SóProvas


ID
1481374
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de São José do Rio Preto - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Deve-se fazer de tudo para ser feliz? Essa foi a pergunta escolhida para ser um dos temas da dissertação de filosofia do baccalauréat deste ano - o exame de conclusão do equivalente ao ensino médio na França e que dá acesso à universidade. A primeira intenção, bastante evidente, era pôr o estudante diante de um dilema ético sobre as escolhas a serem feitas na busca da realização de ambições e desejos. Ou melhor, sobre os limites das iniciativas a serem tomadas nesse sentido. A vida mostra que há quem os tenha mais estreitos, mais largos, ou mesmo quem só aparente tê-los, na fronteira da psicopatia. Mas a pergunta aos alunos franceses embute uma segunda discussão: afinal de contas, o que é a felicidade?

Na filosofia do alemão Arthur Schopenhauer, tido como o arauto do pessimismo, podemos encontrar uma das melhores compreensões do que seja a felicidade. Entre as cinquenta regras que se encontram esparsas pela obra do filósofo, destacam-se três:

Primeira: estar ciente de que só a dor é verdadeira. Ou seja, não requer nenhuma ilusão acessória para existir. Usufruir um presente sem dor, em vez de procurar o prazer num futuro improvável, é já uma forma de ser feliz, por mais que isso possa parecer sem graça aos olhos da civilização hedonista. “O homem sábio não aspira ao deleite, e sim à ausência de sofrimento”, escreveu Schopenheuer, citando o grego Aristóteles.

Segunda: evitar a inveja: ela tortura quem a nutre e, por esse motivo, causa infelicidade. “Você nunca será feliz enquanto se torturar por alguém ser mais feliz”, resumiu Sêneca. A crueldade apontada por Schopenhauer: “E, no entanto, nós estamos constantemente preocupados em despertar inveja”

Terceira: ser fiel a si próprio. Seguir as características e os pensamentos que o forjaram, assim como aceitar as suas limitações, é essencial para o indivíduo resguardar-se de frustrações. Trata-se de algo difícil, porque não raro somos tentados a enveredar por caminhos estranhos a nós mesmos, mais adaptados às condições de quem invejamos. Diz o filósofo alemão: “Quando reconhecemos, claramente, e de uma vez por todas, nossas qualidades e forças, bem como nossos defeitos e fraquezas, conseguimos fixar os nossos objetivos e nos resignamos com o inatingível. Escapamos, dessa maneira, à mais terrível de todas as dores: a insatisfação com nós mesmos, essa insatisfação que é a consequência inelutável da ignorância da própria individualidade”.

(Mario Sabino, A arte de ser feliz, Veja, 23.07.2014. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a concordância verbal está de acordo com a norma-padrão.

Alternativas
Comentários
  • Qual o erro da E ?

  • Erro da E: tratar-> verbo transitivo Indireto, pois quem trata, trata "de" algo. Logo, se é um VTI a partícula "se" é um índice de indeterminação do sujeito (IIS) e deve ficar no singular.

  • Gostaria de saber qual o erro da D) 

  • D:

    "Sentimentos como a inveja torturam quem os nutrem."
    O erro é o "nutrem" estar no plural. O sujeito de nutrem é "quem", portanto ele deveria estar no singular. O correto seria: "Sentimentos como a inveja torturam quem os nutre." - Os sentimentos torturam quem nutre os sentimentos.

  • a) Em busca da felicidade, fazem-se quaisquer esforços.(gabarito) esforços são feitos

    b) Tais propostas de dissertação sempre expõe os estudantes a dilemas.(expõem)
    c) A vida mostra que existe pessoas que têm limites mais estreitos. (existem)

    d) Sentimentos como a inveja torturam quem os nutrem (nutre)

    e)  Ser fiel a si mesmo e aceitar as limitações: tratam-se de coisas difíceis. (trata-se)

    Item A

  • a) Em busca da felicidade, fazem-se quaisquer esforços.(gabarito) esforços são feitos (verbo COM trandistividade DIRETA + se = particula apassivadora, logo conjuga-se de acordo com o sujeito)

    b) Tais propostas de dissertação sempre expõe os estudantes a dilemas.(expõem) (questão so de conjugação verbal: expõe 3 do singular; expõem 3 do plural)
    c) A vida mostra que existe pessoas que têm limites mais estreitos. (existem) (quem existe ? as pessoas. então: as pessoas existem)

    d) Sentimentos como a inveja torturam quem os nutrem. Aqui eu acho que deve ser olhado com um pouco mais de atenção. Veja que eles nutrem os sentimentos. Então eu acho que quanto a isso a frase está certa. O erro é dizer que a inveja torturam. se o sujeito de torturar é inveja, ou os dois vão para o plural ou os dois no singular, logo: a inveja tortura.

