O OFF pode ser tanto a omissão da fonte, quanto à informação de fonte que deseja que o conteúdo não seja publicado. Na maioria dos casos, provavelmente, a questão estará se referindo a omissão da fonte, já que a prática de solicitar a não publicação de determinado assunto, por parte da fonte, não é recomendada pela maioria dos manuais de media training. O problema reside no fato de que uma vez que o jornalista esteja com a informação repassada, dependendo de quão importante ela seja, a publicação pode tornar-se irresistível.
Junte a este caldeirão a não obrigatoriedade do diploma no Brasil e você terá dilemas éticos interessantes. Segue trecho de publicação do observatório da imprensa que ilustra bem a problemática.
"Outra história de repercussão intensa no meio jornalístico, protagonizada por nosso homem. Ele decidiu por conta própria não respeitar uma revelação em off – uma instituição sagrada do jornalismo, qual seja a de não publicá-la, num compromisso tácito equivalente ao do padre confessor da Igreja Católica – que obteve do deputado José Janene, do PP, envolvido no mensalão do valerioduto. Em sua coluna na Veja, transcreveu o teor da conversa que teve com o parlamentar, quando o dito-cujo entregou o deputado cassado José Dirceu. O ex-chefe da Casa Civil de Lula, segundo a inconfidência de Janene, de fato cooptava deputados para votar a favor dos projetos de interesse do governo Lula. ‘Eu imaginei que o Janene não fosse falar comigo. Ele falou porque queria me usar como garoto de recados. Outros repórteres são obrigados a fazer esse papel, para manter fontes, para conseguir interlocutores políticos. Eu não tenho o menor interesse em ter interlocutor político de qualquer partido. A minha coluna não se baseia nisso’, explicou-se Mainardi na entrevista referida lá em cima."
Disponível em http://observatoriodaimprensa.com.br/entre-aspas/o-estado-de-s-paulo-31381/