Além dos símbolos de prestígio e dos símbolos de estigma, pode-se achar uma outra possibilidade, ou seja, um signo que tende - real ou ilusoriamente - a quebrar uma imagem, de outra forma coerente, mas nesse caso numa direção positiva desejada pelo ator, buscando não só estabelecer uma nova pretensão, mas lançar sérias dúvidas sobre a validade da identidade virtual. Referir-me-ei aqui aos desidentificadores.
Um especialista nova-iorquino nas artes da vadiagem nos dá um exemplo:
"Para ler um livro depois das sete e meia da noite no Grand Central ou na Penn Station uma pessoa deve usar óculos 40 com armações de osso ou então aparentar ser excepcionalmente próspera. Caso contrário, estará sujeita a ser espreitada. Por outro lado, os leitores de jornal nunca parecem chamar a atenção e, mesmo o mais maltrapilho vagabundo pode sentar-se no Grand Central durante a noite inteira sem ser molestado se continuar a ler um jornal”.