-
O modelo gerencial foca na descentralização do
serviço.
Gabarito: ERRADO
-
Gabarito contestável.
Apesar de o Estado brasileiro ter
descentralizado diversos serviços ao adotar o modelo gerencial, ele permaneceu
ainda com a prestação direta de alguns serviços, com o por exemplo, a jurisdição
exercida diretamente e exclusivamente pelo Poder Judiciário.
Caso o item
tivesse usado a expressão “dos serviços”, o uso do artigo definido “os”
atrelado à preposição “de” (de + os), exprimiria a o sentido de “todos os
serviços”. No entanto, o item fez o uso da expressão “de serviços”, o que muda
totalmente o sentido da questão.
De fato, o Estado permaneceu com a prestação e
execução “de serviços”, o que não significa todos, mas alguns. Portanto, da
maneira em que foi redigido o item não há erro algum em seu conteúdo.
-
Segundo Fernando Luiz Abrucio (FGV) :
"...No modelo gerencial puro, a descentralização era valorizada como meio de
tornar mais eficazes as políticas públicas. Já no consumerism, o processo
de descentralização era saudável na medida em que ele aproximava o centro
de decisões dos serviços públicos dos consumidores, pensados como
indivíduos que têm o direito de escolher os equipamentos sociais que lhes
oferecer melhor qualidade..."
fonte: http://www.enap.gov.br/downloads/ec43ea4fAbrciocad%2010.pdf
-
Difícil demais acompanhar o raciocínio da Cespe. Não há nada na questão que restrinja ao Estado a execução de alguns serviços, como bem explicou o colega Bruno. Pior que em outras questões, eles deixariam passar algo parecido como correto. Como proceder com uma banca "de lua" assim?
-
O foco é na descentralização e a questão foi genérica e superficial ao afirmar "o Estado permaneceu responsável pela formulação e execução de serviços prestados à sociedade de forma direta" quando, na verdade, tentava-se exatamente o contrário.
Gabarito: ERRADO.
-
muito bom o comentário do Bruno. O Estado, mesmo com a descentralização ainda permanece inúmeras funções. e a preposição “de” fez diferença sim...
-
Bruno, comentário perfeito.
-
Dizer que "o Estado permaneceu responsável pela formulação e execução de serviços prestados à sociedade de forma direta" é contrário ao caráter descentralizante dos modelos gerenciais. A reforma gerencial no Brasil, encabeçada pelo Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado - PDRAE - "é sintomática em se tratando do objetivo da criação de organizações sociais e mesmo da publicização". Esse objetivo seria
"(...) permitir a descentralização de atividades no setor de prestação de serviços não-exclusivos, nos quais não existe o exercício do poder de Estado, a partir do pressuposto que esses serviços serão mais eficientemente realizados se, mantendo o financiamento do Estado, forem realizados pelo setor público não-estatal." (1995:74)
Neste sentido a prestação é realizada por via indireta. Desenvolvendo a ideia um pouco mais, podemos vislumbrar que o processo de publicização implicou em "concorrência" de serviços com as autarquias - criadas e fomentadas para o mesmo fim, ou seja, aproximação de uma "eficiência" nos moldes do setor privado. No entendimento de Élida Graziane Pinto, (2000), temos:
"Ora, neste sentido, a "descentralização" dimensionada no PDRAE, abrangendo o conceito de publicização, seria a 'absorção' de atividades e serviços até então realizados por autarquias e fundações ('entidades ou órgãos públicos da União') pelas entidades de utilidade pública qualificadas como O.S. [Organização Social], o que corresponderia, portanto, a não só reduzir a atuação da Administração Pública Indireta, mas também a promover, simultânea e predominantemente, a atuação da sociedade civil organizada (o que está claro nos objetivos do Plano Diretor, inclusive pelo termo "absorção" da Lei em análise)."
Portanto a questão traz uma assertiva errada.
Referências:
MATIAS-PEREIRA, José. Manual de Gestão Publica Contemporânea. São Paulo: Atlas, 2006.
