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ID
1500661
Banca
FGV
Órgão
TJ-BA
Ano
2015
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

A Cia Longo Tempo atua no ramo de mineração. Em um dado exercício, a companhia calculou em R$ 30 milhões o valor em uso de uma das minas exploradas, antes dos custos de restauração do local, estimados em R$ 8 milhões. O valor contábil dessa mina é de R$ 25 milhões. A Cia Longo Tempo recebeu uma oferta de R$ 22 milhões pela venda da mina, com custos de R$ 2 milhões. De acordo com o CPC 01 (R1), ao final do exercício a Cia Longo Tempo deverá reduzir o valor da mina em (milhões):

Alternativas
Comentários
  • Questão trata de ajuste a valor presente (famoso AVP, ou teste de recuperabilidade ou teste de impairment).


    REGRAS:

    1. O valor recuperável é o MAIOR valor entre o valor justo líquido de despesa de venda e o valor em uso.

    2. Somente deve ser reduzido o valor contábil (redução do valor da mina) quando o valor recuperável exceder o valor contábil.


    CÁLCULO DOS VALORES:

    Valor em uso: 30 milhões - 8 milhões= 22m.

    Valor de venda: 22 milhões - 2 milhões = 20m

    Valor contábil= 25 milhões

    -> Achando valor recuperável: MAIOR VALOR= 22Milhões - 25 milhões= 3 milhões (VALOR DO AJUSTE - REDUÇÃO)


    Gabarito: C

  • Por que o custo de restauração reduz o valor em uso? Onde posso ler isso na norma?

  • Yna, você encontra no CPC 01, item 78 "Como consequência, o valor em uso da unidade geradora de caixa é determinado depois de considerar os custos de restauração". Leia todos o item, pois ele é bem extenso.

  •  

    Alguém sabe por que tirou o valor de restauração do valor de uso? Pensei que ele fosse adicionado ao valor de custo do imobilizado, como ocorre em alguns exercícios:

    Segundo o CPC 27 Imobilizado, o custo de um item do ativo imobilizado compreende:
    (a) seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos comerciais e abatimentos;
    (b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração;
    (c) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e de restauração do local (sítio) no qual este está localizado. Tais custos representam a obrigação em que a entidade incorre quando o item é adquirido ou como consequência de usá-lo durante determinado período para finalidades diferentes da produção de estoque durante esse período.

  • Segundo o enunciado o valor contábil da mina é de R$ 25 milhões. Diz, ainda, que a companhia calculou em R$ 30 milhões o valor em uso de uma das minas exploradas, antes dos custos de restauração do local, estimados em R$ 8 milhões. Assim:

    Valor em Uso = R$ 30 milhões – R$ 8 milhões = R$ 22 milhões

    Por fim, menciona que a entidade recebeu uma oferta de R$ 22 milhões pela venda da mina, com custos de R$ 2 milhões. Assim:

    VJ – Despesas = R$ 22 milhões – R$ 2 milhões = R$ 20 milhões

    Conclui-se, então, que o valor recuperável da mina é de R$ 22 milhões (maior valor entre o valor em uso e o valor justo líquido das despesas de venda). 

    Como o valor contábil (R$ 25 milhões) é superior ao valor recuperável (R$ 22 milhões) a entidade deverá reconhecer uma perda por desvalorização de R$ 3 milhões, o que torna correta a alternativa C.

  • Valor recuperável - É o maior valor entre o valor em uso e o valor líquido de venda.

    • Valor em uso = 30 milhões - 8 milhões = 22 milhões
    • Valor liquido de venda = 22 milhões - 2 milhões = 20 milhões

    Assim, o valor recuperável é de R$ 22 milhões.

    Agora basta comparar com o valor contábil líquido do bem. Se Valor Contábil > Valor Recuperável, então registrar uma perda. caso contrário, isto é, VC < VR, não fazer nada.

    Como o VC = 25 milhões e o VR = 22 milhão, então VC > VR. Portanto, deve-se reconhecer uma perda no valor de R$ 3 milhões.