- ID
- 1431733
- Banca
- COPEVE-UFAL
- Órgão
- ALGÁS
- Ano
- 2012
- Provas
- Disciplina
- Português
- Assuntos
                                       Somos gente        
           Decretaram  que  pessoas  com  mais  de  sessenta  anos  merecem alguns benefícios.  Há  mais  tempo  decretaram  que  negro  era  gente.     
          Há  menos  tempo  que  isso  decretaram  que  mulher  também  era  gente, pois podia votar.      
          Mas  voltando  aos  com  mais  de  sessenta:  decretaram  coisas que deveriam ser naturais numa sociedade razoável. Não  as  vejo  como  benefícios,  mas  como  condições  mínimas de  dignidade e respeito. Benefício tem jeito de concessão, caridade.  Coisas como não lhes cobrarem mais pelo seguro saúde porque  estão  mais  velhos,  na  idade  em  que  possivelmente  vão  de  verdade  começar  a  precisar  de  médico,  remédio,  hospital,  não  deveriam ser impostas por decreto.     
           Decretaram também que depois dos sessenta as pessoas  podem  andar  de  graça  no  ônibus  e  pagar  meia  entrada no  cinema.  Perceberam,  pois,  que  após  os  sessenta  as  pessoas  ainda se  locomovem  e  se  divertem.  Pensei  que  achassem  que  nessa  altura  a  gente  ficasse  inexoravelmente meio  inválido  e...  invalidado.    
          Que  sociedade  esquisita  esta  nossa,  em  que  é  preciso  decretar que em qualquer idade a gente é gente.  [...]        
                                                                                       LUFT, Lya. Pensar é transgredir. Rio de Janeiro: 
                                                                                                             Record, 2005. p. 137 (Fragmento). 
 Nas orações seguintes,  
I.  “Há menos tempo..." 
II.  “... como não lhes cobrarem..." 
III.  “Decretaram também..." 
qual a correta classificação do sujeito em cada uma?