Guerra Fria, em 1991, o Tratado de Assunção criou uma área de livre comércio entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, com o principal objetivo de liberar o comércio entre esses Estados.

Alternativas
Comentários
  • O item está errado, pois já no Tratado de Assunção corrobora-se o intuito em firmar um mercado comum e não uma área de livre comércio. Segue destacado características que não fazem parte de uma área de livre comércio:

    ARTIGO I 

    Os Estados Partes decidem constituir um Mercado Comum, que deverá estar estabelecido a 31 de  dezembro de 1994, e que se denominará "Mercado Comum do Sul" (MERCOSUL). 

    Este Mercado Comum implica: A livre circular de bens serviços e fatores produtivos entre os países entre outros, da eliminação dos direitos alfandegários restrições não tarifárias à circulação de mercado de qualquer outra medida de efeito equivalente; 

    O estabelecimento de uma tarifa externa comum e a adoção de uma política comercial comum em relação a terceiros Estados ou agrupamentos de Estados e a coordenação de posições me foros econômico-comerciais regionais e internacionais; 

    A coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais entre os Estados Partes - de comércio exterior, agrícola, industrial, fiscal, monetária, cambial e de capitais, de serviços, alfandegária, de transportes e comunicações e outras que se acordem -, a fim de assegurar condições adequadas de concorrência entre os Estados Partes; e O compromisso dos Estados Partes de harmonizar suas legislações, nas áreas pertinentes, para lograr o fortalecimento do processo de integração.


    Fonte: http://www.desenvolvimento.gov.br/arquivos/dwnl_1270491919.pdf
  • Mas, para o estabelecimento de um mercado comum, não é necessária a criação de uma área de livre comércio? Área de livre comércio é um dos elementos do mercado comum, por isso não compreendo o item como errado.

  • Acredito que o item esteja errado porque ele afirma que criou uma área de livre comércio.
    No entanto, a área de livre comércio foi criada apenado em 1994.

  • Criar um mercado comum

  • Agora até hoje nao é Mercado Comum e nem Uniao Aduaneira perfeita. O objetivo era um Mercado Comum, mas concretamente nao é um Mercado Comum.

  • tarifa externa comum mos


ID
1418482
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Câmara dos Deputados
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Acerca dos conflitos regionais de baixa intensidade, julgue o item que se segue.

Por ocasião do reinício das hostilidades entre Equador e Peru atinentes à disputa do vale do Cenepa, o Brasil coordenou uma intervenção conjunta com Argentina, Chile e Estados Unidos da América (EUA), países-garantes do Protocolo de 1942, contribuindo para a solução definitiva do contencioso mediante a assinatura dos Acordos de Paz de Brasília.

Alternativas
Comentários
  • CERTO.

     

    Peru e Equador demonstram a todo o mundo,
    hoje, que o que distingue a América do Sul é
    o fato de ser uma região de paz. É o fato de
    ser uma região que elege a diplomacia e o
    direito internacional como estilo para supe-
    rar divergências, que escolhe a boa convi-
    vência como passaporte para a modernidade.

     

         Essas palavras do Presidente Fernando Henrique Cardoso por ocasião da assinatura do Acordo Global e Definitivo de Paz, no Palácio Itamaraty, em Brasília, em 26 de outubro de 1998, evocam o sentido maior daquela cerimônia histórica, que marcou um dos maiores feitos diplomáticos dos oito anos de sua gestão. Pôs-se fim a um conflito que, pelas dimensões e localização estratégica da vasta área geográfica contestada, representara foco secular e latente de instabilidade subregional e de tensão continental. Provocado por um dos mais graves enfrentamentos bélicos na América do Sul em meio século, o exercício de mediação desencadeado pelos Países Garantes do Protocolo do Rio de Janeiro de 1942 (Argentina, Brasil, Chile e Estados Unidos) a partir de janeiro de 1995 mobilizou, durante quatro anos, esforços diplomáticos em escala sem precedentes na região e determinou a criação da primeira efetiva operação de paz multilateral no continente sul-americano.

    ------------------

    http://www.raulmendessilva.com.br/missoes_processo_de_paz_equador_port.shtml

     

     

  • ..O conflito foi resolvido com o apoio da , , e ( países avalistas do em de ), e sob a sua tutela foi concluído o processo de demarcação, estabelecendo a fronteira entre partes pendentes.Dentro das diretrizes estabelecidas pelo Protocolo do Rio de Janeiro, sob a arbitragem de Braz Dias de Aguiar.

    Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_de_Cenepa

    Bons estudos.


ID
1626769
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2015
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Acerca da política externa norte-americana e das relações entre EUA e Brasil, julgue (C ou E) os seguinte item.

Nos últimos dois anos, os EUA deixaram de ser o principal parceiro comercial do Brasil — posto ocupado pela China —, tornando sua relação comercial com o Brasil deficitária, embora mantenham o padrão de concentrar suas compras em matérias-primas e suas vendas em produtos industrializados e serviços.

Alternativas
Comentários
  • A CHINA É O PRINCIPAL PARCEIRO COMERCIAL DO BRASIL DESDE 2011.

  • O colega acima está errado. A China é nossa principal parceira comercial desde 2009.

  • A balança comercial dos EUA não é deficitária em relação ao Brasil.

  • Os EUA importam mais produtos industrializados do Brasil do que matéria-prima e suas relação com o Brasil são superavitárias.

  • EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO BRASILEIRA

    DADOS ATÉ DEZ/2017

    CHINA, HONG KONG E MACAU: 50.173.255.234,00

    UNIAO EUROPEIA - UE: 34.900.196.796,00

    ESTADOS UNIDOS: 26.872.626.064,00

    http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio-exterior/series-historicas

  • Para se atualizar nessas questões de comércio:

     

    http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio-exterior/comex-vis/frame-pais?pais=chn

  • Errada.

    A relação comercial entre Brasil e EUA não é deficitária.

  • A IIRSA foi incorporada como foro técnico pelo Cosiplan em 2011, para apoiar no planejamento de infraestrutura regional. O Cosiplan (e não a IIRSA, como afirma o item) é integrado pelos ministros das pastas de planejamento ou infraestrutura dos Estados membros da UNASUL. Ademais, O estatuto do Cosiplan afirma que suas atribuições incluem “todas aquelas que contribuam para alcançar seus objetivos”, o que pode permitir dizer que "levantamento de recursos" poderia ser incluído como tarefa do conselho.

  • OS EUA são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, e a pauta de exportação brasileira é composta sobretudo por produtos faturados e semimanufaturados.

    Bons estudos.

  • O comércio entre Brasil e EUA é historicamente deficitário para o Brasil, não para os EUA como propõe a assertiva.

    Já quanto a pauta de produtos comercializados, a maior parte da corrente de comércio é composta por produtos da indústria de transformação, que dominam as exportações de ambos os lados.


ID
1626772
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2015
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Acerca da política externa norte-americana e das relações entre EUA e Brasil, julgue (C ou E) os seguinte item.

EUA e Brasil estabeleceram estratégia de cooperação educacional por meio de um plano de ação negociado em nível ministerial, no qual se evitou envolver o setor privado, especialmente no programa Ciência sem Fronteiras, uma vez que a pesquisa de ponta concentra-se em universidades públicas nos EUA.

Alternativas
Comentários
  • Olá pessoal ( GABARITO ERRADO)

    Ciência sem Fronteiras é um programa que busca promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional. A iniciativa é fruto de esforço conjunto dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC), por meio de suas respectivas instituições de fomento – CNPq e Capes –, e Secretarias de Ensino Superior e de Ensino Tecnológico do MEC.


    O projeto prevê a utilização de até 101 mil bolsas em quatro anos para promover intercâmbio, de forma que alunos de graduação e pós-graduação façam estágio no exterior com a finalidade de manter contato com sistemas educacionais competitivos em relação à tecnologia e inovação. Além disso, busca atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar no Brasil ou estabelecer parcerias com os pesquisadores brasileiros nas áreas prioritárias definidas no Programa, bem como criar oportunidade para que pesquisadores de empresas recebam treinamento especializado no exterior.


    FONTE: http://www.cienciasemfronteiras.gov.br/web/csf/o-programa

  • O gabarito oficial do concurso indica a alternativa como Errada

  • evidentemente, essa cooperação não poderia ser negociada entre os ministérios de ambos os países, e sim pela presidência da república e o corpo diplomático, por isso a questão está errada em afirmar que o acordo resultou de uma negociação ministerial

  • Creio que o erro esteja nesse trecho: "no qual se evitou envolver o setor privado, especialmente no programa Ciência sem Fronteiras, uma vez que a pesquisa de ponta concentra-se em universidades públicas nos EUA" Para exemplificar, Harvard é privada.

  • ERRADO.

    Em maio de 2013, foi realizada a 5ª Força-Tarefa de Ciência Sem Fronteiras na sede da Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos (Amcham), em São Paulo, com objetivo de fomentar o diálogo entre os setores público e privado e aumentar o engajamento de empresas na disponibilidade de estágios no exterior e na adesão ao Portal Estágios e Empregos, visando a capacitação de recursos humanos e o fomento de estágios no exterior por meio do Programa "Ciência Sem Fronteiras", especialmente nas áreas de ciência, tecnologia, matemática e engenharia. Desta forma, é incorreto afirmar que "se evitou envolver o setor privado".

  • Questão surprendentemente fácil, é raro, mas a prova de Diplomata tem dessas.


ID
1626778
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2015
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Acerca da política externa norte-americana e das relações entre EUA e Brasil, julgue (C ou E) os seguinte item.

Os temas prioritários nas relações bilaterais entre EUA e Brasil incluem a cooperação visando reduzir as desigualdades de gênero e eliminar progressivamente a violência contra a mulher e o tráfico de mulheres, cuja implementação consta em documento específico.


Alternativas
Comentários
  • O presidente Barack Obama e a presidente Dilma Rousseff compartilham o compromisso de combater a discriminação por raça, etnia e orientação sexual, fazer avançar a igualdade de gênero, combater a exploração infantil e o trabalho forçado e promover os direitos humanos. Eles reafirmaram seu compromisso de cooperação com o Plano de Ação Conjunto Brasil-EUA para a Eliminação da Discriminação Étnico-Racial e a Promoção da Igualdade, primeiro instrumento bilateral voltado para combater o racismo, e o Memorando de Entendimento Brasil-EUA para o Avanço da Condição da Mulher. Com essa finalidade, os Estados Unidos e o Brasil realizaram diversas atividades e identificaram várias maneiras de aprofundar e institucionalizar nossa cooperação. Reconhecemos o compromisso da presidente Dilma Rousseff com o empoderamento de afro-brasileiros, mulheres, populações indígenas e outros grupos tradicionalmente marginalizados e incentivamos a continuação da cooperação conjunta nessas áreas.

    Fonte: http://portuguese.brazil.usembassy.gov/info-socialinclusion.html

  • Segue Memorando: http://www.embaixada-americana.org.br/secstate/mouwomen0303pt.html

  • Obama "esquerda internacionalista"? Tá precisando responder muita questão mesmo.

  • Não, ele simplesmente está replicando uma verdade escondida, que vai além do óbvio... Obama é sim de esquerda e globalista, mas você nunca vai ver essa quesão numa prova do CACD ou na grande mídia...

  • Essa questão é do CACD 2016...


ID
1626832
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2015
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Julgue (C ou E) o seguinte item, que se referem às políticas externas brasileira e argentina e às relações entre os dois países.

Os princípios que Brasil e Argentina compartilham na condução de suas respectivas políticas externas incluem a promoção da independência nacional e da integração regional na América Latina, o respeito aos direitos humanos e o fortalecimento do multilateralismo e do direito internacional.


