SóProvas


ID
159421
Banca
FCC
Órgão
TRE-SP
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

É melhor ser alegre que ser triste, já dizia Vinicius de
Moraes. Sem dúvida. O poeta ia mais longe, entoando em rima
e em prosa que tristeza não tem fim. Já a felicidade, sim. Até
hoje, muita gente chora ao ouvir esses versos porque eles
tocam num ponto nevrálgico da vida humana: os sentimentos. E
quando tais sentimentos provocam algum tipo de dor, fica difícil
esquecer - e ainda mais suportar. A tristeza, uma das piores
sensações da nossa existência, funciona mais ou menos assim:
parece bonita apenas nas músicas. Na vida real, ninguém gosta
dela, ninguém a quer.
Tristeza é um sentimento que responde a estímulos
internos, como recordações, memórias, vivências; ou externos,
como a perda de um emprego ou de um amor. Não se trata de
uma emoção, que é uma resposta imediata a um estímulo. No
caso da tristeza, nosso organismo elabora e amadurece a
emoção, antes de manifestá-la. É uma resposta natural a
situações de perda ou de frustrações, em que são liberados
hormônios cerebrais responsáveis por angústia, melancolia ou
coração apertado.
"A tristeza é uma resposta que faz parte de nossa forma
de ser e de estar no mundo. Passamos o dia flutuando entre
pólos de alegria e infelicidade", afirma o médico psiquiatra
Ricardo Moreno. Se passamos o dia entre esses pólos de
flutuação, é bom não levar tão a sério os comerciais de
margarina em que a família é linda, perfeita, alegre e até os
cachorros parecem sorrir o tempo inteiro. Vivemos uma época
em que a felicidade constante é praticamente um dever de
todos. É fato: ser feliz o tempo todo está virando uma obrigação
a ponto de causar angústia.
Especialistas, no entanto, afirmam que estar infeliz é
mais do que natural, é necessário à condição humana. A
tristeza é um dos raros momentos que nos permite reflexão,
uma volta para nós mesmos, uma possibilidade de nos conhecermos
melhor. De saber o que queremos, do que gostamos. E
somente com essa clareza de dados é que podemos buscar
atividades que nos dão prazer, isto é, que nos fazem felizes.
Assim como a dor e o medo, a tristeza nos ajuda a sobreviver.
Sim, porque se não sentíssemos medo, poderíamos nos atirar
de um penhasco. E se não tivéssemos dor, como o organismo
poderia nos avisar de que algo não vai bem?

(Adaptado de Mariana Sgarioni, Emoção & Inteligência, Superinteressante,
p. 18-20)

Considerando-se o contexto, a substituição dos segmentos grifados pelo pronome correspondente está INCORRETA somente em:

Alternativas
Comentários
  • eu acho que considerando o contexto como propoe a questão, as outras alternativas, como (b), (C), estaria erradas tb, pois não teria o referente correto.
  • ALTERNATIVA (D)

    BUSCAR = VTD. Portanto,
    "podemos buscá-LAS."
  • lhe e lhes função sintática exclusiva de objeto indireto.
    podemos buscar atividades.  o correto seria: podemos buscá-las.
                    VTD
  • A letra D está incorreta, porém, fico em dúvida se a letra B também seja errada, pois não podemos usar ênclise antes de palavras atrativas como: negativas, advérbio, pronomes relativos..
  • Letra A = correta.Letra B = correta. Com infinitivo pessoal precedido de palavra atrativa é indiferente a próclise ou a ênclise.Letra C = correta.Letra D - INCORRETA: buscar - verbo transitivo direto = buscá-las.Letra E = correta.
  •  Dica para facilitar o estudos, é mais uma decoreba que eu uso.

    Emprego de o, a, os, as
    1) Em verbos terminados em vogal ou ditongo oral os pronomes o, a, os, as não se alteram. Ex.: Chame-o agora. Deixei-a mais tranqüila.

    2) Em verbos terminados em r, s ou z, estas consoantes finais alteram-se para lo, la, los, las. Ex.: (Encontrar)Encontrá-lo é o meu maior sonho. (Fiz) Fi-lo porque não tinha alternativa.

    3) Em verbos terminados em ditongos nasais (am, em, ão, õe, õe,), os pronomes o, a, os, as alteram-se para no, na, nos, nas.
    Ex.: Chamem-no agora. Põe-na sobre a mesa.

    4) As formas combinadas dos pronomes oblíquos mo, to, lho, no-lo, vo-lo, formas em desuso, podem ocorrer em próclise, ênclise ou mesóclise. Ex.: Ele mo deu. (Ele me deu o livro)

  • Gabarito letra D.

    ENTRETANTo, muita atenção com a alternativa B, pois ela está nessa posição para servir de casca de banana.

    Muitos irão analisar rapidamente e devido ao "não" vão crer que trata-se de próclise; Porém, nesse caso podemos usar enclise devido ao emprego do verbo no infinitivo.

  • No item B existe a partícula atrativa negativa (não) que gera próclise obrigatória já que nao existe um adverdio entre a partícula atrativa e o verbo. Acredito que a questões deve ser anulado porque me parece que o item C também merece atenção a alguns erros.
  • - se o verbo terminar em R, S e Z tais consoantes desaparecem e o pronome ganha um L: prejudicamo-la; comprar a casa (comprá-la); compor o texto (compô-lo); quis o livro (qui-lo); fiz a tarefa (fi-la); compraremos a casa (comprá-la-emos); comprará a casa (comprá-la-á); preservar a Terra (preservá-la)
    - se o verbo terminar com vogal: julgando a terra (julgando-a); encontrei as cartas (encontrei-as).
    - se o verbo terminar em som nasal (m, ão, õe), o pronome ganha "n". compraram o livro (compraram-no); dão as mãos (dão-nas); põe a mesa (põe-na)
  • letra B é caso facultativo?

    não levá-los tão a sério.

    OU
    não os levar tão a sério.

  • Lu Nas ,sim é facultativo

    Quando o verbo apresentar "lo", "la" mesmo havendo palavra atrativa não há problema, pode ser antes ou após o verbo 

    Ex: Fiz isso para não o ofender

          Fiz isso para não ofende-lo

    Essa é uma forma simples de lembrar via de regra o verbo está no infinitivo levar (terminação em R) por isso é facultativo.