Existem benefícios no uso de dietas imunomoduladoras no paciente oncológico cirúrgico?
Sim. Existem benefícios do uso de dietas imunomoduladoras enriquecidas com arginina, nucleotídeos e ômega-3 em pacientes oncológicos a serem submetidos à cirurgia de grande porte do trato digestório e de cabeça e pescoço.
Quais pacientes oncológicos se beneficiariam do uso de imunomoduladores?
Pacientes em pré-operatório de cirurgias de grande porte do trato digestório e de cabeça e pescoço, independente do estado nutricional e pós-operatório do trato digestório e de cabeça e pescoço.
Consenso Nacional de Nutrição Oncológica – Volume II - 2ª edição revista, ampliada e atualizada, 2016.
Pelo que entendi, nem todos os pacientes oncológicos se beneficiam do uso de dietas imunomoduladoras, são mais indicadas para diminuir complicações pós cirúrgicas, além disso, o uso da arginina ainda precisa de mais estudos.
Os guidelines da Aspen 2016 sugerem que fórmulas enterais com imunonutrientes (arginina, ácido eicosapentaenoico – EPA, ácido docosa-hexaenoico – DHA, glutamina e ácido nucleico) não devem ser usadas rotineiramente para pacientes críticos em unidades de internação da clínica médica, uma vez que os estudos já realizados não são conclusivos por possuírem populações heterogêneas e inconsistência nos resultados (MCCLAVE et al., 2016).
Nessa referência do INCA eles abordam diversos estudos demonstrando os benefícios e quais pacientes se beneficiam do uso dessas dietas.
Espero ter ajudado
As fórmulas imunomoduladoras contendo glutamina, arginina e ômega-3 por exemplo, não devem ser utilizadas rotineiramente para os pacientes críticos oncológicos.
Exceto para os pacientes cirúrgicos que se beneficiam com dietas contendo arginina, ômega-3 e nucleotídeos no perioperatório.
Os pacientes oncológicos submetidos à cirurgia de grande porte do trato digestório ou pacientes no pós-operatório de câncer de cabeça e pescoço são os candidatos à fórmula imunomoduladora.