Alternativas

ID
1626835
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2015
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Julgue (C ou E) o seguinte item, que se referem às políticas externas brasileira e argentina e às relações entre os dois países.

Em sua busca por crescente autonomia, o Brasil privilegiou a articulação multilateral no trato com países desenvolvidos e a construção de relações bilaterais estratégicas, como é a da Argentina, país com o qual assinou o Tratado de Itaipu nos anos 70 do século passado.

Alternativas
Comentários
  • O Tratado de Itaipu foi entre Brasil e Paraguai.

  • A relação com países desenvolvidos é mais bilateral (vide EUA). Já a relação multilateral é o foco para os países em desenvolvimento.

  • Acordo Tripartite sobre Coordenação Técnico-Operativa para o Aproveitamento Hidrelétrico de Itaipu e Corpus é o nome do acordo assinado em 1979 entre Brasil Argentina e Paraguai.

    Além disso e do que já foi colocado pelos outros colegas para demonstrar que a afirmativa está errada: a construção da Itaipu Binacional foi iniciada em 1975.

  • Quanto aos estudos pro CADA,

    Alguém, que também já esteja no "nível avançado" dos três Inglês, Francês e Espanhol, interessado em fazer parceria de aperfeiçoamento dos idiomas? Pode enviar msm no pv.


ID
1626838
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2015
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Julgue (C ou E) o seguinte item, que se referem às políticas externas brasileira e argentina e às relações entre os dois países.

A gradual construção de uma parceria estratégica entre Brasil e Argentina transformou a visão que cada país tinha do outro: de adversário a sócio na promoção de um espaço regional de paz e cooperação. Esse projeto de integração envolveu a cooperação em setores-chave, como o nuclear. 


Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Certo


    O programa nuclear conjunto de Brasil e Argentina é um acordo energético iniciado por Cristina Kirchner e Luís Inácio Lula da Silva para a construção de uma usina deenriquecimento de urânio, sendo uma entidade binacional.

  • 1980: Acordo de Cooperação entre o Brasil e a Argentina para o Desenvolvimento e a Aplicação dos Usos Pacíficos da Energia Nuclear

     

    Fonte: Acordos e declarações de 1980 até 1999 (http://www.abacc.org.br/?page_id=3125)

  • "Inspira-nos o exemplo de aproximação e integração que tivemos nas relações Brasil-Argentina desde os anos 1980. O ponto de partida de uma relação bilateral sólida é necessariamente a construção da confiança, como aconteceu a partir de 1985 entre os Presidentes José Sarney e Raúl Alfonsín no tocante aos programas nucleares brasileiro e argentino. A criação da Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (ABACC), em 1991, abriu o caminho para um processo de intensificação da relação também no plano econômico e comercial. Chegamos ao século XXI com uma agenda que contrasta com a de 30 anos atrás. Como escreveu o Ministro das Relações Exteriores Antonio Patriota, no jornal argentino La Nación, no início de 2011:


    Quem poderia imaginar, em um passado não tão distante, que os Chefes de
    Estado do Brasil e da Argentina poderiam dar instruções a suas agências
    nucleares para que desenvolvessem conjuntamente um reator nuclear
    multipropósito com fins de pesquisa? Quem poderia supor que esses países
    desenvolveriam em conjunto um veículo militar para equipar os dois exércitos,
    ou que seriam capazes de cooperar em áreas tão variadas e de alta tecnologia
    como a construção de um satélite para observação de oceanos e da costa, a
    fabricação de peças para aviões, a TV digital? Há apenas três décadas, não
    seria possível, tampouco, iniciar estudos para a construção de hidrelétricas na
    fronteira ou para melhorar a integração rodoviária e ferroviária entre ambos
    os países. A fronteira, hoje, pode ser mais bem descrita como o espaço por
    excelência da integração, da paz, da união e da amizade"

     

    (Eu sou da América do Sul / Antonio José Ferreira Simões. -- Brasília : FUNAG, 2012. / pg 28)

  • 1980: Acordo de Cooperação entre o Brasil e a Argentina para o Desenvolvimento e a Aplicação dos Usos Pacíficos da Energia Nuclear

     criação da Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (ABACC), em 1991,

    programa nuclear conjunto de Brasil e Argentina é um acordo energético iniciado por Cristina Kirchner e Luís Inácio Lula da Silva para a construção de uma usina deenriquecimento de urânio, sendo uma entidade binacional

     

  • Gabarito: Certo

    "A ABACC foi criada em 18 de julho de 1991 pelo “Acordo entre a República Federativa do Brasil e a República Argentina para o uso exclusivamente pacífico da energia nuclear”. Seu principal objetivo é oferecer garantias adicionais de que todos os materiais e instalações nucleares nos territórios brasileiro e argentino sejam usados apenas para fins pacíficos.

    A confiança a respeito dos propósitos pacíficos dos programas nucleares brasileiro e argentino foi reforçada ainda mais pela celebração, também em 1991, do Acordo Quadripartite entre Brasil, Argentina, ABACC e AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), que colocou os programas de ambos os países sob um sistema duplo de salvaguardas, aplicado pela AIEA e pela ABACC.

    Demonstração da credibilidade internacional de que goza a ABACC foi o recente reconhecimento (Nota à Imprensa nº 237), pelo Grupo de Supridores Nucleares (NSG), do Acordo Quadripartite como critério suficiente para o acesso a equipamentos e tecnologia para o desenvolvimento de atividades nucleares para fins pacíficos."

    Fonte:


ID
1626877
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2015
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

À luz dos termos do Memorando de Entendimento relativo ao Contencioso do Algodão celebrado entre os governos do Brasil e dos EUA em outubro de 2014, em Washington, julgue (C ou E) o item subsecutivo.

Além de limitar em dezoito meses o prazo máximo de empréstimos no tocante ao subsídio GSM-102 e estipular uma compensação anual no valor de 300 milhões de dólares, o referido memorando prevê que os recursos transferidos ao Instituto Brasileiro do Algodão podem ser destinados a projetos de cooperação com a África Subsaariana, o Haiti e os países-membros do MERCOSUL.


Alternativas
Comentários
  • Segundo o memorando, qualquer receita de investimento do IBA decorrente de tais transferências deve ser usada somente para atividades autorizadas, incluindo despesas administrativas razoáveis correlatas, necessárias à operação do IBA.

  • Quanto a transferência de recursos para projetos de cooperação com a África Subsaariana, o Haiti e os países-membros do MERCOSUL está correto (Sessão II-4 do memorando). O que está errado, é o inicio do enunciado quanto ao prazo e compensação anual de 300 milhões.

  • ERRADO. O único erro é que a compensação de U$ 300 mi é única, e não anual. 

  • Nos termos do Memorando os Estados Unidos se comprometeram a efetuar ajustes no programa de crédito e garantia à exportação GSM-102, que passará a operar dentro de parâmetros bilateralmente negociados, propiciando, assim, melhores condições de competitividade para os produtos brasileiros no mercado internacional. O entendimento bilateral inclui pagamento adicional de US$ 300 milhões, com flexibilização para a aplicação dos recursos, o que contribui para atenuar prejuízos sofridos pelos cotonicultores brasileiros.

    O acordo firmado se restringe apenas ao setor cotonicultor e preserva intactos os direitos brasileiros de questionar ante a OMC, caso necessário, a legalidade da Lei Agrícola norte-americana quanto às demais culturas.

     

    http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/notas-a-imprensa/5825-encerramento-do-contencioso-entre-brasil-e-estados-unidos-sobre-o-algodao-na-omc-ds267

  • "O acordo define ainda que os Estados Unidos não concederão garantias, por meio do Programa GSM-102, para créditos à exportação com prazo superior a 18 meses (hoje o prazo é de 24 meses)."
    "… como compensação aos eventuais prejuízos aos produtores brasileiros de algodão, os Estados Unidos irão repassar o valor de US$ 300 milhões para o Instituto Brasileiro do Algodão (IBA)"


    Fonte: http://www.agricultura.gov.br/internacional/noticias/2014/10/brasil-e-estados-unidos-assinam-acordo-para-contencioso-do-algodao


    "O Governo do Brasil garantirá que os recursos do Fundo sejam usados apenas para atividades autorizadas, incluindo despesas administrativas razoáveis. As atividades autorizadas são atividades de assistência técnica e capacitação, excluindo pesquisa, relativas ao setor cotonicultor do Brasil e relativas à cooperação internacional no mesmo setor em países da África Subsaariana, em países membros  ou associados do MERCOSUL, no Haiti ou em quaisquer outros países em desenvolvimento segundo for acordado pelas partes."


    Fonte: http://dai-mre.serpro.gov.br/atos-internacionais/bilaterais/2010/memorando-de-entendimento-entre-o-governo-da-republica-federativa-do-brasil-e-o-governo-dos-estados-unidos-da-america-sobre-um-fundo-de-assistencia-tecnica-e-fortalecimento-da-capacitacao-relativo-ao-contencioso-do-algodao-wt-ds267-na-organizacao-mundial-do-comercio/

  • "o referido memorando prevê que os recursos transferidos ao Instituto Brasileiro do Algodão podem ser destinados a projetos de cooperação com a África Subsaariana, o Haiti e os países-membros do MERCOSUL." (ERRADO) O pagamento de  US$ 300 milhões visa copensar apenas o setor cotonicultor brasileiro dos prejuízos sofridos. Ou seja, não tem nada a ver com a África, etc...

     

    http://www.agricultura.gov.br/comunicacao/noticias/2014/10/encerramento-do-contencioso-entre-brasil-e-estados-unidos-sobre-o-algodao-na-omc

  • O gabarito preliminar da banca para esta questão foi CERTO.

    houve alteração para ERRADO no gabarito definitivo com a seguinte justificativa:

    A compensação de 300 milhões de dólares citada no item não é anual, logo o item está errado.


ID
1626880
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2015
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

À luz dos termos do Memorando de Entendimento relativo ao Contencioso do Algodão celebrado entre os governos do Brasil e dos EUA em outubro de 2014, em Washington, julgue (C ou E) o item subsecutivo.

O tempo de tramitação da disputa entre o Brasil e os EUA na OMC foi de dois anos e seis meses, desde a formalização do pedido de consultas sobre o assunto, em setembro de 2002, até a circulação, em março de 2005, do relatório sobre o recurso impetrado pelo governo norte-americano.


Alternativas
Comentários
  • ERRADA. O tempo de duração do processo.

    O contencioso do algodão começou em 2002 quando o Brasil pediu a abertura de painel na OMC alegando que a Lei Agrícola (Farm Bill) então vigente distorcia o comércio mundial de produtos agrícolas por oferecer aos produtores de algodão norte-americanos subsídios que deixavam em desvantagem os produtores de outros países. O Brasil obteve decisão favorável em março de 2005, na qual ficou determinado que os Estados Unidos deveriam remover seus subsídios agrícolas, mas dadas as divergências entre os dois países sobre a implementação das recomendações do Órgão de Solução de Controvérsias (OSC) da OMC, o Brasil solicitou um Painel de Implementação em 2006.

    Em 2009, o Brasil foi formalmente autorizado a aplicar contramedidas de retaliação contra os Estados Unidos – restrição de importações -, no valor aproximado de US$ 829,3 milhões por ano. O cálculo foi feito com os dados do ano-base de 2008: US$ 591 milhões em bens e US$ 238 milhões em direitos de propriedade intelectual e outros.

     

  • O Brasil e os Estados Unidos assinaram hoje (01 outubro 2014), em Washington, Memorando de Entendimento relativo ao Contencioso do Algodão (DS 267), dando por encerrada, de forma exitosa, uma disputa que se estendia há mais de uma década.

