SóProvas


ID
1481368
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de São José do Rio Preto - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Deve-se fazer de tudo para ser feliz? Essa foi a pergunta escolhida para ser um dos temas da dissertação de filosofia do baccalauréat deste ano - o exame de conclusão do equivalente ao ensino médio na França e que dá acesso à universidade. A primeira intenção, bastante evidente, era pôr o estudante diante de um dilema ético sobre as escolhas a serem feitas na busca da realização de ambições e desejos. Ou melhor, sobre os limites das iniciativas a serem tomadas nesse sentido. A vida mostra que há quem os tenha mais estreitos, mais largos, ou mesmo quem só aparente tê-los, na fronteira da psicopatia. Mas a pergunta aos alunos franceses embute uma segunda discussão: afinal de contas, o que é a felicidade?

Na filosofia do alemão Arthur Schopenhauer, tido como o arauto do pessimismo, podemos encontrar uma das melhores compreensões do que seja a felicidade. Entre as cinquenta regras que se encontram esparsas pela obra do filósofo, destacam-se três:

Primeira: estar ciente de que só a dor é verdadeira. Ou seja, não requer nenhuma ilusão acessória para existir. Usufruir um presente sem dor, em vez de procurar o prazer num futuro improvável, é já uma forma de ser feliz, por mais que isso possa parecer sem graça aos olhos da civilização hedonista. “O homem sábio não aspira ao deleite, e sim à ausência de sofrimento”, escreveu Schopenheuer, citando o grego Aristóteles.

Segunda: evitar a inveja: ela tortura quem a nutre e, por esse motivo, causa infelicidade. “Você nunca será feliz enquanto se torturar por alguém ser mais feliz”, resumiu Sêneca. A crueldade apontada por Schopenhauer: “E, no entanto, nós estamos constantemente preocupados em despertar inveja”

Terceira: ser fiel a si próprio. Seguir as características e os pensamentos que o forjaram, assim como aceitar as suas limitações, é essencial para o indivíduo resguardar-se de frustrações. Trata-se de algo difícil, porque não raro somos tentados a enveredar por caminhos estranhos a nós mesmos, mais adaptados às condições de quem invejamos. Diz o filósofo alemão: “Quando reconhecemos, claramente, e de uma vez por todas, nossas qualidades e forças, bem como nossos defeitos e fraquezas, conseguimos fixar os nossos objetivos e nos resignamos com o inatingível. Escapamos, dessa maneira, à mais terrível de todas as dores: a insatisfação com nós mesmos, essa insatisfação que é a consequência inelutável da ignorância da própria individualidade”.

(Mario Sabino, A arte de ser feliz, Veja, 23.07.2014. Adaptado)

Segundo a norma-padrão, o pronome da expressão destacada nas alternativas pode ser colocado antes ou depois do verbo em:

Alternativas
Comentários
  • Alternativas A C e D:- Palavra invariável, pronome atrativo

    Alternativa E:- Não poderia começar com o pronome, o pronome não pode iniciar frases.

    Alternativa B.


  • Alguém sabe explicar por que o pronome pode estar antes do verbo na alternativa B?

  • Caso facultativo (próclise ou ênclise):

    Infinitivo não flexionado precedido de “palavras atrativas” ou das preposições “para,

    em, por, sem, de, até, a”.

    – Meu desejo era não o incomodar. / Meu desejo era não incomodá-lo.

    Fonte: Fernando Pestana (A Gramática para Concursos Públicos).


  • Qual o erro na D?


  • Acho que o erro da d) é a negativa "nunca" que pede necessariamente a enclise.

  • Daniel Marques, não seria próclise?

  • Sim, confundi os nomes.

  • INFINITIVO TANTO FAZ.

  • Qual é o erro da alternativa "D"?

    Você nunca será feliz enquanto se torturar por alguém ser mais feliz.

    Se ENQUANTO é uma conjunção subordinativa, é, portanto, palavra atrativa.

    Porém, o verbo está no infinitivo, sendo portanto um caso de ênclise facultativa.

     

    Segundo o Prof. Dr. Agnaldo Martino, do Curso LFG Online,  palavras atrativas podem ser advérbios, pronomes e conjunções subordinativas. E o uso da ênclise é facultativo mesmo que haja palavra atrativa.

  • O uso da ênclise é facultativo mesmo que haja palavra atrativa?

  • I'm Two, palavra nunca tem sentido negativo, portanto é uma palavra atrativa.

  • Eu também marquei letra D, sendoque não tem nada haver com a palavra negativa porque ela está a anos luz do pronome. Eu fui pelo fato de ser uma locução , sendo que lembrando melhor, o por da frase não é  verbo, e o enquanto é palavra atrativa também se não me engano.

     

    Indiquei para comentário.

  • Para mim a B e a D estão corretas, já que com o verbo no infinitivo não flexionado, mesmo havendo palavra ATRATIVA, é sempre possível a próclise ou a ênclise. Estou na mesma situação do  colega I'm Two.

  • SOBRE A QUESTÃO D.

    Hierarquia dos casos de Colocação pronominal

    1°_ Casos Proibidos. (Prevalecem sobre as demais)

    2°_ Casos Obrigatórios.( Incluem as palavras atrativas)

    3°_ Casos Facultativos.

    A letra d está errada, porque pela hierarquia os casos obrigatórios prevalecem sobre os facultativos.

    ENQUANTO_ É palavra atrativa (ORAÇÃO SOBORDINATIVA DE TEMPO)  PRÓCLISE OBRIGATÓRIA.

     

  • A) "que" é atrativo = próclise.
    B) Não se tem fator de próclise, então o pronome oblíquo átono pode estar enclítico ou proclítico.
    C) "quem" é pronome indefinido = próclise.
    D) "enquanto" é um conjunção subordinativa temporal = próclise.
    E) Utiliza-se ênclise no início de frase.

  • Mas na B, não é obrigatória a ênclise? Pois se trata de verbo no infinitivo.

  • Preposição + verbo no infinitivo = pode ser próclise ou ênclise

     

     

  • Ao meu ver existem duas questões correta, mesmo existindo uma conjunção na alternativa D como torturar está no infinitivo passa a ser facultativa

  • @AlexandreCale, tem de se atentar que essa é a posição de uma parte dos gramáticos, não é unânime. Há - gramáticos - que sustentam a tese de que quando houver infititivo, tanto faz... INDEPENDENTEMENTE de fator atrativo. Algumas considerações sobre a questão:

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    1) Prova Objetiva, há somente uma resposta. Quando não, nem precisa esquentar a cabeça.

    2) A letra B é a que não há discordância, ou seja: Vá na menos polêmica. 

  • tem-se duas alternativas corretas, letra B e a D, embora a D tenha atrativo ela também é facultativa nesse caso o uso da próclise e ênclise, isso porque o verbo esta no infinitivo e mesmo que haja atrativos é facultado em verbos no infinitivo tanto próclise quanto ênclise