PDRAE. Plano diretor da reforma do aparelho do Estado. (1995b.). Brasília: Presidência da República, Imprensa Oficial.
PEREIRA, Luiz Carlos Bresser e SPINK, Peter. Reforma e Administração Pública Gerencial. 5. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2003. 316 p.
Resposta: Errado
-
ERRADA!!!
Atualmente, o modelo gerencial na Administração Pública vem cada vez mais se consolidando, com a mudança de estruturas organizacionais, o estabelecimento de metas a alcançar, a redução da máquina estatal, a descentralização dos serviços públicos, a criação das agências reguladoras para zelar pela adequada prestação dos serviços etc. ¹
¹Luciano Oliveira
(Cespe-UnB/ANALISTA/TRE/2005) O modelo da Administração Pública gerencial baseia-se na definição clara de objetivos para cada unidade da administração, da descentralização, da mudança de estruturas organizacionais e da adoção de valores e comportamentos modernos no Estado que possibilitem o aumento da qualidade e da eficiência dos serviços prestados à sociedade. C
-
Dizer que "o Estado permaneceu responsável pela formulação e execução de serviços prestados à sociedade de forma direta" é contrário ao caráter descentralizante dos modelos gerenciais. A reforma gerencial no Brasil, encabeçada pelo Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado - PDRAE - "é sintomática em se tratando do objetivo da criação de organizações sociais e mesmo da publicização". Esse objetivo seria
"(...) permitir a descentralização de atividades no setor de prestação de serviços não-exclusivos, nos quais não existe o exercício do poder de Estado, a partir do pressuposto que esses serviços serão mais eficientemente realizados se, mantendo o financiamento do Estado, forem realizados pelo setor público não-estatal." (1995:74)
Neste sentido a prestação é realizada por via indireta. Desenvolvendo a ideia um pouco mais, podemos vislumbrar que o processo de publicização implicou em "concorrência" de serviços com as autarquias - criadas e fomentadas para o mesmo fim, ou seja, aproximação de uma "eficiência" nos moldes do setor privado. No entendimento de Élida Graziane Pinto, (2000), temos:
"Ora, neste sentido, a "descentralização" dimensionada no PDRAE, abrangendo o conceito de publicização, seria a 'absorção' de atividades e serviços até então realizados por autarquias e fundações ('entidades ou órgãos públicos da União') pelas entidades de utilidade pública qualificadas como O.S. [Organização Social], o que corresponderia, portanto, a não só reduzir a atuação da Administração Pública Indireta, mas também a promover, simultânea e predominantemente, a atuação da sociedade civil organizada (o que está claro nos objetivos do Plano Diretor, inclusive pelo termo "absorção" da Lei em análise)."
Portanto, assertiva errada.
Referências:
MATIAS-PEREIRA, José. Manual de Gestão Publica Contemporânea. São Paulo: Atlas, 2006. PDRAE. Plano diretor da reforma do aparelho do Estado. (1995b.). Brasília: Presidência da República, Imprensa Oficial.
PEREIRA, Luiz Carlos Bresser e SPINK, Peter. Reforma e Administração Pública Gerencial. 5. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2003. 316 p.
PINTO, Élida Graziane. Plano diretor da reforma do aparelho do estado e organizações sociais. Uma discussão dos pressupostos do "modelo" de reforma do Estado Brasileiro. Elaborado em 08.2000, e publicado emhttp://jus2.uol.com.br . Disponível em: Acessado em 10 de agosto de 2015.
-
1° ERRO: Nos modelos gerenciais puros, como no caso britânico, o gerencialismo foi amplamente acompanhado pelo liberalismo econômico. Portanto, dizer que os Estados permaneceram responsáveis pela formulação e execução dos serviços públicos, por si só, já é um erro - no caso brasileiro ainda estávamos sob o modelo desenvolvimentista.