    Iniciada pelo Brasil em 2002, a disputa envolveu subsídios domésticos concedidos pelos EUA a seus produtores de algodão, bem como os programas de garantias de crédito à exportação, considerados incompatíveis com o Acordo de Agricultura e o Acordo de Subsídios e Medidas Compensatórias da OMC.

     

     

    http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/notas-a-imprensa/5825-encerramento-do-contencioso-entre-brasil-e-estados-unidos-sobre-o-algodao-na-omc-ds267

  • O gabarito preliminar da banca para esta questão foi CERTO.

    houve alteração para ERRADO no gabarito definitivo com a seguinte justificativa:

    O período de dois anos e seis meses citado no item considerou apenas ao tempo de tramitação do contencioso no órgão de solução de controvérsias da OMC em detrimento de outras etapas, motivo pelo qual o item está errado.


ID
1626886
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2015
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

À luz dos termos do Memorando de Entendimento relativo ao Contencioso do Algodão celebrado entre os governos do Brasil e dos EUA em outubro de 2014, em Washington, julgue (C ou E) o item subsecutivo.

O memorando em tela foi celebrado alguns meses após a adoção, pelo Congresso norte-americano, de nova legislação agrícola, que não mais previa subsídios ao setor de algodão.

Alternativas
Comentários
  • ERRADA. A lei de 2014 ainda previa subsídios para o setor.


ID
1838878
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2015
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A integração da América do Sul foi assumida como prioridade da política externa brasileira a partir de 2000. Com relação a esse tema, julgue o item a seguir. 

A política brasileira para a América do Sul está definida em torno de dois vetores complementares: o diálogo político e a cooperação setorial, que privilegiam a UNASUL como fórum; e o relacionamento econômico e comercial instrumentalizado pelo MERCOSUL.

Alternativas
Comentários
  • "Tanto a Unasul quanto o Mercosul tem funções específicas no processo de integração sul-americano. A Unasul colabora para o processo de integração sul-americano ao incentivar a criação de uma área de livre-comércio na América do Sul, através da aproximação entre Mercosul e Comunidade Andina. Além deste aspecto comercial, pelo fato de ser um instrumento de diálogo e cooperação política, colabora para a construção de entendimentos entre os países e para a formação de uma identidade política sul-americana.

    O Mercosul, por sua vez, apesar de seu estado de estagnação, continua sendo um instrumento importante de intensificação das interdependências econômicas na região. Além disso, por conta de suas novas atribuições políticas e culturais, se tornou mais amplo. Esta amplitude também colabora para o avanço dos temas de integração regional, principalmente os temas não econômicos."


    Fonte: http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000122011000100011&script=sci_arttext

  • Atualização: o Brasil não faz mais parte da Unasul desde 2019.

    "O Brasil formalizou a sua saída da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) para integrar o Fórum para o Progresso da América do Sul (Prosul). 

    As nações que lançaram o Prosul entenderam que a Unasul, da forma como funcionou desde sua criação em 2008, perdeu efeitos práticos, mantendo custos, e passou a disputar decisões sobre temas que já são tratados em outras instâncias, como o Mercosul. O Prosul não deve ter um tratado e não será um organismo, como a Unasul."

    https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2019-04/brasil-formaliza-saida-da-unasul-para-integrar-prosul


ID
1838881
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2015
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A integração da América do Sul foi assumida como prioridade da política externa brasileira a partir de 2000. Com relação a esse tema, julgue o item a seguir. 

Para o Brasil, o MERCOSUL vem perdendo gradualmente importância do ponto de vista comercial, tendo sido suplantado, desde 2012, pelo conjunto dos demais países latino-americanos como destino das exportações brasileiras.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Errado 

     

    "Em pouco mais de vinte anos, o Mercosul provou ser um grande sucesso em termos econômico-comerciais. O comércio intrabloco multiplicou-se mais de dez vezes, saltando de US$ 5,1 bilhões (1991) para US$ 58,2 bilhões (2012). No mesmo período, o comércio mundial cresceu apenas cinco vezes. O comércio do Brasil com o Mercosul quase multiplicou-se por dez – ao passo que, com o resto do mundo, o aumento foi de oito vezes. O comércio intrabloco corresponde a cerca de 15% do total global do Mercosul e reduziram-se quase totalmente as tarifas para comércio entre os países do bloco."

     

    Fonte: http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/integracao-regional/686-mercosul

  • O Brasil veio perdendo ritmo das exportaçoes ao mercosul entre 2012 a 2015 de fato, No entanto não havia sido suplantado pelo conjunto dos demais.

    Segundo o MDIC,exportamos:

    Para o mercosul

    2013: usd 24,7 bi

    2014  usd 20,4 bi

    2015: usd 17,9

    Para o conjunto dos demais:

    2013: 16,4 bi

    2014: 18,1 bi

    2015: 13 bi

    http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio-exterior/series-historicas

     

     

     


ID
2017498
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2016
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Nos governos de Gaspar Dutra (1946-1951) e de Getúlio Vargas (1951-1954), o Brasil teve de se posicionar em relação à nova realidade mundial determinada pela Guerra Fria. No que se refere à política externa brasileira no período mencionado, julgue (C ou E) o item seguinte.

Na IV Reunião de Consulta dos Ministros das Relações Exteriores das Américas, em 1951, o chanceler brasileiro defendeu a necessidade de promoção do desenvolvimento como melhor forma de impedir o avanço da ideologia comunista na América Latina.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Certo

     

    IV Reunião de Consulta dos Ministros das Relações Exteriores das Repúblicas Americanas foi realizada em Washington entre 26 de março e 7 de abril de 1951. A reunião tinha como objetivo discutir a defesa do hemisfério contra ameaças do bloco comunista. Na ocasião, o chanceler brasileiro João Neves da Fontoura defendeu a tese de que a promoção do desenvolvimento era o melhor antídoto contra o avanço de ideologias exógenas no continente americano.

  • Ouvi dizer ainda que o chanceler do Gegê era o João Neves da Fontoura...ouvi dizer.

  • Essa não era a ideia por detrás da Operação Pan-Americana de JK de 1958?


ID
2017552
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2016
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

O movimento de normalização das relações com Cuba, a partir de 2014, constitui um marco da política externa do governo do presidente Barack Obama para a América Latina. A respeito das relações hemisféricas dos EUA durante a gestão Obama, julgue (C ou E) o item subsecutivo.

No plano político, os principais pontos de atrito com o Brasil durante a gestão Obama foram a oposição brasileira à Resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas — aprovada em 2010 e patrocinada pelos EUA — de imposição de sanções econômico-comerciais ao Irã e a revelação, em 2013, da interceptação ilegal de conversas telefônicas de autoridades brasileiras pela Agência de Segurança Nacional dos EUA.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Certo

     

    10 temas polêmicos entre Brasil e EUA: 

     

    Espionagem

    Conselho de Segurança da ONU

    Programa nuclear do Irã

    Intervenções militares

    'Novo protecionismo' brasileiro

    Guerra cambial

    Subsídios agrícolas

    América Latina

    Venda de caças

    Investimentos em petróleo

     

    Fonte e informações mais detalhadas: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2013/09/130924_eua_brasil_jf_lk

  • Desde 2000, o Brasil se absteve em todas as votações de relatórios contra o desrespeito a direitos pelo Irã, com uma exceção, em 2003.

    Ao justificar a abstenção, o governo brasileiro disse que o relatório deveria ter fornecido um "relato mais equilibrado da situação". Para representantes brasileiros, a ONU deveria reconhecer medidas positivas do Irã em áreas como a educação.

     


ID
2017567
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2016
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Nas décadas de 60 e 70 do século passado, o Brasil tomou a iniciativa de explorar o potencial hidrelétrico da bacia do rio Paraná, o que gerou repercussões na Argentina e no Paraguai. No que se refere a esse assunto, julgue (C ou E) o seguinte item.

O Tratado do Rio da Prata, assinado em 1979 por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, disciplinou o uso dos rios internacionais da região para a produção de energia elétrica e irrigação agrícola.

Alternativas
Comentários
  • Primeiramente, é bom salientar que não há ainda um tratado geral sobre os rios internacionais, ficando a regulamentação da matéria a cargo dos Estados que compartilhem cursos d´água. Sendo assim, em 1969 os Governos da Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai assinaram o Tratado da Bacia do Rio da Prata, principal instrumento legal vinculante no âmbito da Bacia para institucionalizar a exploração integrada, racional e harmônica do vasto sistema hidrográfico, que além da navegação e do aproveitamento de energia elétrica, os sistemas hidrográficos do Paraná e do Uruguai têm suas águas utilizadas em irrigações de campos cultiváveis e de fornecimento de água potável para consumo doméstico e industrial.

     

  • O Tratado do Rio da Prata citado na questão é o Tratado da Bacia do Rio da Prata de 1969, como o David Costa citou. No entanto, em 1979,  Brasil, Argentina e Paraguai assinaram o Acordo tripartite Itaipu-Corpus sobre a exploração pacifica dos recursos hídricos compartilhados pelo rio Paraná. Acredito que o cespe tentou confundir o candidato misturando os dois acordos...

  • Interessante material sobre o assunto:

    https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/186298/000406291.pdf?sequence=5

  • Íntegra do Tratado:

    http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1970-1979/decreto-67084-19-agosto-1970-408584-publicacaooriginal-1-pe.html

  • Foi em 1969

  • 1979,  Brasil, Argentina e Paraguai assinaram o Acordo tripartite Itaipu-Corpus sobre a exploração pacifica dos recursos hídricos compartilhados pelo rio Paraná. Acredito que o cespe tentou confundir o candidato misturando os dois acordos...

    não há ainda um tratado geral sobre os rios internacionais, ficando a regulamentação da matéria a cargo dos Estados que compartilhem cursos d´água. Entretanto, em 1969 os Governos da Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai assinaram o Tratado da Bacia do Rio da Prata, principal instrumento legal vinculante no âmbito da Bacia para institucionalizar a exploração integrada, racional e harmônica do vasto sistema hidrográfico, que além da navegação e do aproveitamento de energia elétrica, os sistemas hidrográficos do Paraná e do Uruguai têm suas águas utilizadas em irrigações de campos cultiváveis e de fornecimento de água potável para consumo doméstico e industrial.

  • As  nove áreas de interesses comuns do tratado da bacia do prata:

    a)   facilitar a assistencia a navegação;

    b)    utilização racional do  recurso  agua  pela  regularização  dos  cursos e seu aproveitamento multiplo e equitativo;

    c)   preservação e fomento da vida animal e vegetal;

    d)    aperfeiçoamento das interconexoes rodoviarias, fluviais, aereas, eletricas e de telecomunicações;

    e)  complementa<;ao regional, mediante a promoção e o estabelecimento de industrias de interesse para o desenvolvimento da Bacia;

    f)   complementação.economica de areas limitrofes;

    g)    cooperação mútua em materia de educação, saúde e contra as en­fermidades;

    h)    promoção de outros projetos de interesse comum e, em especial, daqueles que se relacionem com o inventario, a avaliação  e  o  aproveita­ mento dos recursos naturais da area;

    i)    conhecimento integral da Bacia do Prata.

  • data está errada pois este tratado foi assinado em 1969.Faltou também mencionar a Bolívia.


ID
2017570
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2016
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Nas décadas de 60 e 70 do século passado, o Brasil tomou a iniciativa de explorar o potencial hidrelétrico da bacia do rio Paraná, o que gerou repercussões na Argentina e no Paraguai. No que se refere a esse assunto, julgue (C ou E) o seguinte item. 

Com a Ata das Cataratas, de 1966, o Brasil, para atender às necessidades energéticas de industrialização da região Sudeste, comprometeu-se a comprar o excedente de energia paraguaia gerado pela represa hidrelétrica de Yacyretá, pelo prazo de dez anos.

