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Questões de Fundamentos da História : Tempo, Memória e Cultura


ID
283588
Banca
FUNIVERSA
Órgão
IPHAN
Ano
2009
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Constituem o patrimônio cultural brasileiro

I obras, objetos, documentos e edificações destinados a manifestações artísticas e culturais.
II criações artísticas, científicas e tecnológicas.
III modos de criar, fazer e viver.
IV sítios de valor paisagístico.
V formas de expressão.

A quantidade de itens certos é igual a

Alternativas
Comentários
  • Letra E

    CF/88, Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:

    I - as formas de expressão;

    II - os modos de criar, fazer e viver;

    III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;

    IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais;

    V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.

  • Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:

     

    I - as formas de expressão;

    II - os modos de criar, fazer e viver;

    III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;

    IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais;

    V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.


ID
477667
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEPLAG-DF
Ano
2008
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A propósito do conceito de longa duração e de
interdisciplinaridade da história, julgue os itens a seguir.

A aptidão experimental do trabalho histórico exige, muitas vezes, conhecimento de técnicas e ciências correlatas e outras disciplinas que possam colaborar para a elucidação das explicações na história.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: CERTO

    Atualmente não é possível pensar a História separada de outras ciências auxiliares, essas auxiliam o trabalho do historiador visando a melhor explicação possível dos fatos históricos.


ID
722908
Banca
UECE-CEV
Órgão
UECE
Ano
2011
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Analise o excerto a seguir:

“Há múltiplas histórias a serem contadas já que os grupos sociais, étnicos, sexuais, generacionais, de baixo ou de cima, se constituem de maneiras diversas, mas têm diferentes modos de narrá-las. A História pode mostrar formas diferentes de pensar, de organizar a vida, de problematizar, vivenciadas por outras sociedades, em outros momentos históricos”. 

RAGO, M.L. “Estudo reavalia rumo da escola dos Annales”. In: O Estado de São Paulo, São Paulo, 11-06-2000, D2.

Segundo a autora, a História é

Alternativas

ID
807478
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2012
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Segundo João Eurípedes Franklin Leal, a Paleografia é o estudo técnico de textos antigos, na sua forma exterior, que compreende o conhecimento dos materiais e instrumentos para escrever a história da escrita e a evolução das letras, objetivando sua leitura e transcrição. Ao transcrever um documento manuscrito, qual dos procedimentos abaixo NÃO deve ser seguido?

Alternativas

ID
949459
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

As ruínas do povoado de Canudos, no sertão norte da Bahia, além de significativas para a identidade cultural dessa região, são úteis às investigações sobre a Guerra de Canudos e o modo de vida dos antigos revoltosos.

Essas ruínas foram reconhecidas como patrimônio cultural material pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) porque reúnem um conjunto de

Alternativas
Comentários
  • Esta questão não é muito fácil e exige conhecimento do que são “práticas e representações” de uma sociedade (Para maiores esclarecimentos a obra fundamental é a de Roger Chartier, “ Entre práticas  e Representações” ), qual a diferença entre objetos arqueológicos e acervos museológicos, expressões e técnicas de uma sociedade extinta. Além disso é necessa´rio que se tenha um mínimo conhecimento acerca da Revolta de Canudos, acontecida no interior da Bahia, no início do período Republicano ( final do século XIX) , não só como oposição à uma República Laica e aristocrática como tambpem como reação à miséria e às péssimas condições de vida do campesinato local.
                    Sabendo-se que pouco ou muito pouco sobrou da Vila de Canudos e que seus habitantes eram iletrados podemos eliminar as opções B e C. Como  a sociedade local foi arrasada e vestígios de técnica foram destruídos pela construção da represa de Sobradinho,  a única opção que responde corretamenet à questão é a A
  • A Guerra de Canudos foi um dos primeiros e mais importantes movimentos messiânicos a eclodir no Brasil no final do século XIX. Ocorrido em um contexto de revoltas populares na primeira república, representa uma fase importantíssima da história do Brasil. Dessa maneira, a conservação de sua memória é essencial e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN tem como função preservá-lo. Assim, a conservação de objetos arqueológicos e paisagísticos são essenciais como fonte histórica para preservação de memória e produção de pesquisas de um povoado que foi praticamente destruído no período.

    resposta letra a

  • Arqueologia é a disciplina científica que estuda as culturas e os modos de vida do passado a partir da análise de vestígios materiais.

  • Muito bom comentário Kathia. Esclarecedor. 

  • Alguém pra disponibilizar algum site que explice o a definição de objetos arqueológicos,paisagísticos,acervos museológicos e bibliográficos?

  • Essa questão forçou né? Pra mim todas, exceto a E, estão certas kkkkk

  • Galera, pra quem achou difícil, e de fato era, é só estudar a diferença de patrimônio cultural material e patrimônio cultural imaterial, existe uma diferença, pelo nome, "material" e "imaterial", já da de entender...

    A questão fala que as ruínas foram decretadas como patrimônio cultural material ... Sabendo disso você já elimina a "D" e a "E", porque essas são caracterizadas como patrimônio "imaterial" e não material... Queremos só o que é material, logo fica a letra A, B e C.

    Ora, se são "ruínas" , não existe um "núcleo urbano" e muito menos "acervos museológicos e bibliográficos", poxa, são ruínas, já elimina a letra C e a letra B...

    Fica a letra A, que está correta e expressa bem o contexto do enunciado, pois as ruínas históricas são podem sim servir de objetos arqueológicos e as paisagens de Canudos também caracterizam a cultura material.

    Essa questão exige mais sobre conhecimento do que é patrimônio histórico, cultural (material x imaterial) do que o assunto da guerra de Canudos em si.

  • Realmente, Lucas, nem percebi o fato de que o comando da questão pede patrimônio cultural material.

  • Letra A

    ...Reconhecidas como patrimônio cultural material...

    A conservação de objetos arqueológicos e paisagísticos sao essenciais como fonte histórica para preservação de memoria e produção de pesquisas de um povoado que foi praticamente destruído no período.

  • O Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) classifica as ruínas de Canudos nos termos em que foi formulada a alternativa A. Todavia, a referência feita pelo enunciado ao “modo de vida dos antigos revoltosos” pode remeter à alternativa D, que menciona “práticas e representações de uma sociedade” – aliás, bastante peculiar, em decorrência de sua religiosidade exacerbada e da liderança messiânica exercida por Antônio Conselheiro. (Comentário curso Objetivo)

  • não importa quantas vezes eu faça essa questão eu SEMPRE erro

  • qst q precisa atentar-se d+ aos detalhes: a palavra chave é PATRIMONIO CULTURAL MATERIAL

    letra A

  • DETALHES DA QUESTÃO:

    • patrimônio cultural material
    • Patrimônio Histórico e Artístico

    Ou seja, tem que apresentar aspectos históricos, artísticos e materiais (tudo que é concreto e eu posso tocar)

    sendo assim:

    A) objetos arqueológicos e paisagísticos.- CORRETO: "ruinas do povoado de canudos" é o que sobrou de construções arqueológicas e paisagísticas de canudos, devido, principalmente, á diversas guerras que aconteceram no local. Se trata de um patrimônio material: palpável / artístico: construções arqueológicas./ cultural: mostram o modo de vida dos antigos revoltosos pelo estado das construções / histórico: remetem a um período da historia.

    B) acervos museológicos e bibliográficos. -ERRADO: uma acumulação de objetos museológicos e bibliográficos não representam ruinas de uma cidade. Além disso, objetos bibliográficos muitas vezes não são conteúdos materiais, e, sim, imateriais.

    C) núcleos urbanos e etnográficos. - ERRADO: núcleo urbano é uma cidade principal que polariza outras, muitas vezes uma metrópole. Estamos lidando com ruinas. Além disso, não é por isso que elas foram reconhecidas como patrimônio cultural material. Se fosse só por isso, qualquer núcleo urbano poderia ser considerado um patrimônio

    D) práticas e representações de uma sociedade. -ERRADO: representações e práticas de uma sociedade são patrimônios imateriais

    E)expressões e técnicas de uma sociedade extinta.- ERRADO: novamente, expressões e técnicas não são patrimônios materiais.

  • Entenda o pq do erro Geison que vc nunca mais errará


ID
1300504
Banca
FGV
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2014
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Assinale a opção que caracteriza corretamente o papel das fontes na construção do conhecimento histórico.

Alternativas
Comentários
  • Resposta correta: Letra D- Sim, as fontes históricas mostram como as sociedades se viam, como se enxergavam

    Letra A- Incorreta, pois as fontes históricas não são apenas vestígios e sim importantes documentos ou objetos que os historiadores utilizam para registrar sobre o passado.( Percebam que quando limitam a questão torna-se errada, nesse caso limitou-se com a palavra APENAS)

    Letra B- Incorreta, os historiadores não consideram somente os documentos oficiais e sim todos o tipo de fonte, seja ela imaterial (relatos narrados por pessoas mais velhas) ou fontes materiais (pinturas, esculturas, vestimentas, cerâmica, fósseis, etc) e as fontes escritas (documentos, cartas, leis, etc). Todas essas são fontes críveis, ou seja, fontes acreditáveis, prováveis. (Limitou novamente com a palavra APENAS)

    Letra C- Incorreta, pois não é a crítica que vai garantir que o relato seja verdadeiro ou não e sim a comprovação com documentos ou fontes materiais.

    Letra E -Incorreta, pois as fontes literárias tornam o conhecimento histórico MAIS objetivo, eles documentam a historicidade da experiência humana


ID
1417081
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Câmara dos Deputados
Ano
2014
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Tendo em vista que, no cenário contemporâneo, apesar da hibridização sociocultural e da consequente banalização dos artefatos, os públicos interessam-se pelas paisagens históricas devido ao fato de elas serem consideras um dos fundamentos da construção de identidades, julgue os itens subsequentes.

Houve uma tendência, no Brasil da década de 30 do século XX, a se pensar a nação como produto cultural de uma elite, em detrimento dos símbolos da formação de territórios híbridos representantes da totalidade de seus construtores.

Alternativas
Comentários
  • você não foi o único que não entendeu nada.
  • A pessoa que passou nessa prova de Consultor Legislativo é minha coach kkk.

  • Gostaria que a professora Eulália explicasse essa questão, não compreendi ela.
  • De maneira simplista e rápida, o enunciado está dizendo que na década de 30 a tendência no Brasil era ver a formação da cultura do país como algo construído a partir dos valores da elite (branca, de influência europeia-basta lembrar do Rio de Janeiro desde o finalzinho do século XIX e sua tentativa de tornar a capital com a Paris, expulsando as populações pobres do centro da cidade, derrubada de cortiços etc.). É nessa época também que se vê a teoria do "embranquecimento", portanto, homogeneização do povo brasileiro (e não pluralidade cultural -indígena, negra, migratória etc.).

    GABARITO: CERTO.

  • Questão muito abstrata. Acertei porque a entendi como referência ao ultranacionalismo de Vargas


ID
1496650
Banca
IFC
Órgão
IFC-SC
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“Foi dessa forma que escolhi um lugar banal e uma história comum. Santena é uma pequena aldeia e Giovan Batista Chiesa é um tosco padre exorcista. Entretanto, é exatamente esta cotidianidade de uma situação vivida por um grupo de pessoas envolvidas em acontecimentos locais mas, ao mesmo tempo, interligadas a fatos políticos e econômicos que fogem a seu controle direto, a nos colocar problemas bem interessantes no que concerne às motivações e estratégias da ação política. O que espero tenha me permitido mostrar, onde aparentemente nada há, não é uma revolta aberta, nem uma crise definitiva, uma heresia profunda, ou uma inovação extraordinária, e sim a vida política, as reações sociais, as regras econômicas e as reações psicológicas de uma cidadezinha comum. São, enfim, as estratégias cotidianas de um fragmento do mundo camponês (...)”
                                                                        (LEVI, G. A herança imaterial: trajetória de um exorcista no Piemonte do século XVII.
                                                                                                                        Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000. pp 46-47)

O trecho acima foi extraído do livro de Giovanni Levi. Tal obra está inserida num determinado contexto de produção do conhecimento histórico. Portanto, representa uma abordagem historiográfica específica, qual?

Alternativas
Comentários
  • O próprio nome da obra de Livi já denuncia a Micro-história.

  • Se a resposta fosse a alternativa c (Nova História Cultural), não estaria errada. Na minha opinião, a questão possui duas respostas possíveis. 

    A Nova História estimula a ampliação do campo de conhecimento histórico, alargando seus objetos e estimulando a problematização do passado. No caso em questão, uma história do cotidiano...

  • Falou em "fragmento", lembre-se de Michel Foucault e da micro-história. Poder-se-ia suspeitar dos Annales. Mas esses, embora também contemporâneos e niilistas, eram mais abrangentes e sociais. A micro-história, de Foucault, tem mais a ver com o individual e com o fragmentado, o micro


ID
1514089
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Leia o texto abaixo.

A Escola dos Annales, inaugurada por Marc Bloch e Lucien Febvre, centrou-se na produção da história-problema para fornecer respostas às demandas surgidas no tempo presente. Esse grupo de historiadores insurgiu-se contra a história política, centrada em ações individuais e o poder bélico como motor da história.

(Circe Maria Fernandes Bittencourt. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2004. p. 145)

A história-problema caracteriza-se por

Alternativas
Comentários
  • A historia problema se realiza justamente pela contraposição a historia positivista. na dimensão historiográfica as problematizações do próprio acontecimento passou a viabilizar aos historiadores, a partir dos annales, a dimensão do fato historico como uma "ação" a ser construida se contrapondo a ideia de fato veridico (dado), as verdades historicas foram interrogadas e a relação sujeito/objeto abandonou o campo do objetivismo do seculo XIX, atribuindo a noção de subjetividade como aspecto fundamental na compreensão da historia.  

  • A

    buscar a compreensão das relações entre presente e passado, conferindo maior sentido ao conhecimento histórico, ao analisar as questões contemporâneas considerando diferentes momentos históricos.


ID
1514092
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Desde que a História consolidou-se como uma área do conhecimento específica, no século XIX, a concepção de tempo se alterou inúmeras vezes. Hoje, os historiadores compreendem o tempo histórico como

Alternativas
Comentários
  • D

    construção social, organizada e sistematizada pelas diferentes sociedades e responsável por ordenar aspectos como os ritmos de trabalho e lazer.


ID
1514095
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A partir do final dos anos 1970 a historiografia brasileira passou por intensa renovação, sob a influência de vários estudos, como os realizados pela chamada história social inglesa. Essa produção brasileira caracterizou-se

Alternativas
Comentários
  • B

    pelo estudo de variados grupos sociais, com foco nos chamados excluídos da história, tendo por objetivo favorecer, no tempo presente, a construção da cidadania.


ID
1564378
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Juatuba - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“Como era isso antes de eu estar aqui? Essa é uma pergunta de Jane, uma menina de quatro anos, de grande profundidade e amplitude histórica. A história é a compreensão dos atos humanos no passado, uma tomada de consciência da condição humana, uma apreciação de como os problemas humanos vão mudando no transcorrer do tempo e uma percepção de como homens, mulheres e crianças viviam e respondiam aos sucessos do passado. Mas não é só isso [...] a história busca compreender o gênero humano em todos os tempos e lugares."                                                                               

                                                                                                                                                 (Pluckhose, 1996.)

Tendo em vista a história, como ciência da investigação humana por excelência, é correto afirmar que



Alternativas
Comentários
  • Alternativa correta: d)


ID
1630615
Banca
CESGRANRIO
Órgão
IBGE
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Boa parte do famoso manual Introdução aos estudos históricos (1a edição francesa de 1897), escrito por Langlois e Seignobos, é dedicada a explicar as regras que devem ser seguidas a fim de se estabelecerem os fatos históricos. Na perspectiva da Escola Metódica formalizada por eles, os fatos históricos.

Alternativas
Comentários
  • Nessa, a memória me falhou. Tinha em mente que esse método era próximo do positivista. Fiquei na dúvida entre A e B, marcando B


ID
1630624
Banca
CESGRANRIO
Órgão
IBGE
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A história faz-se, sem dúvida, com documentos escritos, quando eles existem e, até mesmo, na sua falta, ela pode e deve fazer-se. A partir de tudo aquilo de que a engenhosidade do historiador pode lançar mão para fabricar o seu mel, na falta de flores usuais. Portanto, a partir de palavras e sinais; de paisagens e pedaços de argila; das formas de campos e de ervas daninhas; dos eclipses de lua e das coleiras de parelha; da perícia de pedras feita por geólogos e da análise de espadas metálicas por químicos. Em suma, a partir de tudo o que, pertencente ao homem, depende e está a serviço do homem, exprime o homem, significa a presença, a atividade, as preferências e as maneiras de ser do homem.
Uma grande parte – e, sem dúvida, a mais apaixonante – de nosso trabalho de historiador não consistirá no esforço constante para que as coisas silenciosas se tornem expressivas, levá-las a exprimir o que elas são incapazes de dizer por si mesmas a respeito dos homens e das sociedades que as produziram, e, finalmente, para constituir entre elas essa ampla rede de solidariedade e ajuda mútua que supre a falta do documento escrito?

Lucien Febvre [1953] Apud PROST, Antoine. Doze lições sobre a história
Belo Horizonte: Autêntica, 2008, p.77.

Para Lucien Febvre, a parte mais apaixonante do ofício de historiador é fazer com que coisas silenciosas se tornem expressivas. Para que isso seja possível, de acordo com o texto citado, é preciso:

Alternativas

ID
1630648
Banca
CESGRANRIO
Órgão
IBGE
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Em nossa inevitável subordinação em relação ao passado, ficamos [portanto] pelo menos livres no sentido de que, condenados sempre a conhecê-lo exclusivamente por meio de [seus] vestígios, conseguimos todavia saber sobre ele muito mais do que ele julgara sensato nos dar a conhecer. [É, pensando bem, uma grande revanche da inteligência sobre o dado].

BLOCH, Marc. Apologia da história ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001, p. 78.


