As mulheres que já apresentavam IgG positivo para toxoplasmose antes de estarem grávidas não correm risco de transmiti-la para seus fetos. Nestes casos, o Toxoplasma encontra-se adormecido nos tecidos musculares e o sistema imune da mãe encarrega-se de mantê-lo longe do feto. A única exceção ocorre em casos de imunossupressão da mãe, como nas gestantes com HIV positivo, por exemplo. Nestes casos, como o sistema imunológico está imunossuprimido, oToxoplasma adquirido anos antes pode voltar a ficar ativo e infectar o feto durante a gestação.
O risco da toxoplasmose na gravidez ocorre naquelas mães que nunca tiveram contato prévio com o parasita, possuindo sorologia negativa, isto é, IgM e IgG negativos para toxoplasmose. Estas são as gestantes sob risco, pois a toxoplasmose congênita ocorre quando mulheres adquirem o Toxoplasma durante a gravidez.
Portanto, se durante o exame pré-natal a futura mãe já tiver um IgG positivo para toxoplasmose, não há risco de a doença ser passada para o feto. Se, entretanto, ficar constatado que a mãe é IgG negativo, alguns cuidados devem ser tomados para minimizar o risco de contaminação durante a gestação.
IgM: é o anticorpo da infecção aguda, positiva nos primeiros dias ou semanas após iniciada a infecção e costuma ficar elevado por alguns meses;
IgG: é o anticorpo que surge para imunizar a pessoa (proteger de futuras infecções da toxoplasmose), costuma dar positivo nas primeiras semanas após a infecção e assim pode permanecer por toda a vida.
IgM negativo e IgG negativo: nunca entrou em contato;
IgM positivo e IgG negativo: está com a infecção, está doente de toxoplasmose;
IgM positivo e IgG positivo: Infecção recente (semanas ou meses já podem ter se passado desde a doença);
IgM negativo e IgG positivo: infecção antiga (meses ou anos já podem ter se passado desde a doença).