Alternativas
Comentários
  • A hidrelétrica de Yacyretá é de administração binacional entre Paraguai e ARGENTINA. A nossa com os paraguaios se chama Itaipu.

  • A hidrelétrica de Yacyretá é de administração binacional entre Paraguai e ARGENTINA

  • ERRADA.

    A Ata das Cataratas foi assinada em 1966 com o Paraguai e tratava do interesse comum pelo Salto das Sete Quedas e seu aproveitamento energético, que no futuro será a Itaipu. A hidrelétrica argentina de Yacyretá nem existia ainda, pois era apenas um projeto que seria afetado pela construção de hidrelética a montante.

  • ...Para Mendonça, a Ata do Iguaçu é um marco histórico não apenas para as relações entre os dois países, mas também uma referência internacional sobre o aproveitamento de rios comuns a um ou mais Estados. E foi além. “A Ata do Iguaçu ‘limpou o terreno’ para que a Itaipu viesse a existir”, ressalta.

    Fonte:https://www.itaipu.gov.br/sala-de-imprensa/noticia/ha-meio-seculo-era-assinada-ata-do-iguacu-semente-de-itaipu


ID
2017573
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2016
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Nas décadas de 60 e 70 do século passado, o Brasil tomou a iniciativa de explorar o potencial hidrelétrico da bacia do rio Paraná, o que gerou repercussões na Argentina e no Paraguai. No que se refere a esse assunto, julgue (C ou E) o seguinte item.

Em 1973, Brasil e Paraguai assinaram um tratado para o aproveitamento hidrelétrico do rio Paraná, desde Sete Quedas até a foz do rio Iguaçu. Os termos do contrato determinavam a criação da empresa binacional Itaipu e a participação dos dois países, em condições de igualdade, na construção e operação da hidrelétrica e na divisão da energia gerada.

Alternativas
Comentários
  • Tratado de Itaipu

    [...]​ Artigo III As Altas Partes Contratantes criam, em igualdade de direitos e obrigações, uma entidade binacional denominada ITAIPU, com a finalidade de realizar o aproveitamento hidrelétrico a que se refere o Artigo I. [...]

    Íntegra: https://www.itaipu.gov.br/sites/default/files/u13/tratadoitaipu.pdf

  • me add pessoas que pecaram no "em condições de igualdade"

  • Questão que, por levar em conta a letra do tratado, erra quanto à prática histórica. Esse tema é tão relevante que, em 2019, exatamente por uma "não igualdade", o paraguai entrou em uma crise política, após alguns acordos ou "tentativas de acordos" em relação justamente ao excedente de energia que o Paraguai comprava a baixíssimo preço. Isso significa que não, não foi em condições de igualdade e oBrasil foi muiot mais onerado (o que é compreensível, dado o tamanho geográfico e econômico do país. Ainda assim, não se analisa aqui a igualdade relativa, mas a absoluta). Não considerar esse contexto complexo não reflete as aptidões necessárias ao cargo. Questões com letra de documentos devem ser evitadas para cargos de altíssimo nível. Um diplomata deve saber analisar o contexto de forma complexa, mais do que analisar somente a letra.


ID
2017576
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2016
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Nas décadas de 60 e 70 do século passado, o Brasil tomou a iniciativa de explorar o potencial hidrelétrico da bacia do rio Paraná, o que gerou repercussões na Argentina e no Paraguai. No que se refere a esse assunto, julgue (C ou E) o seguinte item.

O governo argentino defendeu que, antes da construção de represas na bacia do rio Paraná, deveria haver consulta prévia obrigatória aos países ribeirinhos do curso inferior de rios internacionais de curso sucessivo, para evitar prejuízos em seus territórios.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: CERTO

     

    O governo argentino não só defende a consulta prévia obrigatória aos países ribeirinhos do curso inferior de rios internacionais de curso sucessivo como também encaminha a questão à ONU, sendo este, talvez, um dos principais episódios de tensão entre Brasil e Argentina na década de 1970. Esse impasse é solucionado com o Acordo Tripartite, assinado em 1979.

  • Encheu o saco, inventou a construção da tal usina de corpus, catimbou e acabou que ela nunca saiu do papel


ID
2501032
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A Argentina é, historicamente, uma prioridade para a política externa brasileira. Em seu estágio atual, as relações entre os dois países caracterizam-se pela busca da integração econômica e da cooperação política. A respeito da política externa Argentina, julgue (C ou E) o item que se segue.


Durante o período de Carlos Menem na presidência argentina (1989-1999), sua política externa alinhou-se com as posições dos Estados Unidos da América no contexto internacional, enquanto surgiram críticas, de fontes oficiais e privadas, sobre uma “Brasil dependência” por parte da Argentina.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO CERTO

     

    O presidente Carlos Menem adotou uma política externa baseada no alinhamento da Argentina com os Estados Unidos. A aproximação foi expressiva, resultando em maior engajamento econômico e na eliminação de conflitos. Contudo, houve vários pontos aquém das expectativas, devido a contradições comerciais e políticas entre os dois países.


    A indústria da Argentina está vivendo uma "Brasil-dependência"? De diferentes formas, esse é o debate que começa a crescer no país vizinho, com uma vinculação cada vez mais nítida entre o aquecimento do consumo brasileiro e a expansão da indústria argentina, cujo nível de atividade subiu 12,4% no primeiro semestre. Menções ao Brasil e sua influência sobre o crescimento da Argentina aparecem com destaque, tanto nos boletins de conjuntura da União Industrial Argentina (UIA) quanto nos ultimos relatórios de inflação divulgados pelo Banco Central.

     

    https://cartainternacional.abri.org.br/Carta/article/viewFile/284/246

    http://www.pibernat.com.br/index.php/noticias/686-industria--argentina-teme-dependencia-de-exportacoes-para-o-brasil.html

  • Muito legal, mas isso não é atualidades.

  • Trata-se de uma questão que remete à cultura geral e que, a despeito de tratar de assunto ligado ao mandato do ex-presidente Menem, repercute até os dias de hoje, especialmente no que concerne aos rumos político-econômicos do MERCOSUL. Logo, a questão é, sim, da categoria de atualidades. A recente notícia confirma o que digo. Senão vejamos:

    “Quando o Brasil espirra, a Argentina tem uma pneumonia”. A frase está instalada em Buenos Aires e é usada até mesmo pelo presidente argentino, Mauricio Macri, herdeiro de uma fortuna com estreitas ligações com o Brasil, por causa de seu envolvimento significativo no setor automobilístico. A crise brasileira estremece a economia do vizinho do sul e também a política, já que os argentinos vivem um ano eleitoral crucial, com uma recuperação incipiente e ainda fraca, que pode ser muito afetada pela instabilidade de seu grande parceiro comercial. Quando o Brasil está bem, representa 30% das exportações argentinas. Nos últimos tempos caíram, e só agora começavam a se recuperar timidamente. A crise brasileira é vivida na Argentina como se fosse um assunto da política local. Praticamente todas as emissoras de rádio e televisão prepararam programas especiais na noite da quarta-feira para tentar explicar o assunto e as consequências que isso pode acarretar para o país austral.

  • Se é assim, não existe distinção entre História e Atualidades, já que tudo que acontece atualmente é resultado de eventos passados, sendo que nada surge do nada.

     

    Faz sentido cobrar isso em uma prova de diplomata, que é contextualizada por natureza e que prevê em seu edital a disciplina de História. Em outra prova em que isso não esteja pré-definido é irrazoável tal exigência.

  • A questão não é de Atualidades. É de Política Internacional (não existe a disciplina "atualidades" na prova do Instituto Rio Branco). Não cairia algo desse tipo numa prova que tem apenas o conteúdo de ATUALIDADES, mas poderia perfeitamente cair numa prova que tenha CONHECIMENTOS GERAIS, já que fala da política brasileira e regional. 

    Nesse caso o problema não é o CESPE. É só uma questão de especificidades de cada edital. 

  • Caso alguém possa responder realmente à questão e citar as fontes, nós agradecemos. 

    Abraço. 

    Em tempo: assertiva correta

  • E alguém pode definir objetivamente o que é atualidades no concurso público?

  • A assinatura do acordo entre a União Européia e o Mercosul, criou duas importantes expectativas na Argentina: a diminuição da chamada "Brasil-dependência" e a atração de mais investimentos.
    "O acordo vai abrir as negociações para que os países do Mercosul possam colocar mais produtos na Europa", afirmou, em Madri, o ministro da Economia Domingo Cavallo.
    "Também deverá acentuar os investimentos europeus em nossas países e isso significa a criação de novos empregos", completou.
    A perspectiva de criação de uma zona de livre comércio entre os dois blocos econômicos surge em boa hora para a Argentina.
    O acordo permite a abertura de novos mercados aos produtos argentinos. Espera-se, assim, que a condição de dependência ao mercado brasileiro -considerada arriscada- diminua.
    Segundo previsões do Estudio MAM Broda, este ano deve fechar com 27,4% das exportações argentinas destinadas ao Brasil.
    As vendas para o mercado brasileiro seriam, em boa parte, responsáveis pelos saldos positivos da balança comercial argentina desde abril. E também pelo superávit anual estimado em US$ 1,6 bilhão.

  • O QConcursos classifica as questões de forma errada, aí depois nós não conseguimos filtrar as questões que queremos.
    Não existe "atualidades do ano de 2017" no edital! Além disso, a questão trata dos anos 80-90, e não do ano de 2017.
    Por favor, classifiquem conforme o edital: "A política externa argentina; a Argentina e o Brasil" (item 4 do edital de POLÍTICA INTERNACIONAL).
    Colaborem aí!
    Valeu!

  • Quase todos os comentários que eu li abaixo confirmam a que a Argentina se alinhou com os EUA durante o governo de Carlos Menem (o que está correto), mas quando falam da "Brasil dependência" citam o contexto atual.

    Percebam que pela forma como a assertiva foi escrita, a "Brasil dependência" teria que estar ocorrendo durante o governo de Carlos Menem para que ela fosse correta: "...sua política externa alinhou-se com as posições dos Estados Unidos da América no contexto internacional, enquanto surgiram críticas, de fontes oficiais e privadas, sobre uma “Brasil dependência” por parte da Argentina."

    Não encontrei nenhum material que fale da dependência da Argentina em relação ao Brasil já durante o governo Menem. De acordo com dados do Ministério da economia, o Brasil tinha déficit comercial com o Mercosul no final do governo Menem e nos anos seguintes ao seu governo:

    2003: -1.051.656.140,00

    2002: -3.436.344.850,00

    2001: -1.778.586.081,00

    2000: -1.164.256.522,00

    1999: -1.023.331.897,00

    1998: -1.621.621.423,00

    1997: -1.407.290.293,00

    (valores FOB em US$)

    Obs1: não encontrei dados mais antigos, mas os anos de 1997-1999 ainda correspondiam ao governo Menem.

    Obs2: não encontrei dados apenas da balança comercial com a Argentina, os dados são para a totalidade do Bloco do Mercosul, mas como o déficit estava acima de 1 bilhão de dólares em todos esses anos e a Venezuela ainda não participava do grupo, significa que tinha que haver déficit com a Argentina também.

    Eu teria recorrido dessa questão se tivesse feito a prova.

    Bons estudos!


ID
2790151
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Considerando que as relações com os países do continente americano representam importante vertente da política externa brasileira, e que elas envolvem um amplo espectro de interesses políticos, econômicos e de segurança, tratados bilateral e multilateralmente em condições diversas, conforme seu alcance e densidade, julgue (C ou E) o item que se segue. 