Mas, à medida que a história foi levada a fazer dos testemunhos involuntários um uso cada vez mais frequente, ela deixou de se limitar a ponderar as afirmações [explícitas] dos documentos. Foi-lhe necessário também extorquir as informações que eles não tencionavam fornecer.

BLOCH, Marc. Apologia da história ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001, p. 95.

Analise esses textos de Bloch em relação à seguinte questão:

Como é possível conhecer do passado muito mais do que ele julgara sensato nos dar a conhecer ou ainda, como é possível a revanche da inteligência sobre o dado?

Considerando os textos, qual dentre as respostas a seguir é consistente com a questão acima?

Alternativas
Comentários
  • Para encontrar a alternativa certa é necessário atentar-se para a seguinte frase de Bloch: "Foi-lhe necessário também extorquir as informações que eles não tencionavam fornecer."

    Por isso, letra B


ID
1630687
Banca
CESGRANRIO
Órgão
IBGE
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

As verdades da história são sempre parciais, e a história é um conhecimento fundado tanto na objetividade quanto na imparcialidade.
PORQUE
Os objetos da história são construídos por um investigador que está pessoal e subjetivamente implicado em sua investigação, associada, assim, a um ponto de vista que é, em si mesmo, histórico.

Analisando as afirmações acima, conclui-se que:

Alternativas
Comentários
  • A primeira afirmativa é falsa porque não cabe ao historiador dizer a sua opinião sobre determinado assunto. A historia é uma ciência.


ID
1630720
Banca
CESGRANRIO
Órgão
IBGE
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A micro-história italiana não foi rigorosamente definida por meio de textos teóricos. É a pesquisa empírica que permite, caso a caso, identificar princípios de base, por meio dos quais os micro-historiadores podem se reconhecer.

Considerando que tais princípios existem, a micro-história NÃO é caracterizada por:

Alternativas
Comentários
  • Letra D


    ter relação com a tradição de estudos os quais apresentam o trabalho do historiador como um reflexo objetivo da realidade, reconstituída por meio de suas estruturas sociais, atribuindo importância a classes e grupos politicamente organizados.


    A análise de uma realidade (objeto de pesquisa) por meio do historiador, nunca será objetiva. É o seu ponto de vista, mediante a sua problematização, para aquela realidade. Nunca uma verdade absoluta!


ID
1649809
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEDU-ES
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Considerando a evolução sofrida pela escrita da História na contemporaneidade, especialmente após o surgimento da Escola dos Anais ou Escola Francesa, e pelos novos parâmetros que norteiam o ensino da História nos dias atuais, julgue o item que se segue.


A História tradicional costumava valorizar ao extremo a ação individual dos grandes nomes, os heróis, enfatizando a política protagonizada pelos detentores do poder.

Alternativas
Comentários
  • Resposta: CERTO

     

    Observação: ESCOLA DOS ANNALES. ( consertem o enunciado rsrs).


ID
1649812
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEDU-ES
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Considerando a evolução sofrida pela escrita da História na contemporaneidade, especialmente após o surgimento da Escola dos Anais ou Escola Francesa, e pelos novos parâmetros que norteiam o ensino da História nos dias atuais, julgue o item que se segue.


A Nova História estimula a ampliação do campo de conhecimento histórico, alargando seus objetos e estimulando a problematização do passado.

Alternativas

ID
1649815
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEDU-ES
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Considerando a evolução sofrida pela escrita da História na contemporaneidade, especialmente após o surgimento da Escola dos Anais ou Escola Francesa, e pelos novos parâmetros que norteiam o ensino da História nos dias atuais, julgue o item que se segue.


O que se pretende hoje, na sala de aula, é transformar cada aluno em autêntico historiador, alguém capaz de dominar as técnicas de pesquisa histórica.

Alternativas
Comentários
  • Há grande diferença em fornecer os meios para o desenvolvimento de um Historiador e ter isso como um objetivo que abraça todo o coletivo discente.


ID
1649818
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEDU-ES
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Considerando a evolução sofrida pela escrita da História na contemporaneidade, especialmente após o surgimento da Escola dos Anais ou Escola Francesa, e pelos novos parâmetros que norteiam o ensino da História nos dias atuais, julgue o item que se segue.


Por se confundir com literatura, a narrativa foi abolida da moderna concepção de História.

Alternativas
Comentários
  • Errado.

     

    A diferença entre a Literatura e a História é que essa tem a narrativa comprometida com a VERDADE ( o fato histórico). Ja a Literatrura pode ser ficcional.


ID
1649821
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEDU-ES
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Considerando a evolução sofrida pela escrita da História na contemporaneidade, especialmente após o surgimento da Escola dos Anais ou Escola Francesa, e pelos novos parâmetros que norteiam o ensino da História nos dias atuais, julgue o item que se segue.


A Nova História elimina a cronologia de suas preocupações e, na prática, repudia as datas como componente de seu campo de trabalho.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

    Embora a NOVA HISTÓRIA faça críticas ao modo positivista (linear ) de se fazer história, dando ênfase aos grandes feitos e aos reis. Ela não despreza a cronologia. Esse elemento só não é mais importante do que o HOMEM em sua várias facetas. À Nova História, interessa o homem em sua peculiaridade.


ID
1649824
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEDU-ES
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Considerando a evolução sofrida pela escrita da História na contemporaneidade, especialmente após o surgimento da Escola dos Anais ou Escola Francesa, e pelos novos parâmetros que norteiam o ensino da História nos dias atuais, julgue o item que se segue.


Em uma concepção atual, a História é entendida como a ciência que estuda o homem no tempo.

Alternativas
Comentários
  • História (do grego antigo ἱστορία, transl.: historía, que significa "pesquisa", "conhecimento advindo da investigação")[1] é a ciência que estuda o ser humano e sua ação no tempo e no espaço concomitantemente à análise de processos e eventos ocorridos no passado. O termo "História" também pode significar toda a informação do passado arquivada em todas as línguas por todo o mundo, por intermédio de registos históricos.

     

     

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria

  • Gab: CERTO


ID
1649827
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEDU-ES
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Considerando a evolução sofrida pela escrita da História na contemporaneidade, especialmente após o surgimento da Escola dos Anais ou Escola Francesa, e pelos novos parâmetros que norteiam o ensino da História nos dias atuais, julgue o item que se segue.


A Nova História situa cronologicamente o fato, isto é, o acontecimento na perspectiva da longa duração.

Alternativas
Comentários
  • Gab: ERRADO

  • Gostaria que a professora Eulália explicasse essa questão. Não compreendi muito bem.
  • Para o mesmo texto-base, a banca parecia ávida por uma questão que fizesse o candidato errar. Presumo que o "erro" jaza na justificativa "longa" duração


ID
1670716
Banca
FCC
Órgão
TRT - 3ª Região (MG)
Ano
2015
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Dentre os princípios metodológicos que norteiam a pesquisa com fontes da história oral, destaca-se

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B


    Fiz por eliminação, baseando-me na ideia de que o entrevistador não deve interferir nas respostas do entrevistado. 


ID
1670719
Banca
FCC
Órgão
TRT - 3ª Região (MG)
Ano
2015
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Considere os dois trechos abaixo.

I. (...) na ausência de depoimentos escritos, a expressão de camadas das classes trabalhadoras dos tempos atuais pode ser reconhecida por fotografias cotidianas.

II. A imagem é capaz de atingir todas as camadas sociais ao ultrapassar as diversas fronteiras sociais pelo alcance do sentido humano da visão.

(KNAUSS, Paulo. “O desafio de fazer história com imagens: arte e cultura visual". ArtCultura, Uberlândia, v. 8, n. 12, jan-jun 2006, p. 99)

As proposições I e II destacam, respectivamente, 

Alternativas
Comentários
  • Como conhecimento extraquestão, é importante o candidato saber que a imagem não é universal, é um texto apenas. Logo, é um equivoco achar que está acessível para todos. Digo não apenas no poder ver, mas também entender, saber ler. Conclui-se que ela é acessível a vários públicos, não a todos.

  • Alternativa correta: a)


ID
1670734
Banca
FCC
Órgão
TRT - 3ª Região (MG)
Ano
2015
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Para que um artefato, uma manifestação popular ou qualquer bem cultural seja considerado Patrimônio Cultural, no Brasil, é imprescindível que

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: D


    A Constituição brasileira de 1988 apresenta disposição específica sobre patrimônio cultural, estabelecendo:


    "Art. 216 - Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:

    I - as formas de expressão;

    II - os modos de criar, fazer e viver;

    III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;

    IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais;

    V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico."


  • Nos bens imateriais não há Tombamento, mas sim Rigistro.


ID
1670749
Banca
FCC
Órgão
TRT - 3ª Região (MG)
Ano
2015
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Experiências recentes de gerenciamento de arquivos de “autos findos” em memoriais ou centros de documentação vem mostrando a viabilidade de alguns caminhos e procedimentos para a melhor gestão, preservação e estímulo às pesquisas nesses acervos, considerando que se trata de um patrimônio de interesse público. A medida que destoa desse interesse público é:

Alternativas
Comentários
  • Letra E


    Uma vez que o patrimônio é de interesse público, o órgão gerenciador terá que garantir a sua preservação. Neste caso, doar à particulares, não é garantia de preservação!


ID
1715695
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2015
Provas
Disciplina
História
Assuntos

   Dominar a luz implica tanto um avanço tecnológico quanto uma certa liberação dos ritmos cíclicos da natureza, com a passagem das estações e as alternâncias de dia e noite. Com a iluminação noturna, a escuridão vai cedendo lugar à claridade, e a percepção temporal começa a se pautar pela marcação do relógio. Se a luz invade a noite, perde sentido a separação tradicional entre trabalho e descanso — todas as partes do dia podem ser aproveitadas produtivamente.

SILVA FILHO, A. L. M. Fortaleza: imagens da cidade. Fortaleza: Museu do Ceará; Secult-CE, 2001 (adaptado).

Em relação ao mundo do trabalho, a transformação apontada no texto teve como consequência a


Alternativas
Comentários
  • Letra E - ampliação do período disponível para a jornada do trabalho.

  • Trata-se de uma questão de interpretação de texto. No fim do trecho destacado, o autor afirma que quando “ a luz invade a noite, perde sentido a separação tradicional entre trabalho e descanso”. Ou seja, a jornada de trabalho passa a poder ser estendida, ocupando períodos que antes eram destinados ao lazer. Portanto, a resposta correta é a letra E.

  • É para comentar a questão e não colocar a resposta Maria

  • Todas as partes do dia podem ser aproveitadas produtivamente...Nao se refere a qualidade, mas sim na amplitude de periodo disponivel para a jornada de trabalho, por isso a letra E

  • é para colocar a respota sim!

  • Bianca Silva, desnecessário o seu comentário. Coloca a resposta quem quiser!

  • Letra E

    Ampliar a jornada de trabalho. Esse trecho confirma isso:

    ...Se a luz invade a noite, perde o sentido a separação tradicional entre trabalho e descanso - todas as partes do dia podem ser aproveitadas produtivamente.

  • A Luz e eletricidade permitiu ao patrão produzir em mais tempo, consequentemente fez o empregado trabalhar de noite na qual antes trabalhavam de acordo com o horário da luz solar, ou seja, ampliando o período disponível para jornada de trabalho.

  • ''Dominar a luz implica tanto um avanço tecnológico'', com o advento da eletricidade as indústrias passaram a funcionar 24h por dia, começando assim a alternância de funcionários. Aumento da produtividade e exploração também.


ID
1715698
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2015
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Apesar de seu disfarce de iniciativa e otimismo, o homem moderno está esmagado por um profundo sentimento de impotência que o fez olhar fixamente e,como se paralisado, para as catástrofes que se avizinham. Por isso, desde já, saliente-se a necessidade de uma permanente atitude crítica, o único modo pelo qual o homem realizará sua vocação natural de integrar-se, superando a atitude do simples ajustamento ou acomodação, apreendendo temas e tarefas de sua época. 

FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra.2011.


Paulo Freire defende que a superação das dificuldades e a apreensão da realidade atual será obtida pelo(a) 

Alternativas
Comentários
  •   Paulo Freire defendia uma pedagogia que tivesse como objetivo principal a formação de indivíduos com uma permanente atitude crítica. Na sua visão, a apreensão da realidade não pode ser feita pela mera assimilação e repetição de discursos prontos. Exige-se, na verdade, o desenvolvimento de um pensamento autônomo que não se limite aos padrões disseminados pelas instituições tradicionais.

        Diante do exposto, a alternativa correta é a letra A.

  • "A"
    Por isso, desde já, saliente-se a necessidade de uma permanente atitude crítica, o único modo pelo qual o homem realizará sua vocação natural de integrar-se

  • A teoria do pensamento autônomo, no qual defendo que o ser humano é um ser criativo, que muda a humanidade e traz novos conceitos que irão nortear a vida humana em todas as suas vivências. Nesta teoria  questiono o ser humano nos dias de hoje em que se tornou um mero repetidor de pensamentos de outras pessoas ou seja citações de autores, não tendo um pensamento próprio, vive em função dos que os outros pensam.

  • POR ISSO QUE O HOMEM SE TORNA ATOR DOS SEUS PROPRIOS SONHOS.... RESPOSTA A,

     

  • comentário da professora:

    Paulo Freire defendia uma pedagogia que tivesse como objetivo principal a formação de indivíduos com uma permanente atitude crítica. Na sua visão, a apreensão da realidade não pode ser feita pela mera assimilação e repetição de discursos prontos. Exige-se, na verdade, o desenvolvimento de um pensamento autônomo que não se limite aos padrões disseminados pelas instituições tradicionais.

    Diante do exposto, a alternativa correta é a letra A.

  • Inclusive, o Paulo Freire tem um livro chamado "Pedagogia da Autonomia"

  • Letra A. lembrei do Livro A Pedagogia do Oprimido.
  • Letra A

    ...Por isso, desde já, saliente-se a necessidade de uma permanente atitude critica, o único modo pelo qual o Homem realizara sua vocação natural de integrar-se, superando a atitude do simples ajustamento...

    A resposta estava no próprio enunciado.

  • Entende agora por que alguns políticos do atual governo atacam tanto o Paulo Freire? Porque não querem que o povo desenvolva o pensamento autônomo e crítico. Desenvolvendo esse pensamento, todos eles certamente irão cair.

    "Ignorância é uma bênção!"

  • Paulo Freire disse uma vez que Che Guevara é sinal de amor. No pensamento dese senhor devemo formar pessoas auto critica mas que critiquem apenas o capitalismo e o que ele acha pertinente criticar. Paulo Freire é a maior mentira criada pelo nosso pais, um defensor de ditadores e responsável por essa pessima educação ofertada na rede publica.

  • Antônio Vinícius de Abreu, realmente a educação pública ofertada é péssima, comprova-se isso pelo seu português.

  • Concordo com Antônio, Paulo Freire por falar isso de che Guevara, uma das piores pessoas q esse planeta produziu, não pode ser mesmo levado a sério.

    Júlia vai estudar anatomia que você ganha mais. Beijo no seu coração

  • Júlio Cesare e Antônio, em nenhum momento expressei minha opinião acerca de Paulo Freire. Estudar Medicina não me impede de realizar comentários acerca de outros assuntos que não sejam anatomia humana.

  • Júlia Freitas

    Toda razão perde o seu fim se um coração for o juiz

    Eu amo você menina


ID
1819405
Banca
UFMT
Órgão
IF-MT
Ano
2015
Provas
Disciplina
História
Assuntos

As realidades são únicas. Não saberíamos pretender explicar uma instituição, se não a ligarmos às grandes correntes intelectuais, sentimentais, místicas da mentalidade contemporânea. Essa interpretação por dentro dos fatos de organização social será a lei de meu ensino como ela é a de meu esforço pessoal.

(André Burguière apud REVEL, J. História e Historiografia. Exercícios críticos. Curitiba: EdUFPR, 2010.) 

Sobre essa importante tendência historiográfica do século XX, é correto afirmar: 

Alternativas
Comentários
  •  b)

    Aproximou-se das várias ciências sociais adotando muitos de seus paradigmas, revolucionando a questão documental.


ID
1831183
Banca
FUNCAB
Órgão
Faceli
Ano
2015
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“A postura que adotamos com respeito ao passado, quais as relações entre passado, presente e futuro não são apenas questões de interesse vital para todos: são indispensáveis. É inevitável fazer comparações entre o presente e o passado: essa é a finalidade dos álbuns de fotos de famílias ou filmes domésticos. Não podemos deixar de aprender com isso, pois é o que a experiência significa. Podemos aprender coisas erradas – e, positivamente, é o que fazemos com frequência -, mas se não aprendermos, ou não temos nenhuma oportunidade de aprender, ou nos recusamos a aprender de algum passado algo que é relevante ao nosso propósito, somos, no limite, mentalmente anormais [...]".

                                                                                     HOBSBAWN, Eric.Sobre História , 2011. 

Para o historiador Eric Hobsbawn: 


Alternativas
Comentários
  • Para ele o passado é a essência, é algo relevante  da História!

    letra A


ID
1893265
Banca
NC-UFPR
Órgão
Prefeitura de Curitiba - PR
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

No caso de imagens, como no caso de textos, o historiador necessita ler nas entrelinhas, observando os detalhes pequenos mas significativos – incluindo ausências significativas –, usando-os como pistas para informações que os produtores de imagens não sabiam que eles sabiam, ou para suposições que eles não estavam conscientes de possuir.


(BURKE, Peter. Testemunha ocular: História e imagem. Bauru: EDUSC, 2004. p. 237)


De acordo com o autor, em termos historiográficos, as imagens devem ser tratadas como 

Alternativas
Comentários
  • letra C

    fontes indiciais que operam no campo das representações. 

  • Tanto texto escrito quanto o imagético (imagens diversas), são textos. Por serem texto, representarão o real. Não pode haver hierarquia entre eles. Para um historiador, ambos possuem valores equivalentes. 

    Mas é importante destacar que um texto pode ter relação com outro, ou seja, um texto escrito falar de um imagético, ou um imagético ilustrar um escrito - são características de intertextualidade. Entretanto, não há, neste caso, hierarquia.

