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ID
1434607
Banca
IBFC
Órgão
HEMOMINAS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Em termos de conjuntura, leia os fatos relacionados a seguir:

I. Em dezembro de 2010, um jovem tunisiano, ateou fogo ao próprio corpo, como forma de denunciar as condições de vida do País em que morava. Este fato deu início a um movimento que se expandiu por diversas regiões.

II. A produção de energia através de minas de carvão é intensa naquele País, o que resulta em problemas sérios de poluição do ar em sua capital.

III. Aquela região é conhecida pelo número excessivo de dependentes químicos, que perambulam pelas ruas para comprar e consumir drogas. Em 2012, a região foi cercada por policiais, para prender traficantes e expulsar os dependentes.

Os fatos descritos acima estão relacionados a:

Alternativas
Comentários
  • ->A afirmativa I refere-se à Primavera Árabe que foi uma série de manifestações contra regimes autoritários nos países de língua árabe localizados no norte da África e no Oriente Médio.O estopim do movimento ocorreu na Tunísia, com a morte de um jovem vendedor ambulante que colocou fogo no próprio corpo no final de 2010, em protesto contra o confisco de suas mercadorias e a humilhação infligida a ele por um funcionário municipal. A raiva e a violência intensificaram-se, levando o presidente Ben Ali a renunciar após 23 anos no poder.

    -> A afirmativa II descreve a maior desvantagem da principal fonte enérgica na China, qual seja, as minas de carvão. Essa forma de produção de energia gera altos níveis de gás carbônico liberados na atmosfera, que contribui para o aumento da poluição nos centros urbanos, como em Pequim, por exemplo.

    ->A afirmativa III trata da região da Cracolândia, localizada no centro de São Paulo, onde há um intenso tráfico de drogas.

    A resposta correta é a letra D. 
  • Letra D

  • Outro país que merece destaque em relação à hostilidade do governo frente aos protestos é o Barein, representado pela figura do Rei xeque Hamad bin Isa al-Khalifa. Esse país, diferentemente da Líbia, possui um grande apoio dos países ocidentais, com destaque para os Estados Unidos. Com isso, mesmo com a dura repressão contra os rebeldes e com vários crimes aos direitos humanos, esse país não sofreu nenhum tipo de intervenção militar estrangeira, fato que fez com que parte da comunidade internacional questionasse a postura da OTAN nas zonas de instabilidade política na região árabe.

    Com a proibição das manifestações, a oposição xiita – que forma a maioria no país, mas que é amplamente discriminada pela minoria sunita – foi perdendo gradativamente a força, embora o governo tenha sinalizado algumas ações de flexibilização do poder a fim de estabelecer alguns acordos.

    Síria, por sua vez, é o país onde os conflitos mais se estenderam, demarcando uma longa agonia na região. Isso porque a oposição sunita, influenciada pela eclosão das revoltas no Egito e na Tunísia, também procurou ascender ao poder por meio de uma revolta armada, duramente reprimida pelas tropas do ditador Bashar al-Assad (no poder desde 2000). Além do conflito armado, esse episódio mexeu também com o plano geopolítico internacional.

    Nos países vizinhos, Turquia, Iraque, Líbano, Arábia Saudita e, parcialmente, Israel concedem apoio aos rebeldes, pois consideram o regime do ditador xiita sírio como uma ameaça local às suas soberanias. O Irã, por outro lado, vem apoiando o governo do país, uma vez que esse é um importante aliado político. Além do mais, a derrocada do governo de Assad poderia representar uma ameaça à estabilidade política iraniana.

    Externamente, as potências ocidentais, com destaque para os EUA, declararam apoio à oposição no país, fornecendo armas e suprimentos, com a clara intenção de derrubar mais um inimigo político na região. Os norte-americanos chegaram inclusive a planejar uma intervenção militar, com o pretexto de o governo sírio estar usando armas químicas, o que é considerado um crime de guerra. No entanto, Rússia e China opuseram-se incisivamente a essa ação, o que gerou uma crise política sem precedentes desde a Guerra Fria. Com isso, acordos foram realizados e a intervenção militar estadunidense, enfim, não ocorreu. O conflito segue ainda sem solução.

    Além desses casos principais, a Primavera Árabe atingiu também outros países, como MarrocosIêmenArgéliaOmã e, em menor grau, Arábia Saudita e Jordânia. Em alguns locais, eleições e reformas ocorreram; em outros, os protestos foram estrategicamente contidos. De toda forma, é preciso considerar que a situação da região do Oriente Médio e do Norte da África deflagra, cada vez mais, a impossibilidade de se manter a paz e a harmonia em espaços marcados pelo imperialismo e pela dominação das minorias sobre as massas.

    https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/primavera-Arabe.htm

  • Primavera Árabe caracterizou uma série de protestos e revoltas ocorrida nos países de língua árabe a partir do final de 2010, em que a população de diferentes lugares foi às ruas com diferentes objetivos, que giraram em torno da derrubada de ditadores, da realização de eleições e da melhoria das condições de vida. Trata-se de um dos principais eventos desse início de século e deflagra a grande instabilidade política existente na região.

    Podemos dizer que tudo começou na Tunísia, quando um jovem teve sua banca de frutas e legumes confiscada pela polícia e ateou fogo em seu próprio corpo em protesto às condições de vida a que era submetido. É claro que a revolta no país não foi ocorrida somente por isso, uma vez que esse evento foi somente a “gota d'água”, pois a população estava profundamente insatisfeita com os rumos político-sociais do país e clamava por democracia, exigindo o fim da ditadura de Zine El Abidine Ben Ali, que se encontrava no poder há 23 anos.

    Os protestos exigindo a realização de eleições diretas não duraram muito. O início aconteceu em dezembro de 2010 e o término ocorreu no mês seguinte, com a renúncia do ditador, que não ofereceu grandes resistências. Essa rápida reviravolta no país, que passou a ser chamada de Revolução de Jasmim, foi vista e admirada pela população dos países vizinhos que passavam pelas mesmas problemáticas dos tunisianos: governos ineficientes, ditatoriais e que não promoviam esforços para a melhoria das condições de vida do povo. Logo, a onda de protestos espalhou-se como um rápido vírus por todo o norte da África e em boa parte do Oriente Médio.

    Em pouco menos de um mês após a derrubada de Ben Ali na Tunísia, foi a vez de Hosni Mubarak, no Egito, também deixar o cargo em função das revoltas populares que exigiam o fim de seu posto no comando do país que ocupara durante 30 anos: era a chamada Revolução de Lótus. A Primavera Árabe expandia-se.

    O caso do Egito, porém, reverberou em um novo descontentamento. Isso porque o novo presidente eleito, Mohamed Morsi foi, dois anos mais tarde, alvo de novos protestos no país. Com isso, em julho de 2013, sob a ação do exército egípcio, o governante sofreu aquilo que acusou ter sido um golpe militar.

    Na Líbia, em 2011, a Primavera Árabe não tardou chegar. No entanto, esse país foi o primeiro em que as revoltas envolveram uma guerrilha e muito derramamento de sangue. Buscando o fim do regime de Muamar Kadhafi, que permaneceu no poder durante 42 anos, os rebeldes pegaram em armas para combater a resistência organizada pelas tropas leais ao governo.

    Com o estabelecimento de um conflito generalizado no país, as potências ocidentais organizaram-se através da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) a fim de derrubar o ditador da Líbia e conseguirem uma maior influência em uma região em que se produz muito petróleo para exportação. No final, os rebeldes conseguiram assassinar Kadhafi e dar fim ao regime.

    continua...