Sob a ótica da política externa norte-americana, as relações com o Brasil, tradicionalmente diversificadas, estão, no presente, assentadas em interesses de natureza puramente econômico-comercial, haja vista as recorrentes dificuldades enfrentadas na construção de convergências e na cooperação sobre temas políticos e de segurança no plano global e importantes divergências quanto às respectivas prioridades no plano das relações hemisféricas.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

     

    As relações dos EUA com o Brasil não se limitam a “interesses de natureza puramente econômico-comerciais”. Como exemplos de entendimentos recentes em outras áreas, destacam-se, por exemplo, o lançamento, em 2018, do Foro Permanente de Segurança Brasil-EUA e a negociação de um Acordo de Salvaguardas Tecnológicas, com vistas ao uso comercial da Base de Alcântara.

     

    (Prof. Bruno Rezende)


ID
2790154
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Considerando que as relações com os países do continente americano representam importante vertente da política externa brasileira, e que elas envolvem um amplo espectro de interesses políticos, econômicos e de segurança, tratados bilateral e multilateralmente em condições diversas, conforme seu alcance e densidade, julgue (C ou E) o item que se segue. 


Recentemente, no âmbito da sua política externa, a maior aproximação do Brasil com os países da América Central teve amparo, inicialmente, em projetos de cooperação técnica e em iniciativas para a expansão do comércio e a promoção de investimentos.

Alternativas
Comentários
  • CERTO.

     

    A aproximação entre o Brasil e os países centro-americanos foi inicialmente baseada nas ações de cooperação técnica e na promoção do comércio e dos investimentos. Posteriormente, agregraram-se, a partir da constituição da CALC (2008) e da CELAC (2010/2011), as iniciativas de concentração política e cooperação para o desenvolvimento.

     

    (Prof. Bruno Rezende).

  • Mais informações sobre a CALC e CELAC

    A Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) é um bloco regional intergovernamental composto por 33 países. Foi criada em fevereiro de 2010, na Cúpula da Unidade da América Latina e do Caribe. A CELAC é herdeira do Grupo do Rio e da CALC (Cúpula da América Latina e do Caribe) e assume duas vocações: a cooperação para o desenvolvimento e a concertação política.

    Na vertente da cooperação, a CELAC tem promovido reuniões ministeriais ou de alto nível sobre mais de vinte temas de interesse dos países da região, como educação, desenvolvimento social, cultura, transportes, infraestrutura e energia. 

    Na vertente da concertação política, a CELAC tem demonstrado capacidade de emitir pronunciamentos sobre temas relevantes da agenda internacional e regional, como o desarmamento nuclear, a mudança do clima, o problema mundial das drogas, o caso das ilhas Malvinas e o bloqueio norte-americano a Cuba, dentre outros. O diálogo e a concertação política promovidos por meio da CELAC tem-se manifestado inclusive por meio de intervenções conjuntas no âmbito da Assembleia Geral das Nações Unidas e de suas Comissões.

    Além disso, a CELAC tornou-se ferramenta valiosa para o diálogo da América Latina com o resto do mundo e tem proporcionado à região coordenar posições nas relações com outros blocos regionais e países emergentes. Hoje, a CELAC mantém mecanismos de diálogo político e cooperação com a União Europeia, China, Rússia e Índia, entre outros. Dessa forma, a CELAC está facilitando a conformação de uma identidade regional própria. As consultas políticas são feitas, em geral, à margem do debate geral da Assembleia Geral das Nações Unidas e permitem o intercâmbio de informações sobre temas de interesse global e a cooperação desenvolvida entre a América Latina e o Caribe e atores relevantes do sistema internacional.

    A CELAC funciona com base em reuniões políticas, reuniões ministeriais especializadas e grupos de trabalho setoriais. Na definição da ordem de países que ocuparão a Presidência pro tempore do mecanismo, ainda que não conte com mecanismo formal de rotatividade, atenta-se para uma distribuição equitativa entre as sub-regiões da América Latina e do Caribe. 

    A Assessoria Internacional do Gabinete do Ministro participa das reuniões e assessora o Ministro de Estado da Educação nas reuniões especializadas do bloco.

    http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=20742:comunidade-dos-estados-latino-americanos-e-caribenhos-celac

  • 2020

    O governo brasileiro formalizou nesta quarta-feira (15/01) a decisão de suspender a participação do país na Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), um organismo internacional composto por 33 países, sem a presença dos Estados Unidos.

    O governo do presidente Jair Bolsonaro ignorou apelos do México – que assumiu este ano a presidência da Celac – para que o país voltasse a participar ativamente do organismo. Uma nota do Itamaraty afirma que o Brasil "não considera estarem dadas as condições para a atuação da Celac no atual contexto de crise regional".

    Entre os motivos para a decisão brasileira estariam os fatos de o governo Bolsonaro na ver com bons olhos a participação de Cuba na entidade e de a representação da  ser composta de membros do governo do presidente Nicolás Maduro.

    https://www.dw.com/pt-br/brasil-suspende-participação-na-celac/a-52024798


ID
2790157
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Considerando que as relações com os países do continente americano representam importante vertente da política externa brasileira, e que elas envolvem um amplo espectro de interesses políticos, econômicos e de segurança, tratados bilateral e multilateralmente em condições diversas, conforme seu alcance e densidade, julgue (C ou E) o item que se segue. 


O esforço diplomático brasileiro empreendido a partir de 2009 com o propósito de impulsionar as relações com os países do Caribe não produziu resultados expressivos no campo comercial, tendo tanto as exportações quanto as importações brasileiras sofrido acentuado declínio nos últimos cinco anos.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito definitivo: CERTO.

     

    O item foi feito para ser Certo, mas os dados comerciais de 2017 o tornam errado.

     

    Entre 2013 e 2016, houve, de fato, queda pronunciada, ano a ano, tanto nas exportações quanto nas importações entre o Brasil e os países da América Central e do Caribe. Entretanto, houve aumento de 15% nas exportações brasileiras em 2017, o que torna a afirmativa errada, uma vez que a generalização de "acentuado declínio nos últimos cinco anos" não é válida para todo o período analisado. (Prof. Bruno Rezende)

     

    O site do MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços) expõe os dados de comércio do Brasil com o Caribe na série histórica com base anual. Saldo Exportação brasileira para o Caribe:
    2012 - US$ 4.916.747.688
    2013 - US$ 2.958.195.944
    2014 - US$ 4.591.835.233
    2015 - US$ 3.363.524.691
    2016 - US$ 2.423.337.532
    2017 - US$ 2.499.450.729
    2018 - US$ Dados anuais não fechados para termos comparativos.

    Sendo que o saldo exportador de 2017 é ligeiramente superior ao saldo exportador de 2016, para últimos efeitos.

  • Ué, mas entre 2013 e 2014 houve aumento, de acordo com esses números aí.


ID
3377161
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2019
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

O Brasil possui uma extensa agenda internacional e construiu uma sólida inserção internacional que lhe facilita o relacionamento diplomático com quase todos os países do mundo. Acerca da participação brasileira na agenda internacional, julgue o item a seguir.


Criado no final dos anos de 1990 com o objetivo de promover o diálogo político e a cooperação entre os países-membros, o Fórum de Cooperação América Latina-Ásia do Leste (FOCALAL) transformou-se em importantes arranjos regionais de liberalização comercial, entre os quais sobressaem a Aliança do Pacífico e a parceria estratégica CELAC-ASEAN.

Alternativas
Comentários
  • Tanguy Baghdadi professor

    A meu ver, errada.

    Não há ligação direta entre a FOCALAL e arranjos como a Aliança do Pacífico e aos

    contatos entre CELAC e ASEAN. Muito embora a FOCALAL tenho como um de seus

    objetivos a liberalização comercial, o link é muito difuso. Além disso, não há uma

    parceria estratégica entre CELAC e ASEAN, mas apenas o início de um contato

    birregional.

  • Outro erro é que sua criação ocorreu em 1999 e não 1990 como diz a questão.

    Bons estudos!

  • O Foro de Cooperação América Latina - Ásia do Leste (FOCALAL) é um mecanismo informal de cooperação internacional, criado em 1999. Seu objetivo fundamental é aumentar as oportunidades de diálogo e de cooperação entre Estados da América Latina e da Ásia do Leste. 
    Fazem parte do FOCALAL 36 países: 20 da América Latina, entre eles o Brasil e, 16 da Ásia do Leste, tais como Japão, Vietnã e Austrália. A cada dois anos há a Reunião de Ministros de Relações Exteriores, que é a mais elevada instância do mecanismo. A reunião é sediada uma vez em um Estado latino-americano e, a outra na Ásia do Leste. 
    Desde 2017 está em operação o Fundo FOCALAL, que visa financiar projetos que promovam a cooperação inter-regional, especialmente em comércio e investimentos. O Fundo é gerido pela Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL) e pela Comissão Econômica e Social para a Ásia e o Pacífico (CESAP). 
    Já a Aliança do Pacífico é um bloco comercial latino-americano criado formalmente em 6 de junho de 2012 no Chile, mais especificamente em Antofagasta, durante a 4ª Cúpula da organização. Os membros-fundadores foram Chile, Colômbia, México e Peru. A Costa Rica incorporou-se ao grupo em 2013. Não há uma relação direta entre FOCALAL e a Aliança do Pacífico. 
    A ASEAN, por sua vez, é a sigla da Associação das Nações do Sudeste Asiático criada em 1967. Sua criação se deu a partir de um acordo entre Cingapura, Indonésia, Filipinas. Malásia e Tailândia. Os objetivos são: buscar um desenvolvimento econômico sólido e assegurar a estabilidade política na região. Hoje em dia fazem parte também Brunei Darussalam, Camboja, Laos, Mianmar e Vietnã.
     Percebe-se, portanto, que a ASEAN congrega unicamente países asiáticos. Não tem como proposta da associação o diálogo com estados latino-americanos. 
    Finalizando, a CELAC é A Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) organismo internacional herdeiro do Grupo do Rio e da Calc, a Cúpula da América Latina e Caribe sobre Integração e Desenvolvimento. Foi criada a 23 de fevereiro de 2010. O Brasil foi membro fundador mas, em 2020, o governo Bolsonaro pediu a saída do país da organização. 
    Portanto, ao lermos a afirmativa apresentada na questão, depois de haver determinado cada um dos organismos e associações internacionais citados, percebemos que a relação apresentada não é verdadeira. A FOCALAL não exerce controle ou coordena ou criou a CELAC, a ASEAN ou a Aliança do Pacífico. A afirmativa é incorreta. 
    RESPOSTA: ERRADO.

ID
3377164
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2019
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

O Brasil possui uma extensa agenda internacional e construiu uma sólida inserção internacional que lhe facilita o relacionamento diplomático com quase todos os países do mundo. Acerca da participação brasileira na agenda internacional, julgue o item a seguir.


O Brasil integra a Agência para a Proscrição das Armas Nucleares na América Latina e no Caribe, responsável por aplicar o Tratado de Tlatelolco nos territórios dos países-membros e nos mares adjacentes, os quais também são considerados, nos termos do tratado e de seus respectivos protocolos adicionais, livres de armas nucleares.

Alternativas
Comentários
  • Tanguy Baghdadi professor

    Correta

    O Tratado de Tlatelolco foi assinado em 1967 e cria a Agência presente na afirmativa:

    http://www.itamaraty.gov.br...

  • Em 2017 completaram-se 50 anos da assinatura do Tratado de Tlatelolco que estabeleceu a primeira
    área densamente povoada livre de artefatos nucleares para fins militares.
    A assinatura foi motivada pelo desejo de assegurar a ausência dessas armas na região geográfica destes países, garantir que instalações nucleares sejam usadas exclusivamente para fins pacíficos, além de promover o desarmamento atômico.

