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ID
1547680
Banca
MS CONCURSOS
Órgão
SEDS-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                        Mandela e o poder da inspiração (RUTH DE AQUINO)

      "Agradeço a todos os deuses por meu espírito invencível. Sou o dono de meu destino. Sou o capitão de minha alma." Essas palavras poderiam soar recheadas de arrogância. Não na boca de Nelson Mandela, o líder sul­africano que ficou preso 27 anos e dali saiu para reconciliar seu país. Não há ceticismo que resista ao filme Invictus. Se você ainda não viu a atuação impecável de Morgan Freeman como Mandela - e se algum ressentimento perturba seu sono -, entre no cinema hoje.
      Há muitos motivos para ver Invictus. E o maior deles não é ser fã de rúgbi ou entender as regras desse jogo que combina força brutal e agilidade. Tampouco é o fato de a África do Sul sediar a próxima Copa do Mundo em julho. O maior motivo para ver Invictus é entender a nós mesmos, nossa força ou limitação, sós ou em equipe. Perceber com mais clareza o jogo cotidiano da liderança, em casa e no trabalho. Confrontar nossa verdade, sem subterfúgios ou rancores. O filme ajudará você a saber se seu chefe o inspira realmente. Ou se você inspira os que trabalham a seu lado.
      Uma cena tocante é o chá entre Mandela e o capitão da seleção sul­africana de rúgbi, François Pienaar, o louro africâner de temperamento contido representado por Matt Damon. Ao contrário de seus camaradas, Mandela intuía que os Springboks, mesmo com bandeira e hino associados ao apartheid, poderiam ser usados para unir negros e brancos numa imensa torcida arco­íris.
      - François - diz Mandela, sorrindo -, você tem um emprego muito difícil, um enorme desafio.
      - Seu desafio é maior, senhor presidente.
      - Mas não é minha cabeça que eles querem degolar a cada jogo, François. (...)

                              (disponível em: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/1,,EMI122804­15230,00.html, acesso: 02/03/2010)


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