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ID
1488397
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
ANATEL
Ano
2014
Provas
Disciplina
Jornalismo
Assuntos

Acerca das práticas do jornalismo digital, julgue o item a seguir.

Uma das práticas emergentes do novo ecossistema midiático é o gatewatching, que trata da função jornalística de fiscalização dos poderes por meio das tecnologias digitais.

Alternativas
Comentários
  • Errado.

    Gatewatching é um conceito jornalístico para edição. Enquanto no Gatekeeping o "porteiro" da redação é responsável pela filtragem da notícia, no Gatewatching, o espaço, que antes era limitado, passa a ter a participação de qualquer internauta na escrita das notícias. O conceito de Gatewatching surgiu paralelamente a revolução tecnológica trazida pela Internet.


    O gatekeeper é a função de “selecionador” do que pode ser ou não noticia para um meio. Esse "guardião do portão das informações" consiste numa equipe, a qual é guiada pelo editor do jornal que deve, por sua vez, seguir preceitos profissionais do jornalismo no lugar de suas ideias pessoais. Neste âmbito surgiu o papel do gatewatching que é um processo que ocorre praticamente em real-time, com respostas prontas e opinativas, na maior parte das vezes. A multiplicação de canais de informação disponíveis hoje em dia mostra que esta é uma mudança sem volta. E que permite um aumento também das audiências, que se tornam seletivas e voltadas para sites específicos, de acordo com o gosto e o interesse de cada um. São comunidades on-line que compartilham os mesmos temas e transformam os usuários em novos produtores de notícias e informações, segundo Axel Bruns. Em suma, o público tem invertido a relação de seleção e o processo de observação dos acontecimentos e o usuário passou a ser mais participativo.

    Fonte: Wikipedia.org

  •  

    Gatekeeping, gatewatching, realimentação em tempo real: novos desafios para o Jornalismo

     

    Faz vários anos que se sabe como os blogueiros e outros comentaristas on-line independentes criticam, corrigem, e de outra maneira desafiam o jornalismo convencional, porém isto ainda não foi plenamente aceito pelos jornalistas; as hostilidades entre as empresas de mídia e a nova geração de jornalistas cidadãos continuam a irromper de vez em quando.

     

    O antigo monopólio de gatekeeping mantido pela mídia de massa tem sido desafiado pela nova prática de gatewatching: feita pelos blogueiros individuais e pelas comunidades de comentaristas que podem não fazer reportagem das notícias de primeira mão, porém fazem a curation e avaliam as notícias e outras informações fornecidas pelas fontes oficiais, e assim prestam um serviço importante. E isto ocorre atualmente com cada vez mais rapidez, quase em tempo real: usando as redes sociais mais recentes, que divulgam, compartilham, comentam, questionam e desacreditam as matérias noticiosas dentro de minutos, e usando plataformas adicionais que possibilitam a colaboração ad hoc rápida e eficaz entre os usuários.

     

    Quando centenas de voluntários podem provar dentro de alguns poucos dias que um ministro alemão foi culpado de plágio sério, quando o mundo inteiro fica sabendo de terremotos e tsunamis pelo Twitter – como é que o jornalismo consegue acompanhar tudo isto?

     

    https://bjr.sbpjor.org.br/bjr/article/view/342

  • Gatewatching

    O conceito foi elaborado por Axel Bruns e se refere à prática de observar os portões de saída dos meios de comunicação tradicionais e de outras fontes de forma a identificar conteúdos importantes assim que são disponibilizados.

    A função de Gatewatching pode ser exercida pelos meios de comunicação, pelos jornalistas e pelos usuários. O Gatewatcher é um gestor de conteúdo, que acompanha e observa a informação que passa por vários meios de comunicação. A função da observação não é exclusividade do jornalista porque o jornalismo colaborativo aniquilou a visão altiva dese profissional. Blogueiros, comentaristas e jornalistas realizando curadoria atuam como gatewatchers ao contextualizarem ou mostrarem pontos de vista.

    Karerine Miracelly Rocha da Cunha em Dicionário da Comunicação, Ciro Marcondes Filho, p. 209