2º ERRO: No caso brasileiro, o decreto-lei 200/67 trouxe a novidade da "descentralização" administrativa (exposição de motivos de Bresse Pereira). Portanto, com a desconcentração administrativa, o Estado, na pessoa das figuras da Administração Indireta, foi responsável por formular e executar serviços à sociedade de forma mais flexível que a Administração Direta.
Obs.: Contudo, acho que somente o 2º ERRO foi considerado pela banca.
-
O erro que vi na questão foi a seguinte. Dizendo que a Administração Pública é responsável pela formulação e execução de serviços prestados à sociedade de forma direta, que é uma mentira, já que a Administração Pública Gerencial busca o resultado do cidadão, alguns serviços ela concedeu para que empresas privadas pudessem fazer, diminuindo assim a burocratização da administração prestar "todos" os serviços a sociedade de forma direta como por exemplo: transporte público, água, luz, linhas de telecomunicações e etc.
-
Não, não..
-
Faltou uma virgula após serviços... Gabarito contestável
-
De forma indireta
-
Administração indireta = descentralização
-
Nas gestões que adotaram os modelos gerenciais de administração pública, os quais surgiram como uma fase de modernização do modelo burocrático, o Estado permaneceu responsável pela formulação e execução de serviços prestados à sociedade de forma INDIRETA (DESCENTRALIZAÇÃO).
-
Uma fator que achei importante, além da descentralização trazida pelo modelo gerencial, refere-se ao fato de que não é correto afirmar que algum modelo surgiu a partir da modernização do modelo anterior. Os modelos foram formulados a partir da ideia de ruptura (absoluta ou parcial) das ideias do modelo anteriormente predominante.
-
Sei que discordar do gabarito não vai mudar em nada a vida de ninguém, porém, há questões que ficarão para sempre a dúvida. Quando a questão diz: "formulação e execução de serviços prestados à sociedade de forma direta". Por que se poderia pensar em descentralização???.
Muitos serviços ainda são prestados pelo Estado de forma direta, e esses se não são de responsabilidade direta do Estado são de responsabilidade de quem??
Ou seja, os serviços eram prestados de forma direta, ou a responsabilidade do Estado que seria direta?
Sei lá, mas parece que a questão ficou um tanto ambígua.
-
O modelo gerencial trouxe consigo a ideia de descentralização. A educação é um exemplo disso. Tanto o Estado quanto a iniciativa privada realizam esta atividade. Outro fator importante que ajuda na interpretação, é o fato de que a mesma, surgiu com a ruptura da burocracia (modelo a qual todas as decisões eram tomadas pela alta cúpula). A própria literatura, quando relata sobre "o paradigma pós-burocratico", afirma que a burocracia estava inconsistente, e a população acusava os governos de serem ineficientes, ineficazes e excessivamente custosos.
-
Concordo com o amigo aí..." Muitos serviços ainda são prestados pelo Estado de forma direta, e esses se não são de responsabilidade direta do Estado são de responsabilidade de quem " ? existem serviços que ainda só de pode desenvolver de forma direta pela administração .
Ex: Segurança pública !
-
quem implementou,de fato, o modelo gerencial? FHC
FHC pretendia ou pretende aumentar ou reduzir o tamanho do Estado? reduzir
achou a resposta!!!
-
Bem da verdade, segundo maior parte da doutrina da ADM, entende que a CRFB/88 se mostrou um verdadeiro retrocesso ao modelo gerencialista, deixando de descentralizar alguns setores, bem como ainda ser inflexivel em determinados pontos e casos. Ex: Licitação e concurso público na adm indireta...
Como a questão generaliza e deixa claro que está delimitando, de forma errônea, o modelo de gerência aplicado em outros ESTADOS como EUA e os europeus, cuja essência é a descentralização geral dos serviços públicos, logo está errada. A questão leva a erro o candidato q comparou o modelo brasileiro a outros do globo, pois o nosso foi implantado mediante a forte pressão da esquerda. Logo, ficou aquém do arquitetado, em virtude da manutenção de boa parte do inchaço da maquina pública, bem como a burocracia legalista em alguns casos, fortemente presentes no modelo anterior.
