SóProvas


ID
1591171
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-DFT
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Acerca da responsabilidade penal de dependente de álcool e de outras drogas, julgue o seguinte item.


Se um indivíduo que rotineiramente se embriaga cometer crime em momento de intoxicação aguda, ele deverá ser declarado inimputável.


Alternativas
Comentários
  • Somente a embriaguez resultante de caso fortuito ou força maior tem a capacidade de excluir a culpabilidade do agente por embriaguez.


    Há a figura da Embriaguez Patológica, que é o vício do álcool, droga ou qualquer outra substância. Segundo a OMS, é uma doença mental, logo, o agente poderá ser enquadrado no art. 26, caput do CP, se restar comprovado que ele não entende o caráter ilícito da conduta ou que não é capaz de comportar-se conforme tal entendimento. Note-se que ele será inimputável por doença mental e não por embriaguez.


  • Diz-se embriaguez patológica ou crônica aquela que, em razão da desproporcional intensidade ou duração dos efeitos decorrentes da intoxicação alcoólica, compromete parcial ou totalmente a imputabilidade penal. 


    Os efeitos do álcool ou de substâncias de efeitos análogos no organismo humano é contínuo e suas consequências permanecem no sistema nervoso mesmo após sua eliminação. Por isso, a embriaguez patológica é equiparada às doenças mentais, aplicando-se, nesses casos, o art. 26, caput, e seu parágrafo único, do CP (e não o art. 28, II).


    O ébrio poderá ser considerado inimputável ou semi-imputável, de acordo com a conclusão do laudo pericial.



    Inimputáveis

    Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 


    Redução de pena

    Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.



    Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal:

    II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos.



    FONTE: Cleber Masson. Direito Penal. Parte Geral. Volume 1.

  • Muito útil o esclarecimento feito por Nícholas Lima.

  • O fato de embriagar-se rotineiramente não quer dizer que são todos os dias - o que configuraria EMBRIAGUEZ PATOLÓGICA. Respondi a questão pensando assim: se eu bebo todas as sextas e sábados, isto é uma rotina e não me tornaria inimputável. 


    A dor é passageira!

  • caso fortuito ou força maior!!!!

  • QUESTÃO ERRADA.


    Mesmo que a embriaguez rotineira fosse considerada uma excludente de culpabilidade, ainda assim a questão estaria errada, haja vista que não é informado que a embriaguez era completa.

  • achei a questão capciosa, pois informaram dependente de álcool, sugerindo inimputabilidade.  

  • Obrigado, David!

  • Questão visa o reconhecimento da "vontade" - Se um indivíduo que rotineiramente se embriaga

  • fui mais pelo fato da questão não trazer a informação se o alcoolismo era proveniente de caso fortuito ou força maior...

  • ISSO SE CHAMA EMBRIAGUEZ HABITUAL QUE NÃO SE CONFUNDE COM EMBRIAGUEZ PATOLÓGICA. SÃO SIMPLESMENTE OS CACHAÇEIROS.

  • Na mesma prova há uma questão que responde essa: 

     

    Ano: 2013    Banca: CESPE    Órgão: TJ-DFT    Prova: Analista Judiciário - Medicina - Psiquiátrica  


    Segundo a teoria da actio libera in causa, considera-se imputável o indivíduo que, tendo tomado conscientemente a decisão de embriagar-se, cometa crime em estado de intoxicação aguda.   CERTO 

  • Errei pois pensei trata-se de uma embriaguez patológica

  • GAB: E

    Embriaguez pre-ordenada é causa de aumento de pena

  • Teoria da Actio Libera In Causa

  • Embriaguez resultante de caso fortuito ou força maior exclui a culpabilidade.

    Não é o caso.

  • actio libera in causa NELE.

  • ERRADO

    É importante não confundir  (rotineiramente se embriaga) com embriagues patológica.

    Bons estudos...

  • Actio Libera In Causa

  • Embriaguez patológica é diferente da habitual!

  • Eu fiz o seguinte raciocínio: Mesmo que a primeira parte da questão for considerada embriaguez patológica, ainda assim não poderá considera- lo inimputável, pois ainda precisa fazer o juízo referente a se ela não tinha o conhecimento do caráter início do fato ou se ele não podia se portar de acordo com esse entendimento (sistema biopsicologico)

  • GAB:ERRADO

    SEM COMENTÁRIOS, A QUESTÃO POR SI NEM PRECISA.

