SóProvas


ID
1498276
Banca
IDECAN
Órgão
INMETRO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I 

                              Consumo e consumismo: pela consciência em primeiro lugar
 
Não há como fugir do consumo. Ele representa nossa sobrevivência e não é possível passar um único dia sem praticá-lo. Precisamos adquirir bens para suprir nossas necessidades de alimentação, vestuário, lazer, educação, abrigo.

Associado ao termo consumo sempre surge a ideia do consumismo e cuja diferenciação não é tão simples quanto parece. Muito mais do que pessoas que compram muito e adquirem bens que não precisam, o consumismo é um retrato do modelo atual de sociedade, do desperdício e dos valores que imperam. O consumismo refere-se a um modo de vida orientado por uma crescente busca pelo consumo de bens ou serviços e sua relação simbólica com prazer, sucesso, felicidade, que todos os seres humanos almejam, e frequentemente é observada nas mensagens comerciais dos meios de comunicação de massa.

Em meio às suas rotinas de consumo, as pessoas têm cada vez mais dificuldade em perceber o que é necessário e o que é supérfluo e avaliar o tamanho do seu consumo. E é natural que o que é essencial para uma pessoa seja dispensável para outra devido à complexidade e à diversidade do ser humano. Qual é, afinal, o consumo ideal para uma pessoa ou uma família? Podemos mensurar as necessidades do outro? E seus desejos? Mais do que focar nos consumidores, podemos ter a percepção do tamanho do consumismo observando o culto ao consumo que impera em todos os meios. O nosso sistema de produção e toda a engrenagem que alimenta o sistema capitalista são impulsionados pelo consumo excessivo. Basta verificarmos como produzimos bens para serem pouco usados e logo descartados, com enorme impacto ambiental, gasto de água, recursos, energia e trabalho humano, para sentirmos como nossos processos não são sustentáveis, por mais que tentem pintá-los de verde. Enquanto convivermos com o bombardeio publicitário incentivando o consumismo, com a obsolescência programada não apenas de produtos tecnológicos mas também de pessoas, suas roupas e demais objetos, e um modelo de produção linear, que produz grande volume de resíduos, estamos vivenciando o consumismo. [...]

Para que as pessoas possam entender como elas vivem em um processo de consumo sem consciência é importante um entendimento individual acerca das necessidades reais e fabricadas. O condicionamento ao consumo pode acontecer de várias formas, mas a comunicação mercadológica que chega a homens, mulheres e crianças tem um papel decisivo. Os modismos chegam por novelas, desfiles, comerciais, incentivando hábitos que não eram comuns a determinado grupo. E com isso cria-se, então, um consumo que não existia.

Como resistir aos comportamentos consumistas? Quando pensamos na consciência antes do consumo temos como objetivo justamente entender o que é necessidade para o ser humano hoje. É tirar o foco do consumo e colocar em um entendimento de nossas necessidades e desejos e nos impactos pessoais, sociais e ambientais de nossas escolhas. Em meio a suas rotinas estressantes de trabalho, a uma corrida para ganhar dinheiro e pagar as contas no fim do mês, estamos perdendo a essência da vida. Qual seria um olhar com consciência da relação trabalho e obtenção de renda e estilo de vida e de consumo? Ocupamos nosso tempo, fazemos tarefas que não gostamos, nos afastamos de nossas famílias por longas horas para consumir coisas que a gente não precisa ou não precisaria e que são, inclusive, maléficas à nossa saúde física e mental. Mas estamos mergulhados em uma comunicação mercadológica que diz que aquele item é importante para que a gente se sinta bem e que pertença a determinados grupos. O consumo é visto como algo que credencia as pessoas e dá acesso a um mundo ilusório de perfeição e felicidade.

Mais grave ainda é a situação vivida pelas crianças e adolescentes, nos dias de hoje, que crescem em meio a valores extremamente materialistas e consumistas. Como falar em sustentabilidade se não cuidamos da infância em um sentido amplo, não oferecemos proteção contra todo tipo de abuso, inclusive a exploração comercial, e a disseminação de comportamentos insustentáveis? Estamos garantindo as condições para que no futuro as pessoas possam viver com qualidade.

