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ID
1449700
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2015
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

No contexto empresarial da chamada modernização das relações de trabalho, o papel de disseminador da cultura, assumido pelo assistente social, propicia a integração consensual dos trabalhadores a um novo ambiente tecno- lógico marcado por políticas

Alternativas
Comentários
  • A democracia participativa é uma forma de exercício do poder, baseada na participação dos cidadãos nas tomadas de decisão política. Diferentes áreas de políticas públicas, que foram inscritas na Constituição de 1988 como direitos sociais, definiram como uma das suas diretrizes a participação social, dentre elas a saúde e a assistência social. A primeira já desenvolvia experiências de participação comunitária desde o final da década de 1970, como os conselhos populares de saúde e as comissões de saúde da Zona Leste (São Paulo), as comissões interinstitucionais nos três níveis de governo previstas no Programa de Ações Integradas de Saúde, criado em 1984, e no Programa dos Sistemas Unificados Descentralizados de Saúde, de 1987.

     

    "Bendizei ao Senhor todas as suas obras..."

  • Pelo que entendi a questão pontua sobre a inserção do Assistente Social nas Empresas, campos que vem repercutindo muito para a classe.

    MARILDA  em seu livro Servico Social e contemporaneidade esclarece sobre este espaço ocupacional do Assistente Social e seu papel vem crescendo significativamente sua atuação nos RHs, Controle de Qualidade , Assessoria Gerencial, ao estimulo de maior aproximação da gerencia aos trabalhadores do chão da fábrica, valorização ao discurso de chamamento à participação.

     

    Todo esse processo vem repercutindo no mercado de trabalho do assistente social
    de várias maneiras. Por exemplo nas empresas, segundo as pesquisas divulgadas no
    último Encontro Nacional dos Pesquisadores em Serviço Social, realizado no Rio de
    Janeiro, mantém-se a área de assistência social, ao mesmo tempo em que cresce a
    atuação do Serviço Social na área dos recursos humanos, na esfera da assessoria
    gerencial e na criação dos comportamentos produtivos favoráveis para a força de
    trabalho, também denominado de "clima social". Ampliam-se as demandas ao nível da
    atuação nos círculos de controle da qualidade - CCQs -, das equipes interprofissionais,
    dos programas de qualidade total, todos voltados ao controle de qualidade, ao estímulo
    de uma maior aproximação da gerência aos trabalhadores do chão da fábrica,
    valorizando um discurso de chamamento à participação. Verifica-se uma sensível
    mudança nas formas de pagamento, centrado em premiações e em sistemas
    meritocráticos de incentivos .

    Atualmente é o próprio trabalhador quem mobiliza sua
    adesão ao processo, criando um clima favorável ao discurso da "participação" e da
    "qualidade" muitas vezes re-traduzido como "qualidade de vida". Mas esta retórica
    convive com a redução dos postos de trabalho, com a queda dos níveis de emprego,
    com a perda dos direitos sociais, com a diferenciação de contrato de trabalho de
    pessoas empregadas em uma mesma empresa. Por um lado, os trabalhadores da
    "empresa mãe", dotados de relativa estabilidade no emprego por meio de contratos que
    asseguram direitos sociais e trabalhistas; por outro, o trabalhador terceirizado,
    vinculado a empresas contratadas, que não dispõem dos mesmos direitos, ainda que
    freqüentemente exercendo as mesmas funções. pg 48