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ID
1460623
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Cuiabá - MT
Ano
2014
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

Em 01/01/2013, uma empresa apresentava os seguintes saldos em seu balanço patrimonial:

                        Caixa:                   R$   10.000,00
                        Estoques:              R$ 200.000,00
                        Terreno:                R$   30.000,00
                        Capital Social:       R$ 240.000,00

No mês de janeiro, a empresa vendeu metade de seu estoque por R$ 160.000,00, o que é considerado relevante. Do valor, metade será recebida em 30 dias, e a outra metade, em 60 dias.
A empresa considera a taxa para desconto a valor presente de 4% ao mês. Além disso, estima o risco de inadimplência de 2%.
Considerando que essa foi a única transação de janeiro, o valor do Patrimônio Líquido da empresa em 31/01/2013, de acordo com a legislação societária, era, aproximadamente, de

Alternativas
Comentários
  • Vim aqui correndo atrás desta questão em especial e não há uma explicação, socorro!

  • Descobri a resposta da FGV pra esta questão
    Receita a valor presente (arredondando centavos):
    30 dias = $80.000 / 1,04 = $ 76.923,00
    60 dias = $80.000 / (1,04 x 1,04) = $ 73965,00
    Receita total: $ 76.923,00 + $ 73965,00 = $ 150.888,00
    (-) Custo mercadoria vendida: ($ 100.000,00)
    (-) Ajuste para perdas com clientes ($ 3.018,00)
    Resultado $ 47.870,00
    Patrimônio Líquido: $240.000,00 + $ 47.870,00 = $ 278.870,00
  • usou juros compostos? Por quê?

  • Questão muito mal elaborada... nenhum momento informa corretamente que temos que trazer a vr presente os dois fluxos de caixa... não informa a data da venda.. apenas "vendeu em janeiro e qto eh o vr em 31 de janeiro..." loucura...

  • Diogo Neves

    Segue o trecho do CPC 12 que trata do ajuste a valor presente:

    22. A quantificação do ajuste a valor presente deve ser realizada em base exponencial "pro rata die", a partir da origem de cada transação, sendo os seus efeitos apropriados nas contas a que se vinculam


    base exponencial "pro rata die" é  mesma coisa que juros compostos.


    bons esstudos

  • Mas Renato, por que juros composto? A questão não me dá a opção de cobrar juros, o que está me dando é o desconto condicionado.

  • Fazendo pela calculadora e considerando 10 casas decimais (o máximo que essa calculadora padrão do windows permite), o resultado final seria, em verdade 289869,8224852071, o que está mais próximo da alternativa D do que da alternativa C. A alternativa C só é encontrada se você usar duas casas decimais (e arredondar para cima). Com isso, o gabarito estaria tecnicamente errado. Alguém mais chegou a essa constatação?

  • Questão complicada!!! Abaixo, o comentário dos prof. Gabriel Rabelo, Luciano Rosa e Júlio Cardoso (Estratégia) à época (consta do pdf Estratégia Sefaz-GO 2018):

    O gabarito preliminar foi a letra C. Apresentamos, a seguir, o cálculo da Douta Banca:

    Receita a valor presente (arredondando centavos):

    30 dias = $80.000 / 1,04 = $ 76.923,00

    60 dias = $80.000 / (1,04 x 1,04) = $ 73965,00

    Receita total: $ 76.923,00 + $ 73965,00 = $ 150.888,00

    (-) Custo mercadoria vendida: ($ 100.000,00)

    (-) Ajuste para perdas com clientes ($ 3.018,00)

    Resultado $ 47.870,00

    Patrimônio Líquido: $240.000,00 + $ 47.870,00 = $ 278.870,00

    Portanto, letra B.

    Justificativa em comentário a seguir....

  • Ocorre que esse cálculo é válido apenas se a venda ocorresse no dia 31 de janeiro. Se a venda ocorresse, por exemplo, no dia 01/01/2013 (única data mencionada na questão), no dia 31/01/2013 a primeira parcela já teria sido recebida (30 dias após a venda), e os juros referentes ao mês de janeiro deveriam ser apropriados ao resultado, o que iria alterar o valor do Patrimônio Líquido. A questão menciona que “No mês de janeiro, a empresa vendeu metade do seu estoque…”. Mas em que dia ocorreu a venda? Se foi em qualquer outro dia que não o dia 31/01/2013, a empresa deveria apropriar ao resultado o valor dos juros transcorridos em janeiro. Assim, a venda em 15/01/2013 (por exemplo) iria ocasionar a apropriação do resultado de juros no valor de $ 2.988,00, o que alteraria o valor do Patrimônio Líquido: $150.888 x (Raiz quadrada de 1,04) = $ 2.988. Caso a questão solicitasse “O valor do Patrimônio Líquido no momento inicial da venda” ou mencionasse que a venda ocorreu no dia 31/01/2013, o problema nessa parte do enunciado seria resolvido. Mas, tendo em vista a redação do enunciado, solicitamos a ANULAÇÃO da questão, por não informar o dia da venda, o que é essencial à resolução.

    Há outro problema nessa questão, que passamos a analisar a seguir. A questão informa que “…estima o risco de inadimplência de 2%”. E considera, na resposta preliminar, o Ajuste para Perdas Prováveis com Clientes no valor de $3.018,00. Se a empresa tivesse muitos clientes, o cálculo poderia ser aceito. Mas o enunciado informa que “essa foi a única transação de janeiro”. Assim, a empresa tem UM cliente, com 2% de possibilidade de risco de inadimplência e 98% de chance de quitar seu débito. Nessa situação, não tem o menor sentido constituir o ajuste. Ou bem o único cliente paga ou bem o único cliente não paga o débito. Como o risco de inadimplência do único cliente é pequeno (2%), o ajuste não deve ser contabilizado, sob pena de constituir “reserva oculta”, incompatível com a neutralidade da informação contábil, conforme o Pronunciamento Conceitual Básico do CPC (R1): “A característica prudência (conservadorismo) foi também retirada da condição de aspecto da representação fidedigna por ser inconsistente com a neutralidade. Subavaliações de ativos e superavaliações de passivos, segundo os Boards mencionam nas Bases para Conclusões, com consequentes registros de desempenhos posteriores inflados, são incompatíveis com a informação que pretende ser neutra.” Nesse caso, considerando que a venda ocorreu em 31/01/2013 e sem constituir o ajuste para perdas, a resposta seria a letra E. Apesar dos erros de enunciado da questão, a Turrona Banca não aceitou os recursos e manteve o gabarito.

  • Segundo o CPC 12, o desconto a valor presente é requerido quer se trate de passivos contratuais, quer se trate de passivos não contratuais, sendo que a taxa de desconto necessariamente deve considerar o risco de crédito da entidade. Assim, a taxa de desconto a valor presente de 4% ao mês já contempla, em minha opinião, o risco de inadimplência de 2%. Assim, o gabarito mais próximo seria a letra D.