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ID
1429717
Banca
COSEAC
Órgão
UFF
Ano
2014
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

O aleitamento materno é a mais sábia estratégia natural de vínculo, afeto, proteção e nutrição para a criança e constitui a mais sensível, econômica e eficaz intervenção para redução da morbimortalidade infantil. Recomenda-se a interrupção temporária da amamentação na seguinte situação materna:

Alternativas
Comentários
  • Tuberculose: recomenda-se que as mães não tratadas ou ainda bacilíferas (duas primeiras semanas após início do tratamento) amamentem com o uso de máscaras e restrinjam o contato próximo com a criança por causa da transmissão potencial por meio das gotículas do trato respiratório. Logo, o aleitamento materno não é contraindicado.

    Varicela: se a mãe apresentar vesículas na pele cinco dias antes do parto ou até dois dias após o parto, recomenda-se o isolamento da mãe até que as lesões adquiram a forma de crosta. A criança deve receber Imunoglobulina Humana Antivaricela Zoster, que deve ser administrada em até 96 horas do nascimento, aplicada o mais precocemente possível. Logo, deve-se haver uma interrupção temporária da amamentação.

    Hanseníase: por se tratar de doença cuja transmissão depende de contato prolongado da criança com a mãe sem tratamento, e considerando que a primeira dose de Rifampicina é sufi ciente para que a mãe não seja mais bacilífera, deve-se manter a amamentação e iniciar tratamento da mãe;

    Hepatite B: a vacina e a administração de imunoglobulina específica (HBIG) após o nascimento praticamente eliminam qualquer risco teórico de transmissão da doença via leite materno, logo, o RN pode receber o leite materno.

    Dengue: não há contraindicação da amamentação em mães que contraem dengue, pois há no leite materno um fator antidengue que protege a criança;

    Resposta B

    Bibliografia

    Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: nutrição infantil: aleitamento materno e alimentação complementar.  Brasília, Editora do Ministério da Saúde, 2009.



  • Correta "B"Varicela:

    Esta doença transmite-se, sobretudo, pela via respiratória e pelo contacto direto com as vesículas na pele. No entanto, também pode transmitir-se pelo leite materno e através da placenta. Assim, quando a grávida apresenta varicela até cinco dias antes ou dois dias após o parto pode contagiar o bebé na sua forma grave. Por isso, a amamentação, se for este o caso, deve ser interrompida temporariamente até que as lesões evoluam para a fase de “crosta”. A mãe deve ser isolada até atingir essa fase, deve ser administrada, o mais precocemente possível, imunoglobulina específica contra a varicela ao bebé e deve ficar em observação durante 21 dias. O leite pode ser extraído mecanicamente para alimentar o bebé. Se ocorrer há mais de 5 dias antes do parto ou 3 dias após o parto, a mãe pode transferir anticorpos para o bebé e pode amamentá-lo normalmente, tomando os devidos cuidados na lavagem das mãos, usando máscara e tapar as lesões.

  • Nas seguintes situações maternas, recomenda-se a interrupção temporária da amamentação:

     

    • Infecção herpética, quando há vesículas localizadas na pele da mama. A amamentação deve ser mantida na mama sadia.

    Varicela: se a mãe apresentar vesículas na pele cinco dias antes do parto ou até dois dias após o parto, recomenda-se o isolamento da mãe até que as lesões adquiram a forma de crosta. A criança deve receber imunoglobulina humana antivaricela zoster (Ighavz), que deve ser administrada em até 96 horas do nascimento, devendo ser aplicada o mais precocemente possível.

    • Doença de Chagas na fase aguda da doença ou quando houver sangramento mamilar evidente.

    • Hepatite C quando houver sangramento mamilar evidente, quando indicado tratamento medicamentoso ou com a co-infecção de HIV

    • Abscesso mamário, até que ele tenha sido drenado e a antibioticoterapia iniciada. A amamentação deve ser mantida na mama sadia.

    • Consumo de drogas de abuso: recomenda-se a interrupção temporária do aleitamento materno, com ordenha do leite, que deve ser desprezado. O tempo recomendado de interrupção da amamentação varia dependendo da droga.

     

    Fonte: MANUAL DE ACOMPANHAMENTO DA CRIANÇA. Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Agosto/2015.

  • VARICELA.

    SE A CRIANÇA FOR DIAGNOSTICADA COM VARICELA, PODERÁ FICAR NO MESMO QUARTO QUE A MÃE E PODERÁ RECEBER ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO.

    CASO SOMENTE A MÃE POSSUA A DOENÇA, A MÃE REALIZARÁ ORDENHA E O RN RECEBERÁ LEITO MATERNO VIA MAMADEIRA.