  • Para quem esta estudando e ja usaram todas as questões disponiveis do dia, o gabarito é a letra C

  • Burke mostra a ambivalência no uso de imagens, analisando como ela foi importante para a manutenção do poder de governos despóticos, e sua utilização como instrumento de protesto através da iconoclastia política ou “vandalismo” em toda a história. Isso faz com que essas produções tenham um importante valor documental, tanto as imagens metafóricas – aquelas em que o navio é o Estado, e seu governante ou primeiro-ministro é seu piloto, ou mesmo a vassoura de Jânio Quadros – como as imagens individuais, vindas desde a Antiguidade clássica, que tendem a dar caráter heróico a governantes. A contribuição das imagens no trabalho de reconstrução das culturas materiais do passado e das facetas mais corriqueiras do cotidiano das pessoas é irrefutável. Através delas podemos analisar objetos, “paisagens” de cidades, interiores e mobílias de casas, captar detalhes que os textos não poderiam passar. O autor dá notória atenção às imagens de publicidade, mostrando que elas podem ser usadas na recuperação de elementos da cultura material perdidos no século XX. em vez de descrever imagens como confiáveis ou não confiáveis [...], estão preocupados com graus ou formas de confiabilidade para propósitos diferentes. Eles rejeitam a simples oposição entre a visão da imagem como “espelho” ou “fotografia instantânea”, por um lado, e a visão da imagem como nada mais do que um sistema de signos e representações, por outro. letra C

    fontes indiciais que operam no campo das representações. fonte=Testemunha ocular: história e imagem


ID
1911112
Banca
Exército
Órgão
EsFCEx
Ano
2013
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Analise as afirmativas sobre o uso da história oral e das suas fontes e marque a opção correta.

I – As fontes orais devem ser empregadas para corrigir as fontes escritas, ou seja, para proporcionar um melhor uso do documento escrito pelo historiador.

II – A rejeição das fontes orais por parte dos historiadores é devida, sobretudo, à impossibilidade de poder testá-las, como se faz com o registro escrito.

III – A fonte oral é mais um instrumento que o historiador dispõe para realizar a escrita da história da perspectiva dos subalternos.

Alternativas
Comentários
  • Acredito que os historiadores foram levados a reconhecer a importância dos registros não escritos, como as pinturas, as esculturas, os relatos orais e os vestígios materiais, como fontes históricas. Além disso, como a escrita não surgiu ao mesmo tempo em todos os lugares, e há alguns grupos que vivem no presente sem escrita, é muito importante ter e obter outras fontes.


ID
2158336
Banca
IBFC
Órgão
PM-MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O desenvolvimento do raciocínio histórico, em oposição a um ensino que visa apenas à memorização, implica várias mudanças nas concepções e práticas do ensino da História. De acordo com a Proposta Curricular do Conteúdo Básico Comum (CBC), assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
2158339
Banca
IBFC
Órgão
PM-MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A história-problema, preocupada em estudar e compreender as relações entre o presente e o passado e as produções de conhecimento pelos alunos, tem sido constantemente evocada como alternativa para se alcançar o objetivo pedagógico de prover de significado o ensino da História. Com base na proposta curricular do Conteúdo Básico Comum (CBC), assinale a alternativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • ALTERNATIVA (B)

    Do ponto de vista didático-pedagógico, pretende-se que os alunos sejam sujeitos passivos (ATIVOS) de seus processos de aprendizagem.


ID
2161186
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A pluralidade de calendários existente ao compararmos as mais diversas culturas, passadas e presentes, demonstram que

Alternativas
Comentários
  • A presença de calendário é antiga em diversos povos. Isto podemos notar nos egípcios, hebreus, povos que faziam medições de seus tempos.

    Privilegiar aspectos racionais, antireligiosos, "evolução cutural", em detrimento de aspectos contrário a estes, incluindo celebrativo diversos, é um passo para o erro ao responder questões tais como esta. Vale lembrar que o calendário faz parte da cultura de um povo, e que muitos aspectos envolvem o saber de uma população: racionais, emocionais, celebrativo ... 

  • "É em um tempo do calendário (independente do adotado) que os homens agem,configurando suas formas de existência no mundo"

    (Diálogos e Perspectivas na Formação do Profissional de História. org.Andréa Rocha Rodrigues e Elvis Pereira)

  • Acertei a questão, no entanto, fiquei com dúvida na alternativa "d", por qual razão ela também não se encaixa?


ID
2755381
Banca
FCC
Órgão
TRT - 2ª REGIÃO (SP)
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Em seu conhecido artigo publicado em 1992 sobre a relação entre história e memória (A história, cativa da memória?), Ulpiano Toledo Bezerra de Meneses rejeita o senso comum que associa a memória a mecanismo de registro e retenção de informações.

Para o autor,

Alternativas
Comentários
  • d


ID
2755384
Banca
FCC
Órgão
TRT - 2ª REGIÃO (SP)
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Em Apologia da história, depois de afirmar que o modelo das ciências da natureza não se aplica à história, Marc Bloch discorre sobre a especificidade da ciência dos homens no tempo e defende a ideia de que cabe ao historiador

Alternativas
Comentários
  • resposta C... eu só achei estranho a expressão "forçá-los!'


ID
2755396
Banca
FCC
Órgão
TRT - 2ª REGIÃO (SP)
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Apesar do pioneirismo de Alcântara Machado na utilização de inventários como fonte para a história (Vida e morte do bandeirante foi publicado em 1929), é nas décadas de 1960 e 1970, em razão das novas tendências da historiografia, que os pesquisadores brasileiros passam a utilizar os arquivos judiciais de modo mais sistemático. Tal fenômeno está relacionado com

Alternativas
Comentários

ID
2762596
Banca
FCC
Órgão
TRT - 15ª Região (SP)
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

No processo de afirmação da História como disciplina científica, no século XIX,

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra B: No século XIX a historiografia ainda pautava-se nos documentos oficiais, deixando de lado aspectos como a história oral.


ID
2762599
Banca
FCC
Órgão
TRT - 15ª Região (SP)
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Sob a definição de “patrimônio imaterial” encontram-se

Alternativas
Comentários
  • CONVENÇÃO PARA A SALVAGUARDA DO PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL ( 2003 ).


    Artigo 2: Definições:


    Para os fins da presente Convenção:
    1. Entende-se por “patrimônio cultural imaterial” as práticas, representações, expressões,
    conhecimentos e técnicas - junto com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais
    que lhes são associados - que as comunidades, os grupos e, em alguns casos os indivíduos, reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural. (...)


ID
2762602
Banca
FCC
Órgão
TRT - 15ª Região (SP)
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Leia o texto abaixo.

Para trabalhar com qualquer documentação, é preciso saber ao certo do que ela trata, qual é a sua lógica de constituição (...) No caso dos processos criminais, é fundamental ter em conta o que é considerado crime em diferentes sociedades e como se dá, em diferentes contextos e temporalidades, o andamento de uma investigação criminal, no âmbito do poder judiciário (...) é justamente na relação entre produção de vários discursos sobre o crime e o real que está a chave da nossa análise. O que nos interessa é o processo de transformação dos atos em autos, sabendo que ele é sempre a construção de um conjunto de versões sobre um determinado acontecimento.
(GRINBERG, Keila, “A história nos porões dos arquivos judiciários”. In: PINSKY, Carla & LUCA, Tania De (orgs). O historiador e suas fontes. São Paulo: Contexto, p. 122)

Conforme o texto, os historiadores devem trabalhar com processos crimes levando em conta o conceito

Alternativas
Comentários
  • "de crime definido pela sociedade em cada época, bem como os rituais e procedimentos jurídicos, buscando-se problematizar a documentação como registro neutro."


    Problematizar a documentação como um registro neutro é um tanto quanto questionável, dentro do oficio do historiador, uma vez que todos os documentos estão inseridos dentro de uma produção pulverizada de relações de poder.


    Questão questionável essa, na minha opinião!

  • A chave está no "problematizar" (questionar, discutir), mas concordo que foi uma questão capciosa.

  • Registro neutro? Não há neutralidade em fontes históricas.
  • Para quem já tá acostumadi com a FCC em História, já sabe que essa banca tem por propósito FAZER o candidato errar. Dito isso, imagino que tenham não posto de propósito vírgula antes da controvertida expressão "Como registro neutro". Ou seja: querem dizer não que tais registros são neutros, mas que devem ser problematizados de modo a assim ficarem: neutros.


ID
2787082
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Ora, uma história não é narrada sob a pressão esquizofrênica de ser ou a pura facticidade das informações das fontes, de um lado, ou a imaginação ficcional de seu caráter histórico. Sua facticidade própria, muito mais real do que a facticidade dos dados das fontes, encontra-se na forma em que o passado se torna um elemento influente na vida humana prática no presente.

Jörn Rüsen. História viva. Teoria da História III: formas e funções do conhecimento histórico. Brasília: EdUnB, 2007, p. 33 (com adaptações). 

Considerando esse fragmento de texto, julgue o item subsequente, com referência a aspectos teórico-metodológicos dos estudos em história.


Os aspectos estéticos, políticos, retóricos e(ou) morais que frequentemente caracterizam a historiografia não necessariamente comprometem o seu valor epistêmico.

Alternativas
Comentários
  • CORRETO. O valor epistêmico diz respeito ao conhecimento e isso não tem nada a ver com os aspectos apresentados. Independente de como o historiador se depare com o fato, seja de forma ética ou questionável, o conhecimento que ele terá não será impedido. Contudo, se a banca colocasse em pauta a questão da legitimidade, mudaria o entendimento.

  • Os objetos físicos e escritos são considerados fontes históricas e possuem a capacidade de nos fornecer dados que estão contidos no objeto em si. O exemplo mais factual de uma fonte história são os dados escritos e inscritos em sua estrutura. O fato histórico é composto por diferentes elementos.

    Mas, aspectos não necessariamente estarão vinculados e expostos na fonte histórica. Eles poderão ser desvendados ou não.  Os elementos estéticos, políticos, retóricos e morais compõem este fato histórico, mas não comprometem o significado da fonte histórica por que as constitui assim como ela se apresenta. 
    Gabarito do Professor: CERTO.

ID
2787085
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Ora, uma história não é narrada sob a pressão esquizofrênica de ser ou a pura facticidade das informações das fontes, de um lado, ou a imaginação ficcional de seu caráter histórico. Sua facticidade própria, muito mais real do que a facticidade dos dados das fontes, encontra-se na forma em que o passado se torna um elemento influente na vida humana prática no presente.

Jörn Rüsen. História viva. Teoria da História III: formas e funções do conhecimento histórico. Brasília: EdUnB, 2007, p. 33 (com adaptações). 

Considerando esse fragmento de texto, julgue o item subsequente, com referência a aspectos teórico-metodológicos dos estudos em história.


As reflexões apresentadas no texto projetam o conhecimento histórico como algo fortemente determinado pela imaginação ficcional e subdeterminado pelos resultados de pesquisa.

Alternativas
Comentários
  • A ciência História é dotada de diferentes elementos de pesquisa. A sua fonte de pesquisa principal é composta pelas fontes históricas . Elas fornecem dados escritos e inscritos no cotidiano dos sujeitos históricos que constituem o fato histórico. Entretanto, as fontes historiográficas são produzidas por sujeitos históricos em uma relação tempo e espaço e estes elementos também são utilizados na construção do conhecimento histórico. 
    As pesquisas historiográficas influenciadas por Jörn Rüsen enfocam os processos de aquisição do conhecimento histórico, mas também em como estes saberes históricos estão relacionados com vida prática, cotidiana, dos sujeitos da História.

    Gabarito do Professor: ERRADO.
  • Parei de ler em ficcional. Gabarito errado

  • Não compreendi muito bem quando ele disse subdeterminado pela pesquisa. Compreendi mais ou menos o que ele quis dizer, mas peço que a professora Eulália explique um pouco melhor essa questão. Desde já agradeço.

ID
2787088
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Ora, uma história não é narrada sob a pressão esquizofrênica de ser ou a pura facticidade das informações das fontes, de um lado, ou a imaginação ficcional de seu caráter histórico. Sua facticidade própria, muito mais real do que a facticidade dos dados das fontes, encontra-se na forma em que o passado se torna um elemento influente na vida humana prática no presente.

Jörn Rüsen. História viva. Teoria da História III: formas e funções do conhecimento histórico. Brasília: EdUnB, 2007, p. 33 (com adaptações). 

Considerando esse fragmento de texto, julgue o item subsequente, com referência a aspectos teórico-metodológicos dos estudos em história.


Admitida a decomposição do conhecimento histórico nas atividades da pesquisa, de um lado, e, de outro, da historiografia (ou escrita da história), infere-se que o emprego do termo “facticidade” no texto não se relaciona com a primeira atividade, mas apenas com a segunda.

Alternativas
Comentários
  • A escrita da História acontece com as fontes históricas captadas pela pesquisa histórica, sendo assim a facticidade dos fatos é dada pelas duas atividades: a fonte e a escrita da História. O ponto objetivo da ciência história é adquirido criticando as fontes e, em seguida criando proposições históricas que, por força da sua fundamentação, oferecem experiência regulada pelo método científico que tem, por sua vez, validade empírica e intersubjetiva. 
    A ciência história é definida como “uma conexão temporal, plena de eventos, entre passado e presente (com uma projeção para o futuro), que, por sua representação sob a forma de narrativa, possui sentido e significado para a orientação da vida prática atual", de acordo com o livro Teoria da história: uma teoria da história como ciência. 
    Segundo Jörn Rüsen, o homem possui uma necessidade intrínseca de interpretar o tempo. A pesquisa histórica é baseada na experiência, interpretação, orientação e motivações que são conectadas em uma narrativa lógica de apresentação para estruturar o pensamento e conferir sentido aos fatos históricos.
      Pelo exposto é possível dizer que a afirmativa está incorreta 
    Gabarito do Professor: ERRADO.

ID
2787091
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Ora, uma história não é narrada sob a pressão esquizofrênica de ser ou a pura facticidade das informações das fontes, de um lado, ou a imaginação ficcional de seu caráter histórico. Sua facticidade própria, muito mais real do que a facticidade dos dados das fontes, encontra-se na forma em que o passado se torna um elemento influente na vida humana prática no presente.

Jörn Rüsen. História viva. Teoria da História III: formas e funções do conhecimento histórico. Brasília: EdUnB, 2007, p. 33 (com adaptações). 

Considerando esse fragmento de texto, julgue o item subsequente, com referência a aspectos teórico-metodológicos dos estudos em história.


O requisito da objetividade impõe ao historiador uma atitude de distanciamento em relação ao seu próprio presente, do contrário é impossível representar o passado tal como realmente foi.

Alternativas
Comentários
  • Na história analisemos perspectivas, várias visões sobre o mesmo fato, sendo assim, é impossível reconstruir o passado tal como realmente foi.
  • A ciência História possui um método científico estruturado. E, segundo a teoria de Rüsen os aspectos antropológicos do conhecimento histórico criam uma “verdade plausível" a fim de que o conteúdo faça sentido para ser útil na vida. As proposições históricas são construídas após uma forte fundamentação que segue o método
    do científico. Os conceitos antropológicos são utilizados de forma intersubjetiva e transdisciplinar para que se reconheça a presença do outro e às próprias diferenças. Isso corrobora a validade da história como ciência, pois assim ela não fica restrita a apenas uma cultura.
    Ou seja, a afirmativa está incorreta 

    Gabarito do Professor: ERRADO.
  • não há como reconstruir o passado tal como realmente foi, assim, as análises realizadas no presente são influenciadas pelo contexto histórico/cultural/social da pessoa.
  • Questão mal formulada, pois para mim a objetividade é igual ao descrito na questão, enquanto, que a subjetividade relata a impossibilidade de o historiador ser subjetivo.
  • Não entendi, o porque dela está errada, mesmo tendo visto o comentário da professora Eulália do Qconcursos. O motivo é que aprendi na universidade que o objetivismo nega a subjetividade do historiador, teoria defendida por Leopold Von Ranke. Gostaria que a professora se possível, se posicionasse quanto a isso. Tanto eu assinante como os demais agradeceríamos.

ID
2787094
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Ora, uma história não é narrada sob a pressão esquizofrênica de ser ou a pura facticidade das informações das fontes, de um lado, ou a imaginação ficcional de seu caráter histórico. Sua facticidade própria, muito mais real do que a facticidade dos dados das fontes, encontra-se na forma em que o passado se torna um elemento influente na vida humana prática no presente.

Jörn Rüsen. História viva. Teoria da História III: formas e funções do conhecimento histórico. Brasília: EdUnB, 2007, p. 33 (com adaptações). 

Considerando esse fragmento de texto, julgue o item subsequente, com referência a aspectos teórico-metodológicos dos estudos em história.


A ênfase analítica no caráter construtivo e nos aspectos ficcionais do conhecimento histórico raramente tem sido combinada com apologias à tolerância de mentiras e falsificações documentais.

Alternativas
Comentários
  • O historiador, ao selecionar as fontes para a construção do conhecimento histórico, em um primeiro momento amplia o seu leque de fontes referentes ao assunto ao máximo possível. Após este primeiro levantamento, na utilização do método científico, dá-se a crítica as fontes, segundo Rüsen, com a necessidade de objetividade de fundamentação.
    Assim são feitas as proposições históricas reguladas e validades pelo método. Estas proposições históricas testadas empiricamente ganham também força intersubjetiva, que é chamada pelos teóricos rüsenianos de “aspectos ficcionais". Esta intersubjetividade é o que torna o conhecimento histórico útil à vida.
    O autor Jörn Rüsen, na obra “Teoria da História: uma teoria da História como ciência", escreve que o método exposto acima “é com essa garantia de princípio (metódica da pretensão da validade que o conhecimento histórico se diferencia do não científico, relativamente a seu conteúdo factual".
    Portanto, afirmativa está correta
    Gabarito do Professor: CERTO.
  • Acertei, mas, ai! como me aborrecem essas questões hiperabstratas...