    e)  Ser fiel a si mesmo e aceitar as limitações: tratam-se de coisas difíceis. (trata-se) (verbo SEM transitividade DIRETA + se é índice de indeterminação do sujeito, logo não varia).

    Item A

     

  •  

    entendo que a dúvida em relação a letra "d" está na regra "O sujeito é o pronome relativo "quem" - o verbo pode ficar na 3ª pessoa do singular ou concordar com o antecedente do pronome.", logo que ele pode ficar no singular está claro, mas analisando a segunda premissa da regra citada, que diz que também pode concordar com quem antecede, também estaria correto o mesmo estar no plural, visto que o sujeito que antecede é "sentimentos". estou certo?

  • A) Gabarito
    B) expõem
    C) existem
    D) Com o pronome quem, o verbo fica na 3a pessoa do singular ou concorda com o antecedente.
    E) Trata-se de (índice de indeterminação do sujeito)

  • Quanto a última alternativa:

    Ser fiel a si mesmo e aceitar as limitações: tratam-se DE coisas difíceis.

     

    A preposição DE faz com que o verbor TRATAR fique no singular.

     

    Trata-se de coisas difíceis.

    Precisa-se de ajudantes.

    Necessita-se de voluntários.

    Acredita-se em coisas novas.

     

    Resumindo: As preposições deixam os verbos no singular, pois se trata de sujeito indeterminado.

     

    Agora, se não houver preposição, o verbo concorda com o sujeito:

     

    Vendem-se casas.

    Compram-se imóveis.

    Alugam-se quartos.

     

  • Basicamente o erro da alternativa (d) está de acordo com o fato de o verbo não estar concondando com o sujeito ´quem`.

    Parece soar estranho, mas o verbo sempre vai concordar com a palavra que resume as outras, por exemplo:

    João, Paulo, José, ninguém CHEGOU no horário combinado;

    João, Paulo, José, todos CHEGARAM no horário combinado;

    Sentimentos como a inveja torturam quem os NUTRE.

  • o erro do a LETRA D é mais do que obvio 

    oque a inveja faz ? tortura

    não torturam 
     

  • Resposta correta: A

    Erro da alternativa "D":

    O erro está no verbo "nutrem", pois o pronome "quem" esta retomando o sujeito passando então a exercer a função de sujeito da oração. Quando isso acontece tem duas regras: Ou o verbo vai concordar com o termo antecedente ou vai concordar na 3ª pessoa do singular. A minha dúvida era que olhando para o termo antecedente "torturam" a frase estaria correta. Só que ao refletir por algum tempo já que não estava convencido das respostas do pessoal, percebi o meu erro. O pronome quem só retoma substantivo ou pronome, portanto no caso o termo antecedente era "inveja" levando o verbo para o singular "NUTRE".

    Espero ter ajudado alguém!

  • O correto é: Os sentimentos como a inveja torturam quem os NUTRE

    O verbo fica no singular para concordar com o sujeito QUEM

    Nesse caso, o pronome quem não está retomando algum outro termo da oração, e por isso não poderia concordar com o antecedente

  • Basta trocar a frase: fazem-se quaisquer esforços > Quaisquer esforços são feitos

  • Em todas as alternativas o verbo combina com o sujeito, exceto na última que o sujeito é indeterminado pela partícula SE. Na primeira alternativa o SE é partícula apassivadora, logo o sujeito da oração é o agente da passiva "quaisquer esforços"

  • Quaisquer esforços são feitos: Voz passiva

    Eles fazem quaisquer esforços: Ativa

  • Lembre-se de que o pronome relativo ''quem'' determinará a flexão do verbo, EXCETO, se existir algum pronome antecessor a ele.

    EX:

    Nós quem os nutrimos

    Nós quem os nutre

    Logo aqui temos uma concordância facultativa, como não há um pronome antecedendo-o, o verbo fica na 3 pessoa do singular.

    GAB: A

    APMBB