ERRADO
-
errado. uma das caracteristicas do gerencialismo é a decentralização do poder, ou seja n é o estado somente quem toma as decisoes.
-
Neste tipo de gestão, o Estado passa a cumprir um papel, na sociedade, mais de regulador e promotor do desenvolvimento econômico do que um papel de executor.
Como disse o professor, "Dizer que o Estado permaneceu responsável pela formulação e execução de serviços prestados à sociedade de forma direta é contrário ao caráter descentralizante dos modelos gerenciais.".
Gabarito errado.
-
Bom dia,
Sejamos menos prolixos, para responder essa questão basta saber que a DESCENTRALIZAÇÃO (criação da Adm Indireta) acontece no modelo gerencial, ou seja, o modelo gerencial não foca na prestação de serviços de forma direta, sem mais...
Bons estudos
-
Bruno, concordo com seu comentário. Contestável
-
Errada!
O modelo gerencial não foca na execução de forma direta e sim indiretamente, pois é onde ocorre na descentralização.
-
O ESTADO NÃO PERMANECEU RESPONSABILIZADO PELA FORMULAÇÃO E EXECUÇÃO DE SERVIÇOS PRESTADOS A SOCIEDADE DE FORMA DIRETA POIS ESSES SERVIÇOS FORAM PRIVATIZADOS (TERCEIRIZADOS).
-
O Estado ficou responsável de forma direta? Uma das características do modelo Gerencial ou Sistêmica é a Descentralização.
-
valeu Atilla seu comentário é dez.
-
No modelo gerencial temos a descentralização. Portanto, gabarito "errado".
"A repetição, com correção, até a exaustão leva à perfeição."
-
Gab. ERRADO
A administração pública gerencial busca a resolução dos problemas da sociedade, tudo que se referir a eficiência, descentralização de poderes, flexibilidade, foco no cliente, foco no resultado, qualidade do serviço, se trata da administração publica GERENCIAL. Enquanto, tudo que diz respeito à rigidez, autocracia, coerção, regras, normas, foco interno, etc., se trata da administração BUROCRÁTICA.
Resumindo: a Administração pública BUROCRÁTICA foca nos MEIOS, já a administração pública GERENCIAL foca nos FINS.
-
De forma indireta
DESCENTRALIZADA!
-
Gabarito: Errado
Maior descentralização.
-
Administração gerencial constitui um avanço, mas sem romper em definitivo com a administração burocrática, pois não nega todos os seus métodos e princípios. Na verdade, o gerencialismo apóia-se na burocracia, conservando seus preceitos básicos, como a admissão de pessoal segundo critérios rígidos, a meritocracia na carreira pública, as avaliações de desempenho,o aperfeiçoamento profissional e um sistema de remuneração estruturado. A diferença reside na maneira como é feito o controle, que passa a concentrar-se nos resultados, não mais nos processos em si, procurando-se, ainda, garantir a autonomia do servidor para atingir tais resultados, que serão verificados posteriormente.
Fonte: Ponto dos Concursos
-
ERRADO
O Estado descentralizou os serviços !
CARACTERÍTICAS DO MODELO GERENCIAL, SEGUNDO AUGUSTINHO PALUDO (2013):
- Tipo de Administração: Indireta (atuação predominante)
- Foco: Usuário-Cidadão
- Descentralização: Política para Estados e Municípios, e Descentralização Administrativa, Delegação e Outorga.
- Mais autonomia para Gerentes e Servidores
- Incentivo à Inovação
- Controle a posteriori dos resultados
-
O Estado transfere/descentraliza a execução de serviços para o setor privado.
--
Gabarito: errado
Fonte: anotações de outras questões CESPE
-
GABARITO PELA BANCA: ERRADO
.