ID
2787097
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Ora, uma história não é narrada sob a pressão esquizofrênica de ser ou a pura facticidade das informações das fontes, de um lado, ou a imaginação ficcional de seu caráter histórico. Sua facticidade própria, muito mais real do que a facticidade dos dados das fontes, encontra-se na forma em que o passado se torna um elemento influente na vida humana prática no presente.

Jörn Rüsen. História viva. Teoria da História III: formas e funções do conhecimento histórico. Brasília: EdUnB, 2007, p. 33 (com adaptações). 

Considerando esse fragmento de texto, julgue o item subsequente, com referência a aspectos teórico-metodológicos dos estudos em história.


Uma das teses desenvolvidas no âmbito do narrativismo historiográfico é a de que seriam pouco significativas as diferenças entre as explicações do passado produzidas nos campos da historiografia e da filosofia especulativa da história.

Alternativas
Comentários
  • De quem Rüsen está falando? Dos positivistas e dos pós-modernistas. A assertiva fala dos pós-modernistas que supostamente diluiriam essas fronteiras entre o fato e a especulação.

  • Sobre a influência de Droysen na teoria da história de Rüsen, Arthur Assis também possui um outro texto significativo na coletânea de textos de Estevão de Rezende Martins, intitulada A História Pensada: teoria e método na historiografia europeia do século XIX. Ao apresentar a texto de Droysen, sobre a ambiguidade da história de ser arte e ciência, e de seu fundamento como ciência a partir do trato das fontes, Arthur Assis aponta como originalidade do pensamento de Droysen sua síntese de filosofia da história, teoria do conhecimento, metodologia, e teoria da historiografia. Além de sua compreensão da historiografia como resultado de uma cognição empírica, e não especulativa, e sua metodologia representada na fórmula "compreensão mediante pesquisa".

  • O processo de construção da narrativa histórica passa por diferentes etapas. O historiador levanta as fontes e as critica, testa-as empiricamente e, com o mesmo método científico cria as proposições históricas de forma fundamentada. Existe uma lógica narrativa de apresentação para estruturar o pensamento histórico. Pois, segundo Jörn Rüsen, a História precisa ser útil e dar funcionalidade para a vida. A filosofia especulativa da história foi proposta por William Walsh. 
    A sua investigação é o objeto da história como algo em si. Busca se ater às causas e busca um sentido na história, a possível repetição de eventos e como isso poderia, ou não, se repetir. Assim, a similaridade entre a narrativa e a filosofia especulativa da história é que ambas buscam configurar um sentido à vida e os processos históricos, nos quais os feitos dos homens ao longo do tempo e do espaço é compartilhado por todos. 
    Jörn Rüsen ,que é o autor referido na questão, foi diretamente influenciado por autores da filosofia especulativa da história como Hegel e Kant.

    Gabarito do Professor: CERTO.
  • Gabarito errado e explicação do gabarito pela estimada professora também errada. Note-se que não se está comparando "diferentes explicações do passado" com "filosofia especulativa da história", mas sim as diferentes explicações do passado entre si. Razão: não um artigo "a" antes de "filosofia...", mas sim a preposição "de". Conscientes da distinção semântica entre as duas alternativas, releia-se a questão e me será dada razão.


ID
2787100
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Como o objeto da história (entendida como um constructo teórico) é o que aconteceu, abstraído tanto do presente quanto do futuro, então o tempo torna-se um dos elementos determinantes do conceito de história. Parece-me, no entanto, que nem a relação que o tempo mantém com outros elementos nem o sentido específico do seu efeito na história foram identificados até hoje com a clareza desejável, tampouco com a clareza possível.

Georg Simmel. O problema do tempo histórico [1916]. In: Simmel. Ensaios sobre teoria da história. Rio de Janeiro: Contraponto, 2011, p. 9 (com adaptações).  

Tendo o texto precedente como referência inicial, julgue o item seguinte, relativos à relação entre tempo e história.


A ideia geral de tempo histórico que predomina na literatura teórica expressa a relativa homogeneidade temática e metodológica que caracteriza os diferentes ramos da pesquisa histórica atual.

Alternativas
Comentários
  • O estudo de História sempre foi bem mais complexo do que se apresentava em bancos escolares. Mesmo quando pensamos em uma história positivista, de heróis e cronologicamente estruturada não podemos falar em igualdade de perspectiva de todos os historiadores.

    A partir então dos novos objetos e dos novos caminhos da historiografia a partir mais ou menos da década de 1920 (na Europa) com o advento da École des Annales, com Marc Bloch e Lucien Febvre, a diversificação entre os trabalhos se torna maior e mais complexa. É introduzido o conceito de história-problema. Novas fontes, como a história oral e fontes escritas de periódicos, documentos imagéticos, passam a fazer parte do dia a dia do pesquisador.

    Há trabalhos de história social, econômica, política e cultural. Trabalha-se com a micro ou a macro história. Constrói-se a história temática ou a global. Há muitas vertentes do trabalho do historiador que, cada vez mais, dialoga com outras cientistas sociais ou das ciências da natureza.

    Novos campos de trabalho se apresentam, assim como novas maneiras de trabalhar o tempo (longa duração ou curta duração). Alguma ideia de “tempo" sempre está presente no trabalho do cientista social, e não só do historiador. Mas, isso não significa homogeneidade no tratamento do objeto de estudo.
    Assim sendo, não é difícil concluir que a afirmativa apresentada não está correta! A ideia de “homogeneidade“ não dever ser inferida aos que trabalham com História, apesar de todos trabalharem com a ideia de tempo. Mas, novamente, que tempo?

    RESPOSTA: ERRADO.

ID
2787103
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Como o objeto da história (entendida como um constructo teórico) é o que aconteceu, abstraído tanto do presente quanto do futuro, então o tempo torna-se um dos elementos determinantes do conceito de história. Parece-me, no entanto, que nem a relação que o tempo mantém com outros elementos nem o sentido específico do seu efeito na história foram identificados até hoje com a clareza desejável, tampouco com a clareza possível.

Georg Simmel. O problema do tempo histórico [1916]. In: Simmel. Ensaios sobre teoria da história. Rio de Janeiro: Contraponto, 2011, p. 9 (com adaptações).  

Tendo o texto precedente como referência inicial, julgue o item seguinte, relativos à relação entre tempo e história.


A noção tripartite do tempo histórico desenvolvida em meados do século XX pelo historiador francês Fernand Braudel está calcada na distinção entre evento, conjuntura e longa duração.

Alternativas
Comentários
  • 3 durações (curta, média e longa)

  • Considera-se que a história possui uma cadência, um ritmo, uma temporalidade mais durável e resistente à mudança, que os obriga a buscar não no agora e na brevidade dos acontecimentos, mas na longa duração, aquilo que a sustenta e a conforma enquanto uma “totalidade”.

  • O trabalho do historiador estruturalista Fernand Braudel estabeleceu que a noção de tempo histórico era tripartite: Tempo longo, tempo médio e tempo breve.
    O tempo de longa duração é o que fornece as estruturas da sociedade e, é “imóvel" e duradouro. 
    O tempo médio é composto pelos elementos do ambiente que levam ao acontecimento que se transforma rapidamente; é a conjuntura sendo caracterizado pelas mudanças e é formado pelas oscilações cíclicas da história. O tempo breve é o momento do acontecimento, no qual o fato histórico esta sendo construído.
    O tempo de longa duração fornece a estrutura para a transformação. O momento é a irrupção da transformação. A conjuntura é o momento histórico, em que acontece aquela transformação. A longa duração vai permitir a conjuntura e o evento acontecerem. 
    Para responder esta questão é preciso ter um conhecimento mais aprofundado de Fernand Braudel e dos trabalhos acadêmicos sobre o tempo, história e memória. A afirmativa está correta 

    Gabarito do Professor: CERTO.

ID
2787106
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Como o objeto da história (entendida como um constructo teórico) é o que aconteceu, abstraído tanto do presente quanto do futuro, então o tempo torna-se um dos elementos determinantes do conceito de história. Parece-me, no entanto, que nem a relação que o tempo mantém com outros elementos nem o sentido específico do seu efeito na história foram identificados até hoje com a clareza desejável, tampouco com a clareza possível.

Georg Simmel. O problema do tempo histórico [1916]. In: Simmel. Ensaios sobre teoria da história. Rio de Janeiro: Contraponto, 2011, p. 9 (com adaptações).  

Tendo o texto precedente como referência inicial, julgue o item seguinte, relativos à relação entre tempo e história.


Introduzida por Braudel, a categoria da longa duração adaptou e temporalizou a noção de estrutura proveniente da linguística e da antropologia e simbolizou uma defesa da importância da história diante dos avanços cognitivos e institucionais de outras ciências sociais na França de meados do século XX.

Alternativas
Comentários
  • A conjuntura é a parte relacionada à média duração e a estrutura é a história de longa duração. A partir do amálgama dos dois cria-se o movimento do processo histórico. 
    A linguística aceita uma mutação rápida na língua, mas essa mutação custa a ser assimilada nas regras gramaticais. A intelectualização da linguística demora a ser consolidada, pois a estrutura da língua é de longa duração. O conceito de longa duração, de Fernand Braudel atribui a categoria “tempo" ao conceito de “estrutura" vindo da linguística. 
    O conceito de tempo de longa duração significou uma forma mais eficaz de trabalhar História face aos estudos em outras ciências sociais. Para responder esta questão é preciso ter um conhecimento mais aprofundado de Fernand Braudel e dos trabalhos acadêmicos sobre o tempo, história e memória. A afirmativa apresenta uma proposição correta acerca da obra de Braudel 

    Gabarito do Professor: CERTO.

ID
2787109
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Como o objeto da história (entendida como um constructo teórico) é o que aconteceu, abstraído tanto do presente quanto do futuro, então o tempo torna-se um dos elementos determinantes do conceito de história. Parece-me, no entanto, que nem a relação que o tempo mantém com outros elementos nem o sentido específico do seu efeito na história foram identificados até hoje com a clareza desejável, tampouco com a clareza possível.

Georg Simmel. O problema do tempo histórico [1916]. In: Simmel. Ensaios sobre teoria da história. Rio de Janeiro: Contraponto, 2011, p. 9 (com adaptações).  

Tendo o texto precedente como referência inicial, julgue o item seguinte, relativos à relação entre tempo e história.


Nas suas investigações sobre conceitos sociopolíticos modernos, o historiador alemão Reinhart Koselleck estudou fontes relativas a um considerável número de espaços linguísticos distintos, o que lhe permitiu empreender uma história conceitual da temporalidade em perspectiva comparada.

Alternativas
Comentários
  • "A história conceptual, campo interdisciplinar que se desenvolveu a partir dos anos 70, teve no historiador alemão Reinhart Koselleck um dos seus principais expoentes. Ao propor uma metodologia focada no estudo da invenção e desenvolvimento de conceitos fundamentais através do tempo, Koselleck pretendia demonstrar a necessidade de compreender a História não apenas como um conjunto de práticas ou actos humanos, mas também de categorias geradoras de realidade". Fonte: http://plataforma9.com/congressos/seminario-historia-e-conceitos-depois-de-koselleck.htm

  • . O princípio que tornava esse tipo de concepção possível, de acordo com o autor, se pauta na formula cunhada pelo jovem Marx: “toda revolução desfaz a velha sociedade; nesse sentido, ela é social; toda revolução derruba o velho poder; nesse sentido, ela é política” 

  • A língua sofre processos constantes de mutação, mas demora longos períodos para ser assimilada academicamente nas regras gramaticais e estruturas linguísticas. 
    Ao analisar estes espaços linguísticos diferenciados, o historiador francês Fernand Braudel percebeu que este conceito estrutural estudado pelos linguistas, agregado ao conceito de tempo, poderiam elucidar a ciência História. A História conceitual de temporalidade é formada do tempo longo, que fornece a estrutura e do tempo curto que fornece a conjuntura do momento. 
    O movimento do processo histórico acontece a partir da junção dos da conjuntura e da estrutura. Para responder esta questão é preciso ter um conhecimento mais aprofundado de Fernand Braudel e dos trabalhos acadêmicos de historiadores sobre o tempo, história e memória, como os de Pierre Nora e outros da chamada Nova História. 
    A afirmativa apresentada está incorreta 

    Gabarito do Professor: ERRADO.
  • A língua sofre processos constantes de mutação, mas demora longos períodos para ser assimilada academicamente nas regras gramaticais e estruturas linguísticas. 
    Ao analisar estes espaços linguísticos diferenciados, o historiador francês Fernand Braudel percebeu que este conceito estrutural estudado pelos linguistas, agregado ao conceito de tempo, poderiam elucidar a ciência História. A História conceitual de temporalidade é formada do tempo longo, que fornece a estrutura e do tempo curto que fornece a conjuntura do momento. 
    O movimento do processo histórico acontece a partir da junção dos da conjuntura e da estrutura. Para responder esta questão é preciso ter um conhecimento mais aprofundado de Fernand Braudel e dos trabalhos acadêmicos de historiadores sobre o tempo, história e memória, como os de Pierre Nora e outros da chamada Nova História. 
    A afirmativa apresentada está incorreta 
    RESPOSTA: ERRADO

ID
2787112
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Como o objeto da história (entendida como um constructo teórico) é o que aconteceu, abstraído tanto do presente quanto do futuro, então o tempo torna-se um dos elementos determinantes do conceito de história. Parece-me, no entanto, que nem a relação que o tempo mantém com outros elementos nem o sentido específico do seu efeito na história foram identificados até hoje com a clareza desejável, tampouco com a clareza possível.

Georg Simmel. O problema do tempo histórico [1916]. In: Simmel. Ensaios sobre teoria da história. Rio de Janeiro: Contraponto, 2011, p. 9 (com adaptações).  

Tendo o texto precedente como referência inicial, julgue o item seguinte, relativos à relação entre tempo e história.


A metáfora das camadas de tempo mostra-se útil à compreensão de fenômenos que em um passado mais distante haviam sido concebidos sob a ideia da contemporaneidade do não contemporâneo.

Alternativas
Comentários
  • A afirmativa apresentada não é de fácil compreensão.

    Ela se relaciona com a obra do historiador alemão Reinhart Koselleck, que fez algumas contribuições importantes para a Teoria da História. A obra na qual Koselleck trata mais especificamente a questão do tempo no estudo da história é Estratos do Tempo. Estudos sobre História . Foi traduzida para o português e publicada pela editora Contraponto, em associação com a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC ), em 2014. Na obra ele mostra que o presente é um tempo de interseção entre o futuro e o passado, sendo um lugar onde coexistem essas três dimensões temporais: presente, passado e futuro.

    Segundo Koselleck, a Revolução Francesa é o grande marco da modernidade e que, a partir dela, há toda uma nova percepção do tempo. A grande referência temporal passa a ser o presente. Deve-se pensar as relações temporais a partir do nosso lugar no tempo, ou seja, o tempo presente, pois é ele que define o nosso olhar para o passado, passado este ao qual também estamos ligados. Ele mostra que o presente é um tempo de interseção entre o futuro e o passado, é um lugar onde coexistem essas três dimensões temporais. Tendo portanto várias “camadas" .


    Desta forma, a história, ao fazer análise de um dado processo do passado, torna contemporâneo do historiador aquilo que, na verdade, não lhe é contemporâneo. O passado é tornado presente, pela análise do historiador (que é o presente ) sem, na verdade, ser da mesma época do pesquisador.

    Por termos algum conhecimento da obra de Reinhart Koselleck e da História dos Conceitos chegamos à conclusão que a afirmativa, embora confusa, é correta.

    RESPOSTA: CERTA
  • Gabarito C. Koselleck, Teoria da Historia


ID
2787115
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Como o objeto da história (entendida como um constructo teórico) é o que aconteceu, abstraído tanto do presente quanto do futuro, então o tempo torna-se um dos elementos determinantes do conceito de história. Parece-me, no entanto, que nem a relação que o tempo mantém com outros elementos nem o sentido específico do seu efeito na história foram identificados até hoje com a clareza desejável, tampouco com a clareza possível.

Georg Simmel. O problema do tempo histórico [1916]. In: Simmel. Ensaios sobre teoria da história. Rio de Janeiro: Contraponto, 2011, p. 9 (com adaptações).  

Tendo o texto precedente como referência inicial, julgue o item seguinte, relativos à relação entre tempo e história.


O conceito de regimes de historicidade foi cunhado e mobilizado pelo filósofo e historiador francês Michel Foucault, para o estudo de formas modernas de interação entre sociedade e tempo.

Alternativas
Comentários
  • Filósofo francês, Michel Foucault é conhecido por suas teorias acerca da relação entre poder e conhecimento, e como estes são usados para o controle social através das instituições. Deixou inacabado seu mais ambicioso projeto, "História da Sexualidade", que pretendia mostrar como a sociedade ocidental faz do sexo um instrumento de poder, não por meio da repressão, mas da expressão.

  • O conceito aludido na questão foi cunhado por François Hartog.

  • O Regime de historicidade é uma categoria utilizada por François Hartog para designar formas específicas de experiência do tempo, nas quais existem a dominância de uma das instâncias temporais - passado, presente ou futuro - sobre as outras.

