Quando olhamos aquele risco de luz cruzar o céu e
fazemos nossos pedidos, na verdade estamos nos
dirigindo a um meteoro que nem sequer é capaz de emitir
luz. Realizando-se ou não o desejo, o certo é que a
expressão “estrela cadente” não é muito adequada.
Segundo Basílio Xavier Santiago, professor do
Departamento de Astronomia da Universidade Federal do
Rio Grande do Sul, a expressão “estrela cadente” está
equivocada, pois “não se trata realmente de estrelas, como
o Sol ou as que vemos no céu noturno, e sim de objetos
rochosos que normalmente não emitem luz”.
Na verdade, o que observamos riscando os céus
são “rochas provenientes do espaço que atingem a Terra.
Ao entrarem na atmosfera da Terra com velocidade de
dezenas de quilômetros por segundo, o atrito com o ar as
aquece muito rapidamente e elas geralmente são
incineradas”. É justamente esse processo de atrito com
o ar que gera a luz. “O que vemos no céu é um rastro de
luz causado pelo meteoro ao mergulhar na atmosfera”,
complementa o professor Basílio.
Apesar de não o presenciarmos com muita
frequência, o fenômeno está longe de ser raro. “Todos os
dias, milhões de quilogramas de rochas atingem a Terra.
Em sua grande maioria, as rochas são muito pequenas.
Somente as maiores, de maior massa, penetram toda a
atmosfera e atingem o solo antes de serem totalmente
incineradas. Elas, então, causam um impacto sobre os
oceanos ou sobre o solo, deixando, no último caso, uma
cratera. Nesses casos, chamamos a rocha de meteorito”,
esclarece o professor.
Disponível em http://noticias.terra.com.br/educacao/
vocesabia/interna/0,,OI3747274-EI8405,00.html. Acesso
em 12 maio 2010 – adaptado.
As “estrelas cadentes" distinguem-se das estrelas verdadeiras porque