Os ovos de S. mansoni são disseminados pelas fezes. Em locais endêmicos para a esquistossomose (xistose), normalmente não há saneamento adequado e faltam redes de esgoto. Assim, as fezes, juntamente com os ovos, são despejadas em cursos d'água. Em rios com águas pouco correntes ou mesmo paradas, existem caramujos do gênero Biomphalaria, os quais se infectam pelo miracídeo - forma evolutiva que ecolode do ovo na água em condições ideiais de temperatura e luminosidade. No caramujo, o miracídeo se desenvolve em cercária e, uma vez na água, penetram ativamente na pele de pessoas que utilizam o rio como lazer ou outras atividades (lavar roupa, etc).
Enfim, rede de esgoto tratado reduz a incidência da doença por cortar o ciclo do parasito, impedindo que o ovo encontre as mesmas águas dos caramujos e também utilizadas pela população. São inúmeros os casos de redução ou mesmo erradicação da doença em cidades e vilas a partir da instalação de redes de esgoto.
Ao contrário do que a colega Vanessa disse, o S mansoni não é disseminado pela urina do homem, mas tão somente pelas fezes. Existe uma outra espécie, o Schistossoma haematobium, que causa a esquistossomose do aparelho urinário na África subsaariana, e esse sim tem os ovos liberados na urina, no entanto sem ocorrência no Brasil.