    Errado

  • A historiografia de Kosseleck e de Braudel e, a antropologia de Marshall Sahlins foram as influências principais para a construção da noção do regime de historicidade do historiador francês François Hartog. 
    As influências podem ser vistas na simultaneidade dos tempos históricos que pautam a vida do indivíduo e da sociedade em perspectiva histórica e, baseada por uma temporalização na história e pela atribuição dos conceitos de passado, presente e futuro, nas quais o presente sobressai como o elemento central por ser o tempo que vivemos. Por esse motivo também que Hartog utiliza o termo “presenteísmo". 
    A função do regime de historicidade é coadunar os tempos de curta, média e longa duração, expondo a hierarquia entre eles que fornecem algumas formas de experiências e inibem outras. Este termo é uma categoria que determina formas de ter experiências com o tempo, nas quais usam as marcas temporais (passado, presente e futuro) que se sobrepõem umas as outras. 
    Por isso, quando o termo é regime de historicidade passadista significa que está relacionado com o tempo passado .E, a afirmativa está incorreta

    Gabarito do Professor: ERRADO.
  • A historiografia de Kosseleck e de Braudel e, a antropologia de Marshall Sahlins foram as influências principais para a construção da noção do regime de historicidade do historiador francês François Hartog. 
    As influências podem ser vistas na simultaneidade dos tempos históricos que pautam a vida do indivíduo e da sociedade em perspectiva histórica e, baseada por uma temporalização na história e pela atribuição dos conceitos de passado, presente e futuro, nas quais o presente sobressai como o elemento central por ser o tempo que vivemos. Por esse motivo também que Hartog utiliza o termo “presenteísmo". 
    A função do regime de historicidade é coadunar os tempos de curta, média e longa duração, expondo a hierarquia entre eles que fornecem algumas formas de experiências e inibem outras. Este termo é uma categoria que determina formas de ter experiências com o tempo, nas quais usam as marcas temporais (passado, presente e futuro) que se sobrepõem umas as outras. 
    Por isso, quando o termo é regime de historicidade passadista significa que está relacionado com o tempo passado .E, a afirmativa está incorreta
    RESPOSTA: ERRADO

ID
2787118
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Acerca de diferentes abordagens historiográficas contemporâneas, julgue o item que se segue.


A chamada história serial constitui uma abordagem cujas aplicações atingiram especialmente estudos de história econômica e demográfica dirigidos à compreensão de tendências de longo prazo com base na análise de dados relativamente homogêneos.

Alternativas
Comentários
  • Certo. "A História Quantitativa e a História Serial – e a oportuna combinação destas duas modalidades, que em um primeiro momento se apresentaram juntas na história da historiografia europeia – constituem um capítulo particularmente importante na história do movimento dos Annales, e na história da historiografia como um todo. Um nome importante para a constituição destes importantes campos historiográficos, e para a sua conexão com a História Econômica, foi certamente o historiador Ernest Labrousse, que cedo se ligou ao célebre movimento historiográfico que ficou conhecido como Escola dos Annales. Foi a partir de Labrousse que a segunda fase do movimento dos Annales – entre os anos 1946 e 1969 – adquiriu sua tonalidade mais específica, preparando não apenas um novo modelo para a História Econômica como também acenando para futuras assimilações do serialismo em outras modalidades historiográficas, tais como a História Demográfica"

  • O nome causa certa confusão com a Demográfica e Econômica. Serial vem de série de documentos para análise do historiador. Quanto mais documentos, mais preciso o trabalho.

  • Na chamada ‘História Serial’ o historiador estabelece uma “série”, e é esta série que particularmente o interessa. François Furet, em seu 'Atelier do Historiador' (1982), define a História Serial em termos da constituição do fato histórico em séries homogêneas e comparáveis. Dito de outra forma, trata-se de “serializar” o fato histórico, para medi-lo em sua repetição e variação através de um período que muitas vezes é o da longa duração. Na verdade a duração longa, ou pelo menos a média duração (relativa às conjunturas), foram as que predominaram nos primeiros trabalhos de História Serial – muito voltados, nesta primeira época, para a História Econômica e para a História Demográfica, ao mesmo tempo que combinados com a perspectiva de uma História Quantitativa. Todavia, pode-se proceder a uma serialização relacionada também a um período relativamente curto, desde que o conjunto documental estabelecido seja suficientemente denso.

  • Na chamada ‘História Serial’ o historiador estabelece uma “série”, e é esta série que particularmente o interessa. François Furet, em seu 'Atelier do Historiador' (1982), define a História Serial em termos da constituição do fato histórico em séries homogêneas e comparáveis. Dito de outra forma, trata-se de “serializar” o fato histórico, para medi-lo em sua repetição e variação através de um período que muitas vezes é o da longa duração. Na verdade a duração longa, ou pelo menos a média duração (relativa às conjunturas), foram as que predominaram nos primeiros trabalhos de História Serial – muito voltados, nesta primeira época, para a História Econômica e para a História Demográfica, ao mesmo tempo que combinados com a perspectiva de uma História Quantitativa. Todavia, pode-se proceder a uma serialização relacionada também a um período relativamente curto, desde que o conjunto documental estabelecido seja suficientemente denso.

  • A história serial, assim como a quantitativa estão vinculadas uma à outra embora não sejam a mesma coisa. E, ambas estão vinculadas à segunda geração do movimento historiográfico da Escola dos Annales, de origem francesa. A segunda geração dos Annales pode ser localizada grosso modo entre 1946 e 1969. Nesse momento, particularmente por conta do trabalho do historiador Ernest Labrousse, a produção dos Annales foi estabelecendo a linha de historiografia que era especialmente elaborado no momento.
    Nesse momento são elaboradas as propostas da história serial e da quantitativa. Ambas nascem estreitamente vinculadas às necessidades de análise na área de História Econômica. A partir desta há a projeção para outras especificidades do trabalho com História. Mais particularmente História Demográfica e História das Mentalidades.
    É interessante notar que o serialismo já aparece na primeira geração dos Annales, aprofunda-se na segunda, segue adiante na terceira geração e depois declina vertiginosamente. No entanto, não desaparece. Entende-se por História Serial aquele projeto historiográfico no qual recorta-se o objeto não propriamente em função de uma determinada realidade histórico-social (concernente a uma delimitação espaço-temporal preestabelecida), mas mais precisamente, em função de uma determinada série de fontes ou de materiais que é constituída precisamente pelo historiador. Esta série de fontes ou de materiais sempre apresenta a característica de relativa homogeneidade.
    Para uma maior compreensão desse modelo de trabalho historiográfico vale a leitura atenta do texto do professor José D'Assunção Barros, adjunto na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, “ História Serial e História Quantitativa no movimento dos Annales" na revista digital UFG. E.. a afirmativa está correta. Pela sua estrutura a seriação é mais afeita às História Econômica e Demográfica 

    Gabarito do Professor: CERTO.

ID
2787130
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Acerca de diferentes abordagens historiográficas contemporâneas, julgue o item que se segue.


Os primeiros praticantes da micro-história tinham o propósito metodológico de operacionalizar uma abordagem qualitativa de culturas e experiências ligadas a classes sociais subalternas.

Alternativas
Comentários
  • Os primeiros praticantes da micro-história tinham o propósito metodológico de operacionalizar uma abordagem qualitativa de culturas e experiências ligadas a classes sociais subalternas.

    Certo

  • É só pensar em "O queijo e os vermes" de Ginzburg que trata da história de um moleiro, um cara que trabalhava no moinho. Boris Fausto tem um livro que fala de um crime em restaurante chinês.

    Por trás desses eventos, todo um contexto, uma visão de mundo de uma sociedade.

  • O objetivo da microanálise é, a partir da escala em nível micro, pequeno, atingir o panorama mais amplo de uma dada época.
    Desta forma pretende-se promover “jogo de escalas", com vistas a uma maior elucidação do passado histórico. Ver o “ grande panorama" a partir do olhar e da análise de um “pequeno panorama".

    Para que fique mais claro, vamos a um exemplo O historiador italiano Carlo Ginzburg, um dos mais importantes pesquisadores que trabalham com micro história, publicou o “ O queijo e os vermes. O cotidiano e as ideias de um moleiro perseguido pela Inquisição".
    Nesta obra Ginzburg narra a vida e as crenças de um obscuro moleiro do norte da Itália, que foi condenado pela Inquisição. Narrando a vida desse pouco "importante" herege do século XVI, Ginzburg escreve sobre a cultura popular e erudita na época da Inquisição.

    Assim ele nos leva a ter uma visão sobre uma época quando cosmogonias (maneira de explicar o mundo e o aparecimento da vida), como aquelas formuladas pelo moleiro Menocchio, eram motivo de condenação religiosa e moral. Ou seja, a partir da história de um (pequeno panorama) é possível vislumbrar a comunidade – (grande panorama). Esta é uma forma de “fugir “ da história de heróis ou somente daqueles que se destacam na sociedade.

    É uma metodologia específica para o trabalho de um  historiador. É uma forma de contar a história dos grupos sociais subalternos, daqueles que são, na maioria das vezes, invisíveis e que são, como cada um dentro de uma (ou mais) comunidade(s), atores da História. Portanto, podemos entender que a afirmativa apresentada na questão está correta

    RESPOSTA: CERTA

ID
2787133
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Acerca de diferentes abordagens historiográficas contemporâneas, julgue o item que se segue.


A micro-história define-se, em geral, pelo foco em experiências e(ou) personagens do passado marcados por características extraordinárias e, sobretudo, exóticas.

Alternativas
Comentários
  • micro-história é um gênero surgido com a publicação, na , da coleção "", sob a direção de  e , pela , entre  e . Vem sendo praticada principalmente por historiadores italianos, franceses, ingleses e estadunidenses, com ênfase no papel desempenhado pelos primeiros, na importância da revista "" e no sucesso da referida coleção "Microstorie".

    A sua proposição de  defende uma delimitação temática extremamente específica por parte do historiador (inclusive em termos de espacialidade e de temporalidade), mas não se reduz apenas a isto.

    Numa escala de observação reduzida, a análise desenvolve-se a partir de uma exploração exaustiva das fontes, envolvendo a descrição etnográfica e tendo preocupação com uma narrativa histórica que se diferencia da narrativa literária porque se relaciona com as fontes. Contempla temáticas ligadas ao cotidiano de comunidades específicas — geográfica ou sociologicamente —, às situações-limite e às  ligadas à reconstituição de microcontextos ou dedicadas a personagens extremos, geralmente figuras anônimas, que passariam despercebidas na multidão.

    Fonte: wikipedia

  • ERRADO. É bem verdade que a micro-história define-se, em geral, pelo foco em experiências, mas não de personagens extraordinários (como reis, representantes do alto escalão do exército, etc), mas sim de pessoas "invisíveis" as quais não configuram como agentes de transformações sociais importantes. Para a micro-história, não só o documento oficial importa, mas quem o escreveu, quem foi o emissário que levou ao rei, etc.

  • A Micro História ficou conhecida como tal após a publicação da Coleção “Microstorie" de Carlo Ginzburg e de Giovanni Levi. O método de pesquisa da micro história defendia a análise exaustiva de todas as fontes possíveis sob uma escala de observação reduzida.
    A narrativa histórica do gênero historiográfico micro história baseava-se em uma descrição antropológica detalhada, porém diretamente relacionada com as fontes históricas do assunto. A sua criação começou a partir de discussões sobre os rumos que a Escola dos Annales deveria tomar e, houve críticas acerca do seu conteúdo ter rompido a barreira entre história, antropologia e literatura.
    Giovanni Levi, diz de forma assertiva, em artigos e livros, que o pesquisador da micro história observa um espaço bem delimitado simultaneamente com o todo em que aquele espaço está inserido. Quando acontece a redução ao caso mais particular, o historiador enxerga no micro as peculiaridades do espaço reduzido, mas também consegue ter a percepção da influência da macro estrutura naquele contexto.
    O candidato para responder esta questão precisa ter conhecimento prévio sobre a metodologia da micro história, das obras dos autores Carlo Ginzburg e Giovani Levi e de suas respostas às críticas do método. A afirmativa está incorreta 

    Gabarito do Professor: ERRADO.
  • método de pesquisa >> defendia a análise exaustiva de todas as fontes possíveis sob uma escala de observação reduzida.

    -descrição antropológica detalhada, porém diretamente relacionada com as fontes históricas do assunto

    -espaço bem delimitado simultaneamente com o todo em que aquele espaço está inserido. enxerga no micro as peculiaridades do espaço reduzido, mas também consegue ter a percepção da influência da macro estrutura naquele contexto.

     

    Contempla temáticas ligadas ao cotidiano de comunidades específicas — geográfica ou sociologicamente —, às situações-limite e às  ligadas à reconstituição de microcontextos ou dedicadas a personagens extremos, geralmente figuras anônimas, que passariam despercebidas na multidão.

    #PMAL


ID
2787136
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Não se pode coligir provas antes de se começar a pensar [...]. Isto porque pensar significa fazer perguntas, e nada constitui prova a não ser em relação a uma pergunta definida.

Robin Collingwood. A ideia de história. Lisboa: Presença, 1994, p. 346 (com adaptações). 

Tendo o fragmento de texto precedente como referência inicial, julgue o próximo item, a respeito da problemática das fontes no ofício do historiador.


As afirmações expressas nesse texto correspondem a uma defesa do argumento de que os historiadores devem circunscrever a sua pesquisa a fontes escritas de caráter oficial.

Alternativas
Comentários
  • O Historiador deve trabalhar com diversas fontes históricas diferentes.

    Gabarito: ERRADO

  • "nada constitui prova a não ser em relação a uma pergunta definida"

    Ou seja, o que torna a fonte "fonte" é a pergunta/problematização feita a ela. Isso, portanto, reforça a ideia do uso de diversas fontes.


ID
2787142
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Não se pode coligir provas antes de se começar a pensar [...]. Isto porque pensar significa fazer perguntas, e nada constitui prova a não ser em relação a uma pergunta definida.

Robin Collingwood. A ideia de história. Lisboa: Presença, 1994, p. 346 (com adaptações). 

Tendo o fragmento de texto precedente como referência inicial, julgue o próximo item, a respeito da problemática das fontes no ofício do historiador.


O caráter extremamente subjetivo que costuma marcar a produção de diários pessoais impossibilita o emprego de exemplares desse gênero textual como fontes históricas.

Alternativas
Comentários
  • Questão complicada!

  • O caráter extremamente subjetivo que costuma marcar a produção de diários pessoais impossibilita o emprego de exemplares desse gênero textual como fontes históricas. 

    Um diário pode ser considerado uma fontes histórica porque retrata o olhar, as vivências de uma pessoa num determinado contexto histórico.

    Mesmo com seu caráter subjetivo os diários pessoais não impossibilita o emprego destes como fontes históricas.

  • Não impossibilita. Mas devemos entender que um diário pessoal é uma visão de mundo, uma leitura de mundo que deve ser dialogada com outras visões de mundo.

  • EXCELENTE QUESTÃO!

    "O caráter extremamente subjetivo que costuma marcar a produção de diários pessoais impossibilita o emprego de exemplares desse gênero textual como fontes históricas". 

    ERRADA, inclusive já utilizei um diário como fonte de pesquisa para meu trabalho acadêmico.

    Os diários traduzem a trajetória de um indivíduo, apresentando um recorte temporal, suas vivências e fatos do cotidiano.

    A exemplo:

    "Um dos mais importantes diários pessoais de toda a história foi o produzido por Anne Frank. Com apenas treze anos de idade, Anne relatou a vida de sua família de origem judaica durante a perseguição nazista na Segunda Guerra Mundial. Seu diário foi escrito entre os anos de 1942 e 1944, antes dela ser capturada pela polícia nazista e levada para o campo de extermínio, onde morreu algum tempo depois. Seu diário tornou-se um dos principais relatos históricos sobre o holocausto e um dos livros mais lidos por todo o mundo. Dada a importância desses documentos, as cartas e os diários pessoais são fontes altamente valorizadas pelos historiadores nas suas pesquisas". 

    .

  • o diario de anne frank

    poderia se tornar um fonte histórica.

  • Melhor resposta, sim possibilita.

  • Português VS história


ID
2787145
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Não se pode coligir provas antes de se começar a pensar [...]. Isto porque pensar significa fazer perguntas, e nada constitui prova a não ser em relação a uma pergunta definida.

Robin Collingwood. A ideia de história. Lisboa: Presença, 1994, p. 346 (com adaptações). 

Tendo o fragmento de texto precedente como referência inicial, julgue o próximo item, a respeito da problemática das fontes no ofício do historiador.


Uma especificidade metodológica que frequentemente caracteriza o recurso a territórios, cidades ou obras de arte como documentos históricos é a impossibilidade de distinção entre fonte e objeto de conhecimento histórico.

Alternativas

ID
2787151
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A respeito de história e memória social, julgue o item a seguir.


O campo da memória é área de atuação interdisciplinar, sobretudo nas ciências humanas e sociais.

Alternativas
Comentários
  • Segundo o trabalho “A memória humana como objeto de pesquisa: uma lacuna do conhecimento interdisciplinar a ser explorada" de Jactania Marques Muller, Francisco Antônio Pereira Fialho, Patricia de Sá Freire

       "O campo de estudos sobre a memória é amplo. A memória humana é, principalmente, abordada       pelas áreas de neurociência e psicologia cognitiva. Além desta interface neuropsicológica, percebe-se que se faz necessário promover um diálogo com outros paradigmas disciplinares para que seja possível aprofundar a compreensão da memória humana e seus mecanismos de funcionamento subjacentes".

    O que se defende, então é que a questão da memória, individual ou social, não atrai a atenção apenas de historiadores e cientistas sociais. Para historiadores e cientistas sociais é fonte de pesquisa. Para outros é objeto de pesquisa. No entanto, fica claro que é uma questão intrigante, rica e que demanda uma visão multidisciplinar. 
    Qual é a diferença? Fonte de pesquisa é o material utilizado para pesquisa. Objeto de pesquisa é O QUE É pesquisado.

    Conclui-se então que a afirmativa apresentada está correta
    RESPOSTA:  CERTO
  • PMAL. 2021.

  • CERTO

    PMAL2021 VIBRAAAAAAAAAAAA


ID
2787154
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A respeito de história e memória social, julgue o item a seguir.


Diferentemente da memória individual, o patrimônio histórico, material ou imaterial, não incorpora sentimentos ou visões socialmente construídos.

Alternativas
Comentários
  • O movimento iluminista, ou o “ Século das Luzes" – século XVIII - introduziu de maneira decisiva o paradigma oriundo do renascimento de que a razão era a única verdadeira fonte de conhecimento e que o conhecimento científico digno do nome era aquele que nascia das leis, da comprovação empírica e pelo raciocínio lógico.
    Este é o momento em que História alcança o status de “ciência". Neste momento narrativas, escritas ou orais, frutos da memória passaram a ser vistos de forma suspeita como fontes para o trabalho do historiador. 
    A máxima do historiador grego Heródoto – Se quero saber, interrogo – deixa de ser motor de conhecimento considerado “histórico", até então muito utilizado para se construir a História, já que  não se configura como "ciência", de acordo com os parâmetros estabelecidos pela lógica iluminista. 
    É construída, a partir daí, uma história factual, detalhista, de heróis, enquadrada em uma cronologia matemática, até mais ou menos a metade do século XX. 
    São os historiadores da Escola dos Annales – francesa - que questionam essa forma de “fazer História".