    O Tratado também criou a Agência para a Proibição de Armas Nucleares na América Latina e Caribe (OPANAL), baseada na Cidade do México, cuja função é supervisionar o controle compreensivo e, os mecanismos de verificação do cumprimento das disposições do dito tratado.

    O Protocolo adicional 1 do tratado estabelece que todos os países que estão fora da América Latina mas que tenham territórios na região deverão também submeter-se às disposições do Tratado. E, o Protocolo adicional 2 determina que todos os países que têm armamento nuclear não devem violar, sob nenhum argumento, o status de “região livre de armas nucleares" .

    O protocolo 2 foi assinado e ratificado pelos EUA, China, Reino Unido, França e Rússia.

    Pelo que foi explicitado nos parágrafos acima pode-se chegar à conclusão que a afirmativa proposta na questão está correta.

    RESPOSTA: CERTO
  • Para ajudar:

    https://www.infoescola.com/geografia/tratado-de-tlatelolco/

  • Tratado de Tlatelolco é o nome convencionalmente dado para o Tratado para a Proibição de Armas Nucleares na América Latina e o Caribe. Ele é incorporado no Organismo para a Proscrição das Armas Nucleares na América Latina e no Caribe (OPANAL).

    No encontro, no bairro de , na , em  de , as nações da  e do  rascunharam esse tratado para manter essa região do mundo livre de .

    fonte:

    Brasil foi um dos signatários originais deste tratado.

    fonte:


ID
3377227
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2019
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A propósito do sistema interamericano e de coalizões internacionais de que o Brasil participa ou com os quais se relaciona, julgue o item a seguir.


O Brasil desenvolve atividades regulares no âmbito dos quatro pilares de atuação da Organização dos Estados Americanos (OEA), a saber, democracia, direitos humanos, segurança e desenvolvimento integral.

Alternativas
Comentários
  • Tanguy Baghdadi professor

    Correta

    "A atuação brasileira no âmbito interamericano tem como base os princípios

    consagrados na Constituição Federal, os quais orientam as ações para a promoção

    eficaz dos "pilares" fundamentais da Organização (democracia, desenvolvimento

    integral, direitos humanos e segurança multidimensional)."

  • A OEA – Organização dos Estados Americanos, apesar de ter sido criada como o organismo internacional que conhecemos em 1948 (Carta da OEA assinada em Bogotá, na Colômbia) tem, na verdade, uma origem bastante antiga.
    De outubro de 1889 a abril de 1890 teve lugar em Washington a Primeira Conferência Internacional Americana. Durante a reunião foi acordada a criação da União Internacional das Repúblicas Americanas. Começou-se, também, a organizar uma “rede" de instituições que será conhecida como “sistema interamericano". 
    Sua atuação foi, entretanto, bastante desequilibrada em função dos questionamentos acerca da filosofia do panamericanismo: bolivarista, sem a participação dos EUA ou com a sua participação. Daí ter mais voz e vez na arena internacional a OEA, criada no contexto da guerra fria e sob a égide da ONU com o propósito do que está estipulado no artigo primeiro da Carta da organização:
    “Os Estados americanos consagram nesta Carta a organização internacional que vem desenvolvendo para conseguir uma ordem de paz e de justiça, para promover sua solidariedade, intensificar sua colaboração e defender sua soberania, sua integridade territorial e sua independência."
    E, para atingir seus objetivos, são estabelecidos 4 pilares: democracia, desenvolvimento, direitos humanos e segurança para os Estados Americanos. Tais pilares estão em consonância com os princípios estabelecidos na constituição brasileira de 1988, em seus cinco primeiros artigos.
    Daí podemos concluir que a ação brasileira na OEA “desenvolve atividades regulares no âmbito dos quatro pilares" já que estes estão também estabelecidos em nossa constituição. 
    A afirmativa está correta 
    RESPOSTA: CERTO
  • A OEA foi criada em 1948 (IX Conferência Internacional Americana), pelo Pacto de Bogotá, sendo resultado da evolução do século XX:

    • 1898: Bureau Comercial das Repúblicas Americanas
    • 1901: Bureau Internacional das Repúblicas Americanas
    • 1910: União Pan-Americana

    Conforme sua Carta, a OEA está fundada em 4 pilares: desenvolvimento integral, direitos humanos, democracia e segurança. Em casa um deles, atuam diversos órgãos e documentos.

    • Desenvolvimento integral: Conselho Interamericano de Desenvolvimento Integral
    • Direitos humanos: CADH (1948) + Comissão IDH (1959) + Corte IDH (não é parte da OEA, mas sim do sistema interamericano)
    • Democracia: Compromisso de Santiago (1991) e Carta Democrática da OEA (2001)
    • Segurança: JID (1942), TIAR (1947), CICT (1997)


ID
3377251
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2019
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

O relacionamento com os países da América do Sul representa importante dimensão da política externa brasileira, retratada em iniciativas de natureza política e econômica. A esse respeito, julgue o item a seguir.


A despeito da importância historicamente atribuída ao relacionamento com os países do entorno sul-americano, as iniciativas diplomáticas brasileiras, anteriores à primeira reunião de presidentes da América do Sul e voltadas para essa região, foram limitadas no próprio alcance geográfico ou quanto às respectivas agendas, não expressando, por conseguinte, abordagem genuinamente regional e abrangente à dimensão sul-americana da política externa brasileira.

Alternativas
Comentários
  • Bruno Rezende professor

    Certo.

    A Reunião de Presidentes da América do Sul (Brasília, 2000) foi a primeira ocasião

    em que os líderes dos países sul-americanos se reuniram sem a participação de

    representantes de outras regiões. Os projetos de integração realizados na América do

    Sul até o final da década de 1990 haviam tido caráter parcial e/ou sub-regional.

  • Somente no ano 2000 aconteceu a I Cúpula Sul-Americana com todos os chefes de estado da região.

    Brasil sempre teve atuação na área, claro:

    1910: Proposta de Pacto ABC - Barão do Rio Branco (depois revivada por seu substituto e por Peron)

    1969: Tratado da Bacia do Prata

    1978: Tratado de Cooperação Amazônica

    porém eram realmente "limitadas no próprio alcance geográfico ou quanto às respectivas agendas"

  • A política externa brasileira nem sempre privilegiou essa dimensão sul americana em relação às demais facetas da identidade internacional do Brasil.

    No período monárquico negava-se, embora de maneira não explícita, a identidade sul americana ou americana, como parte do continente. O discurso oficial é que o Brasil seria “um império nos trópicos", estruturado à imagem e semelhança das monarquias europeias. Assim sendo, distinto das vizinhas repúblicas hispano-americanas instáveis.

    Com a queda da monarquia começou uma discussão, aliás ainda inacabada, sobre a nossa identidade americana. Havia os que propunham que as instituições dos EUA deveriam ser nossos grandes modelos. Portanto, ser moderno e ter uma estrutura republicana adequada seria copiar aquela dos EUA. Havia outra corrente que pretendia a valorização de nossa dimensão latino-americana, até mesmo como um contraponto à hegemonia estadunidense no continente

    Estas não são, no entanto, características restritas ao Brasil e sua proposta de política externa. Os países do continente valeram-se, ao longo dos quase dois séculos de história independente, de múltiplas fontes de identidade internacional que não faziam referência ao seu caráter sul-americano. Imediatamente após sua separação da coroa espanhola, as repúblicas hispânicas do continente propuseram uma identidade americana que excluía o Brasil e os Estados Unidos e, que depois evoluiu para a invenção, em meados do século XIX, do conceito de América Latina.

    A ideia de uma América Latina – mesmo que tenha origem mais antiga e estrangeira (como o europeu via a América de língua não inglesa) consolidou-se apenas após a Segunda Guerra Mundial – em especial depois da criação da CEPAL. - (Comissão Econômica para América Latina e Caribe) No pós-guerra, novos binômios dados pelos conflitos Norte-Sul e Leste-Oeste somaram-se à intrincada – embora pareça simples por conta de muitos Estados terem idioma e cultura hispânicos - e variável geopolítica das identidades regionais.

    Mais recentemente a erosão do conceito de América Latina, a desaparição do bloco socialista e o embaçamento do discurso Norte-Sul pela retórica globalizante deixaram um vazio em termos de identidades regionais que vem sendo suprido por esforços como o Mercosul, a Comunidade Sul- Americana de Nações, ou a proposta de ALCA.(Área de Livre Comércio para as Américas)  Nesse contexto, acontecem, não sem debates, o resgate da noção de América do Sul pela diplomacia brasileira como foco de identidade e projeto político.

    No entanto, vale destacar que a questão chave no presente momento de mundo globalizado é que, mais do que “americanos", “sul americanos" ou ainda “latino-americanos" somos “mercados". Emergentes ou não. Interessantes ou não. Confiáveis ou não. E, este tem sido um dos motores da política externa e das ações dos Estados americanos na arena internacional.

    A afirmativa apresentada traz um tema de longo debate, com várias vertentes ideológicas, políticas e culturais, porquanto lida-se com a problemática de identidade nacional que norteia a politica externa de um dado Estado.
    Mas, a afirmativa apresenta uma ideia de história correta.

    RESPOSTA: CORRETO
  • Alguém precisa dizer ao professor que não é para escrever um artigo, mas sim justificar a resposta da questão :(


ID
3377254
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2019
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

O relacionamento com os países da América do Sul representa importante dimensão da política externa brasileira, retratada em iniciativas de natureza política e econômica. A esse respeito, julgue o item a seguir.


O Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) é tributário dos esforços de integração protagonizados por Brasil e Argentina a partir de 1985, mas representou resposta às tendências liberalizantes que se conformavam com os diferentes espaços regionais e no âmbito do sistema multilateral de comércio.

Alternativas
Comentários
  • Bruno Rezende professor

    Certo.

    Os entendimentos Brasil-Argentina no domínio econômico avançaram a partir de

    1985 e formaram as bases do que seria o Mercosul, com a posterior incorporação de

    Uruguai e Paraguai. O Mercosul foi criado no início da década de 1990, no contexto do

    avanço das propostas de liberalização econômica na região e no mundo.

  • Por que "resposta às tendências liberalizantes"? Porque Brasil e Argentina se abriam para a economia internacional e queriam unir forças para enfrentar a competição do mercado global. Um dos exemplos dessas "tendências liberalizantes" foi a ALCA, renegada pelo Brasil e pela Argentina de Kirshner.

