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                                	No modelo Keynesiano simples (MKS)  o investimento é um gasto completamente autônomo. Portanto não há uma relação entre a taxa de juros e o investimento, e também não há uma relação explícita entre a taxa de juros e a renda. Feita essa consideração já é possível afirmar que nem sempre haverá relação  entre a taxa real de juros e a propensão a poupar. 	No modelo Keynesiano generalizado (IS-LM) existe a relação inversa (ao contrário do que foi afirmado na questão) entre a taxa de juros e a renda. 
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                                Pela equivalência existente entre poupança e investimento (I=S), e sabendo que quanto maior a taxa de juros(i), menor será o investimento (I), e portanto menor a poupança(S). A relação é inversa.
                            
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                                O aumento da taxa de juros real sempre aumenta o consumo no 2° período. Logo, é certo afirmar que um aumento da taxa de juros real sempre aumenta o consumo, e reduz a poupança, no 2° período.
 
 Mas quando analisamos o 1° período, o impacto sobre o consumo, e consequentemente sobre a poupança, vai depender do efeito renda ou do efeito substituição.
 
 Efeito renda: Considerando que o consumidor seja poupador, ou seja, já tenha dinheiro aplicado, um aumento na taxa de juros real fará com que suas aplicações rendam mais. Assim, se o consumo no 1° período e no 2° período correspondem, ambos, a bens normais, o consumidor vai desejar distribuir ao longo dos dois períodos essa melhoria no seu bem-estar, consumindo mais em ambos os períodos.
 
 Efeito substituição: Considerando que o consumidor seja poupador, ou seja, já tenha dinheiro aplicado, um aumento na taxa de juros real fará com que suas aplicações rendam mais. Assim, o consumidor irá preferir postergar a compra para o 2° período, pois assim aplica o valor da aquisição no 1° período e obtem ganho financeiro com esse valor.
 
 Conclusão: O crescimento da taxa de juros real pode, ao mesmo tempo, aumentar ou diminuir o consumo no 1° período. Se for considerado unicamente o efeito renda, ocorrerá aumento do consumo (e diminuição da poupança) no 1° período. Se for considerado unicamente o efeito substituição, consumo diminuirá no 1° período (assim, poupança crescerá).
 
 Análise retirada do livro do Macroeconomia, do autor N. Gregory Mankiw
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                                Relação inversao, logo questão ERRADA
 
 Supor um caso IS/LM, numa política fiscal contracionista:
 
 Propensão a poupar das familías (s) é um conceito mais utilizado na microeconomia e intrínseco ao consumo das familías.
 
 C = C0 + cYd = C0 +c*(Y - T)
 
 em que:
 C = Consumo;
 c = propensão marginal a consumir;
 Yd = Renda Disponível;
 Y = Renda;
 T = Tributos.
 
 A relação entre c e s: c + s = 1,0
 quanto maior a propensão das familías a poupar, menor será  a propensão a consumir e o consumo. Assim como uma maior tributação gera um menor será o consumo. Com a diminuição do consumo, temos uma diminuição na renda, resultando numa política fiscal contracionista.
 
 Resultado de um PF contracionista: Diminuição da taxa de juros (i) e da Renda (Y)
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                                Errei a questão, pois li que quanto maior a taxa real de juros, mais as pessoas vão querer poupar.
 O que faz sentido, pois com os juros altos, se as pessoas pouparem, obterão maiores lucros.
 
 Ou seja, há uma relação direta entre juros altos e poupança, sob esse ponto de vista.
 
 Inclusive, quanto maior a taxa de juros em um país,
 mais os investidores se sentirão atraídos a investir nesse país, pois maiores serão os seus retornos.
 
 Enfim, acho que o erro da questão está no emprego da palavra "sempre", pois como o 1º comentário citou,
 no modelo keynesiano nem sempre isso é verdade.
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                                O indivíduo busca moeda por três motivos: precaução, transação ou portfólio (especulação). O motivo precaução independe da taxa de juros. Já o motivo especulação depende porquanto o custo de oportunidade de se manter moeda com taxas de juros altas é alto. Logo não se pode afirmar que "sempre". Irá depender do motivo pela qual as famílias estão demandando moeda. 
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                                RESOLUÇÃO:            Errado por dois motivos.           Primeiro porque no modelo keynesiano simples, a taxa de juros nem é uma variável a afetar o consumo. Ou seja, nem temos que falar em Taxa de Juros.           Além disso, lembre que a propensão marginal a consumir e a propensão marginal a poupar estão dadas (são constantes) e não são afetadas pelas alterações nas outras variáveis.  Resposta: E 
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                                Simplificando:   A taxa de juros tem relação direta com a propensão marginal a consumir, que é oposta à propensão marginal a poupar. Logo, a assertiva está errada.   Basta lembrar do instrumental Keynesiano:   Yd = C + S Yd = c0 + c1 (Yd) + S S = Yd – c0 – c1Yd S = – c0 + (1 – c1)Yd   Quanto maior a propensão marginal a poupar (1 - c1), menor a propensão marginal a consumir (c1). Essa última, quanto menor, menores as taxas de juros, pois a curva IS se deslocará para a esquerda no modelo IS-LM.