    Passam a ser introduzidos no trabalho do historiador – e de outros cientistas sociais – novas fontes e novos objetos. Há toda uma nova proposta de historiografia, resultante, em parte, do consenso entre historiadores de que a história não tem mais a pretensão de estabelecer os fatos como realmente aconteceram. Na verdade o historiador sempre apresenta UMA VERSÃO dos fatos
    Pouco a pouco a ideia de Heródoto volta a ser um guia importante para o trabalho com História. E assim, o trabalho com memória, que não é linear, tampouco exato. É o relato, de uma maneira de construção do passado. 
    Neste sentido, o que é entendido como patrimônio histórico, material ou imaterial, é material de estudo do pesquisador. Ele é memória. Ele é uma fonte historiográfica porque possibilita uma articulação do passado com o presente, mesmo que essa articulação do passado não signifique conhecer como este realmente ocorreu.

    É a resultante, física ou não, de uma memória social, de uma dada comunidade em um determinado tempo, em um espaço  Nasce de uma construção coletiva da memória.

    Portanto, a afirmativa apresentada está incorreta

    RESPOSTA:  ERRADO
  • Patrimônio histórico material: templos, palácios, museus e etc

    Patrimônio histórico imaterial: Danças, alimentos que mostram a origem de um povo e etc


ID
2787157
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A respeito de história e memória social, julgue o item a seguir.


Ao trabalhar com a memória como fonte, o historiador dispõe de metodologia apropriada que lhe garante análise isenta e objetiva.

Alternativas
Comentários
  • Nada na história é isento !
  • E nem a memória, porque ela também pode ser seletiva

  • O movimento iluminista, ou o “ Século das Luzes" – século XVIII -introduziu de maneira decisiva o paradigma oriundo do renascimento de que a razão era a única verdadeira fonte de conhecimento e que o conhecimento científico digno do nome era aquele que nascia, das leis, da comprovação empírica. Ou seja, o que era construído pelo raciocínio lógico.
    Este é o momento em que História alcança o status de “ciência". Neste momento narrativas, escritas ou orais , frutos da memória, passaram a ser vistos de forma suspeita como fontes para o trabalho do historiador. 
    A máxima do historiador grego Heródoto – Se quero saber, interrogo – deixa de ser motor de conhecimento considerado “histórico"  por não  não se configurar como " conhecimento científico, de acordo com os parâmetros estabelecidos pela lógica iluminista. É preciso lembrar que nem sempre a memória é lógica!
    A historiadora Marieta de Moraes Ferreira, da UFRJ, afirma:
    "Nesse momento, os historiadores passam a adotar um conjunto de procedimentos para se diferenciar daqueles então denominados 'amadores', que eram cronistas, políticos, literatos ou, como no caso da França, indivíduos ligados à Igreja Católica". Esclarece ainda que isso significou a fixação sobre o que deveria ou não ser usado como fonte: "Um estudo 'isento' só poderia ser elaborado quando o historiador se distanciasse do seu objeto de pesquisa, abrindo mão de relatos parciais e cronologicamente próximos de eventos históricos."
    ( fonte : http: //www.comciencia.com.br)



    Constroie-se a partir daí uma história factual, detalhista, de heróis, enquadrada em  uma cronologia matemática, até mais ou menos a metade do século XX
     São os historiadores da Escola dos Annales – francesa - que questionam essa forma de “fazer História" e, a partir daí é introduzido o trabalho com novas fontes e, há toda uma nova proposta de historiografia. Há um consenso entre historiadores de que a história não tem mais a pretensão de estabelecer os fatos como realmente aconteceram. 
    Pouco a pouco a ideia de Heródoto volta a ser um guia importante para o trabalho com História. E assim, o trabalho com memória. Que não é linear, tampouco exato strictu sensu. É um relato de uma maneira de construção do passado

    Portanto, a afirmativa apresentada está incorreta, apesar do princípio da frase estar correto " Ao trabalhar com memória como fonte "...
    OBS : Escola dos Annales é um grupo de historiadores franceses que se propõem, mais ou menos na década de 1930, a trabalhar com pesquisa histórica de forma diferente do que era feito até então. Annales é o nome da revista acadêmica na qual tais historiadores publicavam seus artigos.  

    RESPOSTA: ERRADO
  • Mesmo que exista uma subjetividade na análise, podemos entender que é necessário ter uma análise. não pode ser isento de análise.


ID
2787160
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A respeito de história e memória social, julgue o item a seguir.


A memória coletiva, ou social, é um dos principais elementos que fundamenta a identidade de grupo, o que acaba por promover sua continuidade no tempo e no espaço.

Alternativas
Comentários
  • O historiador Pierre Nora define memória coletiva como “ a memória, ou o conjunto de memórias, mais ou menos conscientes, de uma experiência vivida ou mitificada por uma comunidade, cuja identidade é parte integrante do sentimento do passado" (Pierre Nora, «Mémoire collective», in Jacques Le Goff (curatore). La nouvelle histoire, Paris: Retz, 1978, p. 398) E o sociólogo francês Maurice Halbwachs cunhou o termo memória coletiva para designar o fenômeno que surge da interação social. O conceito está, então, indissoluvelmente ligado à percepção da existência de uma comunidade humana, sendo dela parte intrínseca. As proposições acima são importantes para a análise da afirmativa apresentada na questão. Ela é certa ou errada? A memória coletiva é, sim, um dos elementos que fundamenta a coesão e identidade de uma comunidade, garantindo sua sobrevivência e manutenção no tempo e no espaço. Ou seja, a sua história.

    RESPOSTA: AFIRMATIVA CORRETA
  • certo

    a memória coletiva: é um dos principais elementos que fundamentam a identidade de grupos

  • certo. É só lembrar dos folclores.

ID
2787163
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A respeito de história e memória social, julgue o item a seguir.


Memória e história estão conectadas, embora a ligação de cada uma com o passado seja processada de formas diferenciadas.

Alternativas
Comentários
  • materia ruim da p@#$!
  • certo

    elas estão conectadas... mais são processadas de forma diferente

  • discordo, estudar história é voltar no tempo saber o porquê das coisas, ela ajuda em outras matérias como geografia e direito. qualquer matéria requer paciência. em relação a questão, memória e história têm a mesma relação, sendo que história é aquilo escrito de uma memória passada e memória me faz lembrar de recordação, lembrança, etc.
  • Correto.

    A memória é o que é vivido. História é a reconstrução intelectual do que foi vivido. A memória "é a vida, em evolução permanente". E, "a história é a reconstrução sempre problemática e incompleta daquilo que não é mais". Logo, estão conectadas, mas analisadas de forma distintas .

     

    Lugares de memória = encontro  entre memória e história; nascem e vivem do sentimento que não há memória espontânea, que é preciso criar arquivos, que é preciso manter aniversários, organizar celebrações, pronunciar elogios fúnebres, notoriar atas, porque essas operações não são naturais

  • A memória é uma construção do passado que pode ser transmitida para outras gerações. Ela pode ser uma experiência individual, mas precisa necessariamente reiterar uma experiência coletiva. Ela também pode ser considerada uma reconstrução do passado, mas é importante ressaltar que ela é parte da experiência do que os indivíduos de um grupo entendem por passado. Inferimos assim que a memória é parcial e limitada. 
    Sua reconstrução não possui uma análise crítica das fontes como acontece na ciência história, sendo assim podemos dizer que é feita com frequência a partir de elementos que regem àquele grupo de acordo com os interesses políticos, ideológicos e sociais. Segundo Marc Bloch, a história é uma ciência que estuda os homens no tempo. A história possui uma metodologia científica, na qual é feita a reconstrução do passado através da análise crítica de fontes em diferentes formatos. 
    O processo histórico envolve a análise científica das fontes, o uso de um método para a construção do saber e a apreciação dos trabalhos por outros historiadores. Esta afirmativa está correta, porque a memória é a reconstrução de um grupo sobre a sua visão do passado e é utilizada como objeto de pesquisa para o historiador. A história possuiu um método científico, analisa criticamente os fatos para a reconstrução do passado. 

    O candidato para responder esta questão precisa estar familiarizado com o debate historiográfico acerca de memória e história. Uma indicação bibliográfica do respectivo assunto é o livro “História e Memória" de Jacques Le Goff. 

    Gabarito do Professor: CERTO.

ID
2787166
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Acerca dos lugares de memórias, julgue o item que se segue.


Os lugares de memórias existem justamente para que a história seja preservada.

Alternativas

ID
2787169
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Acerca dos lugares de memórias, julgue o item que se segue.


Os lugares de memórias são espaços que surgem espontaneamente, estando, portanto, vinculados à memória espontânea.

Alternativas
Comentários
  • Os lugares de memórias são espaços que surgem espontaneamente, estando, portanto, vinculados à memória espontânea. 

    ERRADA

    "...os lugares de memória nascem e vivem do sentimento que não há memória espontânea, que é preciso criar arquivos, que é preciso manter aniversários, organizar celebrações, pronunciar elogios fúnebres, notoriar atas, porque essas operações não são naturais".

  • Tipo de pergunta que não mede seu conhecimento

  • fudeu bahia kkkkkkkk
  • O conceito de “lugar de memória" foi elaborado pelo historiador francês Pierre Nora, entendido como da Nova História e referência no estudo de memória e identidade francesas. 
    Ele parte do princípio que a memória é mais do que o registro do passado. Ela depende da construção simbólica que o registro adquire. São locais, materiais ou imateriais nos quais se constrói a memória de uma sociedade. São locais nos quais povos ou grupos se identificam e se reconhecem como semelhantes, partilhando algo. Os lugares de memória, por seu simbolismo, possibilitam a formação de identidade e de pertencimento. Assim , segundo Nora 
    “Mesmo um lugar de aparência puramente material, como um depósito de arquivos, só é lugar de memória se a imaginação o investe de aura simbólica" NORA, Pierre. Entre história e memória: a problemática dos lugares. Revista Projeto História. São Paulo, v. 10, p. 21/23, 1993. 
    Pelo que foi acima enunciado é possível inferir que a afirmativa está incorreta 

    Gabarito do Professor: ERRADO.
  • História ou filosofia? misera de pergunta.


ID
2787172
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Acerca dos lugares de memórias, julgue o item que se segue.


Lugares de memórias representam e simbolizam uma realidade onde haja o encontro entre memória e história.

Alternativas
Comentários
  • Certo

    é a reconstrução do passado que serve para atender interesse do presente

  • O conceito de “lugar de memória" é uma resultante do trabalho do historiador francês Pierre Nora, vinculado ao movimento conhecido como da Nova História. 
    Entre 1978 e 1981 organizou seminários na École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris, que discutiam questões relacionadas à memória e identidade na França . Os seminários foram  importantes para a elaboração do conceito de lugares de memória e a organização dos tomos da obra Les Lieux de Mémóire, 
    E, o que define um lugar de memória é aquele que é material ou imaterial que a imaginação coletiva o investe de aura simbólica que, via de regra, leva à prática de um ritual. Mesmo um lugar puramente funcional, como um manual de aula, um testamento, uma associação de antigos combatentes, só entra na categoria se for objeto de um ritual. Segundo o próprio Nora, no texto “Entre história e memória: a problemática dos lugares", publicado na Revista Projeto História. São Paulo, v. 10, 1993. 
    Os lugares de memória nascem e vivem do sentimento que não existe memória espontânea, que é preciso criar arquivos, que é preciso manter os aniversários, organizar as celebrações, pronunciar as honras fúnebres, estabelecer contratos, porque estas operações não são naturais (...). Se vivêssemos verdadeiramente as lembranças que eles envolvem, eles seriam inúteis. 
    A memória é o que é vivido. História é a reconstrução intelectual do que foi vivido. A memória "é a vida, em evolução permanente". E, "a história é a reconstrução sempre problemática e incompleta daquilo que não é mais", de acordo com Nora, o que foi apresentado no texto acima citado.
    Então, memória e história devem se encontrar para que o monumento, o objeto ou alguma coisa imaterial se torne “ lugar de memória" A afirmativa está correta  e o conceito apresentado é 
    Gabarito do Professor: CERTO.

ID
2844091
Banca
COPS-UEL
Órgão
UEL
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Leia o texto a seguir.

Eu vi coisas que vocês não imaginariam. Naves de ataque em chamas ao largo de Órion. Eu vi raios-c brilharem na escuridão próximos ao Portão de Tannhäuser. Todos esses momentos se perderão no tempo, como lágrimas na chuva. Hora de morrer.

(Disponível em: <https://pt.wikiquote.org/wiki/Blade_Runner>. Acesso em: 11 jul. 2017.)

Esta é uma fala do androide Roy que queria eliminar Decard, no filme Blade Runner, o Caçador de Androides (1982), dirigido por Ridley Scott. No entanto, no combate, Roy o salvou da morte. Essa reflexão apresenta a noção de uma existência construída por múltiplas experiências as quais, que por serem as memórias de Roy, se perderiam para sempre.
Com base nos conhecimentos hoje predominantes sobre os fundamentos da história, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir.

( ) A História privilegia, nos seus estudos, as experiências coletivas dos grandes grupos humanos, excluindo a vida do indivíduo comum.
( ) A historiografia desconsidera a memória oral para registrar as formas culturais de compreensão do mundo.
( ) Nos museus e cemitérios, descansam os personagens históricos cujas ideias não mais afetarão os vivos.
( ) Memória e história são noções diferentes, mas se complementam e interagem quando depoimentos orais são registrados em documentos.
( ) Um fato histórico gera uma diversidade de documentos, e as interpretações sobre ele ressignificam o seu teor.

Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.

Alternativas

ID
2848405
Banca
FUVEST
Órgão
USP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A história do século XIX foi marcada pela tensão entre tradições políticas e intelectuais que apelava, ora para a força do nacionalismo, ora para o vigor das ideias internacionalistas. Indique a alternativa que traduz uma destas tradições.

Alternativas
Comentários
  • O nacionalismo no século XIX questionou os grandes impérios europeus multiétnicos, com o surgimento de tensões devido ao desejo de autonomia de alguns de seus povos. Exemplo dessa situação é o Império Austro-Húngaro, governado pela dinastia dos Habsburgos.

  • comentário da professora muito superficial,...

  • ai eu te pergunto uma questão dessa tem cabimento?? tendencia ao erro puro ,... essas banca pelo amor

  • entendi quase nada
  • O século XIX foi marcado pela existência de diferentes correntes de pensamentos, como o liberalismo, os nacionalismos e os socialismos.

    Nesse contexto, a ascensão do nacionalismo, manifestado por meio da auto determinação dos povos e se contrapôs ao poder das casas dinásticas, restauradas e/ou fortalecidas pelo Congresso de Viena com o seu princípio da legitimidade.

    As ideologias nacionalistas contribuíram para a eclosão da Primeira Guerra Mundial e a consequente fragmentação dos grandes impérios europeus.


ID
2853535
Banca
UECE-CEV
Órgão
UECE
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

No ano de 1472, o filósofo italiano Marsílio Ficino, em uma carta, apresenta sua opinião sobre a imprensa: segundo ele, esta invenção resulta de uma característica própria de uma época de ouro. Trata-se de uma época em que as antigas artes liberais se uniram a uma invenção que caracteriza a fase

Alternativas
Comentários

ID
2860996
Banca
UECE-CEV
Órgão
SEDUC-CE
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Considere a seguinte proposição: “Para superar a escola vazia de conhecimentos significativos, é necessário que os docentes alcancem um domínio complexo daqueles conteúdos que têm de ensinar, sob pena de se limitarem ao domínio da forma sem conteúdo”.

CAIMI, Flávi. O que precisa saber um professor de história? História & Ensino, Londrina, v. 21, n. 2, jul./dez. 2015, p.112-3. Disponível em: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/histensino/article/ view/23853


O que se espera do professor de história em relação ao domínio complexo do conteúdo é que ele

Alternativas
Comentários
  • Por que a Letra C é a resposta e as demais estão incorretas?

    R: Foi-se o tempo em que História era simplesmente a transmissão de datas, fatos, acontecimentos e nomes de personagens. Isso era um método defendido no começo do século XIX pelos positivistas (letra A). O ensino de História durante esse período era a memorização dessas informações em nossas cacholas (letra D).

    Só que o fazer histórico se transformou com o tempo, inclusive, com a possibilidade de olharmos para a História, para o passado e aprendermos com ele, dialogarmos com o presente (erro na letra B). Não estamos mais preocupados em gravar as coisas, até porque somente "decorar" não funciona no processo de aprendizagem. Devemos entender que uma disciplina guarda relações conosco, com nossa vida, com nossa sociedade. Daí, a necessidade de tornar um conteúdo significativo para o(a) estudante. Esse é o grande desafio!


ID
2861014
Banca
UECE-CEV
Órgão
SEDUC-CE
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Escreva V ou F conforme seja verdadeiro ou falso o que se afirma a seguir sobre História Oral.


( ) Desde sua implementação seus métodos e objetivos de pesquisa têm sido regularmente mantidos.

( ) Por meio de narrativas populares, aproxima-se de comunidades não hegemônicas explorando a sua subjetividade.

( ) Entrelaça-se com a literatura, a linguística, a antropologia, as religiões, a música, a cultura de massa e a política.

( ) Parte de eventos pontuais e determinados lugares e refere-se mais aos acontecimentos do que aos significados.


Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:

Alternativas

ID
2861017
Banca
UECE-CEV
Órgão
SEDUC-CE
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O trabalho do historiador requer métodos específicos, como levantar informações sobre o objeto de estudo, estabelecer hipóteses explicativas, analisar e classificar as fontes históricas, estabelecer relações de causalidade, elaborar a explicação histórica do fenômeno estudado. Esta última é a fase da interpretação, possivelmente a mais árdua, uma vez que requer

Alternativas
Comentários
  • a aplicação de uma teoria explicativa de caráter geral

  • Entendo que aplica-se uma teoria de caráter geral no objetivo específico de forma a lhe dar uma estruturação teórica firme, possibilitando formulações específicas in loco

  • Achei que a resposta forçou a barra.


ID
2861020
Banca
UECE-CEV
Órgão
SEDUC-CE
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

No que diz respeito aos fins educativos da História, não basta apenas que se saiba sobre os fatos ocorridos no passado; é necessário situá-los em seu contexto, perceber que, no estudo do passado, há diferenciados pontos de vista, alguns até discordantes entre si; além disso, é preciso que se estabeleça a reflexão de que há múltiplas maneiras de obter e avaliar as informações sobre o pretérito. Assim sendo, é correto dizer que os objetivos didáticos do ensino de História são os seguintes:

Alternativas
Comentários
  • muito bom!

    alternativa B.

  • "transmitir" o passado? errado. Essa questão deveria ser anulada.

  • "Transmitir o passado"? Ficou mal formulado.

  • Transmitir?

  • Item B.

    Mas o único item que não trata o passado como algo que encerra-se em si mesmo, nem relativiza por completo o papel da história e o item B.

    O item B fala em transmitir o passado, mas também fala em análise, compreensão e estabelecer relações. E sim sempre que falamos em história estamos transmitindo uma compreensão, interpretação, leitura do passado e nos referindo a fats que ocorreram nele.

    Questão mal elaborada.


ID
2861026
Banca
UECE-CEV
Órgão
SEDUC-CE
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Atente para as seguintes afirmações a respeito das novas tecnologias de comunicação e informação no ensino de história:


I. Essas tecnologias contribuem para a busca de informações prévias sobre o tema de estudo, utilizando os mesmos critérios metodológicos da pesquisa histórica quais sejam: seleção temática, interpretação e argumentação.

II. Possibilitam a produção de informação como os hipertextos, a viabilização de laboratórios e a formação integrada por meio de metodologias colaborativas.

III. Para a melhoria da qualidade do ensino de História, faz-se necessária somente a inserção do computador e multimeios.


É correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • Segundo sua explicação poderia ser tanto um quanto outro. Está equivocado


ID
2861032
Banca
UECE-CEV
Órgão
SEDUC-CE
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

As relações entre o ensino de história e a educação em direitos humanos acontecem não apenas na rotina diária da atividade educativa; elas ultrapassam a esfera do cotidiano, porque são reflexos de diferentes formas de representação existentes

Alternativas
Comentários
  • Não consegui entender o comando da questão :(

  • B) Nas concepções de história e educação presentes na prática pedagógica dos docentes.

    Questão tosca que merecia ser anulada.

  • Resposta: C

  • Fiquei bugada com essa questão.

  • Por eliminação eu iria de A. Sem sentido a alternativa do gabarito.

  • Sem sentido, mas acabei acertando a questão.

  • Só ir por eliminatória, pessoal.

  • Geralmente questões assim são terrivelmente estúpidas e mal feitas.... como se nem eles soubessem dizer o que querem saber.

  • resposta correta é a C .


ID
2861044
Banca
UECE-CEV
Órgão
SEDUC-CE
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Leia atentamente o seguinte excerto e responda à questão.


“Pois parece que os colcos são egípcios. Digo isso porque eu mesmo compreendi isso primeiro ou porque ouvi isso de outros; quando tive isso no meu pensamento, perguntei a ambos os povos, e os colcos recordavam mais dos egípcios do que os egípcios dos colcos; e os egípcios disseram que consideravam que os colcos eram os homens do exército de Sesóstris. E eu mesmo comparei as seguintes coisas: também porque eles têm suas peles negras, cabelos crespos (e isso não leva a lugar nenhum; pois são semelhantes aos outros povos), mas há o seguinte, que é o mais importante, porque somente os colcos, os egípcios e os etíopes dentre todos os homens são os que praticam, desde a sua origem, a circuncisão de suas partes pudendas. E ainda os fenícios e os sírios, os que são da Palestina, também estes concordam que aprenderam esse costume com os egípcios, e os sírios, dos que habitam o território em torno do Rio Termodonte e Partênio, também os macrônios, que são vizinhos desses povos, dizem que, recentemente, aprenderam esse costume com os colcos. Pois esses são os únicos dentre os homens que praticam a circuncisão, também estes tornam evidente que praticam isso conforme as práticas dos egípcios. E, dentre os egípcios e os etíopes, não posso dizer que aprenderam esta prática um com o outro; pois de fato, é um costume que parece ser antigo. E compreendi a partir disso que essa prática existe por causa das relações mantidas entre eles, uma grande prova disso para mim está no seguinte: nenhum dos fenícios, que tiveram contato com os helenos, imitam os egípcios quanto à circuncisão das partes pudendas, mas também dentre os seus descendentes, eles não praticam a circuncisão das suas partes pudendas.”

Heródoto. Histórias. Livro II – Euterpe. Tradução Maria Aparecida de Oliveira Silva, São Paulo: Edipro, 2016, p. 80-81.

Tendo o texto acima como referência inicial, é correto afirmar que Heródoto, como historiador, procura analisar e

Alternativas
Comentários
  • Questão de pura interpretação; e muito difícil.

    Gabarito: B


ID
2864707
Banca
Quadrix
Órgão
SEDF
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O grande medievalista francês Marc Bloch, autor do clássico  Apologia da História ou o ofício do historiador, inaugurou a  concepção de “história como problema”, em oposição a uma  historiografia  positivista  que  se  apoiava  em  fatos,  datas,  grandes nomes e heróis. Com Lucien Febvre, ele foi um dos  criadores da moderna historiografia conhecida como Escola  dos Anais (Annales).

Relativamente às transformações pelas quais passou a produção e a escrita do conhecimento histórico a partir das primeiras décadas do século XX, julgue o item seguinte.

A conhecida expressão “toda história é contemporânea” sepulta a ideia de ser o passado objeto de investigação por parte do historiador.

Alternativas
Comentários
  • A conhecida expressão “toda história é contemporânea” sepulta a ideia de ser o passado objeto de investigação por parte do historiador.


    Na verdade, não sepulta, e sim, traz uma mudança na forma de olhar o passado, como objeto de investigação histórica!

  • Prefiro entender isso como "Ir ao passado com problemas do presente e voltar com soluções para o futuro", de forma alguma se sepultou o passado como objeto de estudo do historiador, só se mudou a forma de análise.

  • Gabarito ERRADO


ID
2864716
Banca
Quadrix
Órgão
SEDF
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O grande medievalista francês Marc Bloch, autor do clássico  Apologia da História ou o ofício do historiador, inaugurou a  concepção de “história como problema”, em oposição a uma  historiografia  positivista  que  se  apoiava  em  fatos,  datas,  grandes nomes e heróis. Com Lucien Febvre, ele foi um dos  criadores da moderna historiografia conhecida como Escola  dos Anais (Annales).

Relativamente às transformações pelas quais passou a produção e a escrita do conhecimento histórico a partir das primeiras décadas do século XX, julgue o item seguinte.


Uma característica marcante da nova história, na esteira das inovações trazidas pela Escola dos Anais, foi o radical afastamento da história em relação às demais ciências humanas e sociais.

Alternativas
Comentários
  • A Escola dos Annales representa justamente uma aproximação da história com outras ciências auxiliares (sociologia, antropologia, filologia, etc).

  • A escola dos Annales é um movimento historiográfico do século XX que se constituiu em torno do periódico acadêmico francês Annales d'histoire économique et sociale, tendo se destacado por incorporar métodos das Ciências Sociais à História
  • Pregando um programa de aproximação de outras ciências sociais para explicar as relações humanas no tempo.

  • "Uma característica marcante da nova história, na esteira das inovações trazidas pela Escola dos Anais, foi o radical afastamento da história em relação às demais ciências humanas e sociais".

    Pelo contrário, é uma história que dialoga com outras áreas do conhecimento, para assim, compreendermos a sociedade na sua complexidade.


ID
2864722
Banca
Quadrix
Órgão
SEDF
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O grande medievalista francês Marc Bloch, autor do clássico  Apologia da História ou o ofício do historiador, inaugurou a  concepção de “história como problema”, em oposição a uma  historiografia  positivista  que  se  apoiava  em  fatos,  datas,  grandes nomes e heróis. Com Lucien Febvre, ele foi um dos  criadores da moderna historiografia conhecida como Escola  dos Anais (Annales).

Relativamente às transformações pelas quais passou a produção e a escrita do conhecimento histórico a partir das primeiras décadas do século XX, julgue o item seguinte.


É provável que as circunstâncias que envolvem a civilização contemporânea expliquem o fato de que, na atualidade, historiadores sejam chamados, crescentemente, a atuar nos mais diversos meios de comunicação social, como rádio, televisão, jornais e revistas.

Alternativas
Comentários
  • Pensando que Marc Bloch defendia o estudo das inquietações do presente e que a História teria por um dos objetos a civilização, faz sentido chamarem os historiadores a atuar em diversos meios de comunicação social. Muitos deles são convidados pela Globo News a darem seus pitacos sobre guerras, conflitos, discriminações étnico-raciais.


ID
2864734
Banca
Quadrix
Órgão
SEDF
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O grande medievalista francês Marc Bloch, autor do clássico  Apologia da História ou o ofício do historiador, inaugurou a  concepção de “história como problema”, em oposição a uma  historiografia  positivista  que  se  apoiava  em  fatos,  datas,  grandes nomes e heróis. Com Lucien Febvre, ele foi um dos  criadores da moderna historiografia conhecida como Escola  dos Anais (Annales).

Relativamente às transformações pelas quais passou a produção e a escrita do conhecimento histórico a partir das primeiras décadas do século XX, julgue o item seguinte.


O historiador britânico Eric Hobsbawm, que encontrou no materialismo histórico o suporte teórico‐metodológico para a elaboração de sua obra, notabilizou‐se pela publicação de livros referenciais para a compreensão da contemporaneidade (séculos XIX e XX).

Alternativas
Comentários
  • A fama de Eric Hobsbawn advém de três obras que funcionam como uma trilogia: A Era das Revoluções, A Era do Capital e A Era dos Impérios. Esses livros retratam a ascensão da burguesia, seguindo o crescimento do capitalismo e a formação dos grandes impérios europeus.

    O Quarto livro seria a Era dos Extremos, mas é comum encontrá-lo sendo vendido separadamente. Esse último não tem o mesmo prestígio que os três primeiros.

  • Gabarito CERTO


ID
2988070
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“A história do garfo, da lavagem da roupa, das formas de fazer amor (que podem dar origem a belos estudos) pode ser tão comezinha e tão pouco história – embora enfeite com ouropéis que dão uma certa cor local – como a história das batalhas, dos congressos diplomáticos e dos debates parlamentares, tal como a descreveu uma certa historiografia, que desejaríamos completamente ultrapassada”.

[Le GOFF, J. A História do Cotidiano. In: DUBY, G, et alii. História e Nova História. Porto: Teorema, s/d., 92]


Reconhecendo a existência de diferentes formas de se produzir e escrever o conhecimento histórico, é possível afirmar que o autor faz crítica e gostaria de ver ultrapassada a concepção:

Alternativas
Comentários
  • Nesta questão, analisando o trecho apresentado, o candidato deve indicar a alternativa que apresenta a concepção criticada pelo autor, reconhecendo a existência de diferentes formas de se produzir e escrever o conhecimento histórico. 
    De acordo com o positivismo, que pode ser entendido como uma filosofia ao serviço das ciências da natureza, a história nada mais é do que uma sucessão de acontecimentos que pode ser demarcada em períodos determinados por padrões universais. O ideal positivista tem como ambição identificar uma lei geral para a história: no caso, a dependência do desenvolvimento de todas as sociedades em relação a três fatores fundamentais: o “meio ambiente", a “raça" (hereditariedade), e o “momento histórico". Se apoia na crença de que a história é uma ciência pura, que fala por si só. Dessa forma, a historiografia positivista pretende fazer o registro completo e inequívoco da história. Para isso, fundamenta seus estudos em documentos de natureza oficial, dando preferência aos registros escritos emitidos e/ou certificados por alguma autoridade. Essa autoridade pode ser político-administrativa (governantes ou órgãos estatais) ou intelectual (pessoas ou instituições reconhecidas pelo Estado ou pela sociedade civil). Ela também limita seu objeto de estudo aos grandes acontecimentos e grandes personagens históricos. O saber histórico, dessa forma, provém do que os fatos apresentam, e assume um valor tal qual uma lei da Física ou da Química, ciência exatas. Tão objetiva é a História para os positivistas que um de seus maiores ensinamentos é a busca incessante de fatos históricos e sua comprovação empírica. De modo geral, a historiografia positivista não se preocupa em fazer uma crítica das fontes históricas e das pesquisas já publicadas. Seu interesse maior está em fazer uma narrativa cronologicamente linear dos eventos, demonstrando que o presente nada mais é do que o resultado da evolução histórica do passado. O historiador positivista acredita que seu trabalho é relatar a verdade de maneira imparcial e desinteressada, de acordo com a crença da objetividade e neutralidade científica. Assim, aceita os fatos históricos sem os submeter a crítica, o que lhe atribui um papel passivo. Portanto, um tema que já tenha sido estudado e sobre o qual não existam outros documentos oficiais não precisaria ser revisitado. Pode-se dizer que existem três grandes problemas na historiografia positivista. O primeiro é supor que imparcialidade é possível e que a narrativa histórica contida nos documentos oficiais é verdadeira. O segundo é acreditar que exista uma evolução histórica das civilizações e que elas possam ser classificadas hierarquicamente. Finalmente, por se basear sempre em documentação oficial, a historiografia positivista vem sendo usada por grupos interessados em evitar que a ordem vigente seja questionada. Assim, os historiadores positivistas pensam na história como essencialmente uma narrativa dos acontecimentos, enquanto novas correntes da história estão mais preocupadas com a análise das estruturas, e voltam sua atenção para analisar as mais diversas fontes, sendo elas histórias do tempo presente e/ou histórias de um passado mais distante, cruzando-as e pluralizando-as. Não há, dessa forma, uma única forma de enxergar e escrever a história, cada olhar possível valorizará aspectos explicativos diferentes para entender o passado de acordo com as teorias, as metodologias, as ideologias e os conceitos construídos e aplicados nas pesquisas, não havendo, assim, uma verdade absoluta no discurso histórico. 
    Portanto, o autor critica a concepção positivista. 
    Gabarito do Professor: Letra C.
  • positivista.

  • Leta D: arts. 81, III c/c 78, parágrafo 1°, CP.

  • Gabarito C


ID
2988073
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“No âmbito dos historiadores profissionais julgamos que o movimento de ideias mais influentes no sentido da construção da História como ciência foi chamado grupo dos Annales, principalmente entre 1929 e 1969. Durante estas quatro décadas, mesmo sendo os membros de tal grupo bastante heterogêneos, é possível perceber entre eles certas concepções fundamentais comuns, desenvolvidas em debate com os historiadores mais tradicionais”.

[CARDOSO, Ciro F. Uma Introdução à História. 9ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1992, p.42]


Entre essas concepções comuns, destaca-se a:

Alternativas
Comentários
  • passagem da historia narração para a história problema


ID
2988937
Banca
IDECAN
Órgão
IF-PB
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Princípios são leis ou fundamentos gerais de uma determinada racionalidade, dos quais derivam leis ou questões mais específicas. No caso do trabalho como princípio educativo, a afirmação remete à relação entre o trabalho e a educação, no qual se afirma o caráter formativo do trabalho e da educação como ação humanizadora por meio do desenvolvimento de todas as potencialidades do ser humano. Portanto, identifique a alternativa correta que trata do seu campo específico de discussão teórica em que se parte do trabalho como produtor dos meios de vida, tanto nos aspectos materiais como culturais, ou seja, de conhecimento, de criação material e simbólica, e de formas de sociabilidade.

Alternativas
Comentários
  • O materialismo histórico está fundamentado na luta de classes


ID
3019921
Banca
Exército
Órgão
EsFCEx
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Parafraseando Lucien Febvre — para quem o conhecimento histórico deve ter como referência “os homens, nunca o Homem” — toma-se inadequado falar em uma “historia da mulher”. Diversas em sua condição social, étnica, raça, crenças religiosas, enfim, na sua trajetória marcada por inúmeras diferenças, cabe, portanto, abordar a “historia das mulheres”.
(SOIHET, Rachel. História das mulheres. In:____VAINFAS, Ronaldo. Domínios da Ilistória: ensaios de leoriae metodologia. Rio de Janeiro: Campus, 1997. p.399).

A história, com raras exceções, até a segunda metade do século XX silenciou e negligenciou diversos indivíduos sociais, entre eles as mulheres. A história das mulheres foi e é uma reação contra esses silêncios. Sobre a história das mulheres observe as afirmativas abaixo, use “V” quando for verdadeiro e “F” quando for falso, depois assinale a sequência correta.

( ) Os novos rumos e as novas abordagens assumidos pela história cultural pluralizaram os objetos da história e, nessa perspectiva, as mulheres assumiram na historiografia a condição de sujeitos históricos.
( ) As lutas sociais estão desassociadas da história das mulheres, constituindo-se apenas uma disciplina acadêmica sem perspectivas práticas.
( ) A história positivista, devido a sua exclusiva atenção pela política, privilegiou as fontes oficiais, militares, diplomáticas, em que as mulheres pouco aparecem, construindo uma história dos homens para os homens.

Alternativas
Comentários
  • Lucien Febfvre fez parte da Escola dos Annales em1924 junto com Marc Bloch. Ambos promoveram inumeras inovações em metodologias de Estudos em História. Privilegiando não apenas a História política, mas também cultural, economico e social. Alem disso, estabeleceu-se novas narrativas históricas, focadas em novos agentes históricos que antes não eram estudados pelos historiadores.

    Gab C!