  • A afirmativa apresentada na questão é bastante confusa. É necessário ler e reler para que seja possível a compreensão da proposta. Ela versa sobre a criação do Mercosul, texto e contexto. Ou seja, em qual contexto internacional articula-se, inicialmente entre Argentina e Brasil, a proposta de criação do bloco. E, quais são seus objetivos primordiais.
    A criação do Mercosul está inserida dentro de um contexto no qual as nações sul-americanas debatiam possibilidades a respeito de uma organização que promovesse a integração econômica regional. Considera-se o passo inicial para a criação do Mercosul o acordo econômico realizado entre Brasil e Argentina, a partir da Declaração de Iguaçu, em 1985. O Tratado de Assunção, que cria o bloco, foi assinado em 1991.
    A criação do Mercosul responde à reestruturação de natureza estratégica, sobretudo da relação Brasil-Argentina. Os dois Estados tinham uma relação historicamente influenciada pela herança colonial e pelas rivalidades entre suas então metrópoles:  Portugal e Espanha. As novas relações entre as duas potências regionais, que disputaram hegemonia na América do Sul por tanto tempo, possibilitam a formação de uma base para o Mercosul, cujo objetivo fundamental será a integração e o desenvolvimento em um contexto internacional de globalização. 
    O Mercosul foi oficialmente fundado em 1991, quando Brasil e Argentina realizaram a assinatura do Tratado de Assunção. A esse tratado uniram-se Paraguai e Uruguai. O acordo assinado entre os quatro países visava criar uma zona de aliança comercial com o objetivo de ampliar a movimentação de pessoas e mercadorias entre as nações integrantes do bloco. 
    Inicialmente o Mercosul estabeleceu entre os quatro membros uma zona de livre comércio, ou seja, uma zona em que foram abolidas as taxas sobre as mercadorias exportadas e importadas dentro do bloco. Posteriormente esse quadro foi revertido para uma zona aduaneira, na qual as nações parceiras concordam em padronizar as tarifas alfandegárias que são cobradas. 
    A lógica é a liberal, mais conhecida como “neoliberal" desde o Consenso de Washington. Um maior fluxo e não tributado comércio entre os membros do Mercosul é instrumento adicional de alinhamento de todos, mas principalmente brasileiro, ao modelo neoliberal recomendado pelos organismos financeiros internacionais . Tal lógica  já era praticada, antes de 1991, pelos três outros parceiros.
    O Mercosul é, basicamente, um bloco mercantil. Há propostas futuras de permissão para que trabalhadores possam atuar sem restrições em qualquer um dos países-membros, de integração econômica e, de desenvolvimento educacional visando à integração cultural dos países. Mas, na verdade, não estão em pautas de curto ou médio prazo. 
    A afirmativa apresentada é, portanto, correta. Apesar de pouco clara, está certa.
    RESPOSTA: CERTO
  • O conectivo "mas" pode induzir o candidato a erro. Melhor seria trocar por "e", na minha opinião, pois não há oposição de ideias, mas sim de complementaridade...

ID
3377269
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2019
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

No que se refere à política externa dos Estados Unidos da América (EUA) e aos respectivos desdobramentos regionais, bem como ao relacionamento daquele país com o Brasil, julgue o item a seguir.


Os EUA comparecem historicamente entre os três principais parceiros comerciais do Brasil, e a pauta comercial dessa relação é marcada pela diversidade e complementaridade, sendo os contenciosos comerciais entre ambos dirimidos em instância constituída no plano bilateral.

Alternativas
Comentários
  • Alguém poderia me apontar o erro, por favor?

  • http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/notas-a-imprensa/5825-encerramento-do-contencioso-entre-brasil-e-estados-unidos-sobre-o-algodao-na-omc-ds267

    O Brasil e os Estados Unidos assinaram hoje, em Washington, Memorando de Entendimento relativo ao Contencioso do Algodão (DS 267), dando por encerrada, de forma exitosa, uma disputa que se estendia há mais de uma década.

     

    Iniciada pelo Brasil em 2002, a disputa envolveu subsídios domésticos concedidos pelos EUA a seus produtores de algodão, bem como os programas de garantias de crédito à exportação, considerados incompatíveis com o Acordo de Agricultura e o Acordo de Subsídios e Medidas Compensatórias da OMC.

     

    Nos termos do Memorando assinado hoje, os Estados Unidos se comprometeram a efetuar ajustes no programa de crédito e garantia à exportação GSM-102, que passará a operar dentro de parâmetros bilateralmente negociados, propiciando, assim, melhores condições de competitividade para os produtos brasileiros no mercado internacional. O entendimento bilateral inclui pagamento adicional de US$ 300 milhões, com flexibilização para a aplicação dos recursos, o que contribui para atenuar prejuízos sofridos pelos cotonicultores brasileiros.

     

    O acordo firmado se restringe apenas ao setor cotonicultor e preserva intactos os direitos brasileiros de questionar ante a OMC, caso necessário, a legalidade da Lei Agrícola norte-americana quanto às demais culturas.

  • Tanguy Baghdadi professor

    Errada

    Os EUA estão sempre entre os maiores parceiros comerciais do Brasil (ainda que a

    afirmativa não deixe claro desde quando é o "historicamente", e a pauta comercial é, de

    fato, diversificada e complementar. Mas o contencioso sobre o algodão teve que ser

    levado à OMC para uma solução, o que mostrou a dificuldade de se conseguir uma

    solução em instância constituída bilateralmente.

  • SALDO BALANÇA COMERCIAL JAN-JUN/2020

    BRASIL X ESTADOS UNIDOS

    DÉFICIIT - US$ 3.131,4 MILHÕES

  • É verdadeira a parte da afirmativa que destaca ser os EUA, historicamente, um dos três maiores parceiros comerciais do Brasil, se levarmos em conta o período pós independência. No período de dominação portuguesa os grandes parceiros eram a metrópole e a região de Angola. 
    No entanto, é questionável a complementariedade do comércio entre os dois países. Até por volta da segunda metade do século XX o Brasil era basicamente agro-exportador e sua pauta de exportação vinculada majoritariamente a um “produto-rei" como por exemplo, o café. 
    Ainda que o leque de exportações tenha-se tornado mais variado, os produtos exportados eram, ainda no século XX,  em sua maioria  commodities. A pauta de exportações do Brasil no presente momento também consta de produtos industrializados e semi-industrializados, o que não significa, ainda, uma complementariedade equilibrada no comércio com os EUA. Isto acontece por conta de termos uma inserção periférica na arena internacional, além de não sermos produtores de ciência e tecnologia em vários setores. 
    No que tange a disputas comerciais,  quando há contenciosos entre EUA e Brasil, eles são resolvidos no âmbito da Organização Mundial do Comércio, fórum internacional no qual é possível defender os interesses de países considerados de inserção periférica. 
    Na maioria das vezes, para completar,  as questões não são somente bilaterais. O grande exemplo é a questão dos subsídios dados à setores da agricultura estadunidense. Essa ação afeta a posição dos grãos brasileiros no mercado internacional mas não é uma questão tão somente brasileira. Daí o fórum da OMC ser aquele de negociação e de busca de solução de contenciosos. 
    Por conseguinte a afirmativa da questão está incorreta. 
    RESPOSTA:ERRADO

ID
3377281
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2019
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Considerando a trajetória da política externa argentina da década de 1980 ao presente, bem como as relações com o Brasil e as perspectivas daquele país em relação ao Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), julgue o item a seguir.


As relações da Argentina com o Brasil, durante a presidência de Nestor Kirchner, foram marcadas pela convergência quanto ao pretendido revigoramento do MERCOSUL, pelo decidido apoio ao projeto brasileiro de organizar o espaço político sul-americano por meio da Comunidade Sul-Americana de Nações e pela atuação conjunta na construção de parcerias com os demais países emergentes.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO

    Apesar da boa aproximação do Governo Lula com o governo Kirchner, os dois países não atuarão conjuntamente na construção de parcerias com os demais países emergentes.

    Convergiram quanto ao fortalecimento da América do Sul como potencia mundial e em questões multilaterais.

    Abaixo, texto do Wikipedia que corrobora com a questão.

    "O governo do presidente Néstor Kirchner colocou o Brasil como uma prioridade da política externa e as relações com os brasileiros eram consideradas estratégicas, o que foi recebido com reciprocidade no Brasil, quando Lula da Silva colocou a Argentina como a principal prioridade de sua política externa. Deve-se ressaltar, que a primeira visita ao exterior de Lula da Silva, como presidente eleito, foi para a Argentina em dezembro de 2002. Do ponto de vista brasileiro, apenas com esta aliança estratégica seria possível transformar a América do Sul em uma potência mundial, um dos objetivos da política externa de Lula.

    Desde 2003, rgentina e Brasil têm coordenado suas posições nos fóruns multilaterais, como pode ser visto pela sua participação conjunta nas negociações agrícolas na reunião da OMC em ancún, éxico, a sua posição conjunta no que diz respeito à criação da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) e sua articulação no G20 pela reforma do sistema financeiro internacional. A criação da União das Nações Sul-Americanas (UNASUL), em 2008, foi um marco nas novas políticas externas de ambos os países.Em outro sinal de confiança mútua, desde 2003, os diplomatas dos dois países ocupam um único assento no onselho de Segurança das Nações Unidas, quando qualquer um deles ocupar um assento não-permanente.

    [...]

  • Bruno Rezende professor

    Errado.

    Durante o governo de Néstor Kirchner (2003-2007), Brasil e Argentina buscaram

    promover a revitalização do caráter social da integração no Mercosul

    (https://journals.openeditio.... A Argentina apoiou a proposta brasileira da Comunidade

    Sul-Americana de Nações (https://noticias.uol.com.br.... O erro do item parece-me

    residir na referência à “atuação conjunta na construção de parcerias com os demais

    países emergentes”.

  • SALDO BALANÇA COMERCIAL JAN-JUN/2020

    BRASIL X MERCOSUL

    SUPERÁVIT - US$ 772,9 MILHÕES

  • Comunidade Sul-Americana de Nações não foi um projeto brasileiro, mas um projeto comum.

    Também ajuda a entender o contexto da questão, além do exposto acima pelos colegas, o fato de que Brasil e Argentina tiveram "farpas" no Mercosul (apoio decidido portanto força um pouco a barra):

    -Argentina impôs salvaguardas a importações brasileiras

    -Argentina insiste no acordo automotivo entre os dois países - que limita exportações do Brasil

    -Conflitos exportações brasileiras de plástico e carne suína

  • A partir de 2003, os novos governantes que assumiram o cargo de presidente no Brasil e na Argentina propiciaram uma mudança no contexto de politica externa de ambos os Estados.

    Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, e Néstor Kirchner, presidente da Argentina, subiram ao poder com ideias e objetivos muito semelhantes para a integração regional. Também havia grande preocupação com o outro em termos de política externa, considerado como forte parceiro em termos políticos, estratégicos e econômicos.

    Portanto, o equívoco apresentado na afirmativa em pauta é sutil. Ela passa a ideia de que a política externa de Kirchner e de Lula caminhavam em uníssono, havendo uma partilha de liderança na arena internacional. Ao menos no que se refere às decisões sobre América do Sul e parcerias do Mercosul .

    Na verdade, apesar de haver a concordância e a convergência de objetivos, a liderança da maioria das resoluções e projetos apresentados são de liderança brasileira. Talvez em função de uma inserção internacional brasileira mais substantiva do que aquela da Argentina.

    Além disso, a proposta da UNASUL é dita como um “projeto brasileiro de organizar o espaço político sul-americano por meio da Comunidade Sul-Americana de Nações". Essa ideia é equivocada. A proposta da UNASUL é unificação das economias de todos os países da América do Sul

     Ela foi proposta em 2004 visando a promoção de desenvolvimento social, cultural, ambiental e, claro, econômico entre os países.
    Ou seja, não há a ideia de “organização de espaço político" e sim econômico. 
    A afirmativa está incorreta

    RESPOSTA: ERRADO
  • Complementando,,

    ...Kirchner buscou uma maior integração com outros países da América Latina. Reviveu e tentou fortalecer o bloco comercial do Mercosul e melhorou as relações com o Brasil, mas sem um alinhamento automático com esse país, o poder regional da América do Sul.

    ...O presidente tentou manter um ponto intermediário entre o Brasil e a Venezuela, já que considerava o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva muito conservador, e o venezuelano Hugo Chávez muito antiamericano...

    Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%A9stor_Kirchner#Pol%C3%ADtica_externa

    Bons estudos.