Comerciais abusivos que falam direto para as crianças, promoções que nos ofertam brindes e descontos tipo leve 6 e pague 5, campanhas sedutoras e estratégias de venda com profundo conhecimento do comportamento humano. Armadilhas para um mundo consumista. Conseguir se desvencilhar deste grande emaranhado de recursos que induzem ao consumismo é hoje uma tarefa que exige um redescobrir do que é o ser humano, do nosso papel, e da nossa condição acima de “sujeitos-mercadorias", como coloca o escritor Zygmunt Bauman. Será que conseguimos? Um desafio que engloba uma tomada de consciência, uma nova comunicação midiática, mudança de valores, educação ambiental e para o consumo e, sobretudo, uma educação para a vida.

(Disponível em: http://conscienciaeconsumo.com.br/artigos/consumo-e-consumismo-pela-consciencia-em-primeiro-lugar.)

“Em meio às suas rotinas de consumo, as pessoas têm cada vez mais dificuldade em perceber o que é necessário e o  que é supérfluo e avaliar o tamanho do seu consumo.” (3º§) No excerto anterior, a ocorrência da crase se dá porque  está precedendo um 

Alternativas
Comentários
  • GABARITO ERRADO!

    CORRETA > A

     

     

    O uso do acento grave é facultativo diante de pronome possessivo feminino, até aí tudo bem, acontece que essa regra vale somente quando o P.P.F está no singular. No caso em questão a crase é obrigatória e não facultativa.

     

    Veja bem:

    "Em meio às suas rotinas de consumo..."

    - Perceba que temos o pronome possessivo feminino no plural (suas), onde o mesmo está precedido de preposição "A" + artigo "A", formando assim a crase.

     

    Por que não é facultativo?

    se tirarmos o acento grave, isso implicaria que a preposição "a" ou o artigo "a" teria sido suprimido, pois bem, vejamos:

     

    1) Tirando a preposição "A"

    A frase ficaria: "Em meio as suas rotinas de consumo..." 

    (acontece que a preposição "a" está sendo regida pelo termo anterior e não pode ser suprimida)

     

    2) Tirando o artigo "A"

    A frase ficaria: "Em meio suas rotinas de consumo..."

    (estaria correta dessa forma, pois o artigo "A" pode ser suprimido)

    Ocorre que se dissermos que a frase pode ser escrita dessa forma: "Em meio as suas rotinas de consumo..." está errado!

    pois é necessária a preposição "A" e se colocarmos no plural, também será necessário o artigo "A(s)". Ocasionando então a crase obrigatória.

     

     

     

     

  • O gabarito está correto. A crase é facultativa pois a utilização do artigo "as" não é obrigatória antes do pronome possessivo "suas".

    A frase pode ser escrita tanto "Em meio às rotinas" (preposição a + artigo as) quanto "Em meio a suas rotinas" (preposição a).

  • Juliana, não foi isso que a banca propôs (seu ultimo exemplo fora citado em meu primeiro comentário). O que ela diz é que no trecho "Em meio às suas rotinas de consumo" o uso da crase seria facultativo, fato que não procede. No seu ultimo exemplo: "Em meio a suas rotinas" o "a" trata-se de preposição, somente - diferente do enunciado que indaga sobre a + a (as) > prep. + artigo.

     

     


    A crase só seria facultativa se o exemplo estivesse no singular (a/à sua), como está no plural devemos obrigatoriamente usar a crase (prep "a" + artigo "a"). Já constatei algumas questões que foram anuladas em função disso.

    Veja o exemplo de uma questão (CESPE) que já entende a maneira correta:

    Q354587

    "O emprego do sinal indicativo de crase na expressão “às suas mais difíceis demonstrações” (l.2-3) é facultativo."

    GAB: ERRADO (POIS É OBRIGATÓRIO) 57% erraram a questão.


    Pra fixar:No caso que estamos discutindo, a crase só é facultativa diante dos Pronomes Possessivos Femininos no "SINGULAR"

    "MINHA, TUA, SUA, NOSSA, VOSSA"



    Bons estudos!

     

  • Concordo 100% com o Marcos Romeiro.

  • Essa banca deve ser horrivel...

  • Mais uma questão "muito bem elaborada" pelo IDECAN

  • Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA

    - Diante de nomes próprios femininos:

    Observação: é facultativo o uso da crase diante de nomes próprios femininos porque é facultativo o uso do artigo. Observe:

    Paula é muito bonita.Laura é minha amiga.A Paula é muito bonita.A Laura é minha amiga.

