"Mas receio que sempre ocorreu o contrário; e assim recebemos deles, desde o início, definições em que, como na famosa definição que Kant oferece do belo, a falta de uma mais sutil experiência pessoal aparece na forma de um grande verme de erro. "Belo", disse Kant, "é o que agrada sem interesse." Sem interesse! Compare se esta definição com uma outra, de um verdadeiro "espectador" e artista - Stendhal, que em um momento chama o belo de une promesse de bonheur [uma promessa de felicidade],8 Nisso é rejeitado e eliminado precisamente aquilo que Kant enfatiza na condição estética: le désintéressement. Quem tem razão, Kant ou Stendhal?"
GENEALOGIA DA MORAL (Nietzsche)