  • "A cúpula dos doze países realizada na cidade mineira de Ouro Preto, em 2004, tomou novas decisões com tal intento, como a criação de fundos para financiar a convergência econômica e a organização de uma futura comunidade sul-americana de nações." Amado Luiz Cervo Realmente, o mais provável é que o erro da questão tenha sido dizer que a CASA foi um projeto brasileiro.
  • "A política externa argentina do período deve ser analisada a partir de dois prismas distintos: no primeiro momento, prevalecia a situação de emergência, que levou o presidente Néstor Kirchner a priorizar uma agenda autônoma frente aos organismos internacionais, particularmente o FMI. Também se contrapôs a credores estrangeiros e a empresas multi-nacionais que operavam no país. Desta forma, viabilizava-se a consecução de sua agenda de desenvolvimento. Neste período, os demais objetivos da política externa – como a integração regional – foram relegados a uma posição secundária, que só poderiam ser abordados após a estabilização interna do país." // Em: Estratégias de Desenvolvimento Nacional ou Estratégias Compartilhadas de Desenvolvimento? As Relações Brasil-Argentina nos Governos Lula e Néstor e Cristina Kirchner (2003- 2010) de Roberta Rodrigues Marques da Silva. Publicado em Revista Política Hoje - 2a Edição - Volume 22

ID
5324695
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2021
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A partir dos anos de 1960, a África adquiriu maior relevância no âmbito da política externa brasileira, e o Brasil ampliou e diversificou as relações diplomáticas e comerciais com países africanos. A esse respeito, julgue (C ou E) o item a seguir.

O governo brasileiro propôs a criação da Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul (ZOPACAS) em contraposição à proposta da Organização do Tratado do Atlântico Sul (OTAS), com o propósito de promover a cooperação regional e a paz e segurança entre países sul-americanos e africanos que compartilhavam o espaço do Atlântico Sul. Apesar de ter sido derrotada, a OTAS contou com o apoio de países que passaram a fazer parte da ZOPACAS.

Alternativas
Comentários
  • A Argentina apoiava a OTAS, embora hoje seja um dos 3 países sul-americanos que fazem parte da ZOPACAS.


ID
5324722
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2021
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

O Brasil e outros atores regionais têm atuado conjuntamente em resposta às crises econômica, social, política, humanitária e de direitos humanos na Venezuela. No que se refere a essa temática, julgue (C ou E) o item a seguir.

A tentativa de acionamento do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR) para a situação da Venezuela foi infrutífera. A Reunião do Órgão de Consultas, previsto no tratado, realizada em Nova York em 2019, não logrou estabelecer a maioria necessária para aprovação de resolução com ações concretas referentes ao tema.

Alternativas
Comentários
  • O governo de Maduro se contrapõe à convocação do TIAR pois, além da Venezuela não fazer parte nem do Tratado e nem da OEA, seria mais uma medida que reflete o interesse dos EUA de intervir no país. Além disso, as medidas que poderiam ser tomadas asfixiariam ainda mais o Estado, ampliando o bloqueio que esse sofre em suas relações diplomáticas e econômicas (TIAR: EL DISFRAZ…, 2019). Os países que votaram contra o pedido, como o México, alegam que o mecanismo utilizado pelo Tratado representa um risco para toda a região e que a intervenção e a violência não são a solução para o problema (VICECANCILLER DE MEXICO…, 2019).

    A reunião do Órgão de Consulta contou com 2/3 dos países signatários votando a favor da ativação do TIAR (quantidade necessária para aprovar uma resolução, segundo o Artigo 17 do Tratado), incluindo o Brasil, a Argentina, os EUA e outros nove países (CRISE NA VENEZUELA…, 2019). No encontro dos Ministros das Relações Exteriores dos membros integrantes do Tratado, que aconteceu no dia 23 de setembro em Nova York, os países aprovaram uma resolução que irá instaurar mecanismos de investigação ao regime de Maduro e sua ligação com o narcotráfico e o terrorismo. Reconheceram, por fim, que o país é uma ameaça à segurança e estabilidade hemisféricas, justificando a necessidade de uma ação a ser tomada para mudar esse contexto (BRASIL E OUTROS…, 2019; TRATADO INTERAMERICANO DE ASSISTÊNCIA RECÍPROCA, 1947).

    Texto completo em: https://pucminasconjuntura.wordpress.com/2019/10/23/o-acionamento-do-tiar-na-crise-venezuelana-seguranca-hemisferica-e-possiveis-impactos-regionais/

  • Errado. De fato, a primeira reunião da Sessão do Órgão de Consulta do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca acionou o TIAR como “um mecanismo operacional coletivo para investigar e levar à justiça pessoas e entidades do regime de Nicolás Maduro consideradas com vínculos com a narco-guerrilha e o terrorismo, bem como responsáveis pelo cometimento de graves violações de direitos humanos, corrupção e lavagem de dinheiro. A segunda reunião da Sessão do Órgão de Consulta do TIAR decidiu impor sanções a Nicolás Maduro e 28 altos funcionários do governo venezuelano. As 29 pessoas designadas seriam submetidas pelas autoridades competentes dos Estados Partes do TIAR a investigações e medidas administrativas e judiciais por envolvimento com narcotráfico, terrorismo, corrupção, lavagem de dinheiro e violações de direitos humanos.

  • Houve, sim, ações concretas contra o regime Maduro através das reuniões do TIAR.

    O que não se conseguiu foi suspender a Venezuela da OEA em 2018 (os EUA propuseram Reunião Extraordinária, que foi organizada, porém só conseguiu 19 dos necessários 24 votos entre 34 países para suspender a Venezuela). Isso ocorreu porque 11 países se abstiveram (entre eles Equador, Nicarágua e Uruguai), enquanto 5 votaram contra (Venezuela, San Vicente e as Granadinas, Bolívia e Dominica). A solução foi reconhecer as credenciais dos representantes de Juan Guiadó (que atuam atualmente na OEA).


ID
5324749
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2021
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

O MERCOSUL é uma prioridade da política externa brasileira. Desde a sua criação, o bloco contribuiu tanto para a integração entre os países sul-americanos quanto para o estreitamento das relações políticas e econômicas com países e blocos extrarregionais. Com base nessas informações, julgue (C ou E) o item a seguir.

Em resposta aos protestos que aconteceram no Equador em outubro de 2019, os países do MERCOSUL emitiram uma nota conjunta para repudiar as situações de violência ocorridas em território equatoriano e para propor, em caráter provisório, a suspensão do país como membro associado do bloco.

Alternativas
Comentários
  • sem comentários complica.

  • Tanto MERCOSUL quanto o PROSUL divulgaram notas oficiais referentes aos protestos ocorridos no Equador. Nenhum, entretanto, propôs a suspenção deste de algum bloco. Na verdade, eles reiteraram o apoio ao presidente Lenin Moreno e condenaram os protestos no país.

  • A nota condenou os protestos e manifestou apoio ao governo equatoriano. Contexto de convergência de governos de direita sul-americanos ou onda azul ou conservadora após 2015 (Bolsonaro, Macri, Piñera, Cartez e Benítez, Moreno, Lasso).

    NOTA 260/2019 MRE

    1. Os governos de Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, Estados Partes do MERCOSUL,

    2. Considerando o princípio fundamental do respeito à democracia e o Protocolo de Ushuaia sobre Compromisso Democrático no MERCOSUL,

    3. Deploram os atos de violência registrados nas últimas horas na república-irmã do Equador.

    4. Saúdam a disposição do governo do Equador e de setores representativos da sociedade equatoriana de iniciar diálogo com vistas à normalização da ordem no país.

    5. Os países do MERCOSUL reiteram seu apoio ao governo democraticamente constituído do Equador e ao Presidente Lenín Moreno, e esperam pela pronta restauração da paz no país.

    https://www.gov.br/mre/pt-br/canais_atendimento/imprensa/notas-a-imprensa/2019/situacao-no-equador-nota-conjunta-do-mercosul


ID
5324752
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2021
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

O MERCOSUL é uma prioridade da política externa brasileira. Desde a sua criação, o bloco contribuiu tanto para a integração entre os países sul-americanos quanto para o estreitamento das relações políticas e econômicas com países e blocos extrarregionais. Com base nessas informações, julgue (C ou E) o item a seguir.

Em 2019, o MERCOSUL e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) firmaram um acordo de livre comércio por meio do qual a segunda parte se comprometeu a eliminar todas as tarifas de importação dos setores industrial e pesqueiro.

Alternativas
Comentários
  • Item polêmico e foi alvo de muitos recursos no concurso. No gabarito provisório, veio como CORRETO, pois, de fato, o referido acordo prevê a eliminação das tarifas de importação em produtos industriais e em pescas por parte dos países do EFTA, assim que entrasse em vigor (https://www.gov.br/mre/pt-br/media/2019-09-03-acordo-mercosul-efta-2.pdf). Contudo, o acordo ainda não havia sido firmado quando a prova foi aplicada, pois ainda não havia sido ratificado pelas partes, nem mesmo por algum estado-membro do EFTA ou do MERCOSUL. Por essa razão, o gabarito foi alterado para ERRADO. A seguir, coloco a justificativa fornecida pela banca para a alteração do gabarito:

    O item foi alterado para "Errado", pois, apesar da conclusão das negociações do Acordo de Livre

    Comércio entre o MERCOSUL e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA, na sigla em inglês) em

    2019, o acordo não havia sido firmado pelas partes até a data da aplicação da prova.

  • O item foi alterado para "Errado", pois, apesar da conclusão das negociações do Acordo de Livre Comércio entre o MERCOSUL e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA, na sigla em inglês) em 2019, o acordo não havia sido firmado pelas partes até a data da aplicação da prova.

    https://www.iades.com.br/inscricao/upload/273/2021070211115426.pdf

  • O acordo ainda não foi assinado. As negociações foram concluídas em 2019, mas permanece em fase de revisão jurídica.


ID
5324755
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2021
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

O MERCOSUL é uma prioridade da política externa brasileira. Desde a sua criação, o bloco contribuiu tanto para a integração entre os países sul-americanos quanto para o estreitamento das relações políticas e econômicas com países e blocos extrarregionais. Com base nessas informações, julgue (C ou E) o item a seguir.

Mais de um quinto das exportações brasileiras foi destinado ao MERCOSUL e à União Europeia em 2019. Se somados, os dois blocos representaram o segundo maior destino das exportações brasileiras no ano passado, atrás somente da China.

Alternativas
Comentários
  • CORRETO

    Segundo a CNI, a corrente de comércio do Brasil com o mundo foi de 236,1 bilhões de dólares, sendo 65% para a China, UE, EUA, MERCOSUL e Japão. Desde 2019, a China deslocou a UE como principal destino das exportações brasileiras. Já em 2021, a China foi destino de 35% dos produtos brasileiros vendidos ao exterior.

    Fonte: comex do Brasil.


ID
5324758
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2021
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

O MERCOSUL é uma prioridade da política externa brasileira. Desde a sua criação, o bloco contribuiu tanto para a integração entre os países sul-americanos quanto para o estreitamento das relações políticas e econômicas com países e blocos extrarregionais. Com base nessas informações, julgue (C ou E) o item a seguir.

Os países do MERCOSUL e da Aliança do Pacífico assinaram o Acordo Quadro sobre Facilitação do Comércio no lançamento do Plano de Ação de Puerto Vallarta em 2018. No âmbito desse acordo, as partes comprometeram-se a reduzir em 15% as tarifas de importação do setor agrícola no prazo de cinco anos.

Alternativas
Comentários
  • Não há menção de redução de 15% de tarifas. Para ver o documento completo, ver os links abaixo:

    http://www.itamaraty.gov.br/images/PuertoVallarta/FinalFinalDeclaracaoVallartaPORT.pdf

    http://www.cartillaciudadania.mercosur.int/oldAssets/uploads/Plano%20de%20A%C3%A7%C3%A3o%20de%20Puerto%20Vallarta%20MERCOSUL-Alian%C3%A7a%20do%20Pac%C3%ADfico.pdf