    - Diante de pronome possessivo feminino:

    Observação: é facultativo o uso da crase diante de pronomes possessivos femininos porque é facultativo o uso do artigo. Observe:

    Minha avó tem setenta anos.Minha irmã está esperando por você.A minha avó tem setenta anos.A minha irmã está esperando por você.

    - Depois da preposição até:

    Fui até a praia.ouFui até à praia.Acompanhe-o até a porta.ouAcompanhe-o até à porta.A palestra vai até as cinco horas da tarde.ouA palestra vai até às cinco horas da tarde.

  • A) O simples fato do pronome possessivo está no plural não deixa a obrigação do sinal indicativo de crase. Pode-se escrever: Em meio a suas rotinas de consumo. Omitindo o artigo "as" e preservando a preposição.

    B) O fato de ser pronome possessivo feminino não deixa, necessariamente, o sinal indicativo de crase facultativo, pois há, na oração, a presença de preposição "a" + artigo "as"= às. Caso fosse retirado a crase, teríamos: Em meio as suas rotinas de consumo. Seria identificada apenas a presença de artigo, deixando o item incorreto.

    C) No item C que para mim seria o mais correto, podemos ver a menção do item ao dizer que há na oração o pronome + artigo e com a presença da preposição já existente na oração, surge a obrigatoriedade da crase.

    D) nem precisa comentar.

    E) Nem precisa comentar.


    Essa é a minha opnião.


    Att.

  • Letra B

    Uso facultarivo na frase que o pronome possesivo relaciona o substantivo.

  • Gabarito A

    Fui A SUA aula, A SUAS reuniões e àS SUAS festas. 

    singular + singular : crase facultativa.

    singular + plural : Não tem.

    plural + plural : OBRIGATÓRIA        

  • Resposta: Letra B.

    A questão é capciosa, mas está perfeita! Não considero haver possibilidade de anulação.

    O enunciado solicita a regra pela qual a crase presente no trecho foi formada. Efetivamente, a crase ocorre por apresentar-se diante de pronome possessivo feminino, que é regra facultativa. Em resposta a recurso, a Banca Examinadora argumentou: "Diante dos pronomes possessivos o artigo definido é optativo. Portanto, se o termo antecedente reger a preposição 'a', o acento grave será optativo. // Nessa frase, a expressão 'em meio a' é constituída da preposição 'a' e o pronome 'sua' está precedido de artigo".

    A alternativa A está evidentemente incorreta. Em geral, a obrigatoriedade da crase relaciona-se diretamente à obrigatoriedade do artigo definido: podendo o artigo ser eliminado, a crase é facultativa. A crase diante de pronomes possessivos jamais é obrigatória: diante de quaisquer pronomes possessivos, singulares ou plurais, o emprego do artigo definido é opcional, visto que o pronome apresenta as ideias de número e gênero expressas no artigo, tornando este redundante e desnecessário; logo, a crase é facultativa. Além disso, a flexão em número não influencia na formação da crase; essa é determinada exclusivamente pelo gênero dos termos.

    Espero ter contribuído...

    Abraços!

     

  • PIOR QUESTÃO DE CRASE QUE JÁ VI.

    Deveria ser Anulada.

  • Vou errar 10x,crase é obrigatoria diante de pronomes possesivos feminino no plural,já vi varias questões desse tipo,só que a Idecan gosta de bancar a diferentona e inventa isso,lembrando que essa banca é uma das que mais anulam questões.A correta seria a A.

  • Parabéns Érika Ramalho, concordo com vc.

    O que é facultativo na oração é o uso do artigo, a crase é a consequência da soma prep. + art. 

    Se uso artigo por consequências uso crase para que fique marcado a união de prep + art.

    se eu considerar que posso retirar somente a crase, ficará com erro de concordância, ficando somente "as" artigo.

    Portanto, levando a regra ao pé da letra, gabarito da banca está errado.

    Desta forma, assim como eu e diversos professores que mostrei a questão tiveram mesmo pensamento.

    A questão não devia ser anulada e sim correção do gabarito. A banca foi inteligente ao fazer a questão (mesmo sem saber), a burra ao num saber nem o que tá falando.

     

    letra C é o gabarito.

  • Exatamente Marcelo Pinheiro. A FUNCAB, por exemplo, considerou como uso obrigatório diante de pronomes possessivos femininos no plural. 