    Forte Abraço

  • Gabarito B

    1) Os novos rumos e as novas abordagens assumidos pela história cultural pluralizaram os objetos da história e, nessa perspectiva, as mulheres assumiram na historiografia a condição de sujeitos históricos.Verdade

    2) Correto:A luta social está associada a história das mulheres, constituindo-se uma disciplina acadêmica com perspectivas práticas

    3)A história positivista, devido a sua exclusiva atenção pela política, privilegiou as fontes oficiais, militares, diplomáticas, em que as mulheres pouco aparecem, construindo uma história dos homens para os homens.FALSO--> Pensando que os líderes estudados eram na maioria Homens as mulheres acabam sendo invisibilizada.


ID
3019927
Banca
Exército
Órgão
EsFCEx
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

De acordo com o historiador Perry Anderson, apesar de “muitas das técnicas do sistema absolutista terem sido criadas na Itália”, essa região não logrou desenvolver um absolutismo nacional. Assinale a opção que contém a explicação do autor a esse problema histórico.
(Percy Anderson, Linhagens do Estado absolutista).

Alternativas

ID
3019936
Banca
Exército
Órgão
EsFCEx
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Em 1924, o historiador Marc Bloch publicou o livro "Reis Taumaturgos: o caráter sobrenatural do poder régio: França e Inglaterra” e deu um passo importante para o desenvolvimento de uma nova história política, não mais atenta apenas em descrever dinastias, batalhas e reinos, mas pondo em evidência suas relações com o imaginário, com o mágico. A partir do que foi apontado acima, analise as afirmativas abaixo e depois assinale a alternativa que está correta.

( ) A nova história política permitiu historicizar o que antes era considerada apenas como anedota.
( ) O fenômeno atribuído aos reis franceses e ingleses de curar escrófulas (adenite tuberculosa), com o toque das mãos é característico do medievo, os ritos de cura não poderíam ser difundidos na modernidade, visto que a medicina e outras formas de conhecimento deslegitimariam tais práticas.
( ) O caráter sobrenatural do poder dos reis franceses e ingleses tem elementos de legitimidade anteriores às dinastias Capetingia e Plantageneta, de meados do século XIII. Pepino, o Breve, no século VIII, e os reis posteriores a ele, já haviam legitimado o seu poder a partir de uma cerimônia influenciada no Antigo Testamento: a unção régia constituía-se, portanto em um rito de sacralização do monarca.

Alternativas
Comentários
  • Alt. A

    Por não saber o significado de anedota acabei errando.

    Anedota:Pormenor curioso e pouco divulgado que ocorre, em segundo plano, sobre uma certa personagem ou evento histórico; caso.

  • Gabito A.

    Mac Bloch foi um Historiador medievalista que fez parte da Escola dos Annales em 1924. Responsável por desenvolver novos métodos de pesquisa científica em História. O Historiador produzia História para além dos grandes feitos e grandes relatos. Se preocupava também com questões econômicas, sociais e culturais. Atentava-se e produzia a história dos "esquecidos" pela história.

    Um abç!


ID
3019951
Banca
Exército
Órgão
EsFCEx
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

É com o objetivo de fomentar o diálogo sobre a questão da alteridade que Todorov sustenta a tese sobre o desconhecimento do outro pelos espanhóis ao narrar a descoberta da América e sua conquista. A partir do ponto de vista desse autor sobre a visão do outro no contexto do descobrimento da América, analise as alternativas e assinale a resposta correta.

I. O autor, ao contextualizar temporalmente os personagens evidenciados nas fontes, traça diversas conexões entre os discursos produzidos em cada tempo e as relações de poder travadas na época da conquista.
II. A tese central de Todorov sobre a vitória espanhola contra os Astecas, está centrada na incapacidade dos indígenas em entender e comunicar-se individualmente com o outro.
III. Todorov utiliza um aparato documental produzido pelos conquistadores e missionários espanhóis, tais como cartas e diários. Sua leitura é a de um semiótico, pois analisa as fontes de formas discursivas.
IV. Ao problematizar a questão do outro, Todorov se propôs a comprovar que os espanhóis não conheciam os indígenas. O contato entre os distintos povos não resultou na compreensão, mas na destruição e massacre dos índios pelos conquistadores.

Alternativas

ID
3019966
Banca
Exército
Órgão
EsFCEx
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Uma das grandes discussões da historiografia contemporânea diz respeito ao surgimento das nações, dos nacionalismos e dos sentidos de nacionalidade. A esse respeito, assinale a opção que é condizente com a história do nacionalismo no cenário europeu ocidental.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra C. Para não assinantes.


ID
3024520
Banca
IDECAN
Órgão
IF-PB
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A construção da História enquanto ciência pelos positivistas durante o século XIX baseava-se na compreensão da narrativa histórica como

Alternativas
Comentários
  • Letra D

    O Positivismo procura resgatar a verdade como Objetiva, Imparcial e Neutra


ID
3024523
Banca
IDECAN
Órgão
IF-PB
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O “tempo histórico” é entendido como uma experiência particular de cada sociedade que no presente se relaciona com seu passado (“espaço de experiência”) e seu futuro (“horizonte de expectativa”), possibilitando a consideração da existência de tempos plurais, heterogêneos e não lineares, tendo em vista que estas relações variam. Esta é uma construção conceitual apresentada por qual destes autores em sua respectiva obra?

Alternativas
Comentários
  • A única vez que a leitura (obrigatória) de "Futuro passado" de Koselleck me ajudou na vida.

  • Oi, tudo bem?

    Gabarito: E

    Bons estudos!

    -O sucesso é a soma de pequenos esforços repetidos dia após dia.

  • Segundo José Carlos Reis em seu ivro intitulado "história e teoria" e especificamente em seu capítulo 5, traz a discussão sobre o temo histórico em Ricouer, Koselleck e nos Annales. Em Ricouer o tempo histórico refere-se à vida humana e o calendário é indispensável, pois é ele que numera e em cada marca dessa numeração existiu um homem individual (social). Outro conceito é o de geração, trata-se de vida compartilhada. O tempo histórico representa permanência de gerações e seqüência de gerações. A terceira conexão são os vestígios, os arquivos, pois as gerações deixam sinais, marcas, que são buscadas pelo historiador. Koselleck critica o conceito de tempo calendário, mas não o descarta, advertindo para o conhecimento interior do mundo humano, a idade interna de uma sociedade, ou seja, a relação estabelecida entre seu passado e seu futuro. Na perspectiva dos Annales, o tempo histórico é estrutural – influência das Ciências Sociais que compreendiam o tempo como “estrutura social” – existindo a recusa da mudança, em favor do modelo, da quantidade, da permanência. 

    fonte: resenha de Mauro Dilmann disponível em: https://www.scielo.br/j/vh/a/PJKgV5RyMdsskCBXHfVf9YJ/?format=pdf&lang=pt


ID
3024526
Banca
IDECAN
Órgão
IF-PB
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A renovação historiográfica ocorrida no século XX, com os “Annales”, promoveu uma transformação na concepção de documento e na relação do historiador com ele. A concepção renovada de documento e de seu uso em sala de aula parte do pressuposto de que o trabalho com diferentes fontes e linguagens pode ser o ponto de partida para a prática do ensino de história. Nesta perspectiva, os documentos

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra A


ID
3024532
Banca
IDECAN
Órgão
IF-PB
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“Quando o doente se acostuma ao seu estado de vigília, começavam a apagar-se da sua memória as lembranças da infância, em seguida o nome e a noção das coisas, e por último a identidade das pessoas e ainda a consciência do próprio ser, até se afundar numa idiotice sem passado.”

MÁRQUEZ, Gabriel García. Cem anos de solidão. – 59ª ed. – Rio de Janeiro: Record, 2006. p. 47-48.


“Um novo regime de historicidade, centrado sobre o presente, estaria se formulando no Ocidente? A partir da Queda do Muro de Berlim (1989), ocorreu um crescimento rápido da categoria do presente e se impôs a evidência de um presente onipresente, nomeado de presentismo, onde se vive entre a amnésia e a vontade de nada esquecer.”

HARTOG, François. Tempo e patrimônio. Varia História, Belo Horizonte, vol.22, nº36, p.261-273, jul./dez., 2006. (com adaptações)


Relacionando as consequências da epidemia de insônia que acometeu a Macondo de Cem anos de solidão com as implicações que o presentismo traz para a nossa experiência histórica atual, é correto afirmar que a função social do historiador na sociedade atual deve ser:

Alternativas

ID
3024730
Banca
IF-TO
Órgão
IF-TO
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Leia o texto a seguir:  

   A História pode ser vista analogamente ao que temos em um carro. O para-brisa apontando o futuro e os espelhos retrovisores para o passado como referências. Sendo assim, a Teoria da História reporta aqueles que decidiram seguir este ofício da docência em História como um importante instrumento, pois, por meio dela, é que os fatos, as evidências e a existência do ser humano, enquanto constructo social, se faz. 
  Considerando o caput introdutório da questão como motivador para tema central apresentado, analise os itens a seguir, julgue-os colocando C para os que forem Corretos e E para os que forem Errados, e em seguida assinale a alternativa que corresponda a estes julgamentos. 

I. A teoria da história pode ser denominada como uma subdisciplina da história. Por sua vez esta teoria procura compreender as diversas formulações do conhecimento histórico. Por não existir uma concepção única e consensual para a análise do passado, as diversas teorias da história alimentam debates constantes entre os defensores de diversas concepções.
II. No século XIX, a aplicação do pensamento formulado por Auguste Comte, na área de análise histórica, acreditava que os pesquisadores deveriam encontrar o fator que determinasse a verdadeira história: ela seria algo indiscutível e localizada por meio dos documentos governamentais que jamais estariam errados, com omissões, ou deturpados. De acordo com tal forma de análise, apenas as histórias militares e políticas teriam importância de serem verificadas. Após a localização dos fatos do passado, deveriam ser criadas leis gerais que explicassem todos os dados coletados. A quantidade de leis deveria ser a mínima possível, até se alcançar uma lei única e universal. 
III. O positivismo revela a necessidade de uma pesquisa científica e metódica nas ciências sociais, fruto e tentativa de aplicação do mesmo que ocorre nas demais ciências a partir do século XIX. Até então, as narrativas históricas se limitavam a textos que misturavam credos religiosos com possíveis realidades, impossibilitando de serem separados um do outro, ou mesmo narrativas de pessoas de destaque que tivessem presenciado os ocorridos. 
IV. O positivismo na atualidade (Séc. XXI) encontra pouca receptividade dos historiadores. No entanto, é digna a sua lembrança já que, pela primeira vez, existe a preocupação de se desenvolver narrativas históricas seguindo determinados critérios. 
V. A Escola dos Annales trata de uma linha historiográfica surgida na França por meio da revista Annales d'histoire économique et sociale, criada por Marc Bloch e Lucien Febvre. Os dois autores fundadores de tal publicação achavam insuficientes as formas com que a História era tratada até então. Apesar disso, não foram os primeiros a proporem novas abordagens, nem receberam a fama de forma indevida. Bebendo das fontes de diversos autores, compilam uma forma própria de análise do passado. 
VI. Nova História é corrente historiográfica surgida nos anos 1970 e correspondente à terceira geração da chamada Escola dos Annales. Seu nome derivou da publicação da obra "Fazer a História", em três volumes, organizada pelos historiógrafos Jacques Le Goff e Pierre Nora, seus principais expoentes na França. 

Alternativas
Comentários
  • Questão bastante subjetiva: "pela primeira vez, existe a preocupação de se desenvolver narrativas históricas seguindo determinados critérios". Deveriam ter especificado como "critérios científicos", ou podemos dizer que toda a produção historiográfica anterior não tinha quaisquer critérios?

  • Questão confusa...

  • Questão muito confusa. Além da estrutura da própria questão não ajudar em nada (para quem tem miopia e astigmatismo então...)

  • A questão está errada. O seguinte trecho não possui fundamento: "Até então, as narrativas históricas se limitavam a textos que misturavam credos religiosos com possíveis realidades, impossibilitando de serem separados um do outro". Isso não verdade desde o século XVI. No XVII já existe critica documental e história herudita (Bloch presta reverência a esse século, incluive). No XVIII, nem precisa se falar, basta lembrar Hume e Gibson.


ID
3024733
Banca
IF-TO
Órgão
IF-TO
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Leia as reflexões a seguir sobre a Historiografia:

Excerto I

Vale ressaltar o quanto é imprescindível distinguir a matéria-prima do trabalho dos historiadores (a fonte primária) do produto acabado ou semiacabado (fonte secundária e fonte terciária). Neste viés, importa notar a diferença entre a fonte e o documento e o estudo das fontes documentais: a sua classificação, prioridade e tipologia (escritas, orais, arqueológicas); o seu tratamento (reunião, crítica, contraste), e manter o devido respeito a essas fontes, principalmente com a sua citação fiel. A subjetividade é uma singularidade da ciência histórica.

Excerto II

A Historiografia é o equivalente a qualquer parte da produção historiográfica, ou seja: ao conjunto dos escritos dos historiadores acerca de um tema ou período histórico específico. Por exemplo, a frase: "é muito escassa a historiografia sobre a vida cotidiana no Japão na Era Meiji" quer dizer que existem poucos livros escritos sobre esta questão, uma vez que até ao momento ela não recebeu atenção por parte dos historiadores, e não porque esse objeto de estudo seja pouco relevante ou porque haja poucas fontes documentais que proporcionem documentação histórica para fazê-lo.

Após a leitura dos dois excertos, analise as afirmativas a seguir, assinale a que complementa estes excertos iniciais com argumentos corretos sobre a reflexão do historiador frente à reflexão deste, em detrimento da objetividade, subjetividade e sua inter-relação com o mundo científico e com a sociedade:


Alternativas

ID
3024739
Banca
IF-TO
Órgão
IF-TO
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Sobre o Ensino de História no Brasil, analise os itens a seguir, julgue-os (C para os que forem corretos e E para os que forem Errados) e em seguida assinale a alternativa que corresponda de forma adequada às conclusões realizadas.
I. Com as Leis n.º 4024/61 e 5692/71, os conteúdos de história continuaram a ser trabalhados em ordem cronológica, sendo memorizados e com a prática cívica sendo o seu principal objetivo, e com a hegemonia dos pressupostos positivistas.
II. Entre as décadas de 60 e 70, o extinto Conselho Federal de Educação recomendava o ensino de história geral e do Brasil, assim como o ensino de história da América. Estas medidas resultaram em um ensino de história com uma visão eurocêntrica, tendendo à regionalização e às Histórias Múltiplas, que articulava a revolução francesa e industrial com os movimentos de independência dos países da América, em especial o Brasil. Neste período as disciplinas de História e Geografia foram substituídas pelos Estudos Sociais.
III. A partir da década de 1980, o ensino de história passou por discussões quanto ao seu objeto. Os pressupostos da concepção positivista da história passaram a ser negados, e aos poucos os historiadores foram redescobrindo o homem como agente do processo histórico, como o principal personagem de uma história que sem sua presença não existiria.
IV. Apesar de todas essas mudanças ocorridas nos currículos, alguns autores salientam que não foram suficientes para quebrar o ordenamento cronológico dos conteúdos, pois a sólida tradição escolar de base positivista ainda imperava. Este cenário podia ser visualizado nos livros didáticos, por exemplo, através de um ensino que apresenta a população brasileira como fruto da relação harmônica e não conflituosa entre índios e negros que contribuíram na obra colonizadora/civilizatória conduzida pelo branco português/europeu e cristão.

Alternativas

ID
3024742
Banca
IF-TO
Órgão
IF-TO
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Leia os excertos a seguir:

Excerto I – Segundo Jacques Le Goff, a memória é a propriedade de conservar certas informações, propriedade que se refere a um conjunto de funções psíquicas que permite ao indivíduo atualizar impressões ou informações passadas, ou reinterpretadas como passadas. O estudo da memória passa da Psicologia à Neurofisiologia, com cada aspecto seu interessando a uma ciência diferente, sendo a memória social um dos meios fundamentais para se abordar os problemas do tempo e da História.
Excerto II – A memória está nos próprios alicerces da História, confundindo-se com o documento, com o monumento e com a oralidade. Mas só muito recentemente se tornou objeto de reflexão da historiografia. Só no fim da década de 1970 que os historiadores da Nova História começaram a trabalhar com a memória.
Excerto III – Quando os historiadores começaram a se apossar da memória como objeto da História, o principal campo a trabalhá-la foi a História Oral. Nessa área, muitos estudiosos têm-se preocupado em perceber as formas da memória e como esta age sobre nossa compreensão do passado e do presente.
Excerto IV – a memória não é apenas individual. Na verdade, a forma de maior interesse para o historiador é a memória coletiva, composta pelas lembranças vividas pelo indivíduo ou que lhe foram repassadas, mas que não lhe pertencem somente, e são entendidas como propriedade de uma comunidade, um grupo.

Após análise dos itens, assinale a alternativa correta:

Alternativas

ID
3024745
Banca
IF-TO
Órgão
IF-TO
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Leia o texto a seguir

TEMPO

A História – todos nós estamos acostumados com essa definição – é o estudo das atividades e produções humanas, ou seja, da cultura, ao longo do tempo. Assim, no próprio conceito de História está inserido o conceito de tempo, o que nos mostra sua importância. No entanto, tempo é uma daquelas noções que perpassam nosso dia a dia e às quais damos pouca atenção, a despeito de sabermos de sua importância. Na verdade, a palavra tempo pode designar, em português, coisas diferentes, desde o clima ao tempo histórico, o tempo cultural.

Silva, Kalina Vanderlei Dicionário de conceitos históricos / Kalina Vanderlei Silva, Maciel Henrique Silva. – 2.ed., 2ª reimpressão. – São Paulo: Contexto, 2009

Assinale a alternativa que se mostra equivocada quanto à definição de Tempo para história/historiografia:

Alternativas
Comentários
  • Questão fácil. Primeiro ponto, prestar atenção no que a questão pede: "alternativa... equivocada". Segundo ponto, a palava "hierárquica" é muito perigosa na historiografia; não podemos hierarquizar os povos e culturais, são apenas diferentes.