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ID
1496650
Banca
IFC
Órgão
IFC-SC
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“Foi dessa forma que escolhi um lugar banal e uma história comum. Santena é uma pequena aldeia e Giovan Batista Chiesa é um tosco padre exorcista. Entretanto, é exatamente esta cotidianidade de uma situação vivida por um grupo de pessoas envolvidas em acontecimentos locais mas, ao mesmo tempo, interligadas a fatos políticos e econômicos que fogem a seu controle direto, a nos colocar problemas bem interessantes no que concerne às motivações e estratégias da ação política. O que espero tenha me permitido mostrar, onde aparentemente nada há, não é uma revolta aberta, nem uma crise definitiva, uma heresia profunda, ou uma inovação extraordinária, e sim a vida política, as reações sociais, as regras econômicas e as reações psicológicas de uma cidadezinha comum. São, enfim, as estratégias cotidianas de um fragmento do mundo camponês (...)”
                                                                        (LEVI, G. A herança imaterial: trajetória de um exorcista no Piemonte do século XVII.
                                                                                                                        Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000. pp 46-47)

O trecho acima foi extraído do livro de Giovanni Levi. Tal obra está inserida num determinado contexto de produção do conhecimento histórico. Portanto, representa uma abordagem historiográfica específica, qual?

Alternativas
Comentários
  • O próprio nome da obra de Livi já denuncia a Micro-história.

  • Se a resposta fosse a alternativa c (Nova História Cultural), não estaria errada. Na minha opinião, a questão possui duas respostas possíveis. 

    A Nova História estimula a ampliação do campo de conhecimento histórico, alargando seus objetos e estimulando a problematização do passado. No caso em questão, uma história do cotidiano...

  • Falou em "fragmento", lembre-se de Michel Foucault e da micro-história. Poder-se-ia suspeitar dos Annales. Mas esses, embora também contemporâneos e niilistas, eram mais abrangentes e sociais. A micro-história, de Foucault, tem mais a ver com o individual e com o fragmentado, o micro