É aquele tipo de questão se você marca errado ela tá certo. Se marca certo ela está errado. Qualquer que seria a resposta há argumentos para protestar ou para afirmar o gabarito. Questões ambíguas que o CESPE adora e que a gente se fod....
.
O Estado ainda permaneceu com responsável tanto pela formulação quanto pela execução. Apesar da descentralização dos serviços, o Estado ainda é o responsável por esses serviços. Tanto na forma direta ou indireta, o Estado ainda é o responsável.
.
Abraços,
LUIZ CLAUDIO
-
errado. indireta também.
-
A admistração pública gerencial é marcada pela descentralização dos serviços públicos, esta possui 4 setores:
- Núcleo estratégico
- Atividades exclusivas prestadas pelo Estado
- Serviços não exclusivos e
- Produção de bens e serviços
Fontes: meus reumos (qualquer erro podem corrigir)
-
Mais uma questão do CESPE em que a afirmativa poderia estar CERTA quanto ERRADA, dependendo do humor do examinador.
Um dos quatro pilares do PDRAE/adm gerencial são as "Atividades exclusivas do Estado". Estas, como a arrecadação tributária, poder de polícia, sistema judiciário etc. ainda são prestadas pelo Estado de forma direta.
Nessas questões, nunca é possível saber se a banca quer a regra geral ou a exceção/particularidade.
-
Gab. Errado
Nas gestões que adotaram os modelos gerenciais de administração pública, os quais surgiram como uma fase de modernização do modelo burocrático, o Estado permaneceu responsável pela formulação e execução de serviços prestados à sociedade de forma direta
Gabriel, se a questão falasse permaneceu responsável diretamente pela formulação e execução de alguns serviços estaria certo, porque da forma como a questão está, generalizou, incluiu tudo, o que a tornou não incompleta, mas sim errada.
-
O erro do item está no fato de que no modelo gerencial há uma descentralização no modo de operar do Estado.
O tamanho do Estado tende a ser diminuído. Em suma, através de programas de privatização, terceirização e publicização (este último processo implicando na transferência para o setor público não estatal dos serviços sociais e científicos que hoje o Estado presta).
Palavra do professor Adriel Sá.
-
A questão começa "bonitinha", mas no final tem uma "pegadinha" para os candidatos menos atentos: os governos que adotaram o modelo gerencial buscaram um reposicionamento da atuação do Estado.
Ao invés de executar os serviços de forma direta, buscaram descentralizar a prestação de serviços, envolvendo a iniciativa privada por meio de concessões e privatizações e também o terceiro setor, pelo que se chamou de publicização.
Gabarito: errada
Rodrigo Renno
-
Gab errado
Questão considerada como certa e que complementa o comentário dos demais colegas:
Ano: 2015 Banca: Órgão: Prova:
A Administração pública gerencial emergiu na segunda metade do século passado como estratégia para tornar a gestão pública mais eficiente. A Administração pública gerencial
e) atribuiu ao Estado o papel de regulador e delegou parte da execução dos serviços públicos à Administração indireta, às organizações sociais e à iniciativa privada.
-
Gabarito - errado.
Modelo gerencial - descentralização.
-
Dizer que "o Estado permaneceu responsável pela formulação e execução de serviços prestados à sociedade de forma direta" é contrário ao caráter descentralizante dos modelos gerenciais. A reforma gerencial no Brasil, encabeçada pelo Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado - PDRAE - "é sintomática em se tratando do objetivo da criação de organizações sociais e mesmo da publicização".
Esse objetivo seria
"(...) permitir a descentralização de atividades no setor de prestação de serviços não-exclusivos, nos quais não existe o exercício do poder de Estado, a partir do pressuposto que esses serviços serão mais eficientemente realizados se, mantendo o financiamento do Estado, forem realizados pelo setor público não-estatal." (1995:74)
Neste sentido a prestação é realizada por via indireta. Desenvolvendo a ideia um pouco mais, podemos vislumbrar que o processo de publicização implicou em "concorrência" de serviços com as autarquias - criadas e fomentadas para o mesmo fim, ou seja, aproximação de uma "eficiência" nos moldes do setor privado.