    Inclusive uma questão trazia: 

    "Os senhores receavam ÀS SUAS próprias suspeições". O item dizia "Como o verbo é transitivo indireto, é OBRIGATÓRIO o uso do acento indicativo de crase em AS". 

     

    Eu fiquei muito confusa com esta questao. 

  • Que questão foda...

    Sempre que fico entre duas alternativa eu chuto errado =/

     

    Excelente o comentário do Topo.

  • Resposta: Letra B

    A letra A está errada pois é muito ampla. "Pronome possessivo no plural (pode ser masculino ou feminino)"

  • Também discordo desse gabarito.

     

    A certa é alternativa A.

  • GAB =  A ________A Banca Errou 

    Assistam ao vídeo Q492749 que contém essa mesma questão, na qual o professor Alexandre Soares comenta o Erro da Banca

     

  • Gab para mim é letra A e xau

  • GABARITO B


    Pessoal, NÃO SE ESQUEÇAM que será facultativo para o pronome feminino possessivo no SINGULAR !!


    CASOS FACULTATIVOS DE CRASE

    - Diante de nomes próprios femininos:

    Entreguei o cartão Paula.

    Entreguei o cartão à Paula.

    - Diante de pronome possessivo feminino no SINGULAR:

    Cedi o lugar minha avó.

    Cedi o lugar à minha avó.

    - Depois da preposição até:

    Fui até a praia.

    Fui até à praia.


    bons estudos

  • Eu fiquei indignado com essa questão, mas com ajuda de uma colega, depois de muito pensar (vendo o insta do Fernando Pestana), consegui entender.

    Pessoal, bora lá, crase é uma coisa e sinal indicativo de crase/ acento grave é outra.

    Não quero ficar viajando muito não, apenas decorem que há 3 tipos de crase facultativa.

    1 - Antes de nome próprio feminino;

    2 - Antes de pronome possessivo (reparem que aqui nunca falam em singular ou plural);

    3 - Após preposição até;

    Até aqui, tudo bem? Apenas decorem isso, decoraram? Agora leiam abaixo:

    QUESTÃO CESPE: O emprego do sinal indicativo de crase na expressão "às suas mais difíceis demonstração" é facultativo. Gabarito ERRADO.

    É um dos três casos que eu citei acima? Sim, logo a crase é facultativa. Porém, o ACENTO GRAVE ou o SINAL INDICATIVO de crase não são!

    Crase é a união de duas vogais idênticas.

    Sinal indicativo de crase/ Acento grave = representação gráfica do fenômeno crase.

    A questão da IDECAN não disse que o sinal indicativo de crase é obrigatório (se ela tivesse dito isso, estaria correta). A IDECAN disse que a CRASE É FACULTATIVA. CERTO!!!

  • Gabarito Errado! Pronomes possessivos no plural a crase é obrigatória. Caso estivesse no singular, seria facultativa.

  • Gente, o QC errou. O gabarito na banca é letra C! E está correto, pois a crase só é facultativa quando for pronome possessivo feminino no SINGULAR.

  • Não adianta discutir, a banca se esqueceu de escrever que o artigo é facultativo no final do enunciado, pois a crase nesse caso não é facultativa.

    Ex: Em meio às suas rotinas

    Se dissermos que a crase é facultativa e a tirarmos, ficará assim:

    Em meio as suas rotinas (ERRADO)

    Por mais que o artigo seja facultativo diante de pro. possessivo singular ou plural, a regra de crase facultativa só fala no caso em que o pronome é singular pois não seria possível dizer se há artigo ou não.

    Em meio a sua rotina (sem artigo)

    Em meio à sua rotina (com artigo)

    Quis brincar e não soube. Mandou mal, IDECAN !!

  • caro colega concurseiro nesse caso A SUA a crase e obrigatoria tira essa duvida pra mim por favor

  • Segundo a Professora Flávia Rita, antes de pronomes possessivos no plural a crase é obrigatória..

    Ex: Referiu-se às suas ideias (caso obrigatório)

    Já em pronomes possessivos femininos no singular que não subentendem palavras, o uso do artigo é facultativos, logo a crase também será..

    Ex: Referiu-se a sua ideia.

  • Como assim ? F A C U L T A T I V O ?????????

  • Banca difícil!