  • Teoria da ACTIO LIBERA IN CAUSA (BEBEU PORQUE QUIS) não isenta de pena.

  • RESUMINHO SOBRE EMBRIAGUEZ PARA NÃO ERRAR MAIS NENHUMA QUESTÃO DO ASSUNTO

    CULPOSA- Aplica a pena normal

    VOLUNTÁRIA- Aplica a pena normal

    INCOMPLETA + CASO FORTUITO/FORÇA MAIOR - Atenua a pena

    COMPLETA + CASO FORTUITO/FORÇA MAIOR - isenta a pena

    PRÉ-ORDENADA - agravante

    Bons estudos moçada!

  • Se não fala nada na questão, não podemos pressupor que seja a patológica.

  • Gabarito "errado".

    Modalidades de embriaguez:

    - Voluntária: ele quer embriagar-se, mas não quer cometer ilícitos. O autor responde normalmente pelo crime.

    - Culposa: não conhece seus próprios limites e acaba se embriagando. O autor responde normalmente pelo crime.

    - Preordenada: o autor se embriaga para praticar o crime, para “tomar coragem” para praticar o crime. É agravante.

    - Acidental: é a embriaguez resultante de caso fortuito ou força maior.

    Se for completa, é isento de pena.

    Se for incompleta, diminui a pena.

  • INCLUSIVE SE CONFIGURA UMA CIRCUNSTANCIA AGRAVANTE DE PENA

  • A questão é maliciosa, mas está correta. Ela faz o uso da expressão "dependência de álcool", que, de fato, remete a embriaguez patológica.

    Ocorre que a embriaguez patológica, pode ser tratada como anomalia psíquica, que, por sua vez, pode gerar a inimputabilidade do agente ou a redução da pena, nos termos do art. 26 do CP.

    Como a questão fez a assertiva de que o agente "deverá ser declarado inimputável", ela acabou restringido a hipótese a apenas uma das duas possibilidades jurídicas acima mencionadas (ou seja, não considerou a possibilidade da redução da pena), o que faz com que a resposta correta seja a opção "errada".

  • A FAMOSA PREORDENADA,TOMA UMA AGRAVANTE NELE

    FELIZ ANO NOVO

    2021 PERTENCEREMOS Á GLORIOSA

    PRA CIMA DELES!

  •     Circunstâncias agravantes

     l) em estado de embriaguez preordenada.

  • Embriaguez patológica – embora não seja disciplinada pelo CP, é equiparada pela doutrina à doença mental (Art. 26/CP).

    A questão não relata se a embriaguez é completa!

    ERRADO

  • Imputável + agravante

  • Sonhador PRF

    O fato de embriagar-se rotineiramente não quer dizer que são todos os dias - o que configuraria EMBRIAGUEZ PATOLÓGICA. Respondi a questão pensando assim: se eu bebo todas as sextas e sábados, isto é uma rotina e não me tornaria inimputável. 

    Acredito que se a banca quiser se referir a embriaguez patológica, ela deve ser clara para a questão não fique ambígua

    (E)

  • RESUMINHO SOBRE EMBRIAGUEZ PARA NÃO ERRAR MAIS NENHUMA QUESTÃO DO ASSUNTO

    CULPOSA- Aplica a pena normalÉ culposa , não tinha a intenção de se embriagar, mas por negligência ou imprudência acaba se embriagando. Se ele tivesse o desejo de se embriagar, seria voluntária.

    VOLUNTÁRIA- Aplica a pena normal

    INCOMPLETA + CASO FORTUITO/FORÇA MAIOR - Atenua a pena

    COMPLETA + CASO FORTUITO/FORÇA MAIOR - isenta a pena

    PRÉ-ORDENADA agravante

  • Se fosse assim, seria um verdadeiro caos !

    Gab: Errado

  • GAB :ERRADO PEGADINHA

    ISSO SE CHAMA EMBRIAGUEZ HABITUAL QUE NÃO SE CONFUNDE COM EMBRIAGUEZ PATOLÓGICA QUE SERIA BEBER TODOS OS DIAS