No entendimento de Élida Graziane Pinto, (2000), temos:
"Ora, neste sentido, a "descentralização" dimensionada no PDRAE, abrangendo o conceito de publicização, seria a 'absorção' de atividades e serviços até então realizados por autarquias e fundações ('entidades ou órgãos públicos da União') pelas entidades de utilidade pública qualificadas como O.S. [Organização Social], o que corresponderia, portanto, a não só reduzir a atuação da Administração Pública Indireta, mas também a promover, simultânea e predominantemente, a atuação da sociedade civil organizada (o que está claro nos objetivos do Plano Diretor, inclusive pelo termo "absorção" da Lei em análise)."
Portanto a questão traz uma assertiva errada.
Referências:
MATIAS-PEREIRA, José. Manual de Gestão Publica Contemporânea. São Paulo: Atlas, 2006.
PDRAE. Plano diretor da reforma do aparelho do Estado. (1995b.). Brasília: Presidência da República, Imprensa Oficial.
-
ERRADO
O modelo gerencial busca descentralizar a prestação de serviços, envolvendo a iniciativa privada por meio de concessões e privatizações e também o terceiro setor, pelo que se chamou de publicização.
-
Galera, acredito que erro da questão não está baseado na ideia da Descentralização, uma vez que o Estado ainda é responsável pela formulação e execução de serviços prestados à sociedade de forma direta (Administração Pública Direta).
Ademais, não é correto afirmar que algum modelo surgiu a partir da modernização do modelo anterior. Os modelos foram elaborados a partir de ruptura das ideias do modelo anteriormente predominante.
Não podemos dizer que o Modelo Gerencial consiste na modernização do Modelo Burocrático, pois este foca nos processos e aquele nos resultados. Tomar essa afirmação como verdadeira, seria a mesma de dizer que o Modelo Gerencial consiste na modernização DOS PROCESSOS. Entretanto; o modelo gerencial consiste no aperfeiçoamento e modernização dos RESULTADOS.
-
Mais o Estado continua sim responsável por ofertar o serviço de forma direta, além de ofertar indiretamente.
-
A questão começa "bonitinha", mas no final tem uma "pegadinha" para os candidatos menos atentos: os governos que adotaram o modelo gerencial buscaram um reposicionamento da atuação do Estado. Ao invés de executar os serviços de forma direta, buscaram descentralizar a prestação de serviços, envolvendo a iniciativa privada por meio de concessões e privatizações e também o terceiro setor, pelo que se chamou de publicização.
-
Nova fase da Adm.Pub. (Modelo Gerencial)
1) Núcleo estratégico (cúpula dos 3 poderes - responsável por definir e formular as políticas públicas)
2) Atividades Exclusivas do Estado (indelegáveis - realizadas pelo próprio Estado - p.ex: Segurança púb, ensino, saúde etc)
3) Servições Não exclusivos OU Não Estatais (atuação do 3o. Setor - OS, OSCIP, OSC, ONGs em geral) - SEM Fins lucrativos.
4) Produção de bens e serviços para a Sociedade = Estado continua "dono", porém autoriza o surgimento de Empresas Estatais (Dir. privado para atuar nível de concorrência com o Mercado)
Fonte: PDRAE/1995.
Bons estudos.
-
Características do GERENCIALISMO
• Orientação p/ CIDADÃO
• Controle - RESULTADOS
• + Autonomia aos Gestores Públicos
• Confiança, Descentralização e Flexibilidade
• Separação das Unidades de Direção/Planejamento (centralizada) e Execução (descentralizada)
• Criação de Agências Autônomas (executivas)
• Descentralização - Serviços SOCIAIS/CIENTÍFICOS p/ propriedade pública NÃO ESTATAL (publicização)
• Controle Social e Gestão Participativa
• Terceirização
• Privatizações
Gabarito: ERRADO