SóProvas


ID
1532074
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Suzano - SP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                           Nova poética

Vou lançar a teoria do poeta sórdido.
Poeta sórdido:
Aquele em cuja poesia há a marca suja da vida.
Vai um sujeito,
Sai um sujeito de casa com a roupa de brim branco muito
bem engomada, e
      [na primeira esquina passa um caminhão, salpica-lhe
      [o paletó ou a calça de uma nódoa de lama:
É a vida.

O poema deve ser como a nódoa no brim:
Fazer o leitor satisfeito de si dar o desespero.

Sei que a poesia é também orvalho.
Mas este fica para as menininhas, as estrelas alfas, as virgens cem por cento e
[as amadas que envelheceram sem maldade.

                                                                              (Manuel Bandeira, Estrela da vida inteira)

Há, no poema, dois pronomes que expressam a ideia de posse em relação a uma coisa possuída. Assinale a alternativa em que eles estão destacados.

Alternativas
Comentários
  • b) cuja poesia (ideia de possuir a poesia) / salpica - lhe o paletó (Em algumas construções, os pronomes pessoais oblíquos átonos assumem valor de possessivo ou seja "salpica o seu paletó"). RESPOSTA CORRETA.

  • a)  ERRADA  "si" é pronome reflexivo = ação feita pelo sujeito que reflete nele mesmo (leitor satisfeito de si mesmo) / "que " pronome relativo

    b) GABARITO cuja sempre é utilizado com ideia de posse, entre dois substantivos ou palavra fazendo papel de susbtantivo (poesia que é daquele) / "salpica-lhe" (salpica seu paletó)

    todos outros são apenas repetições das mesmas frases intercaladas.

  • Sabemos que o pronome relativo “cujo(a)” imprime ideia de posse. Contudo, para além de seu aparecimento nas opções, temos que lidar com outros pronomes.


    Nas letras “a” e “e”, o pronome “si”, que consta , é um pronome pessoal oblíquo e não imprime qualquer ideia de posse.


    Na letra “a”, o pronome relativo “que” conecta o termo “amadas”, que é sujeito, ao verbo “envelheceram”.


    Na letra “c”, Os pronomes demonstrativos “aquele” e “este”, não imprimem a ideia de posse, que é

    encontrada no pronome pessoal oblíquo “lhe”.


    Na letra “b”, uma vez que a ideia se traduz com a seguinte fórmula: “alguém salpica (“o paletó”) de alguém (dele)”. No lugar desse complemento “de alguém” entra o pronome “lhe”, portanto, dando ideia

    de posse.