FONTE: JUREMA
A maioria das escalas de medida em ciências do comportamento são escalas aditivas, isto é, são obtidas a partir da soma de vários itens selecionados como indicadores do constructo teórico que estamos interessados em medir. É muito comum utilizarmos itens medidos, cada um, numa escala de cinco pontos (embora itens com escalas, normalmente ordinais, com um menor ou maior número de categorias são também utilizados); esse tipo de escalas recebe o nome de Escalas de Likert (vide Pasquali, 1996). O primeiro passo na construção das escalas aditivas é decidir quantos e quais itens vão ser selecionados para compor a escala. Os itens escolhidos são baseados no referencial teórico existente sobre o conceito que estamos querendo medir e são, na verdade, uma amostra de todos os possíveis indicadores do constructo teórico em questão. Na pesquisa acadêmica, a construção de escalas aditivas é normalmente feita a partir de marcos teóricos estabelecidos e de resultados empíricos de pesquisas já realizadas. Outras vezes, escalas já construídas em outros países são traduzidas e adaptadas para o contexto cultural local, e, após alguns procedimentos formais de tradução e adaptação de escalas, elas devem ser novamente validadas, e a sua fidedignidade deve ser reavaliada. Tanto para avaliar uma nova escala ou teste, como para adaptar e reavaliar um escala construída em outro país, devemos ter amostras de tamanho grande. Amostras pequenas não são adequadas para validação de escalas e testes.